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Generalidades

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15
Jul23

Portugal é o país da Europa ocidental com mais mortes por atropelamento


Vagueando

 

O título diz tudo e foi notícia ontem Portugal o país da Europa com mais atropelamentos.

Contudo, há que encontrar culpados e de alguma forma arranjar forma de penalizar os não culpados, ainda que entenda as ideias e concorde com elas até certo ponto. Dizem os especialistas que reduzir a velocidade do tráfego motorizado é a melhor forma de reduzir o número de atropelados e a gravidade destes acidentes. Para isso o governo e as autarquias têm que tomar medidas para resolver o problema. 

Pois que seja, mas volto sempre à mesma questão, os mais vulneráveis não têm obrigação de se proteger? E quando não se protegem o que acontece? Já viram algum polícia, já não digo multar, mas chamar à atenção de um peão que, com passeio ao lado, circula alegremente na estrada e muitas vezes de costas para o tráfego?

Em Setembro de 2022, escrevi aqui O flagelo dos atropelamentos. O que se pode fazer nestes casos, culpar o Governo, a Polícia (teria que existir no mínimo um Polícia para cada cidadão) ou quem não se protege?

Quando se tomam medidas para reduzir a velocidade e ninguém cumpre, como é o caso da localidade de Ranholas em Sintra, temos uma pescadinha de rabo na boca e tudo fica na mesma.

Em suma, o problema é de mentalidades e da mais elementar falta de respeito, quando os mais vulneráveis não se protegem estão à mercê de si próprios porque, quando são condutores também não cumprem as regras. Tudo isto aliado a um certo alheamento das forças de segurança que optam por fechar os olhos a muitas infrações e quando não fecham, ai, ai, ai que é caça à multa, temos o caldo entornado e os resultados dificilmente poderiam ser outros.

A não ser que a Nossa Senhora de Fátima se multiplique em milagres

12
Set22

Escusa de Responsabilidade


Vagueando

O termo está na ordem do dia, quiçá vulgarizado, não sei se bem ou mal, pelas melhores ou piores razões.

Quem pede escusa de responsabilidade, assumirá as suas responsabilidades pelo seu uso porque, afinal, está a responsabilizar alguém pela impossibilidade técnica/prática de assumir a sua, como, em condições normais lhe compete.

Daí que, como cidadão comum, venho publicamente afirmar a minha escusa de responsabilidade ao cumprimento de alguns artigos do Código da Estrada.

Esta declaração deve-se ao facto de sentir que quando estou a respeitar a sinalização existente ou não tenho alternativa em respeitá-la, estou a contribuir para a ocorrência de acidentes, eventualmente, graves.

Dou alguns exemplos:

1 -Quanto me aproximo de uma zona com semáforos que passam a vermelho quando se ultrapassa o limite de velocidade definido, sou frequentemente ultrapassado, mesmo quando a linha contínua pintada no pavimento o proíbe ou, corro o risco de ser abalroado.

2 – Em caso de obras nas vias rodoviárias, já não é a primeira vez que me deparo com sinais de proibição de circular a mais de 10km/h, mesmo quando não está lá ninguém a trabalhar e não parece existir perigo em circular a velocidades superiores. Alguém que é perito nesta área já me explicou que o bom senso deve imperar e, daí que seja “lícito” circular a velocidades superiores para não causar embaraço ao trânsito. Ao que eu respondo será que o radar tem bom senso? E quem coloca estes sinais tem bom senso ou são espalhados sem critério?

3 – O que não falta por aí são estradas onde curvas e lombas, já para não falar em entroncamentos ou cruzamentos, onde a pintura no pavimente permite ultrapassagens. Ora se for de noite, não conhecendo a estrada e na ausência de luzes em sentido contrário, se executar uma ultrapassagem nestes locais e degenerar em acidente não posso ser responsável por ele, ou posso?

4 -Em muitos entroncamentos e cruzamentos estão carros estacionados que me impedem de circular à direita como é obrigatório. Assim quando viro à direita ou à esquerda, para outra via sobre a qual não tenho visibilidade, acabo por fazê-lo em contramão, para poder contornar o carro que lá está estacionado.

Só não sei como formalizar esta minha escusa de responsabilidade e isto faz-me mal à saúde, complica-me com os nervos, se ficar doente, já sei que posso sair de lá pior e a responsabilidade, não sendo de ninguém, acaba por ser minha. Não se pode adoecer em Agosto, mas o meu drama não é exclusivo deste mês,

Andei às voltas nos sítios de várias entidades oficiais, nomeadamente no IMT e não encontrei nenhum formulário para o efeito.

Não há condições para pedir a escusa de responsabilidade. Isto é responsabilidade de quem?

09
Mai22

Dia Europeu da Segurança Rodoviária


Vagueando

Assinala-se hoje, segunda –feira dia 9 de maio, o Dia Europeu da Segurança Rodoviária.

Como eu gostaria que se celebrasse este dia em vez de o assinalar.

No caso que nos toca, deveria ser assinalado como dia de luto nacional, porque só este ano, até ao final de abril, morreram nas estradas portuguesas 107 pessoas e durante o ano passado, 401 pessoas perderam a vida.

Lamentavelmente, as forças de segurança, continuam a centrar a sua fiscalização no controlo de velocidade (pelo menos é assim que divulgam as suas estatísticas e é disso que falam nas suas campanhas especiais de fiscalização) e as autoridades de supervisão, não especificam se os acidentes se dão em vias bem sinalizadas (o que não faltam, infelizmente, por este Portugal fora são estradas pessimamente sinalizadas), ou fora destas. E também nunca se refere o estado dos veículos, nomeadamente se circulavam com pneus em bom estado e à pressão correta, se com chuva ou nevoeiro circulavam com os médios ligados, etc.

Nunca percebi porque razão se fotografam veículos em excesso de velocidade e não se fotografam veículos que não param no sinal vermelho, perante um sinal de stop ou que ultrapassam em zonas proibidas, como se estas manobras não fossem causadores de acidentes graves.

Não percebo porque as autarquias investem em agentes (os necessários para levar a cabo a sua missão) para fiscalizar veículos que estão bem estacionados, apenas não pagaram o estacionamento (que gravidade é que isso tem para a segurança rodoviária?) mas não investem em agentes suficientes para que, como a mesma intensidade de fiscalização possam multar veículos parados em segunda fila com os quatro piscas ligados (o que configura desde logo duas infrações),em cima do passeio e passadeiras, obrigando os peões a circularem nas faixas de rodagem, como se os atropelamentos não fossem um triste e dura realidade.

Numa altura em que proliferam novos veículos a circular, até onde não podem (bicicletas e trotinetas em cima dos passeios), carrinhos eléctricos usados por idosos em estradas, trotinetas com duas pessoas, bicicletas em vias de sentido único a circular em contramão, tuk tuks por todo o lado em velocidade excessiva face às suas características e condições de segurança, não há quem fiscalize nada disto.

As famosas zonas 30km/h, onde coexistem peões, turistas, ciclistas, trotinetas e veículos automóveis, não há radares, o cocktail perfeito para o desastre, também não há fiscalização.

Neste dia apenas tenho uma certeza, não são as mortes nas estradas que nos chocam e que nos indignam, basta ver a atenção que se presta na comunicação social a este flagelo. Não existe em nenhum jornal da espacialidade ou televisão, um programam dedicado exclusivamente à segurança rodoviária.

O nosso choque e indignação só ocorreu, quando, em 2021,  o carro de um ministro atropelou um trabalhador na autoestrada, as outras 400 mortos, envolveram pessoas que não tinham família, nem amigos, nem os acidentes que as motivaram, resultaram da prática de qualquer ilícito rodoviário, muito menos de alguma ação negligente.

Explica-se tudo com; É a vida!

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