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Generalidades

Generalidades

05
Jan24

Rotundas entre o amor e o ódio


Vagueando

Quando se fala em rotundas em Portugal estou em crer que a maioria diz que são uma praga. Não obstante, eu sou um grande defensor das rotundas e, só para dar um exemplo da falta que elas nos fazem e dos benefícios que elas nos trazem refiro a que deveria existir na N125 no Algarve no cruzamento que dá acesso à Praia Verde. Aquele cruzamento, é um espetáculo deplorável de como se trata as estradas nacionais e bastante movimentadas. Basta olhar para foto abaixo da Google Earth para perceber que isto não é digno de um país que está virado ao turismo e, mesmo que não estivesse, não seria digno para os residentes e cidadãos nacionais.

CRuz PVerde.jpg

Mau piso, má sinalização, péssima apresentação, isto está assim há vários anos e os acidentes repetem-se com regularidade. Não existe iluminaçao neste cruzamente pelo durnate a noite as coisas pioram. Até Vila Real de Santo António esxistem muitas rotundas a maior parte delas, pequenas e mal construídas.

Até a GNR que conhece o local sofreu aqui um acidente o ano passado.

Sendo acérrimo defensor da implantação de rotundas, não deixo de as considerar uma praga, mas não por serem muitas. A praga é outra, a saber;

Desenho incorreto, nomeadamente quando permitem que as mesmas possam ser percorridas sem necessidade de as contornar, ou seja, possam ser feitas em linha reta e, consequentemente, sem reduzir a velocidade o que potencia a ocorrência de acidentes.

Má sinalização ou ausência dela, o que gera confusão relativamente à prioridade.

Desenhadas de forma a que não sejam redondas, assumindo por vezes formas estranhas.

Decoração por vezes de mau gosto e, pior tirando-lhe visibilidade que compromete a segurança da circulação.

E agora a outra praga, aquela que critica, que barafusta, mas que contribui de forma significativa para que as rotundas percam grande parte da seu objectivo e eficácia, os condutores.

Sendo Portugal o segundo país com mais rotundas por milhão de habitantes, 473 rotundas, e estando no Top 5 do número de rotundas por quilómetro quadrado, 53 rotundas, deve ser também o que tem maior número de condutores que não sabem como nelas se deve circular.

O facto de existirem filas nas rotundas não é alheio ao péssimo comportamento dos condutores portugueses, nomeadamente no que se refere na falta de uso do pisca para assinalar, como obriga o Código da Estrada, para onde querem ir. Aliás o mau comportamento relativamente ao pisca estende-se ao péssimo hábito, novamente contrário ao preconizado pelo Código da Estrada, que consiste em ligar os 4 piscas quando se estaciona o carro a estorvar todos os outros e não para assinalar uma situação de perigo.

E portanto esta praga, ao não assinalar para onde pretende seguir empanca o trânsito dentro das rotundas, cujas regras de prioridade destinam-se a facilitar as saídas assegurando deste modo a fluidez de tráfego.

Quando estiver a sair de uma rotunda e não usar o pisca para sinalizar essa manobra, lembre-se que quem está parado para entrar, não o faz porque não sabe se lhe vai passar à frente e essa coisinha tão simples, repetida centenas de vezes ao longo do dia é o suficiente para fazer filas antes das rotundas.

Deixo aqui uma nota escrita da Segurança Rodoviária e um vídeo da GNR (para aqueles menos dados à leitura) de como se deve circular nas rotundas.

https://www.segurancarodoviaria.pt/noticias/como-fazer-bem-uma-rotunda/

https://www.facebook.com/GuardaNacionalRepublicana/videos/sabe-circular-numa-rotunda1-nas-rotundas-o-condutor-deve-adotar-o-seguinte-compo/303125404595997/?locale=pt_PT

16
Nov23

Carro Cancela


Vagueando

Desafio IMSilva 1 foto 1 texto

 

Recentemente começaram a circular nas estradas portuguesas veículos cuja iluminação traseira é uma tira vermelha que ocupa toda a traseira do veículo, ou seja, em vez de dois farolins vermelhos, existe uma linha vermelha que liga uma ponta do carro à outra.

Deixou-se assim de ter a noção direita e esquerda e fácilmente se confunde a traseira de um destes carros com uma cancela, por exemplo com as usadas nos parques de estacionamento. 

Numa estrada sem qualquer tipo de iluminação, ao vermos um carro destes à distância a primeira reação é de que temos uma barreira à nossa frente.

Discordo completamente desta nova forma de iluminação que pode ser muito bonita e atrativa, mas que não me parece benéfica em termos de segurança, pelo que não concordo que tenha sido homologada.

Propositadamente colei numa mesma foto uma cancela e a traseira de um destes veículos, basta imaginarem o que veriam à distência, numa estrada onda não exista ilumiação pública. 

Carro cancela.png

 

31
Out23

Vacina Covid 19


Vagueando

Sempre fui defensor das vacinas, tenho-as em dia e há muitos anos que sou vacinado contra a gripe e este ano não foi excepção.

Apanhei todas as vacinas contra o Covid 19 e já fui infetado duas vezes com o vírus. Nunca tive sintomas, mas testei porque a minha mulher, também infetada duas vezes, tinha sintomas.

Até hoje não percebi se não tive sintomas por causa da vacina ou se apenas porque o meu organismo reage assim.

Está na altua de voltar a tomar a dita vacina. Contudo, desta vez não estou tão seguro da eficácia, segurança da mesma. Médicos com quem tenho falado, uns são contra outros são a favor.

Campanha a favor da vacinação existe, mas as dúvidas que eventualmente muitos como eu terão, o silêncio é a resposta.

Alguém quer contribuir para este peditório de opiniões?

 

05
Mar22

Sinistralidade autorizada


Vagueando

Recentemente o ACP lançou um vídeo, (ver aqui Video ACP) onde se aborda a situação das zonas 30.

A grande conclusão a tirar do filme é que em matéria de segurança rodoviária, se legisla bem e se fiscaliza mal, ou melhor, pelo menos dentro das cidades, não se fiscaliza.

Neste filme é possível constatar que nestas vias e ao que parece são poucas, só no ano passado, em que a circulação de pessoas foi fortemente condicionada pela pandemia,  registaram-se 16 mil acidentes e 119 mortos.

No video, a Dr Luísa Salgueiro, Presidente da Associação Nacional de Municípios, refere que nunca haverá fiscalização suficiente (o que é diferente de não existir nenhuma) e que haveria vantagens em clarificar a forma de como, para além da sinalização exigível pelo Código da Estrada, se uniformizasse outros elementos identificadores, como por exemplo o tipo de piso ou a cor do mesmo, para que não existam diferentes interpretações nem diferentes utilizações nestas vias.

30.pngDesculpa à parte, fica claro que a placa G4a (á esquerda)  - que cria este tipo de zona: indica a entrada numa zona 30km/h em que são aplicados dispositivos de acalmia de tráfego (para os mais distraídos) de modo a limitar a velocidade máxima de circulação a 30 km/h, cujo sinal de proibição, há muito que é conhecido dos automobilistas.

Independentemente do que vier a ser feito no futuro, a partir do momento em que se sinaliza o limite de velocidade é 30km/h é porque se reconhece que o mesmo é necessário, pelo que também é necessário fazê-lo cumprir para que não ocorram, só num ano, 16 mil acidentes num ano, muito menos 119 mortos.

Não vejo como a Presidente da ANM se “desculpa” com a falta de Polícia Municipal nalguns municípios ou com outras incapacidades para fiscalizar estas zonas, quando estes investiram em pessoal, formação e certificação dos seus fiscais, para que possam fiscalizar e multar veículos bem estacionados, na medida em que não prejudicam a fluidez nem a segurança do trânsito, mas que o Código da Estrada considerou oportuno incluir nos seus artigos, para assegurar a rotatividade dos lugares em zonas mais movimentadas.

Contudo, infelizmente, as autarquias viram nesta regulamentação do Código da Estrada um negócio, ao ponto de chegarem a explorar lugares pagos em contravenção com o mesmo Código da Estrada. Tenho vários exemplos que assinalei a autarquias e empresas de estacionamento municipal, que reconheceram o incumprimento e removeram os lugares e também tenho exemplos de autarquias e empresas de estacionamento municipal, perante este facto, optaram por ignorar o incumprimento e manter os lugares.

E foi este negócio que moveu as autarquias a servir-se do código da estrada, nomeadamente da alínea h) do Artigo 25º, que proíbe o parqueamento nas zonas de estacionamento de duração limitada, quando não for cumprido o respetivo regulamento e a alínea c) do artigo 163º , que considera abusivo ou indevido um veículo, em zona de estacionamento condicionado sem proceder ao pagamento de taxa ou se tiverem decorrido duas horas para além do período de tempo pago.

A Dr Luisa Salgueiro saberá que em Lisboa, onde existe Polícia Municipal e onde existem cinco zonas 30, bicicletas eléctricas a circular nos passeios, então agora com a febre da Glovo e Uber eats a entregar comida ao domicílio é perfeitamente normal trotinetas a circular em cima dos passeios,  é normal levarem duas pessoas e também é normal tudos isto se passar por vezes passar em frente a agentes da Polícia Municipal sem que nada aconteça.

Em Sintra, onde existe Polícia Municipal, foram criadas zonas proibidas a veículos de animação turística mas fiscalização não se vê e nem os operadores sentem qualquer tipo de repressão, caso contrário não circulariam, diariamente, e com tanta frequência nestes locais.

Lamentavelmente, as autarquias, na pessoa dos seus representantes, fazem vista grossa ao Código da Estrada para defender a segurança de pessoas e bens como ficou claro neste vídeo do ACP.

Assim sendo não se estranha a ocorrência de tantos acidentes.

Estranha-se sim o alheamento da comunicação social e de outros organismos, por exemplo a ACA-M Associação de Cidadãos Automobilizados que tanto eco têm dado ao acidente que infelizmente vitimou um trabalhador na A6 e até se constituiu assistente no processo, por considerar que ocorreu um homicídio por negligencia e se negligencia a ocorrência de 119 mortos em zona habitacionais.

Não haverá nestes acidentes, negligência de ninguém?

Ou ficamos apenas e só, como é costume dizer-se; É a vida, neste caso a morte para 119 pessoas.

Deixo alguns exemplos nas fotos abaixo do sentimento de impunidade decorrente da falta de fiscalização. O desespero leva residentes a colocar nas suas portas, de acesso às suas habitações, sinais de estacionamento proibido e mesmo assim não se respeita, estacionamento em cima de passadeiras de peões, entrada em ruas de sentido único em contramão para estacionar, sendo que algumas destas situações ocorrem a menos de 50 metros de um posto da GNR.

 

15
Ago21

A mudança do espectáculo deplorável e anárquico


Vagueando

 

Nasci no mesmo ano que a RTP. Neste sentido, cresci a ver crescer antenas agarradas às chaminés das casas e no cimo dos prédios.

Primeiro VHF para ver o único canal, a preto e branco e mais tarde de UHF, para ver o segundo canal, ainda e também a preto e branco.

Com a chegada da TV por cabo as antenas deixaram de ser necessárias. Contudo, a TV por Cabo não chegava a todo o lado. Assim foram-se montando, ao lado das antigas antenas, umas parabólicas que começaram a dar um ar de que andávamos todos à procura de um sinal de vida extra terrestre.

Sempre na vanguarda da inovação e da modernidade, o País começou-se a preocupar-se com a retirada das velhas antenas de TV e com  a montagem das novas parabólicas, para evitar a poluição visual.

Estávamos em 1989 quando se publicou o Dec. Lei 122/89 sobre a “Disciplina a instalação de antenas colectivas de recepção de radiodifusão sonora e televisiva” Como se depreende do um excerto abaixo deste Decreto Lei, já havia sido publicado um anterior que, curiosamente, mas não surpreendentemente, não produziu os efeitos desejado pela letra de lei.

Na verdade, os objectivos visados pelo Decreto n.º 41486 não foram atingidos, uma vez que não se evitou a proliferação de antenas de recepção, das quais a maior parte instaladas sem obediência mínima aos princípios estabelecidos, dando origem ao espectáculo deplorável e anárquico que hoje se pode observar em quase todos os telhados dos prédios dos grandes centros habitacionais.

Bom, mas a coisa lá foi e hoje o espectáculo deplorável e anárquico dos telhados dos prédios cheios de antenas é coisa do passado.

Missão cumprida!

O caos das antenas até era compreensível, porque se tratava de pessoas singulares que queriam ter acesso à televisão e, muitas vezes, eram as próprias que instalavam as suas  antenas.

Com advento da TV por Cabo o assunto ficou a cargo de empresas, altamente tecnológicas, inovadoras, focadas no cliente, apostadas na prestação de um serviço de excelência, de acordo com as melhoras práticas de mercado e de segurança e no estrito cumprimento da lei.

Recordo-me, em Setembro de 2018, o presidente da Altice, em nome da segurança de pessoas e bens, referia que a Vodafone estava a aceder de forma ilegítima aos seus postes e nada garantia que esses acessos, que não sabiam se era feitos ou não por um técnicos credenciados, podiam sobrecarregar esse poste com mais cabos e que as tensões provocadas por esse aumento, poderia levar à queda do poste. E acrescentava que, obviamente, a Altice estava a tomar medidas junto das autoridades competentes para, não só fazer valer aquilo que era de lei e que lhe era devido, mas também para garantir a segurança e a integridade das pessoas que circulam na via pública, junto dos postes espalhados por todo o país.

Sucede que o espectáculo deplorável e anárquico, pese embora a conversa do presidente da Altice, mudou-se das telhados para os postes.

Cada vez que olho para um poste de cabos de telecomunicações pergunto-me o porquê de tanta desarrumação e tanta anarquia e pergunto-me também se isto é que é inovação, sustentabilidade, segurança no trabalho e se as imagens dos postos que podem ver acima fazem parte do ADN destas empresas.

Não sei se existe, nem me dei ao trabalho de procurar, alguma lei que regule a montagem de cabos nos postes, mas se existe, o que está a acontecer é o seguinte; •

  • Ninguém está a respeitar a lei. 
  • Estarão à espera de uma nova lei para, aí sim, cumpri-la.
  • Ninguém fiscaliza. 
  • As alegadas medidas que a Altice tomou em 2018, não serviram para coisa nenhuma

A acescer a esta anarquia, juntou-se outra que tem a ver com a vegetação (que não sei porquê) ninguém corta nem apara, o que aumenta a carga sobre os postes, com a tensão criadas pelas ramagens da vegetação. 

Todos os postes fotografados estão em Sintra e, nenhum deles, está a mais de um 1km do centro histórico desta vila, Património Mundial.

Se isto é assim por aqui, o que não se passará de pior pelo país.

Mas que bandalheira. 

10
Jul21

A Propósito de Motas


Vagueando

Generalizou-se a ideia de que conduzir uma mota, sendo símbolo de liberdade, mas já não de cabelos ao vento, porque entretanto se ganhou consiciência de necessidade (obrigatoriedade) de usar capacete para protecção do motociclista, se pode "ultrapassar", nalgumas cabeças até legalmente, algumas regras do Código da Estrada.

Tendo conduzido várias motas, sem nunca ter sido dono de nenhuma, gostaria de deixar aqui um exemplo do perigo de contornar algumas regras do Código da Estrada.

Há pouco tempo circulava a pé numa avenida, com três faixas de rodagem para cada lado e com semáforos. Aguardava pelo sinal verde para peões, mas como o trânsito estava parado e existia um polícia no local este decidiu mandar parar o trânsito que gozava se sinal verde e mandar avançar os peões.

Um motociclista, guiando-se pelo sinal verde, não tendo visto o polícia seguia no meio de duas filas de trânsito a uma velocidade desproporcionada à situação com õ que se estava a deparar e quase me atropelou na passadeira. O acidente só não aconteceu porque me apercebi da sua vinda mas, ainda assim, pensei que iria parar.

Não obstante vir em contravenção com o estipulado no Código da Estrada, insultou-me sem se aperceber da presença do agente de autoridade que o mandou encostar imediatamente.

Não sei o que se passou a seguir, porque fui à minha vida, mas constato que frequentemente, os motociclistas usam o seu conceito de liberdade (quiçá um pouco egoísta) para ignorar o Código da Estrada, até naquilo que mais os desprotege, nomeadamente quando realizam ultrapassagens em zonas onde a sinalização o proibe e o mais puro bom senso desaconselha e isso, muitas vezes, dá mau resultado.

Como dizia António Variações, quando a cabeça não tem juízo o corpo é que paga.

 

14
Nov20

Dia Mundial em Memória das Vítimas da Estrada


Vagueando

Domingo, 15 de Novembro, dia mundial em memória das vítimas na Estrada.

Numa altura em que se fala de mortes todos os dias, por causa de uma pandemia, à qual não podemos fugir e sobre a qual toda a gente opina como se tivesse uma receita comprovada ao longo do tempo, para evitar a contaminação, pouca gente se interessa sobre estas mortes, embora a sinistralidade rodoviária seja estuda há muito tempo.

Não faz parte, das redes sociais, não faz parte das notícias diárias a não ser para anunciar, com histeria, algum acidente mais grave. Esta mortes não interessam às televisões nem aos jornais da especialidade embora, estes dois últimos meios de comunicação tenham programas e tiragens semanais sobre o desporto automóvel, sobre novos carros, sobre carros clássicos, mas nada, com a mesma intensidade e destaque, sobre como conduzir em segurança.

Cada vez que se fala de acidentes, destaca-se a velocidade excessiva ou acima dos limites legais, como a causa. Contudo, a velocidade excessiva ou acima dos limites legais, nem sempre são a causa, contribuem decisivamente, para um agravamento das consequências.

Ao assinalar-se este dia, destacando-se as 6.880 vítimas mortais, nos últimos 10 anos devido a acidentes na estrada, não se fugiu à regra. A PSP referiu que uma das principais causas da sinistralidade rodoviária é a velocidade excessiva, altamente potenciadora de ferimentos e danos graves.

A sinistralidade rodoviária nem sempre decorre da velocidade excessiva mas potencia a possibilidade de ocorrência de ferimentos e danos graves.

E, neste sentido, vejo muitos controlos de velocidade, gasta-se muitos fundos na aquisição de dispositivos de controlo de velocidade e frequentemente ouve-se nas rádios e televisões a necessidade de intensificar a fiscalização do controlo da velocidade em locais propensos a acidentes de viação.

A primeira coisa que faz sentido é perceber a razão pela qual num determinado local ocorrem mais acidentes e, não se pode concluir que decorrem só porque circula em excesso de velocidade, porque, se isso acontece é porque a via está mal desenhada, não está devidamente sinalizada, não tem condições para suportar todo o tráfego que nela circula, serve de trânsito a peões sem condições adequadas para os mesmos circularem, é usada para estacionamento que reduz a faixa de rodagem, etc.

Já não é a primeira vez que vejo, em zonas industriais, veículos pesados a fazer cargas e descargas nas vias de acesso, algumas com duas faixas de rodagem, sendo que uma delas fica ocupada com estas operações. Como é possível, nos dias de hoje, projetar-se zonas industriais onde as empresas residentes , não dispõem de espaço para que as suas mercadorias possam ser carregadas dentro das suas instalações?

Por outro lado, cada vez mais se descura infrações frequentemente cometidas, por exemplo não sinalizar as mudanças de direção, que provocam acidentes e constrangimentos importantes na fluidez do tráfego.

Quem nunca ficou à espera num entroncamento ou rotunda, bastante movimentada, para entrar numa via e, alguém resolve sair dela sem sinalizar essa manobra, deixando-nos desesperados, porque perdemos uma oportunidade de entrar. Alguém tem uma ideia da dimensão dos engarrafamentos que provoca com este comportamento?

Outra coisa que não percebo é que quando há nevoeiro, não há autoridades nas estradas e são muitos os automobilistas que insistem em circular de luzes desligadas nestas condições, sendo certo que ocorrem, frequentemente, acidentes nestas condições alguns de gravidade elevada.

 Porque os acidentes mais graves não são reconstituídos nas Televisões de modo a explicar o que o provocou, e que medidas podiam ter evitado esse acidente. Na National Geographic, analisa-se os acidentes aéreos e explica-se o que correu mal e o que foi feito para que o acidente não se repita.

Será assim tão difícil as marcas, as televisões, as seguradoras, as autoridades, os jornais da especialidade, os pilotos do desporto automóvel, unirem-se e arranjar fundos para colocar no ar um programa semanal sobre segurança na condução, passar exemplos de transgressões, de más condutas, de reconstituição de acidentes, para servir de exemplo e de modelo para que tal não se repetisse?

Deixo aqui a minha sugestão.

08
Mar20

Covid 19


Vagueando

Como nunca tive um post destacado e como a SAPO diz que são muito sensíveis à tag chocolate, hoje vou apostar, no Covid 19.

Para não enganar ninguém, excepto a equipa da Sapo responsável pelos destaques, começo por dizer que, não sou médico, não sou especialista em nenhuma área da saúde, nem sou delegado de propaganda médica.

Como tal estou à vontade para falar do Covid 19, sem tabus, apenas e só ao abrigo da liberdade de expressão, que é uma coisa muito bonita.

Mas no início deste post disse que ia apostar no Covid 19, não necessariamente falar do dito vírus. Vamos então descomplicar.

Vou falar no impacto do vírus, curiosamente, não na saúde pública mas apenas e só no comportamento das pessoas. Não sei se a comunicação social está a dramatizar em demasia ou se autoridades sanitárias estão a facilitar demais. O que sei é que perante uma aparente ameaça colectiva, a que se pode chamar epidemia, os mercados, que estão sempre ávidos da desregulamentação e da mínima intervenção do Estado nos seus negócios, nestes casos, dão logo sinal de que é preciso o Estado intervir.

E esta intervenção passa, obviamente, por uma injeção, não para vacinar o sector privado contra este tipo de peditório, mas sim para uma injeção de capital, ou seja, quando se trata de uma injeção da capital do Estado, ninguém foge com o rabinho à seringa.

Depois vem o comportamento do povo, civilizado bem certo. Por exemplo os australianos, apenas e só porque registaram cerca de 40 casos numa população de 24 milhões de habitantes, açambarcaram todo o papel higiénico que estava á venda.

Neste caso, a questão não foi fugir com o rabinho à seringa mas sim o medo de não ter com que limpar o rabinho. Também nas discussões sobre o Brexit dizia-se que o Reino Unido não tinha reservas de papel higiénico e que depois de mandar a economia pela sanita, não havia papel para limpar.

Do rabinho à face, foi um pulinho, afinal o que pode vir a faltar são máscaras.

O povo parece que também começou a açambarcar máscaras, gel de limpeza de mãos, frascos de álcool tudo em nome da higiene das mãos, sem qualquer sinal de pânico, mas com grande sentido de oportunidade empresarial e de inovação e colocou à venda no OLX a preços estratosféricos.

Isto tudo para concluir que, quando uma sociedade moderna, evoluída, composta por pessoas com os maiores níveis de educação (académica para que não haja confusões) de sempre, com o apoio dos melhores algoritmos e prestes a alcançar a inteligência artificial total, perante um mísero vírus, comporta-se de forma absolutamente selvagem.

Outra coisa não era de esperar, uma vez que em tempos de normalidade, paz e segurança, há por aí umas almas que adoptam as melhores práticas para assegurar o seu conforto, que consiste em estacionar num lugar reservado a pessoas portadoras de deficiência física.

A deficiência mental intencional está, afinal e infelizmente, sempre presente, quer quando há crise, quer quando não há.

Não há nada a fazer.

Apenas para voltar ao chocolate, falei com o meu médico e ele disse-me que se tiver gripe, variante Covid 19 ou não, posso beber uma chávena de chocolate quente com a medicação.

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