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Generalidades

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27
Nov24

Acidentes rodoviários


Vagueando

Na passada Sexta Feira, dia 22 de Novembro tive que fazer o percurso rodoviário Sintra-Lisboa-Sintra, tendo saído de casa por volta das 19h e 15 m. Fui buscar uma pessoa em Carnide que não se encontrava bem de saúde pelo que não conseguia trazer o seu próprio carro para casa.

Este percurso de pouco mais de 50Km, que não implicou nenhuma espera no destino, ou seja, foi chegar ao local apanhar o familiar e regressar de imediato, demorou 3 horas, sim 3 horas. Fiquei estupefacto com a quantidade de acidentes que encontrei e que foram a causa da minha velocidade média se ter ficado pelos 16km/h e o meu consumo de combustível, devido ao para arranca, foi 8,5 l aos 100, quando em condições normais teria sido de 6 litros, isto já para não falar das emissões desnecessárias que eu e muitos outros automobilistas lançaram para a atmosfera, durante este tempo.

As condições metereológicas eram excelentes, não chovia, não estava vento a visibilidade era perfeita, ainda que a luz natural há muito se tivesse ido embora.

Como está na moda, tem que existir um culpado para tudo isto. Bom comecemos pelos do costume, os políticos, porque não prestam a devida atenção às estradas, que estão em mau estado, mal sinalizadas etc.

Hum, não cheira?

O IC 19 não está dotado de uma sinalização exemplar mas tem um piso em bom estado, tem cruzamentos desnivelados tal como a A5 e a CREL.

O Culpado é o condutor que está protegido de iguais impropérios, nas redes sociais, pelos estragos que causa, como estão os políticos em iguais circunstâncias ( o acidente que envolveu o ex ministro da Administração Interna é apenas um exemplo).

Dos cinco acidentes que apanhei no percurso de ida e volta, três deles foram choques em cadeia na faixa da esquerda e os outros dois em nós de acesso/saídas de entroncamentos desnivelados no IC19. A forma como se conduz é cada vez mais agressiva e desrespeitadora das regras mais elementares de segurança e contribuem para a ocorrência destes acidentes. A circulação na faixa da esquerda a “empurrar" o carro da frente com sinais de luzes e nos entroncamentos as mudanças da faixa da esquerda diretamente para a saída, atravessando as duas vias à direita, sem sinalizar a manobra, fazendo já no local onde (pelas linhas pintadas no chão) está impedido de o fazer.

Quando circulo no IC 19 é raro o dia em que não assisto a este tipo de manobras.

Contudo, a fiscalização cada vez mais se centra na penalização da velocidade (que também constitui um bom negócio, não só pelo que rende mas também porque a fiscalização in loco, nomeadamente no que se refere a estas manobras perigosas não se vê).

Tenho carta à 49 anos e que me lembre nunca vi uma operação stop num dia de nevoeiro ou de chuva, mais que não fosse para controlar e alertar todos aqueles que, por ignorância ou imprudência, circulam sem ligar, pelo menos os médios. No mês passado, fui de Sintra a Ponferrada em Espanha, são 630 Km, dos quais 480 km feitos em Portugal. Estive lá 3 dias e nesses três dias, passei por duas fiscalizações da Guardia Civil, sendo que numa delas fui mandado parar e verificados os meus documentos.

Esta forma de atuar, espalhar radares por todo o lado e descurar a fiscalização, não evita os acidentes, podendo sim, quando ocorrem nas zonas controladas por estes, diminuir a gravidade dos ferimentos provocados nas pessoas envolvidas.

Enquanto escrevia este post aparece na Sapo Acidente com 12 veículos: trânsito na Ponte Vasco da Gama reabriu em duas vias. Porque não esclarecer a opinião publica a causa deste e outros acidentes, indicando o que levou ao mesmo, como medida pedagógica. Não seria uma boa campanha, com o apoio das televisões, rádios e seguradoras e até do Estado?

05
Jan24

Rotundas entre o amor e o ódio


Vagueando

Quando se fala em rotundas em Portugal estou em crer que a maioria diz que são uma praga. Não obstante, eu sou um grande defensor das rotundas e, só para dar um exemplo da falta que elas nos fazem e dos benefícios que elas nos trazem refiro a que deveria existir na N125 no Algarve no cruzamento que dá acesso à Praia Verde. Aquele cruzamento, é um espetáculo deplorável de como se trata as estradas nacionais e bastante movimentadas. Basta olhar para foto abaixo da Google Earth para perceber que isto não é digno de um país que está virado ao turismo e, mesmo que não estivesse, não seria digno para os residentes e cidadãos nacionais.

CRuz PVerde.jpg

Mau piso, má sinalização, péssima apresentação, isto está assim há vários anos e os acidentes repetem-se com regularidade. Não existe iluminaçao neste cruzamente pelo durnate a noite as coisas pioram. Até Vila Real de Santo António esxistem muitas rotundas a maior parte delas, pequenas e mal construídas.

Até a GNR que conhece o local sofreu aqui um acidente o ano passado.

Sendo acérrimo defensor da implantação de rotundas, não deixo de as considerar uma praga, mas não por serem muitas. A praga é outra, a saber;

Desenho incorreto, nomeadamente quando permitem que as mesmas possam ser percorridas sem necessidade de as contornar, ou seja, possam ser feitas em linha reta e, consequentemente, sem reduzir a velocidade o que potencia a ocorrência de acidentes.

Má sinalização ou ausência dela, o que gera confusão relativamente à prioridade.

Desenhadas de forma a que não sejam redondas, assumindo por vezes formas estranhas.

Decoração por vezes de mau gosto e, pior tirando-lhe visibilidade que compromete a segurança da circulação.

E agora a outra praga, aquela que critica, que barafusta, mas que contribui de forma significativa para que as rotundas percam grande parte da seu objectivo e eficácia, os condutores.

Sendo Portugal o segundo país com mais rotundas por milhão de habitantes, 473 rotundas, e estando no Top 5 do número de rotundas por quilómetro quadrado, 53 rotundas, deve ser também o que tem maior número de condutores que não sabem como nelas se deve circular.

O facto de existirem filas nas rotundas não é alheio ao péssimo comportamento dos condutores portugueses, nomeadamente no que se refere na falta de uso do pisca para assinalar, como obriga o Código da Estrada, para onde querem ir. Aliás o mau comportamento relativamente ao pisca estende-se ao péssimo hábito, novamente contrário ao preconizado pelo Código da Estrada, que consiste em ligar os 4 piscas quando se estaciona o carro a estorvar todos os outros e não para assinalar uma situação de perigo.

E portanto esta praga, ao não assinalar para onde pretende seguir empanca o trânsito dentro das rotundas, cujas regras de prioridade destinam-se a facilitar as saídas assegurando deste modo a fluidez de tráfego.

Quando estiver a sair de uma rotunda e não usar o pisca para sinalizar essa manobra, lembre-se que quem está parado para entrar, não o faz porque não sabe se lhe vai passar à frente e essa coisinha tão simples, repetida centenas de vezes ao longo do dia é o suficiente para fazer filas antes das rotundas.

Deixo aqui uma nota escrita da Segurança Rodoviária e um vídeo da GNR (para aqueles menos dados à leitura) de como se deve circular nas rotundas.

https://www.segurancarodoviaria.pt/noticias/como-fazer-bem-uma-rotunda/

https://www.facebook.com/GuardaNacionalRepublicana/videos/sabe-circular-numa-rotunda1-nas-rotundas-o-condutor-deve-adotar-o-seguinte-compo/303125404595997/?locale=pt_PT

04
Out23

O Mundo não para de me surpreender


Vagueando

Ora viva, como estão?

Hoje trago boas e más notícias, umas são animadoras, outras talvez não.

Como não percebo nada de meteorologia, muito menos de medicina, vou pisar terreno minado, com o teclado.

A primeira (supostamente) boa notícia é que vamos atingir a imortalidade, já em 2050. Estão a ver as vantagens, quando alguém nos diz “vai morre longe” é a chacota generalizada.

Por outro lado, vai ser especialmente interessante para julgar aqueles crimes que ocorreram há tanto tempo que, na maior parte das vezes, os criminosos já morreram há décadas. A justiça, que costuma ser lenta, só tem a ganhar, já que o conceito de lentidão desvanece-se.

Não deixa de ser irónico que na mesma altura em que se fala em atingir a imortalidade, alguém vem anunciar, ainda que daqui a 250 milhões de anos, a vida na terra extingue-se. Os ativistas climáticos que se cuidem, daqui a 250 milhões de anos vão perder o emprego e nessa altura serão imortais. Hoje talvez seja a melhor altura para repensarem as suas competências.

Segundo o Secretário Geral da ONU, António Guterres, “Estamos numa autoestrada para o inferno climático com o pé no acelerador”. É preciso muita atenção, não sei se existe capacidade financeira instalada para pagar as portagens durante 250 milhões de anos, nem tão pouco se a rede viária mundial consegue suportar a velocidade de deslocação até ao Inferno.

Até porque, com a moda dos radares de velocidade média, é capaz de ser mais fácil ser multado e acabar a viagem por falta de dinheiro para pagar a multa ou ficar sem carta porque se perderam todos os pontos e não poder continuar a viagem. Seria o que se chama morrer na praia.

A última boa ou má notícia, depende da perspetiva, mesmo sem a presença humana, a grande causa da atual emergência climática, a vida na terra já foi extinta várias vezes.

Eu cá não sou de intrigas!

15
Jul23

Portugal é o país da Europa ocidental com mais mortes por atropelamento


Vagueando

 

O título diz tudo e foi notícia ontem Portugal o país da Europa com mais atropelamentos.

Contudo, há que encontrar culpados e de alguma forma arranjar forma de penalizar os não culpados, ainda que entenda as ideias e concorde com elas até certo ponto. Dizem os especialistas que reduzir a velocidade do tráfego motorizado é a melhor forma de reduzir o número de atropelados e a gravidade destes acidentes. Para isso o governo e as autarquias têm que tomar medidas para resolver o problema. 

Pois que seja, mas volto sempre à mesma questão, os mais vulneráveis não têm obrigação de se proteger? E quando não se protegem o que acontece? Já viram algum polícia, já não digo multar, mas chamar à atenção de um peão que, com passeio ao lado, circula alegremente na estrada e muitas vezes de costas para o tráfego?

Em Setembro de 2022, escrevi aqui O flagelo dos atropelamentos. O que se pode fazer nestes casos, culpar o Governo, a Polícia (teria que existir no mínimo um Polícia para cada cidadão) ou quem não se protege?

Quando se tomam medidas para reduzir a velocidade e ninguém cumpre, como é o caso da localidade de Ranholas em Sintra, temos uma pescadinha de rabo na boca e tudo fica na mesma.

Em suma, o problema é de mentalidades e da mais elementar falta de respeito, quando os mais vulneráveis não se protegem estão à mercê de si próprios porque, quando são condutores também não cumprem as regras. Tudo isto aliado a um certo alheamento das forças de segurança que optam por fechar os olhos a muitas infrações e quando não fecham, ai, ai, ai que é caça à multa, temos o caldo entornado e os resultados dificilmente poderiam ser outros.

A não ser que a Nossa Senhora de Fátima se multiplique em milagres

12
Set22

Escusa de Responsabilidade


Vagueando

O termo está na ordem do dia, quiçá vulgarizado, não sei se bem ou mal, pelas melhores ou piores razões.

Quem pede escusa de responsabilidade, assumirá as suas responsabilidades pelo seu uso porque, afinal, está a responsabilizar alguém pela impossibilidade técnica/prática de assumir a sua, como, em condições normais lhe compete.

Daí que, como cidadão comum, venho publicamente afirmar a minha escusa de responsabilidade ao cumprimento de alguns artigos do Código da Estrada.

Esta declaração deve-se ao facto de sentir que quando estou a respeitar a sinalização existente ou não tenho alternativa em respeitá-la, estou a contribuir para a ocorrência de acidentes, eventualmente, graves.

Dou alguns exemplos:

1 -Quanto me aproximo de uma zona com semáforos que passam a vermelho quando se ultrapassa o limite de velocidade definido, sou frequentemente ultrapassado, mesmo quando a linha contínua pintada no pavimento o proíbe ou, corro o risco de ser abalroado.

2 – Em caso de obras nas vias rodoviárias, já não é a primeira vez que me deparo com sinais de proibição de circular a mais de 10km/h, mesmo quando não está lá ninguém a trabalhar e não parece existir perigo em circular a velocidades superiores. Alguém que é perito nesta área já me explicou que o bom senso deve imperar e, daí que seja “lícito” circular a velocidades superiores para não causar embaraço ao trânsito. Ao que eu respondo será que o radar tem bom senso? E quem coloca estes sinais tem bom senso ou são espalhados sem critério?

3 – O que não falta por aí são estradas onde curvas e lombas, já para não falar em entroncamentos ou cruzamentos, onde a pintura no pavimente permite ultrapassagens. Ora se for de noite, não conhecendo a estrada e na ausência de luzes em sentido contrário, se executar uma ultrapassagem nestes locais e degenerar em acidente não posso ser responsável por ele, ou posso?

4 -Em muitos entroncamentos e cruzamentos estão carros estacionados que me impedem de circular à direita como é obrigatório. Assim quando viro à direita ou à esquerda, para outra via sobre a qual não tenho visibilidade, acabo por fazê-lo em contramão, para poder contornar o carro que lá está estacionado.

Só não sei como formalizar esta minha escusa de responsabilidade e isto faz-me mal à saúde, complica-me com os nervos, se ficar doente, já sei que posso sair de lá pior e a responsabilidade, não sendo de ninguém, acaba por ser minha. Não se pode adoecer em Agosto, mas o meu drama não é exclusivo deste mês,

Andei às voltas nos sítios de várias entidades oficiais, nomeadamente no IMT e não encontrei nenhum formulário para o efeito.

Não há condições para pedir a escusa de responsabilidade. Isto é responsabilidade de quem?

09
Mai22

Dia Europeu da Segurança Rodoviária


Vagueando

Assinala-se hoje, segunda –feira dia 9 de maio, o Dia Europeu da Segurança Rodoviária.

Como eu gostaria que se celebrasse este dia em vez de o assinalar.

No caso que nos toca, deveria ser assinalado como dia de luto nacional, porque só este ano, até ao final de abril, morreram nas estradas portuguesas 107 pessoas e durante o ano passado, 401 pessoas perderam a vida.

Lamentavelmente, as forças de segurança, continuam a centrar a sua fiscalização no controlo de velocidade (pelo menos é assim que divulgam as suas estatísticas e é disso que falam nas suas campanhas especiais de fiscalização) e as autoridades de supervisão, não especificam se os acidentes se dão em vias bem sinalizadas (o que não faltam, infelizmente, por este Portugal fora são estradas pessimamente sinalizadas), ou fora destas. E também nunca se refere o estado dos veículos, nomeadamente se circulavam com pneus em bom estado e à pressão correta, se com chuva ou nevoeiro circulavam com os médios ligados, etc.

Nunca percebi porque razão se fotografam veículos em excesso de velocidade e não se fotografam veículos que não param no sinal vermelho, perante um sinal de stop ou que ultrapassam em zonas proibidas, como se estas manobras não fossem causadores de acidentes graves.

Não percebo porque as autarquias investem em agentes (os necessários para levar a cabo a sua missão) para fiscalizar veículos que estão bem estacionados, apenas não pagaram o estacionamento (que gravidade é que isso tem para a segurança rodoviária?) mas não investem em agentes suficientes para que, como a mesma intensidade de fiscalização possam multar veículos parados em segunda fila com os quatro piscas ligados (o que configura desde logo duas infrações),em cima do passeio e passadeiras, obrigando os peões a circularem nas faixas de rodagem, como se os atropelamentos não fossem um triste e dura realidade.

Numa altura em que proliferam novos veículos a circular, até onde não podem (bicicletas e trotinetas em cima dos passeios), carrinhos eléctricos usados por idosos em estradas, trotinetas com duas pessoas, bicicletas em vias de sentido único a circular em contramão, tuk tuks por todo o lado em velocidade excessiva face às suas características e condições de segurança, não há quem fiscalize nada disto.

As famosas zonas 30km/h, onde coexistem peões, turistas, ciclistas, trotinetas e veículos automóveis, não há radares, o cocktail perfeito para o desastre, também não há fiscalização.

Neste dia apenas tenho uma certeza, não são as mortes nas estradas que nos chocam e que nos indignam, basta ver a atenção que se presta na comunicação social a este flagelo. Não existe em nenhum jornal da espacialidade ou televisão, um programam dedicado exclusivamente à segurança rodoviária.

O nosso choque e indignação só ocorreu, quando, em 2021,  o carro de um ministro atropelou um trabalhador na autoestrada, as outras 400 mortos, envolveram pessoas que não tinham família, nem amigos, nem os acidentes que as motivaram, resultaram da prática de qualquer ilícito rodoviário, muito menos de alguma ação negligente.

Explica-se tudo com; É a vida!

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