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Generalidades

Generalidades

22
Mai23

Este post não é patrocinado


Vagueando

Às vezes aparecem aqui na Sapo uns posts com a indicação de que são patrocinados, por isso faço questão de informar que este não é patrocinado e reflete apenas e só a minha opinião.

E escrevo-o porque sou um apreciador de café, adoro o sabor, o cheiro e só não bebo muitos por dia por razões de saúde e neste caso o que está em causa nem é o açúcar, porque não o adiciono ao café (era o que faltava perder aquele sabor) nem sequer o adiciono a coisa nenhuma.

E porquê a importância de escrever um post que envolve café. Bom porque foi preciso esperar até à véspera de fazer 66 anos para beber um café especialmente bom, melhor divinalmente bom, óptimo, perfeito.

E não julguem que estou a exagerar, porque a minha mulher, que nem sequer ia beber café, fê-lo depois dos meus elogios e adorou também.

Resta divulgar o local (que, repito, não me patrocinou) onde bebi esta maravilha. Não foi em Portugal, mas não fiquem tristes porque também não é assim tão longe. Foi em Madrid, no Bairro Lavipés, na Calle Leon, número 23, no BareHua. Se ficaram entusiasmados, informo que a estação de Metro mais perto é Anton Martin, na linha azul.

Sabia que este bairro e conhecido por ter os melhores cafés contudo, nunca pensei que fosse mesmo tão bom.

Ficam duas fotos, uma do local e outra da chávena que serviu o meu café e espero que quem me lê seja apreciador de café e numa próxima visita a Madrid possa confirmar ou não, o que referi.

20230517_174259.jpg

 

20230517_174807.jpg

 

Deixo também o link do estabelecimento

https://linktr.ee/barehua

 

21
Fev23

UMM,sabe o que é?


Vagueando

P5255501 (3).jpg

UMM , junto ao Cabo da Roca - Nascido onde a Terra acaba e o mar começa

A maioria dos portugueses não sabe, mas a indústria automóvel nacional já produziu treze marcas de automóveis, algumas delas bastante inovadoras e com qualidade. Contudo, por razões de diversa ordem, não se impuseram no mercado e, pior que isso, facilmente caíram no esquecimento.

Circulam ainda por aí alguns exemplares destas marcas, como é o caso do jipe UMM, resta saber até quando.

Somos muito bons a elogiar o passado, talvez devido à saudade tipicamente portuguesa, mas somos péssimos a preservar o que temos.

Ouvimos falar que a indústria nacional de componentes para automóveis é reconhecida pela sua grande qualidade, que emprega muita gente, que são detidas maioritariamente por portugueses, que exportam que se farta, contribuindo assim muito para o PIB. A perspetiva é puramente económica.

Sado.jpg

Sado 550 (Foto obtida na Internet - Jornal dos Clássicos)

Lembram-se do micro carro Sado 550 que apareceu por volta de 1982, com 28 cv de potência, 480kg de peso e 110 km/h de velocidade máxima, tendo sido produzidos à volta de 300 veículos?

Dezasseis anos mais tarde, o conceito repete-se e aparece o SMART associado à Mercedes. Ao contrário do SMART, o Sado foi subestimado pelos portugueses, tipo coisa foleira, aquilo era para quem não tinha carta.

Como se a pressão ambiental não bastasse, pouca gente se interessa pelo exemplo vivo da nossa indústria automóvel, o UMM, conhecido também por Um Monte de Merda que, por acaso, não é.

Se um UMM restaurado for estacionado ao lado de um Mini ou de um MG antigo, os portugueses vão espreitar os carros ingleses e marimbam-se no UMM. O ACP, o Automóvel Club de Portugal (sim é mesmo de Portugal) até organiza um Raly/Passeio de Clássicos, a que chamam “O Passeio dos Ingleses” no qual só se podem inscrever automóveis produzidos no Reino Unido.

Sem entrar em grandes detalhes, o Reino Unido tem cerca 18 marcas de automóveis, desapareceram a Austin a Morris, a Triumph, mas fizeram renascer o Mini e o Jaguar. Conseguiram catapultar para fora o culto dos seus carros, nomeadamente através do ACP com a organização do Passeio dos Ingleses e nós próprios não somo capazes da fazer cá dentro o que ingleses conseguiram fazer dentro e fora do seu país.

Imaginem o que seria se um carro concebido em Portugal, por portugueses e até fabricado em Portugal, lhe fosse colocada uma bandeira portuguesa no tablier, lhe fosse pintada a bandeira portuguesa no tejadilho e  fosse equipado com farolins traseiros que representassem a bandeira portuguesa. Seria de mau gosto certamente, mas foi isso que o Reino Unido fez com o seu novo Mini e em Portugal não falta quem o compre.

Homenagear, proteger, divulgar, acarinhar uma marca de automóveis portuguesa é que já é mais complicado. Não entendo se isto se deve a falta de apoio político, falta de interesse dos empresários nacionais, se falta de orgulho nacional ou se é, apenas e só, desprezo por nós próprios. Contudo, tenho a certeza de que não existe falta de capacidade técnica e humana, porque os carros já produzidos provaram o contrário.

Falta olhar para o nosso património automobilístico, para lá do plano meramente económico, olhar com espírito de missão, com empenho e motivação.

Será que não existe em Portugal, para além dos clubes e amigos do UMM, motivação e empenho que permita preservar a marca, não deixar que perca a sua identidade, não deixar que morra, por exemplo, por falta de peças de reposição? Vamos permitir que UMM desapareça, como aconteceu com todos os outros carros fabricados por portugueses em Portugal? I

maginem por um momento que o Cristiano Ronaldo comprava e restaurava um UMM, isso impulsionaria a preservação da Marca?

Em Inglaterra existem, diversos clubes destinados a preservar os seus automóveis, que fornecem peças e apoio a quem os possui. Não é possível fazer o mesmo em Portugal?

Podem sempre dizer-me que somos poucos, que não temos mercado, que não temos dimensão. Será só isso?

Então não éramos muito menos quando partimos em busca de UMM (Um Mundo Melhor) e nos aventurámos na epopeia dos Descobrimentos?

E éramos assim tantos e tão ricos, quando em 17 de Junho de 1922, já passaram 100 Anos, Gago Coutinho e Sacadura Cabral realizaram a Primeira Travessia Aérea do Atlântico Sul?

Esta pequenez não nos impediu de realizar feitos bem maiores, comparativamente ao esforço para empreendermos uma tarefa menor, tão simples, como não deixar morrer o que foi construído e bem, o UMM.

Faz-nos falta UMM (Unir as Melhores Memórias) e empreender a missão de, desta vez, não deixar morrer, tal como fizemos a todos os anteriores, mais um veículo nacional. Não queremos UMM (Uma Marca Morta) mas sim UMM (Uma Marca Memorável).

15
Fev23

Deixa-os pousar


Vagueando

A RTP1 exibiu uma série de excelentes programas, tendo como base o livro Viagem a Portugal de José Saramago. O programa foi conduzido pelo humorista brasileiro, Fábio Pochart, conseguiu empolgar os espectadores e mostrar que a cultura não tem que ser pesada nem maçadora.

Quando viajo pelo nosso belo país, muitas vezes me pergunto por que razão se chama assim esta ou aquela vila ou aldeia, pelo que comecei a andar com o livro Viagem a Portugal de José Saramago dentro do carro. Entretanto foi editado um outro livro, da autoria da jornalista Vanessa Fidalgo, cujo título é justamente "Porque se Chama Assim".

Vai daí comprei mais este, que também passou a andar dentro do carro, transformando-se numa biblioteca itinerante de bisbilhotice.

Por causa da foto abaixo, a que dei o título de "Pousa-Pássaros”, lembrei-me de uma frase muito usada pelos portugueses “Deixa-os pousar”. 

20230214_152118.jpg

Desde a tomada da imagem, à busca da legenda, até ao programa do Fábio Pochart, foi um saltinho, porque me lembrei de ele ter falado em Pousafoles do Bispo, que Saramago descreve no livro, como um lugar onde tencionava ir para "saber o que poderá restar de uma terra de ferreiros e ver a janela manuelina que ainda dizem lá existir".

Depois lembrei-me do livro de Vanessa Fidalgo, porque refere a Freguesia do Concelho de Ansião que dá pelo nome de Pousaflores e que anteriormente era conhecida por Pousa Foles.

E daqui até à Freguesia de Pousa, no Distrito de Braga foi outro salto.

De pouso em pouso fui saltando por estes locais até que pousei neste novo post.

Agora devem estar a perguntar; Bem, então depois desta lenga lenga toda vamos ficar a saber a razão destes nomes?

Pois, poderia dar-me a esse trabalho mas o meu objectivo é “vender” a imagem e o post (dizem por aí que uma imagem vale por mil palavras e há por aí muita gente a viver da venda da sua imagem).

Assim recorri a esta técnica de venda, usando como isco, os nomes das aldeias e Freguesias, esperando que a freguesia leitora pouse!

Se vieram pousar aqui ou ficam satisfeitos com a imagem ou, caso contrário,  têm que ir pousar nos livros, eventualmente na Internet para satisfazer a vossa curiosidade sobre as origens dos nomes das terrinhas e da frase deixa-os pousar.

06
Nov19

Vestir a camisola da Web Summit


Vagueando

Paddy Cosgrave, o mentor da Web Summit apresentou-se ao público, aos media, à comunidade de seguidores, com uma camisola de lã. De imediato, como é a apanágio das novas tecnologias, foram colocadas à venda, online, outras 50, mas numeradas (é preciso acenar com a cenoura ou dar mote ao jargão “vestir a camisola” do empreendorismo). Rapidamente, foram todas vendidas por 780 euros cada, ainda que, de acordo com Paul, não se tenha tratado de um negócio.

A Web Summit está feliz num país pobre, que até lhe cedeu o Panteão para um jantar, não se importa de receber 11 milhões de euros anuais, do bolo da contribuição fiscal dos portugueses e de permeio, vender mercadoria associada ao evento, embolsar o dinheiro, sem nos pagar qualquer imposto.

Mas não foi só a camisola de lã que esgotou, outros artigos, nomeadamente os sweater também esgotaram, ao que parece porque só custavam 850 euros cada e até as camisolas com carapuço para criança ao preço unitário de 240 euros cada, foram um sucesso de vendas. Tudo isto em nome do mais puro altruísmo, relacionado com a defesa de empresas sustentáveis, mas supostamente não rentáveis, para as quais pura e simplesmente o mercado se está borrifando.

O melhor de tudo isto reside na explicação para esta anormalidade (sim o mercado e os consumidores são racionais e só pagam pelo produto aquilo que ele vale). Tratou-se de uma venda destinada a apoiar uma pequena indústria que está a desaparecer na região rural irlandesa, Condado de Donegal, onde a mulher nasceu, sendo que a esposa não tem interesse nenhum em lançar um negócio com objectivo no lucro.

Se Paul Cosgrave soubesse quantas pequenas indústria foram á vida no nosso mundo rural, ficaria chocado por saber que mesmo com o contributo do seu enorme altruísmo não chegaria para salvar nem metade e em Portugal, pelos vistos, não há maridos nem com dinheiro, nem com a mesma astúcia ou influência, para montar um expediente do mesmo tipo.

Por outro lado, imaginemos que um qualquer ministro, de qualquer parte do Mundo, aproveitaria um evento num país que não o seu, através de um site localizado noutro país, para promover uma quermesse deste tipo. Salvar uma pequena indústria da aldeia da sua mulher, onde os seus familiares tinham trabalhado.

E por fim, imaginemos que esse ministro tivesse dado uma entrevista com a mesma eloquência e tranquilidade de Paul Cosgrave, para explicar tão boa intenção.

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