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Generalidades

Generalidades

21
Set23

Despedida do Verão


Vagueando

No próximo dia 23 de Setembro o Verão despede-se dando lugar ao Outono.

Adiantando-me desde já à CMTV, fui espreitar a porta por onde o Verão vai sair e divulgo aqui, agora, já, na foto abaixo.

20230912_184022.jpg

O Verão vai-se embora mas com a promessa de regressar para o ano e nós todos sabemos que podemos confiar nas estações do ano, nunca falham, voltam sempre. Voltam sempre mas o tempo meteorológico que as acompanha já não é o que era, pelo que se falhas existem neste particular a culpa é do S.Pedro. º

Este ano, pela parte que me toca, aqui por Sintra, não foi bem o típico Verão do Oeste, já que o nevoeiro e o vento, resolveram fazer greve nas praias do litoral sintrense na maior parte dos dias.

Um local de que gosto particularmente é da Praia Grande e também da sua piscina, imaginem, inaugurada em 1966 pelo então presidente da República Américo Thomaz, como estou velho.

20230919_170528.jpg

Como adoro portas, talvez este ano tenha fotografado ao mais bela porta (é mais um portão) que consta do meu álbum de portas e que reproduzo abaixo.

20230912_202854.jpg

O Verão leva-nos os turistas, que vão cada um para seu lado, como se demonstra na foto abaixo, mas eles vão-se embora e eu fico com a paisagem para recordar e partilhar em fotos no meu álbum de Despedida do Verão.

Cada um vai à sua vida.jpg

 

22
Abr22

Dia da Libertação


Vagueando

20220422_183550.jpg

 

Caiu a obrigatoriedade de se usar máscaras.

Já podemos sorrir, cumprimentar, falar, comunicar mesmo calados.

O nosso rosto voltou a ter o importante papel que sempre teve e que consiste em reconhecer-nos uns aos outros, sorrirmos uns para os outros.

Ainda me lembro dos confinamentos, do medo e das portas fechadas (ver aqui https://classeaparte.blogs.sapo.pt/as-portas-15637) sem que aparecesse alguém com vontade de as abrir ou fechar.

Portanto, desculpem a repetição, hoje é dia de celebrar a Liberdade.

Liberdade para respirar não é assim uma coisa de somenos importância. Afinal durante a pandemia o medo não era sair à rua, o medo era de respirar. E isto de deixar de respirar não é bem a mesma coisa do que decidir parar de fumar.

Com a máscara respirávamos em modo de segurança e, mesmo assim, durante a pandemia, vi muita gente a passear nos trilhos da Serra de Sintra com a máscara posta e, quando se cruzavam comigo em vez de inspirarem com convicção, ficavam convictos de que respirar podia fazer muito mal à saúde.

Permitam-me pois celebrar este dia como o Dia da Libertação, porque na minha voltinha pedestre de fim de tarde, até a Natureza nos brindou com as cores da foto acima.

Espero que o PCP não considere um insulto que eu, cidadão anónimo, independente, na medida em que não sou, nem nunca fui filiado em nenhum partido, ter decidido, sem lhe pedir licença, que hoje é dia de Liberdade e um dia a festejar.

22
Set20

As portas


Vagueando

Vejo portas por todo o lado. Contudo, atrás delas nada se vê, como se nada houvesse para ver. Vejo e sinto o medo de as abrir, sair ou entrar. As portas já não se mexem, não servem para entrar e sair.

Tornaram-se no símbolo da clausura.

As portas que antes se destinavam a resguardar a nossa intimidade e privacidade tornaram-se, sem novo acordo ortográfico ou alteração do seu significado no dicionário, mesmo sem serem portões de uma qualquer prisão, no símbolo da nossa prisão domiciliária, sem pulseira electrónica mas com a app, de sabor amargo, a Stayaway Covid.

É uma sensação estranha, igual à que sinto perante a luz do mesmo Sol. Na Primavera sinto alegria e no Outono, não me sentindo necessariamente triste, fico mais abatido. Estas portas fechadas na Primavera e Verão, transforam luz do Sol da Primavera, na luz do Sol de Outono.

As únicas portas que parecem ter movimento são as giratórias entre tachos, amigos e compadrios comportamentos, curiosamente, pouco sadios, no tempo em que está em causa a saúde pública.

As portas onde especialistas em saúde, epidemiologistas debatem, à porta fechada o problema para o qual não têm solução, mandam, porta fora, o máximo de coeficiente de cagaço, o qual se resume a feche a porta e não respire.

Em consequência, as portas para quem tem trabalho, parece que vão começar a abrir e a fechar em horários desfasados para não se juntar tudo, ao mesmo tempo, às portas dos transportes. Curiosamente ou não, as portas para quem não tem trabalho vão manter-se, por muito tempo, infelizmente, fechadas, quiçá a sete chaves. Estão fechadas a todos os que andam de porta em porta à procura de emprego e, se alguma delas se abrir, é engano, serão de imediato fechadas na cara de quem lhe bateu e se se mantiverem abertas, dificilmente serão boas portas.

A minha porta está triste porque não vê os meus amigos, nem os meus vizinhos. Sim, a minha porta é muito sensível ao tacto, gosta de ser puxada e empurrada por estranhos e de ser violentamente atirada contra o batente pelas correntes de ar. Nem pensar, o vírus pode entrar no meio de tanto ar. Não é uma porta falsa, nem que se fecha na cara de alguém, não é porta de armas, é porta que se comporta de acordo com as melhores práticas de serralharia e opera apenas e só dentro do seu limitado raio de acção, suportada pelas suas velhas dobradiças.

Vejo outras portas por aí com algum movimento é certo mas trocam sms com a minha porta e queixam-se da tristeza que sentem de ver tão pouca gente e quase ninguém lhes toca com as mãos, uns empurram com os pés, outros empurram com o corpo em marcha atrás e outros com os cotovelos. E o pior é que não conseguem ver ninguém a sorrir mesmo que essa bela expressão esteja presente no rosto de quem está feliz (o que é difícil) as máscaras tiranas, não deixam as portas espreitar o sorriso de alguém. Assim apenas observam o medo espelhado nos olhos de quem entra e de quem sai.

Nem as portas de cores vivas e modernas ou de vidro transparente, bem polido, deixam transparecer alegria, vivacidade, curiosidade ou afecto, todas as pessoas tem o mesmo aspecto, todas de máscara na cara. Antes era sinal de assalto, agora é sinal de que fomos todos assaltados; Roubaram-nos a liberdade e a das portas também.

Até as portas de um hospital já se fecharam ao público por causa do vírus e também se fecharam em copas nas explicações da razão de tal procedimento, violento, o que lamento.

Custa-me ver portas fechadas por medo, não por respeito ao descanso ou à privacidade, parece que estamos todos às portas da morte.

Nem no Tejo, onde as suas margens estreitam, se fecharam as Portas do Ródão, continuam bem abertas a respirar e a deixar passar o ar e o rio, que não se confinaram.

Vamos fechar as portas ao medo e abrir as portas à esperança, porque não quero que a porta da minha e das vossas casas se transformem nas portas da nossa prisão.

Deixo aqui as fotos de algumas portas fechadas por esse país fora, na esperança de as vejam como eu gostaria de ver, com movimento, com gente, sem ferrugem nas dobradiças.

https://photos.app.goo.gl/zWHRcYiJdKvngWG46

 

Entretanto descobri uma porta cuja foto não é da minha autoria mas que gostei e partilho aqui convosco A Cideade De Chaves - Pormenores. Os meus agradecimentos ao autor.

Entretanto descobri outra porta, cuja foto não e da minah autoria mas que gostei e partilho também aqui convosco Está aí alguém. Os meus agradecimento à autora.

 

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