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Generalidades

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07
Ago25

Flores que não murcham


Vagueando

     Ao sol, sem água e, consequentemente sem necessidade de rega, estas flores, viçosas, coloridas, dão vida às ruas que torram sob o calor abrasador dos últimos dias. Nem mesmo o calor violentamente refletido pelo piso das ruas contra estas flores as incomoda, embora os que as visitam, sofram com esta calma (calor), mas se deliciem com a calma (tranquilidade) do Alentejo.

Falo do Redondo e da Festa das Ruas Floridas que decorre entre 2 e 10 de Agosto.

Estive por lá no passado dia 6 e gostei da ideia, da decoração e apreciei o esforço desta gente que se dá ao trabalho de fabricar uma quantidade gigantesca de flores e montar uma parafernália de equipamentos para as expor.

A beleza espalha-se pelas ruas que se percorrem lentamente, primeiro para apreciar, fotografar e embasbacar com o colorido, com a simetria e a alegria que é ver este feito e em segundo, porque o calor aconselha passos lentos e paragens para refrescar, assim como se fazia naquele campeonato do mundo de futebol para refrescar os jogadores devido ao calor, a que chamavam o “Cooling break”.

A única coisa que não gostei foi dos altifalantes espalhados pelas ruas para animar os visitantes com música e publicidade às empresas locais, gostaria mais do silêncio mas isso é um problema meu, sou um adepto de espaços silenciosos.

Cada rua exibia orgulhosamente um tema, achei que a nenhuma delas faltava qualidade de execução ainda que o colorido e a exuberância de algumas talvez chamassem mais à atenção do visitante. O meu gosto pessoal foi para a rua dos Espantalhos e do Legos.

A decoração da rua Manuel Joaquim da Silva, cujo tema era “Feito à mão”, transportou-me ao passado ao recordar-me uma modista de Sintra, Isilda Martins, já falecida e que conheci muito bem e sobre a qual já falei neste post, a propósito de queijadas, para de alguma forma a homenagear com algumas fotos desta rua que se relacionam com costura.

Isilda.jpg

Se tiverem disponibilidade, fica o convite, visitem a Vila do Redondo, no distrito de Évora, as flores esperam por si, viçosas e coloridas até ao próximo dia 10 de Agosto. Entretanto ficam aqui umas fotos das flores que não murcham.

Estou certo que não darão o vosso tempo por perdido e, se não quiseram perder um dia de praia, passem por lá durante a noite, é mais fresquinho e ainda contam com animação musical.

14
Jun25

O Silêncio gosta de música e chama por ela


Vagueando

Começo por chamar a música relembrando Sara Tavares

Sempre tive uma péssima relação com a música, mea culpa!

Não sirvo para a música, não tenho voz, não tenho ritmo, não sei tocar nenhum instrumento, falta-me aquela alma que só os artistas conhecem e que eu não nunca encontrei.

Mas sinto-me como peixe na água na natureza, comungo do seu espírito, sinto-lhe o silêncio e os seus ruídos ainda mais silenciosos, ainda que tenha já graves deficiências auditivas.

São estas deficiências que, sendo-o, não há como negar, me salvam do ruído, do barulho desnecessário, da gritaria. Basta um clique no telemóvel e as minhas próteses auditivas desligam-se. Chego ao paraíso, que é o Silêncio.

Daí que me predisponha a caminhar, no meio da natureza, para chegar a um espetáculo de música, intimista, no meio da natureza em que o silêncio desta se encanta com os acordes melodiosos do artista, da música, do espetáculo.

Apreciem, se estiverem dispostos a ouvir o silêncio das imagens, da Caminhada Concerto de hoje, em Sintra, com Tiago Nacarato.

Se o amor é fogo que arde sem se ver, música é o acordar (levemente) do silêncio sem o incomodar.

É pena, estes concertos em Sintra só ocorram uma vez por ano, em Junho, pelo que se gostaram, fica aqui o do ano passado.

 

 

29
Abr25

Apagão e o renascimento dos anos 70


Vagueando

Ontem dia 28/04/2025, coloquei a bateria do meu velho UMM à carga, logo de manhã. Fi-lo, por hábito porque se trata de uma carro velho, quero dizer, antigo e que prezo (muito) por ser meu, por ter sido o carro onde o meu filho aprendeu a conduzir, por ser um carro português e porque, sendo velhinho, não anda todos os dias, pelo que a bateria não gosta de estar sem uso e por isso necessita de ser carregada de tempos a tempos.

É um processo ecológico, na medida em que, evita que a bateria vá para o lixo prematuramente.

Entretanto, pelas 11h e 30m sensívelmente, dá-se o apagão.

Não estranhei, a minha rua tem problemas crónicos de abastecimento de energia eléctrica, aos quais a ERedes, tem vindo a não resolver. Isto não é uma crítica, é um facto e como resido numa zona sensível de Sintra, devido à sua classificação como Património Mundial, as soluções para a resolução do problema não são fáceis de encontrar e por isso, são lentas.

Mas, pouco tempo depois do apagão, começou a instalar-se um silêncio estranho, parecia que estávamos de novo em pandemia. Poucos carros, poucas pessoas, silêncio.

Estranho!

Ligo o rádio do meu velho UMM e eis que o país estava sem energia, mas começava a estar em pânico.

Sai à rua, a pé, sinto o silêncio e constato a ausência de carros e de pessoas na rua.

Recordo a pandemia. No entanto na rua Dr Higino de Sousa, com cerca de 300m de comprimento e com menos trânsito do que é habitual encontrar em Sintra, algumas crianças jogam à bola e brincam em plena rua.

A falta de computadores, de redes sociais, de video jogos, de televisões, de telemóveis, de internet, fizeram renascer, aquela alegria dos anos 70 em que os "putos", brincavam na rua, no jardim, ao ar livre.

Só por esse fugaz momento, agradeço ao apagão e aos seus responsáveis.

12
Out24

Las Médulas


Vagueando

No início de Outubro, para participar no Desafio semanal de IMSilva - 1 foto 1 texto - coloquei aqui uma foto obtida em Las Médulas onde realizei uma série de caminhadas. Na altura prometi que voltava ao tema, pelo que aqui estou.

Trata-se de um local fantástico, cheio de beleza e história, onde o silêncio impera e o espaço para respirar é tão imenso que nos sentimos noutro mundo, noutro planeta se quiserem ou até num lugar encantado. Isto é válido para quem gosta de silêncio e não sofre ao se ver rodeado de muito espaço, sem que veículos motorizados nos importunem. Claro que esta época, final do Verão, também contribuiu para esta sensação, acredito que em pleno Verão exista muito mais gente por ali.

Para falar deste local, desta beleza e de tudo o que por lá podem fazer, deixo o link do blog Viajar entre Viajens, de Carla Mota e Rui Pinto que, de forma muito profissional nos deixam todas as dicas necessárias para esta viagem. Confirmo desde já que a opção de começar o passeio pedestre da Rota dos Conventos, dada por este casal, é a melhor forma mais relaxante e menos exigigente do ponto de vista físico para fazer este percurso pedestre, ou seja partir de Orellan, em direção ao Mirador com o mesmo nome, (aldeia onde se pode pernoitar em três locais com dois restaurantes muito bons, um no Hotel Rural El Lagar de Las Médulas e o Palleiro de Pe de Forno).

A ideia de deixar a descrição do local a este blog, permite-me concentrar-me nas fotos que tirei e que queria partilhar.

Assim deixo-vos dois links para dois grupos de fotos.

O primeiro regista fotos das caminhadas realizadas, em redor de Las Médulas, no Castelo de Ponferrada e na vila de Villafranca del Bierzo

O segundo contem uma série de fotos de Las Médulas, com nevoeiro, com nuvens e com sol, série que acho que ficou muito interessante, pelas diferente tonalidades da montanha esventrada pelos romanos para obter o ouro que ela continha.

 

 

19
Abr24

Quer Ter?


Vagueando

Para o Desafio 1foto1texto de IMSilva, hoje temos - Quer Ter?

20240416_130939.jpg

 

  • Quer ter um arquitecto que lhe apresente uma obra prima, sem ser necessário projeto nem licença?

 

  • Quer ter um decorador que lhe apresente vistas diferentes todos os dias sem ter que pagar nada?

 

  • Quer ter um pintor que lhe mude as cores ao longo de todo o ano sem usar tinta alguma?

 

  • Quer ter uma vista privilegiada e ainda por cima com bom ar para respirar?

 

  • Quer ouvir o silêncio e estar rodeado de belas espécies de aves?

 

  • Quer tudo isto sem ter que gastar dinheiro em energia?

 

  • Quer ter sombra, sol e temperaturas amenas?

 

  • Utópico?

 

Nem por isso, vejas as fotos no link abaixo e contrate a natureza.

https://photos.app.goo.gl/RT1QkoqzmaszcXpm6

 

 

 

 

 

02
Abr24

MAAT

Uma visita, umas imagens


Vagueando

20240401_151949.jpg

Confesso que não percebo nada de arte, mas alguma arte mexe comigo transmitindo-me sensações que não sou capaz de descrever. Não obstante, a arte que mexe comigo, gosto de a fotografar e de a voltar a ver em casa, sob a perspetiva do meu olho fotográfico e no silêncio da minha sala.

Ao visitar MAAT e rever as fotos, deixei-me levar pela exuberância das experiências artísticas de Joana Vasconcelos. Ao olhar para algumas das suas obras, a única sensação que consigo descrever é que me senti esmagado, sem dor e sem qualquer opressão, pela imponência, diria mastodôntica das peças sem que o significado literal de mastodôntico se aplique. Só uso o termo, porque as dimensões das peças extravasam a nossa imaginação sem lhe retirar beleza  e acrescentando-lhe admiração.

Ainda que árvore da vida seja uma minorca quando comparada com espécies bem maiores, as cores, o brilho e forma curiosa das raízes à superfície, assim como a iluminação, fazem desta árvore um objeto de culto, uma natural imitação da natureza com cores que a podiam inspirar a fazer igual. Creio até que se a natureza falasse, pediria conselhos à artista sobre como é possível compor uma árvore artificial tão bela como uma natural.

Acho que não exagerei, mas faço pundonor em deixar o link para darem um pescanço às fotos, se vos apetecer.

https://photos.app.goo.gl/euWapAfL9Q1SSLur7

 

 

03
Out23

Sintra tem mais encanto com silêncio


Vagueando

Troco com a maior das facilidades e prazer a manhã na cama por um passeio a pé pelas ruas de Sintra.

Se nos tempos da pandemia a sensação era estranha e até medonha, agora é um prazer imenso.

Vagueio por Sintra, os turistas ainda não chegaram, os habitantes deslocam-se para os seus empregos, seguem noutras direções de carro pelo IC 19 e de comboio através da Linha de Sintra.

Os comerciantes ainda não abriram as lojas, os cafés e esplanadas das zonas turísticas ainda repousam, os carros, tuk tuks, trotinetas, autocarros e outras gerigonças motorizadas, ainda aguardam condutores para os movimentar, apenas algum movimento de entrega de mercadorias circula pelo centro histórico.

E eu vou passeando pelo silêncio e pela nudez das ruas e passeios, ainda sem carros mal estacionados, desfrutando desta paisagem, assim sozinho, mas muito bem acompanhado por este magnífico património cultural na capital do Romantismo

Tudo só para mim, incluindo o silêncio, tudo meu, sem nada me pertencer, por breves instantes vou carregando imagens na minha memória e enviando outras, para a memória do meu computador.

Seria muito egoísta se não partilhasse aqui algumas destas imagens.

Nota Final: A primeira foto, talvez a mais surpreendente porque foi captada às12h59m, hora de almoço, no local mais caótico do centro de Sintra. Em condições normais, quer a passadeira de peões, quer a paragem de autocarros bem visíveis na foto, estariam tão atulhadas de gente e veículos de toda a espécie, mesmo os que não são autocarros, que não seria possível ver nenhuma delas na foto. Esta é a única foto que foi tirada durante a pandemia, 03/06/2020 e foi dos primeiros almoços que fiz num restaurante nesta altura.

22
Fev23

Salpicos de Sintra


Vagueando

Se conhece Sintra, se não conhece Sintra ou se pensa que conhece Sintra, observe a ponte abaixo.

Esta foto não é em Sintra é o engodo para vir até Sintra.

Atravesse-a e vem na boa direção a Sintra.

PB161894.jpg

As fotos que junto no link abaixo, essas sim, são todas em Sintra e resultam de uma compilação que fui fazendo ao longo do tempo em que comecei a ter tempo para observar Sintra.

São fotos obtidas durante as minhas caminhadas por esta bela Vila, muitas vezes com a minha "cãopanhia".

Caminhar permite ter tempo para ver e observar, só assim conseguimos captar na nossa mente imagens que de outra forma nos escapariam. Muitas destas fotos só foram possíveis naquele momento, naquele minuto, naquele segundo, naquela exata fração de tempo e essa oportunidade escapa a quem não tem tempo e, sem tempo, não se consegue estar atento.

No auge da pandemia foi possível caminhar nos sítios mais turísticos de Sintra - onde normalmente se aglomeram muito mais pessoas que o espaço disponível – sem ver ninguém, nem sequer um veículo motorizado.

O silêncio, ainda que preenchido por sons que já não estava habituado a ouvir naqueles locais, como o sacudir das folhas impulsionadas pela brisa ou o chilrear dos pássaros e sentir o cheiro da terra e das plantas sem o odor fedorento da queima de combustível, chegou a ser assustador.

A sensação de estar sozinho em Sintra e no Mundo, com muito tempo, foi uma experiência estranha, aterradora até.

Contudo, hoje ao rever estas fotos percebo a felicidade que tive em dispor deste tempo, de tanta beleza, de silêncio, de tranquilidade e de calma só para mim.

A história, certamente melhor do que eu, arranjará uma forma de explicar que no meio da desgraça que foram as muitas mortes causadas pela doença e dos enormes desafios que colocou aos sistemas político e de saúde, a oportunidade que nos foi dada de observar o nosso espaço de outra forma.

Muitas vezes cheguei a duvidar que estivesse vivo e que não estava louco tendo recuado tanto no tempo, até ao tempo de ainda não existirmos.

Boa viagem pelas fotos que já inclui algumas do regresso à normalidade.

https://photos.app.goo.gl/C3PRQ5rWeP4DNJyQA

 

27
Out22

O Espaço


Vagueando

Toda a gente procura encontrar o seu espaço, por vezes durante toda a sua vida.

Já encontrei várias vezes o meu espaço, até mesmo aquele que julgava imaginário e que pensava ser impossível encontrar. Todos os meus espaços, são sempre longe de toda a gente e longe de tudo, porque é onde há mais espaço disponível e como gosto de espaço para respirar, partilhei em Novembro 2019, este Espaço para respirar

A procura de espaço onde ele existe em abundância, no meio do nada, onde se mistura com muito silêncio, onde pouco ou nada há para ver é o local ideal para procurar o nosso espaço.

Daí que tenha começado a procura de espaço, no Espaço. Só que a este Espaço pouca gente vai porque não tem, como o português Mário Ferreira, posses para comprar um bilhete de turismo espacial a Jeff Bezos ou do Richard Brason. Por outro lado, a duração destes voos, deixa pouco tempo para procurar o nosso espaço. 

Não obstante, há muito espaço para consquistar fora do Espaço mas, curiosamente, quem procura o seu espaço, fá-lo em locais onde há muita gente à procura do dito, o que torna a coisa mais difícil.

Pois eu, ao contrário dos negociantes do turismo espacial,   não precisei de um foguetão nem de gastar um dinheirão, mas encontrei mais um espaço, que até fazia parte o meu imaginário. Encontreio-o por acaso, porque só se revelou naquele momento em que por ali passava e fiquei com ele, sem poluir, sem fazer escritura ou registo notarial. 

Este espaço, encontrado de uma forma ambientalmente sustentável, guardei-o como sendo, o meu lado lunar que bem pode ser o mesmo lado lunar tão bem cantado por Rui Veloso. Lado Lunar - Rui Veloso.

Só falta mostrar-vos a a foto do meu lado lunar, espreitem abaixo. 

Não me perguntem onde é porque não digo. Partilho-o para que fique a fazer parte também do vosso imaginário.

 

20221026_125146 (2).jpg

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