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Generalidades

Generalidades

16
Jun25

Mobilidade suave


Vagueando

Não é o número de acidentes envolvendo utilizadores de bicicletas e trotinetas que me impressiona.

O que me impressiona são os utilizadores da mobilidade (alegadamente) suave ignorarem as mais básicas regras de segurança e quem a promove, estar mais interessado em colocar a culpa nos restantes utilizadores das vias públicas do que nos utilizadores dos transportes suaves.


O princípio básico é este, a proteção começa em mim e só depois nos outros.


Obviamente que estou contra ao estacionamento abusivo em cima dos passeios e não é por causa dos utilizadores de bicicletas e trotinetas. É sim por causa dos peões, em especial os mais vulneráveis, idosos e crianças e obviamente que estou contra ao excesso de velocidade, nomeadamente dentro das cidades e em especial nas zonas de coexistência.


Obviamente que também estou contra que estas associações defensoras da mobilidade suave, venham pedir à PSP que fiscalize com "bondade" os utilizadores destes meios de transporte. Ignoram estas associações que muitos destes utilizadores não param na presença de um sinal de STOP ou de um sinal vermelho, circulam nos passeios, circulam em contramão em vias de sentido único e circulam com duas pessoas nas trotinetas e bicicletas, mesmo à vista da Polícia, que já muito "bondosamente" não os incomoda e muito menos multa.


Se os defensores de utilizadores deste meio de transporte se derem ao trabalho de se posicionarem à porta das escolas na hora de entrada e saída das crianças, aposto que vão assistir a pais que transportam os seus filhos em trotinetas, circulando em cima dos passeios, para os levar à escola, justamente porque sabem que ninguém os vai incomodar, muito menos multar.


Excelente educação que estão a passar aos seus filhos?


Não deveriam os defensores deste meio de transporte, antes de solicitar à PSP que fiscalize com "bondade", apurar junto desta as causas destes acidentes, ou seja, de que forma ocorreram e quem contribuiu em primeira instância para o seu desfecho?

Não nego, que as consequências poderão, nalguns casos, ser agravadas pelas causas que apontam, nomeadamente o excesso de velocidade, o desrespeito pelos atravessamentos pedonais e pela obrigação de ocupar a via adjacente na ultrapassagem de velocípedes.


Se as conclusões sobre a ocorrência destes acidentes, apontarem para negligência e incumprimento das regras por parte dos seus utilizadores, deixar-se-á de pedir “bondade” na fiscalização?


Em conclusão, o espírito do condutor do automóvel, não muda quando este, estaciona o seu carro, eventualmente até em cima do passeio e passa a conduzir uma bicicleta ou uma trotineta.


Por outro lado, promovem-se passeios turísticos por Lisboa, recorrendo a veículos motorizados, que usam os passeios nos Tours organizados pelas empresas, com todos os riscos que os mesmos acarretam para os peões. Já falei disso aqui.

02
Fev25

Em 1947


Vagueando

20220516_163314.jpg

Estas linhas foram publicadas no Jornal de SIntra número 699 de 22/06/1947.

Não vou opinar sobre elas, para não gerar antagonismos, muito menos histerismos ou pior, fundamentalismos.

Publico-as apenas como curiosidade, análise retrospetiva e essencialmente, para pensarmos sobre o que se escrevia na altura e o que se escreve hoje,  78 anos depois, sobre a mesma termática.

 

05
Jul24

Turismo!


Vagueando

Para cumprir o desafio 1foto1texto de IMSilva desta semana, trago uma foto que é uma dois em uma.

Blank 2 Grids Collage.png

Convém esclarecer o porquê de duas fotos reunidas numa só. Para se perceber que há movimento.

Estas fotos são relativamente recentes, foram captadas há menos de um mês em Sintra. Caminhei uns bons 10 minutos atrás deste (presumo) turista que - olimpicamente - ignorou a existência de um passeio em boas condições e caminhou sempre na estrada, de costas viradas ao trânsito, correndo riscos perfeitamente desnecessários.

A invasão de novos veículos a circular nas estradas (e infelizmente pelos passeios) já são ingredientes propícios à ocorrência de acidentes, só no ano passado causaram 26 vítimas mortais, segundo dados divulgados pela ANSR.

Como se tal não bastasse, há quem ainda consiga inovar, como é o caso deste (presumo) turista, ao não se sentir desconfortável com carros e autocarros que só conseguia ver depois de terem passado por si, mesmo ali rentinho às pernas. Nunca se virou para trás, nem a sua consciência o alertou, tipo com um murro no estômago, para que seguisse pelo passeio.

Será que as malas dos turistas, desde que conduzidas pelos ditos, em prol da captação de mais turistas, virão a beneficiar de uma futura actualização do Código, para poderem passar a circular nas estradas nacionais?

Deixo aqui a pista para que as escolas de condução e os fabricantes de malas comecem já antecipar o futuro, lançando novos cursos de condução de malas de viagem e que estas passem a vir equipdas com luzes à frente e à retaguarda, piscas (sem esquecer os quatro piscas, muito importante para "legalizar" a paragem na via enquanto se consulta o telemóvel ou o mapa), luzes de nevoeiro, buzina e travão de estacionamento.

Atenção, não esquecer os centros de inspeção, que deverão passar a estar dotadas do equipamento necessário para a inspeção das malas, bem como as seguradoras deverão estar preparadas para criar seguros para esta nova modalidade de mobilidade (quiçá) suave.

Será que também entratará na categoria de sustentável?

 

 

 

22
Mai22

A Excelência


Vagueando

Em jovem era normal tratar por V.Excelência ou Excelência uma pessoa ou pessoas que fossem importantes, normalmente pelo cargo que desempenhavam.

Com o tempo desvaneceu-se esse formalismo, até mesmo para com os altos representantes da Nação, que são tratados, por todos e mais alguns, incluindo jornalistas, pelo nome e ponto, sem que isso, aparentemente, digo eu, configure algum menosprezo ou falta de respeito.

Não obstante se ter abandonado o termo excelência para as pessoas, já agora, para não se desperdiçar a palavra e para que a mesma não caia em desuso, até porque, afinal, continua a ter importância, encontramos o termo aplicado às empresas, o que segundo a avaliação das mesmas, significa que, supostamente, atingiram um grau máximo de qualidade ou perfeição dos seus produtos.

Não há excelência para as pessoas, mas existe em abundância nas empresas que, curiosamente, ainda atingem este status milagroso, graças ao esforço das pessoas.

Quer isto dizer que as pessoas perderam a excelência (porque o termo tem que ser usado com parcimónia e, obviamente, não chega para tudo e todos) em prol das empresas onde trabalham.

E isto leva-me ao Turismo e aos hotéis, muitos dos quais se dizem de excelência, querem sempre o cliente satisfeito, que se sinta em casa (se fosse para me sentir como em casa não ia para um hotel), que viva experiência únicas etc.

Para garantirem este desiderato, solicitam-nos sempre os nossos dados e oferecem-nos cartões de fidelização, sempre em nome da excelência, bem entendido. Já perdi a memória às vezes em que celebrei o meu aniversário e da minha mulher em hotéis, nacionais e estrangeiros, com a particularidade de o festejarmos no mesmo mês, com dois dias de diferença. Ou seja, nos quatro a cinco dias que estamos num determinado hotel, eu e ela celebramos o nosso aniversário.

Pois a excelência, a organização, o sistema informático, os metadados (ui agora não se pode falar nisso) nunca nos dirigiram uma palavra, por exemplo, aquela mais usada e que sozinha, sem mais salamaleques, basta para celebrar a ocasião; Parabéns.

Mas, curiosamente, e em nome da excelência, quase todos estes hotéis, nos enviam os parabéns no ano seguinte, quer por email, quer por sms. Concluo assim que enquanto lá estou a excelência da empresa não quer saber de mim, o lucro já está garantido pela estadia, mas a partir daí, talvez o mais importante para estas empresas de excelência, seja eu voltar.

Daí que para além dos parabéns me enviem também a “cenoura”um descontito na próxima estadia.

Só não percebo é porque a tal excelência, não se lembra de alertar o(s) colaborador(es) para simplesmente darem os parabéns aos clientes.

Talvez por pensar que as pessoas já não são de excelência para dar os parabéns a outras pessoas (clientes).

Tudo isto é mesmo muito personalizado e, claro está, excelente.

27
Jun20

Novamente e ainda o COVID 19


Vagueando

A questão já não é o vírus, mas sim a forma como se usa o vírus para o negócio.

Andou e anda meio mundo, vá lá um bocadinho mais de meio, indignado e irritado com a China ter ocultado informações sobre a propagação do vírus, inclusivé à própria OMS que, supostamente lhe deu cobertura e, eis senão quando, parece que na Europa se anda a fazer o mesmo.

As últimas semanas mostraram afinal, que a União Europeia, que não criou um critério sobre encerramento de fronteiras é a mesma União Europeia que deixa que cada país defina, a seu belo prazer, quando abre, a quem abre e com quem estabelece relações económico/turísticas através de corredores com um selo clean and safe.

É esta mesmo União Europeia, dita civilizada, democrática e evoluída que deixa que nalguns países se ande a mentir sobre o (alegado) controlo da pandemia.

Bom, parece que já nos aprendemos a viver com vírus, agora é só reaprendermos a viver com o novo normal, ou seja a nova hipocrisia, como mentir bem sobre o vírus.

Quem foi que disse que a China escondeu a gravidade do vírus?

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