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Generalidades

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26
Ago22

Transparência


Vagueando

Quando se fala de transparência relacionada com figuras públicas, membros do governo e políticos a exigência é máxima a tolerância mínima. Quando se trata de transparência de tudo o resto a tolerância é máxima e a exigência mínima. Aliás, no que toca à forma como os privados formam os seus lucros, o segredo é a alma do negócio.

Pode-sempre dizer que uns lidam com dinheiro público, ou seja, de todos nós e outros lidam com dinheiro que é deles e só a eles dizem respeito. É verdade. Contudo, a fraude fiscal é um crime que consiste em não entregar dinheiro que passaria a ser público e a obtenção de subsídios de forma fraudulenta, corresponde ao uso de dinheiro público de forma ilícita.

Fala-se muito, em tom crítico, sobre o excedente orçamental que o Estado está a acumular (por via do IVA) devido à inflação e também se fala muito, também em tom crítico sobre a eventualidade de virem a ser taxados os lucros que algumas empresas privadas que, à boleia da mesma inflação aproveitam para exagerar nos preços que praticam.

Vou apenas falar de duas situações. Os Bancos e as Petrolíferas.

Os primeiros ajudaram a empobrecer os portugueses, que ainda hoje sentem a fatura que lhes foi imposta pelos desmandos que os seus gestores gananciosos e imprudentes, praticaram. Estive a consultar os preçários e folhetos de taxas de juro dos bancos e verifiquei que a CGD dedica 93 páginas às comissões que cobra, o Santander 145 e o Millennium BCP 124. Já quanto às taxas de juro, dedicam-lhe, respetivamente 21, 31 e 37 páginas, sendo que a parte referente ao pagamento de juros a clientes, o valor indicado vai de zero até qualquer coisa como um estonteante valor de 0.01%.

Curioso verificar que o Santander, por exemplo, vai aumentar já para o mês que vem, de 5 euros para 6 euros, a comissão que um cliente paga para ir ao seu cofre que detém no banco, ou seja um aumento de 20%.Se este aumento fosse igual à inflação, que ronda os 10%, seria de 50 cêntimos, mas o banco, face ao aumento do preço dos combustíveis, ao aumento dos ordenados dos seus funcionários e ao aumento do custo das rendas dos balcões que tem vindo a fechar optou pelos 20%, o que é perfeitamente justificável!

Relativamente às petrolíferas, as últimas notícias referem que os preços dos combustíveis já estão iguais ao que eram antes da guerra na Ucrânia.

Pois bem no posto onde abasteço habitualmente, paguei em 19/02 por um litro de gasóleo 1,686€ e a 21/08, paguei 1,744€, sendo que entre o primeiro e o segundo preço, está refletida a mexida para baixo do imposto, o ISP.

Isto é tudo muito racional, afinal é o mercado a funcionar.

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