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Generalidades

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03
Out23

Sintra tem mais encanto com silêncio


Vagueando

Troco com a maior das facilidades e prazer a manhã na cama por um passeio a pé pelas ruas de Sintra.

Se nos tempos da pandemia a sensação era estranha e até medonha, agora é um prazer imenso.

Vagueio por Sintra, os turistas ainda não chegaram, os habitantes deslocam-se para os seus empregos, seguem noutras direções de carro pelo IC 19 e de comboio através da Linha de Sintra.

Os comerciantes ainda não abriram as lojas, os cafés e esplanadas das zonas turísticas ainda repousam, os carros, tuk tuks, trotinetas, autocarros e outras gerigonças motorizadas, ainda aguardam condutores para os movimentar, apenas algum movimento de entrega de mercadorias circula pelo centro histórico.

E eu vou passeando pelo silêncio e pela nudez das ruas e passeios, ainda sem carros mal estacionados, desfrutando desta paisagem, assim sozinho, mas muito bem acompanhado por este magnífico património cultural na capital do Romantismo

Tudo só para mim, incluindo o silêncio, tudo meu, sem nada me pertencer, por breves instantes vou carregando imagens na minha memória e enviando outras, para a memória do meu computador.

Seria muito egoísta se não partilhasse aqui algumas destas imagens.

Nota Final: A primeira foto, talvez a mais surpreendente porque foi captada às12h59m, hora de almoço, no local mais caótico do centro de Sintra. Em condições normais, quer a passadeira de peões, quer a paragem de autocarros bem visíveis na foto, estariam tão atulhadas de gente e veículos de toda a espécie, mesmo os que não são autocarros, que não seria possível ver nenhuma delas na foto. Esta é a única foto que foi tirada durante a pandemia, 03/06/2020 e foi dos primeiros almoços que fiz num restaurante nesta altura.

26
Ago23

Modernices

Os passeios ainda são dos peões?


Vagueando

 

20230822_132756 (4).jpg

No meu tempo de juventude, quando algo de esquisito acontecia dizíamos que eram modernices.

Hoje conheço algumas modernices, que para além de esquisitas são perigoas e que tenho dificuldade em entender, nomeadamente aquela em que se permitiu a transformação de triciclos de carga em tuk tuks, ou seja, aparafusaram-se umas cadeiras na caixa de carga e passaram a transportar pessoas, escrevi aqui sobre isso em Abril de 2018.

Há poucos dias andava pela Baixa Lisboeta e deparei-me com um grupo de turistas, acompanhados por um guia, devidamente equipados com capacetes, a fazerem um tour de segway por Lisboa.

Nada de mais, Lisboa está cheia de turistas é normal que se façam tours para lhes mostrar a cidade. O problema é que estes turistas, circulam com estes veículos nos passeios ao lado de peões.

As estradas portuguesas foram invadidas, nestes últimos anos, por novos veículos, trotinetas, skates, segways, monociclos, bicicletas, scooters de mobilidade.

Ora estes veículos, é necessário que se diga, possuem motores elétricos, são por isso silenciosos, não estão identificados com matrícula, podem ser conduzidos por pessoas sem carta ou por pessoas que tiveram carta mas que, eventualmente, não lhes foi renovada (scooters de mobilidade), são um risco potencial para todos os utilizadores da via pública.

E constituem um risco ainda maior, porque muitos deles são conduzidos inconscientemente e conscientemente, sem qualquer respeito pelo Código da Estrada, por exemplo, ignorando a paragem obrigatória perante o sinal vermelho ou circulando em sentido contrário em vias de apenas um sentido.

Como se tudo isto não fosse já bastante mau, muitos destes veículos invadiram literalmente os passeios, potenciando o risco de causar ferimentos graves em peões, nomeadamente os mais vulneráveis (crianças e idosos).

Não entendo, que se promovam tours, guiados ou não, em que se utilizem veículos motorizados, sejam segways, bicicletas ou trotinetas, em que se utilizam os passeios para transitar.

Se as trotinetas e bicicletas estão proibidas de circular nos passeios, proibição que ninguém respeita, nem ninguém pune, será que  tours com estes veículos estão mesmo autorizados?

Ou é mais uma daquelas situações em que depois da desgraça toda a gente vem sacudir a água do capote?

Se aos participantes nestes tours, é dada a informação que viajam em segurança com um capacete incluído, que segurança é oferecida aos peões que circulam pelos passeios?

É feito algum teste de alcoolémia aos participantes?

Que garantia podem os peões ter, que por distração ou falta de perícia de um participante, não são atingidos por um veículo destes que pesa cerca de 50 kg, pelo que com um adulto em cima ultrapassa facilmente os 100 kg?

Se acham que estou a exagerar basta dar uma vista de olhos a este vídeo do You Tube, Acidentes Segways onde algumas destas quedas ocorrem em passeios turísticos, para perceber o perigo que isto constitui para um peão.

É que o peão, sendo o elo mais fraco, mesmo sem culpa, as mazelas, o sofrimento, a hospitalização e eventuais incapacidades são efetivamente dele.

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