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Generalidades

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02
Jun24

Nunca me deu para isto

Foi só um desabafo.


Vagueando

Há uns bons anos um colega meu de trabalho publicou, sob o pseudónimo Netto de Pombaleiro, um livro cujo título não só nunca mais me esqueci como, de tempos a tempos me lembro dele – “Já não espero que a espera se canse”.

É daquelas coisas que não se explicam, nem sequer tem interesse explicar mas título ficou gravado no subconsciente e, a propósito das últimas eleições na Madeira, mais uma vez, voltei a lembrar-me dele.

Não é que esperasse destas eleições outro resultado, mas no fundo esperava, que sendo o povo ser sábio, pelo menos é o que dizem, penalizasse uma figura política que foi constituída arguida o que motivou a sua demissão do cargo de Presidente do Governo Regional da Madeira.

Afinal é o povo que afirma que os políticos não são de confiança ou que são todos corruptos, que pelo menos desta vez – lá está esperava eu – não votasse em quem se demitiu por suspeitas de corrupção.

Bem sei que não foi acusado, julgado, nem tão pouco condenado, pelo que a presunção da inocência, e muito bem, se mantém. Contudo, como diz o povo - que dizem que é sábio – não há fumo sem fogo.

O Presidente da República que aceitou, a meu ver bem, a demissão do Primeiro-Ministro do XXI Governo Constitucional devido a suspeitas que recaíam sobre ele, que não foram suficientes para o constituir arguido, mas não aceitou a continuação de uma maioria absoluta com outro Primeiro-Ministro – através do seu representante para a ilha da Madeira – indigitou o ex-Presidente do Governo Regional da Madeira, agora arguido, para formar novo governo, sem maioria. E o mesmo presidente que no Governo da Gerigonça ameaçou dissolver a AR se o Orçamento não fosse aprovado, é o mesmo que agora alega que tem que se evitar eleições antecipadas, mas que o chumbo do orçamento não obrigará à queda do governo.

Há quem diga que isto é a democracia a funcionar, pode ser. Mas se está a funcionar, não me parece que este funcionamento seja saudável, parece mais a democracia doente a funcionar descompensada.

As causas da doença podem ser vastas mas, tal como Deus, estão no meio de nós.

Tendo o povo votado e elegido a mesma personalidade, posso concluir que quem votou prefere ignorar o facto de o eleito ser arguido num processo, numa cegueira intencional que o impede de fazer uma escolha mais ética e quem nem se deu ao trabalho de ir votar não se importa que isto aconteça.

Quanto a mim, cidadão votante, que apenas uma vez na vida falhei uma eleição, a última para Presidente da República porque estava confinado em casa com Covid 19, já não espero que a democracia não se canse de ser tão maltratada.

Até um dia!

06
Nov22

Onde está a notícia?


Vagueando

Numa altura que pandemia ainda não foi vencida mas, aparentemente, a população já não lhe dá grande importância e a comunicação social também perdeu o interesse, eis senão quando Patricia Akester e Filipe Froes lançam um livro sob o Título  “ A Pandemia que revelou outras pandemias”  e, em simultâneo, lançam outro alerta, afirmando que vamos ter este Inverno uma tripla pandemia, em que se juntam, gripe, covid e vírus sincicial.

Quem sou eu, para por em causa as ideias vertidas em livro de uma cientista na área do direito e um médico especialista em doenças respiratórias. Contudo, não posso deixar de achar estranho que, antes da pandemia, quando era notícia diária o entupimento das urgências dos hospitais devido à afluência de pessoas com gripe, nunca vi nenhum médico especialista ou não, vir à praça pública aconselhar o uso da máscara, por exemplo nos transportes públicos.

O meu médico que era velho e já morreu, aconselhou-me há muitos anos a vacinar-me contra a gripe, porque segundo ele, antigamente as gripes curavam-se na cama com chá mel e umas aspirinas. Agora propagam-se nos empregos e nos transportes porque era mariquice e ronha, não ir trabalhar por causa de uma gripe.

O lançamento deste livro e deste alerta foram profusamente difundidos nos meios de comunicação social, porque afinal se trata de especialistas a falar de saúde pública.

Nos dias 28, 29 e 30 de Outubro deste ano, decorreu em Fátima um Congresso Internacional sobre a Gestão da Pandemia de Covid 19, que juntou a comunidade médico/científica, nomeadamente Michael Levitt, bioquímico, laureado com o Prémio Nobel da Química em 2013 e nem uma noticiazinha apareceu nos meios de comunicação social de referência, nem nenhum destaque foi dado a este Congresso, nem o Presidente Marcelo, que saltita de evento em evento, foi até lá tirar uma selfie.

Entres os diversos temas abordados, destaco os seguintes - “Confinamentos e Medidas Draconianas de Saúde Pública: o outro lado” ou o “Estado do Serviço Nacional de Saúde”.

Volto a afirmar, quem sou eu para duvidar do conhecimento de Filipe Frois e Patricia Akester, por isso mesmo, também não tenho razões para duvidar da comunidade médica/científica que se juntou em Fátima.

Tenho sim, como cidadão, razões para duvidar dos meios de comunicação social, da sua isenção e da sua idoneidade porque nem sequer noticiaram o congresso, não lhes despertou a curiosidade jornalística que se impunha para o esclarecimento da população, divulgando as suas conclusões. Nem sequer o tema do Estado do Serviço Nacional de Saúde, tão repisado nas notícias e em vários debates, aguçou o interesse dos jornais e televisões.

Não obstante, achei muito interessante a entrevista recente, feita pelo Página Um (projeto jornalístico que desconhecia) ao cientista britânico Michael Levitt e que aqui vos deixo, por me parecer muito interessante.Entrevista

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