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Generalidades

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07
Mai23

Trazer o Passado de volta ao Presente


Vagueando

 

 

Se existem lugares onde gosto de vaguear é por feiras de antiguidades.

Não posso comprar tudo para trazer o passado para perto de mim, infelizmente. Na verdade nunca me zanguei com o presente, muito menos com o passado recente, nem encaro o futuro com pessimismo.

Não sou de saudosismos, acho que vamos avançando e melhorando, às vezes nem tanto quanto gostaríamos ou pelo menos à velocidade que gostaríamos, mas avançamos e melhoramos.

E quanto ao nosso país, mal ou bem, desde que me conheço, melhorámos e muito, ainda que se diga muitas vezes o contrário. Como sou do tempo em que muitas casas em vilas e aldeias não tinham saneamento básico, água canalizada ou eletricidade, só por isso e já não e assim tão pouco, demos um grande salto qualitativo.

Não vou aqui elogiar ninguém por este salto, nem tão pouco depreciar quem quer que seja, por não ter sido maior, para que este post não se transforme em tensões políticas que já temos que cheguem.

Regressando às feiras de antiguidades.

Pois gosto de vaguear por elas, muitas vezes encontro por ali, documentos, papéis que pertenceram a alguém, que são provas de vidas que já desapareceram. São documentos com história e com histórias de vidas.

Fascina-me tocar num documento de alguém que já cá não está ou, nalguns casos até ainda pode estar e, ao mesmo tempo, fico um pouco perplexo como aparecem estes documentos à venda nestas feiras, de onde vieram, porque ali estão?

Um vendedor referiu-me que compram recheios de casas e que nestes recheios aparecem por vezes documentos das pessoas que viveram nessas casas.

Tenho dificuldade em desfazer-me de “papelada” que contam histórias dos meus familiares e tenho também dificuldade em deixar “fugir” alguns que me aparecem assim, nas feiras, sobre gente que não conheço de lado nenhum.

A minha última aquisição, numa feira de antiguidades em Alcochete, foi uma Carteira Profissional, com fotografia, de um empregado Bancário, emitida pelo Sindicato Nacional dos Empregados Bancários da Província de Moçambique,  nascido em 1928, em Esgueira – Aveiro e que entrou ao serviço do Banco Nacional Ultramarino na Beira, em 9 de Janeiro de 1951.

Passaram-se 72 anos, que voltas deu esta carteira até chegar à minha mão?

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