Super(Des)Liga
Vagueando
Florentino Pérez é a cara do Real Madrid e terá sido o percursor da Superliga que, para já, caiu com estrondo.
O mesmo Florentino Pérez contratou Julen Lopetegui para treinador do Real Madrid, quando este estava ao serviço da selecção espanhola, dois dias antes do início do primeiro jogo desta selecção no Campeonato Europeu de Futebol, em 2018.
A criação da Superliga não era mais de que um clube de clubes ricos que, jogando entre si, recolheriam as receitas milionárias que esses jogos gerariam, para proveito próprio.
Nesta Superliga não se entraria por mérito desportivo mas sim por convite. Entenda-se por convite, o valor acresentado –elcontado - que o convidado podia trazer aos participantes, ou seja, a subversão completa daquilo a que ainda (embora já muito mal) conhecemos como desporto.
Os ingleses, honra lhe seja feita, deram pelo erro tremendo e, num acto de humildade, as desculpas apresentadas pelo dono do Liverpool aos seus adeptos e de coragem, a rapidez e firmeza com que Boris Johnson dissuadiu os clubes ingleses a desistirem da ideia, com a ameaça da criação de um grande imposto de luxo e entravar os procedimentos de emissão de vistos de residência para jogadores estrangeiros em Inglaterra.
É por estas atitudes que tenho pena que os ingleses tenham abandonado a União Europeia porque são, sem sombra de dúvida, uma importante fonte de equilíbrio de poder.