Rotundas entre o amor e o ódio
Vagueando
Quando se fala em rotundas em Portugal estou em crer que a maioria diz que são uma praga. Não obstante, eu sou um grande defensor das rotundas e, só para dar um exemplo da falta que elas nos fazem e dos benefícios que elas nos trazem refiro a que deveria existir na N125 no Algarve no cruzamento que dá acesso à Praia Verde. Aquele cruzamento, é um espetáculo deplorável de como se trata as estradas nacionais e bastante movimentadas. Basta olhar para foto abaixo da Google Earth para perceber que isto não é digno de um país que está virado ao turismo e, mesmo que não estivesse, não seria digno para os residentes e cidadãos nacionais.
Mau piso, má sinalização, péssima apresentação, isto está assim há vários anos e os acidentes repetem-se com regularidade. Não existe iluminaçao neste cruzamente pelo durnate a noite as coisas pioram. Até Vila Real de Santo António esxistem muitas rotundas a maior parte delas, pequenas e mal construídas.
Até a GNR que conhece o local sofreu aqui um acidente o ano passado.
Sendo acérrimo defensor da implantação de rotundas, não deixo de as considerar uma praga, mas não por serem muitas. A praga é outra, a saber;
Desenho incorreto, nomeadamente quando permitem que as mesmas possam ser percorridas sem necessidade de as contornar, ou seja, possam ser feitas em linha reta e, consequentemente, sem reduzir a velocidade o que potencia a ocorrência de acidentes.
Má sinalização ou ausência dela, o que gera confusão relativamente à prioridade.
Desenhadas de forma a que não sejam redondas, assumindo por vezes formas estranhas.
Decoração por vezes de mau gosto e, pior tirando-lhe visibilidade que compromete a segurança da circulação.
E agora a outra praga, aquela que critica, que barafusta, mas que contribui de forma significativa para que as rotundas percam grande parte da seu objectivo e eficácia, os condutores.
Sendo Portugal o segundo país com mais rotundas por milhão de habitantes, 473 rotundas, e estando no Top 5 do número de rotundas por quilómetro quadrado, 53 rotundas, deve ser também o que tem maior número de condutores que não sabem como nelas se deve circular.
O facto de existirem filas nas rotundas não é alheio ao péssimo comportamento dos condutores portugueses, nomeadamente no que se refere na falta de uso do pisca para assinalar, como obriga o Código da Estrada, para onde querem ir. Aliás o mau comportamento relativamente ao pisca estende-se ao péssimo hábito, novamente contrário ao preconizado pelo Código da Estrada, que consiste em ligar os 4 piscas quando se estaciona o carro a estorvar todos os outros e não para assinalar uma situação de perigo.
E portanto esta praga, ao não assinalar para onde pretende seguir empanca o trânsito dentro das rotundas, cujas regras de prioridade destinam-se a facilitar as saídas assegurando deste modo a fluidez de tráfego.
Quando estiver a sair de uma rotunda e não usar o pisca para sinalizar essa manobra, lembre-se que quem está parado para entrar, não o faz porque não sabe se lhe vai passar à frente e essa coisinha tão simples, repetida centenas de vezes ao longo do dia é o suficiente para fazer filas antes das rotundas.
Deixo aqui uma nota escrita da Segurança Rodoviária e um vídeo da GNR (para aqueles menos dados à leitura) de como se deve circular nas rotundas.
https://www.segurancarodoviaria.pt/noticias/como-fazer-bem-uma-rotunda/