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Generalidades

Generalidades

17
Out25

Casamento toponímico


Vagueando

Desafio Uma foto Um texto de IMSilva

Quando a Serra de Sintra estava ainda despida de vegetação e coberta de pedra e onde foram deixados vestígios a ocupação romana, cirandavam à sua volta carreiros cruzando-se no seu sopé. Os carreiros foram as primeiras vias de comunicação conhecidas. Eram percorridos a pé e por animais que ajudavam os humanos a transportar os seus parcos haveres.

Já me falaram, mas não consegui comprovar, que descendo as Escadinhas da Vigia, passando pela Travessa dos Avelares, atravessando depois a Calçada de S.Pedro, em direção às Escadinhas de Stª Maria, passando pela igreja com o mesmo nome, de onde parte uma subida ingreme (Rampa do Castelo) até ao Castelo dos Mouros, terá sido o primeiro caminho de acesso a este monumento.

Ainda hoje este percurso só é possível fazer a pé.

Com a existência de povos nómadas e invasões, os carreiros foram tornando-se mais visíveis eventualmente mais largos, aparecendo por vezes veredas que serviam de atalhos entre os carreiros. A multiplicidade de carreiros cruzavam-se em diversos pontos de Sintra.

A orientação para que usava estes carreiros era crucial, na medida em que os mesmos não possuíam qualquer sinalização.

O crescimento da população, transformou carreiros em caminhos, estes em estradas, estas em avenidas, à medida que passaram a ser utlizados por mais gente, por mais veículos de tração animal e posteriormente, por veículos de combustão.

20251017_080940.jpg

As ruas com nome começaram a ser conhecidas pelos negócios que as ocupavam. É comum ainda hoje termos ruas designadas por Rua dos Mercadores (Porto), Rua dos Correeiros (Lisboa). Posteriormente, com os estudos desenvolvidos sobre a origem dos lugares – Toponímia – começou-se a atribuir nomes de personalidades ilustres às ruas do País.

Ainda que pertencendo ao Século passado, estas duas placas toponímicas de Sintra tão juntinhas, distinguem uma Avenida de um Largo.

Vai daí, pelo poder que me foi instituído pela Imaginação, já que estão aqui juntas e sempre se deram bem, resolvi celebrar hoje o casamento do Largo com a Avenida.

Afinal o Largo resulta da confluência de vários carreiros em Sintra e a Avenida resulta da evolução de um ou mais carreiros, que necessitaram de ser alargados para deixar avançar a civilização.

Fica aqui registada em foto a união hoje celebrada por mim, das duas placas toponímicas.

11
Jul25

Absurdo


Vagueando

Participação XXXV, Ano II, no Desafio 1 foto 1 texto de IMSilva

Quando circulamos nas estradas nacionais e nos deparamos com um qualquer sinal de proibição, nomeadamente de velocidade -  sinal C13 - sabemos que essa proibição começa ali, mas nunca sabemos onde acaba.

Contudo, existe no Código da Estrada o sinal C20b que se destina, justamente, a assinalar o fim da proibição de um limite imposto anteriormente.

É lamentável esta falha recorrente que só contribui para a confusão e para o desrespeito dos limites impostos.

Sabemos, mais que não seja pela divulgação regular das estatísticas das autoridades, que o incumprimento dos limites de velocidade é a infração que está no topo da tabela. Fico apenas na dúvida se este topo se deve mais à fiscalização intensiva a esta infração (talvez porque rende boas receitas sem necessidade de muitos recursos humanos) ou se existem outras, igualmente muito graves, que não são tão escrutinadas e que por isso passam despercebidas.

Refiro a título de exemplo, desrespeitar o sinal vermelho ou de Stop ou desrespeitar a linha contínua.

Não obstante, existem limites de velocidade perfeitamente absurdos , que ninguém entende e por isso, não são respeitados.

Um exemplo entre milhares que existem pelas estradas portugeses, é o da foto.

 

20250711_084512.jpg

   Esta foto foi tirada na Av Sidónio Pais em Sintra, que no seu início tem um sinal que proibe velocidades superiores a 50 km/h. Do início desta avenida até esta sinalização distam cerca de 500m.

 Esta sinalização está colocada entre os entroncamentos à direita com a Rua Agostinho Fernandes e a Rua Dr. Cunha. 

 A questão que se coloca aqui, é que perigo(s) existe(m) nos 30 metros desta avenida , correspondentes  à distância da probição de 30 Km/h e da proibição de 50 km/h?

 Estas situações não servem de desculpa para o incumprimento generalizado dos limites de velocidade, mas são o sinal de desleixo e incúria na conservação e sinalização das estradas nacionais.

 

 

16
Set23

Os Radares Salvam Vidas

O cumprimento do Código da Estrada também


Vagueando

Os novos radares estão a ser “vendidos” em campanha, sob o lema Os Radares Salvam Vidas.

Para já o que se notou foi aumento colossal de multas que, em tão pouco tempo, conseguiram emitir.

Se serão todas pagas ou não, isso é outra história.

Este aumento de multas deriva da tendência que os portugueses (ainda) têm para pisar com demasiada força o pedal do lado direito e também a falta de respeito que têm pela sinalização vertical (mesmo quando ela é clara e coerente) que proíbe a circulação acima do limite indicado pelo  Sinal C 13.

Não sou contra os novos radares e admito que com o tempo as multas vão chegar a casa, ao atingir a carteira dos incautos ou dos incumpridores, a redução da velocidade nos troços controlados pelos novos radares reduzirão a sinistralidade grave, não necessariamente o número dos acidentes.

O que lamento é que se combata a sinistralidade muito mais pelo lado da velocidade do que pelo controlo/fiscalização de manobras insanas em muitos outros locais, onde não existem câmaras nem fiscalização, sobre o mesmo problema.

Dou como exemplo dois semáforos ligados a radares, na EN9 localizados em ambos os sentidos, entre o entroncamento da Lagoa Azul e rotunda do Linhó e que se encontram ali montados há vários anos.

O limite de velocidade é de 50km/h, a estrada tem duas faixas de rodagem para cada lado, existem duas passadeiras de peões entre estes dois semáforos.

Recorrentemente, muitos automobilistas optam por não respeitar o limite de velocidade, nem tão pouco o sinal vermelho. Não existem câmaras, nunca vi ser feito ali qualquer tipo de fiscalização.

Neste sentido, gostaria de deixar as seguintes perguntas;

1. A instalação destes radares e semáforos neste local, obedeceu ao critério de redução de salvar vidas?

2. A instalação destes radares, ligados ao sistema de semáforos que obrigam o trânsito a parar quando o limite de velocidade foi ultrapassado, diminuiu a sinistralidade, ou seja, salvou vidas?

3. Na eventualidade de não ter sido reduzida a sinistralidade, que outras medidas foram tomadas para o efeito?

4. Sendo possível, do ponto de vista legal, fotografar veículos em excesso de velocidade, quer através de radares fixos, quer através de radares móveis, por que razão não se fotografa veículos em excesso de velocidade que, adicionalmente, desrespeitam a obrigatoriedade de parar no sinal vermelho?

A última questão que gostaria de colocar, voltando ao novos radares, nomeadamente no IC 19, a estrada que mais percorro, é se a par do novo sinal que informa a presença deste radar nesta via, não deveria ter existido o cuidado de substituir, rever toda a sinalização existente ao longo do seu percurso, tanto mais que existem sinais já queimados pelo Sol e pinturas no pavimento que estão erradas, como é o caso da pintura no entroncamento (sentido Sintra Lisboa) do Estado Maior da Força Aérea, conforme fotos e legendas abaixo?

Ou isso agora não interessa nada, porque já estamos a faturar?

Barcarena.jpg

O sinal assinalado a vermelho indica o quê? Faz sentido, colocar-se nova sinalização numa das vias mais movimentada do país e deixar chegar os sinais anteriores a este estado de degradação?

Alfragide.jpg

A linha contínua assinalada a azul está fora do local que deveria sinalizar, ou seja, impedir que alguem que circula nas faixas da esquerdo ou do meio, possa sair do IC 19. A saída que se vê na parte de baixo de foto, nem sequer tem este tipo de proteção uma vez que a linha contínua foi pintada já depois do entroncamento.

Quem fiscaliza estas situações?

 

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