Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Generalidades

Generalidades

13
Ago23

Incêndios

Quando o incendiário é um carro.


Vagueando

• 10/08/2023 - Casal estacionou o EQE 350+ novo na garagem e ardeu tudo. Carro e casa

• 26/07/2023 - Incêndio em Almodôvar terá tido início em autocaravana que se incendiou na A2

• 06/08/2023 - Incêndio em parque do centro comercial UBBO, na Amadora, faz três feridos

• 05/08/2023 - Incêndio em Monsanto já foi extinto e A5 reaberta

Nos últimos 15 dias foram notícia nos meios de comunicação social, ver os links acima, a ocorrência de fogos em veículos automóveis, os quais em dois casos, degeneraram em incêndios florestais, sendo que um deles ocorreu no pulmão de Lisboa (Monsanto), durante as Jornadas Mundiais da Juventude.

As notícias foram superficiais no que toca à origem dos fogos ter sido despoletada pelos veículos incendiados, mas deu-se destaque ao “choque” entre bombeiros sapadores e voluntários, no caso do incêndio de Monsanto.

Parece que carros a arder passou a ser normal, ninguém se interessa porque ardem, qual a marca, modelo, se é eléctrico ou de motor de combustão, estado de conservação, se era novo ou velho, se tinha ou não inspeção, se foi ou não alvo de alterações.

Os problemas que levam cada vez mais veículos a arder não parece preocupar ninguém mas preocupa-me a mim porque já evitei um incêndio num veículo meu, de marca Premium, com 3 anos de idade, com todas as manutenções em dia, feitas no concessionário da marca e cuja utilização esteve sempre dentro dos parâmetros preconizados pelo fabricante.

Não só evitei o incêndio, como evitei que a minha garagem tivesse sido pasto das chamas, caso não tivesse identificado a situação, como localizei o problema e como sabia fazê-lo desliguei a parte eléctrica onde ocorreu o problema e a bateria do carro antes que o fogo começasse. No dia seguinte levei o carro ao concessionário.

O concessionário cobrou-me na altura, já lá vão mais de seis anos, quase 400 euros que recusei pagar, exigindo explicações.

As explicação era que se tratava de material de desgaste (fichas e fios) ao que contrapus,  porque não estava assinalado no livro de manutenção a verificação do desgaste deste material nas revisões.

Fui obrigado a pagar mas não me dei por vencido. Poucos dias depois intentei num tribunal arbitral uma acção contra a marca que ganhei facilmente pois tinha encontrado provas de que noutro país, o mesmo problema tinha causado incêndios e até acidentes, o que motivou a intervenção das autoridades desse país, obrigando a marca a fazer um recall a estes veículos (do mesmo modelo e do mesmo ano do meu).

Obviamente recebi o dinheiro de volta, vendi o carro e acabei a relação com marca que, curiosamente, goza de grande prestígio mundial.

Por isso, estou preocupado por ninguém se preocupar com esta situação, porque Monsanto, Almodôvar ou até o Centro Comercial UBBO na Amadora, poderiam ter tido desfechos bem mais graves.

E também estou preocupado com as marcas se fecharem em copas e não divulgarem publicamente o que está a causar incêndios, o que permitira não só os proprietários precaverem-se, como dissipar eventuais suspeitas sobre a qualidade dos seus veículos, até porque admito que as mesmas possam não ter culpas no cartório se os veículos tiverem sido alterados à revelia das especificações da marca.

Neste sentido, convinha que os jornais investigassem estes casos em vez de se limitarem a noticiar o incêndio do veículo sem aprofundar o tema, nomeadamente se os incêndios nestes veículos, ocorrem por erros de conceção,  falta de manutenção, manutenções mal feitas,  adulterações ilegais, sendo que neste último caso exigiria que se apertasse o crivo das inspeções aos veículos e à fiscalização nas estradas portuguesas.

 

Atualização em 20/08/2023 - a saga continua as causas também continuam ocultas Viatura ardeu parcialmente na zona comercial de Sines

Actualização 22/08/2023 - a saga continua as causas também continuam ocultas Incêndio destroi carro na garagem em Ponte da Barca

Actualização 22/08/2023 - a saga continua as causas também continuam ocultas  - Carro arde na A22 junto à zona da Guia em Albufeira

 

16
Jun21

O peão e o veículo rápido


Vagueando

20210616_120405.jpg

 

Gosto de velharias, nomeadamente livros. Há uns dias, descobri um pequeno folheto apresentado pela Companhia de Seguros Tranquilidade, companhia fundada em 1871.

O folheto tinha como objetivo alertar para os perigos das ruas e das estradas, foi lançado em 1941, o presidente do Conselho de Administração era o Dr José Ribeiro Santo Silva e a companhia apresentava os seguintes rácios financeiros: Capital e Reservas Esc. 26.000.000$00 Receita total em 1941 Esc.41.000.000$00 Sinistros pagos em 1941 Esc. 11.600.000$00.

A informação vertida na contracapa terminava com esta nota “Se os pagamentos tivessem sido igualmente divididos por todos dos dias do ano, teríamos pago diariamente 32.000$00 escudos.”

Contudo, para além destas curiosidades, gostei particularmente de um pequeno trecho onde se aborda a questão dos atropelamentos de peões, cuja descrição é tão simples e objectiva que não resisto a transcrevê-lo na integra, com ortografia usada na altura.

Podemos dividir os atropelamentos em duas espécies, a saber: os ocorridos na faixa de rolagem, isto é no espaço da rua reservada aos veículos; e aquêles que acontecem sôbre os passeio das ruas ou bermas das estradas por onde só devem transitar peões.

Ao atravessar uma rua há sempre que ter presente que nos é mais fácil ver conscientemente o veículo, que se aproxima, do que sermos vistos pelo seu condutor. Isto explica-se, porque o campo de visão do condutor se acha limitado geralmente pelo para-brisa; porque os peões são quási sempre mais numerosos do que os veículos e porque êstes últimos, maiores do que aqueles, prendem mais a atenção.

Além disso, enquanto peão tem de livrar-se de um veículo de cada vez e cujo sentido de movimento quási sempre também conhece – o condutor, por seu lado, tem de haver-se com vários peões ao mesmo tempo que podem mudar a direcção em que se movem com muito mais facilidade do que qualquer veículo.

Dêste estado de coisas provém que um condutor,p ara se desviar de um transeunte completamente distraído, pode ir, por exemplo, colher outro mais prudente que já tenha tido o cuidado de se conservar na borda do passeio.

O pavimento por onde transitam os veículos deve ser considerado por todos os peões como «terra de ninguém». Pôr os pés nas faixas de rolagem das ruas e das estradas com muito trânsito, só para as atravessar mais ràpidamente possível, depois de haver a certeza de que se não aproxima qualquer veículo.

Ora se devemos atravessar as ruas e as estradas com cautela, o mesmo se observará quando se trate da via férrea, tendo, porém, aqui sempre presente que o vento que sopra em sentido oposto ao de um comboio que se aproxima o torna silencioso – e que além disso êste não para com a facilidade de um carro eléctrico ou camião.

Nota para os mais distraídos; Entenda-se carro eléctrico como os elétricos da Carris, os amarelos, para não se confundir com os atuais carros elétricos.

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Mensagens

Arquivo

  1. 2025
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2024
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2023
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2022
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2021
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2020
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2019
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2018
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
Em destaque no SAPO Blogs
pub