O resto é paisagem
Vagueando
Participação XXII, Ano II, no Desafio 1 foto 1 texto de IMSilva
Até os meus óculos gostam de se virar para mim, apreciar a minha beleza e comentar que não há ninguém mais belo do que eu e que o resto, é paisagem!
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Participação XXII, Ano II, no Desafio 1 foto 1 texto de IMSilva
Até os meus óculos gostam de se virar para mim, apreciar a minha beleza e comentar que não há ninguém mais belo do que eu e que o resto, é paisagem!
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Participação XXI, Ano II, no Desafio 1 foto 1 texto de IMSilva
Impossibilitado (por falta de saúde financeira) de poder viajar até ao espaço, procuro na nossa casa comum, mas longe da minha casa (afinal somos mesmo um país pequeno) o espaço.
Grandioso, imponente, esmagador, selvagem, brutal, fabuloso, incrível, inóspito.
A natureza faz-me bem, liberta-me. Gosto de espaço para respirar, gosto mesmo de muito, muito espaço.
Também gosto de gente, em pequenas doses, para conversar, para conviver, para passear, mas sem nunca me sentir rodeado por muita gente.
Neste sentido, para voltar a este desafio semanal, de publicar uma foto e um texto, depois de na semana passada ter ido para longe , esta semana regressei de muito longe, do espaço.
Porque o espaço era tão grande, não publico apenas uma foto, mas várias do mesmo espaço, para acompanhar o pequeno texto, complementado com um excerto de Fernado Pessoa in Livro do Desassossego.
Viajar? Para viajar basta existir. Vou de dia para dia, como de estação para estação, no comboio do meu corpo, ou do meu destino, debruçado sobre as ruas e as praças, sobre os gestos e os rostos, sempre iguais e sempre diferentes, afinal, as paisagens são.
(...) É em nós que as paisagens têm paisagem. Por isso, se as imagino, as crio; se as crio, são; se são; vejo-as como às outras (...)
Espero que gostem e que vos inspire para o fim-de-semana.
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Este fim de semana decidi voltar a caminhar no Alentejo, região com condições ótimas para o efeito, aproveitando o programa Alentejo Walking Festival.
Este evento assume especial importância para um Turismo que valoriza a região porque tem um impacto ecológico muito reduzido mas pode ter um bom impacto económico e social, na medida em que leva gente a zonas que estão quase esquecidas e empobrecidas e que deveria ter maior divulgação a nível nacional e internacional.
Tudo no Alentejo respira calma e tranquilidade e as caminhadas são uma actividade que permite usufruir destas sensações. A caminhada onde estive presente, com cerca de 18km,fazia parte do Alentejo Walking Festival, tinha partida da antiga estação de caminhos-de-ferro de Fronteira e terminava em Sousel.
Todo o processo de inscrição através da Câmara foi muito fácil e bastante eficaz, realço a disponibilidade com que a Técnica de Turismo Joana Félix, quer por telefone, quer por mail tratou da inscrição e se combinou todos os detalhes inerentes a este evento. Só não entendo a razão pela qual no site do Alentejo Wlaking Festival a caminhada se encontrava fechada, quando o limite de inscrições, segundo mesmo site era de 40 pessoas e nesta atividade estiveram presentes 16 pessoa, sendo que duas faziam parte da organização.
À hora marcada, honra seja feita, às 10h em ponto, partimos em direção a Sousel, sendo que a primeira parte do percurso é feito pela Ecopista dos Atoleiros, no local onde se encontrava a antiga via férrea do ramal de Portalegre, entretanto desactivada, até chegarmos ao local da Batalha dos Atoleiros, onde Joana Félix nos fez uma breve descrição deste evento histórico.
Para quem pensa que no Alentejo tudo corre devagar e que os alentejanos são rurais e lentos, acho que o nosso presidente já usou estas expressões noutro contexto, se calhar mais divertido, ora tomem pelas ventas; Seguem de ventania (mesmo sem ela) em poupa, muito à frente do guia, que nunca impôs ou controlou qualquer ritmo.
Bem certo que exisitia um carro vassoura, seguia atrás de todos, para apanhar o “lixo”. Importa referir que a consciência ecológica dos participantes esteve sempre presente, ou seja, nem ninguém se deixou recolher, quem quer ser lixo? Nem ninguém deixou qualquer tipo de lixo, para trás.
Portanto, o carro vassoura nunca foi necessário e teria sido bom que os caminhantes mais apressados tivessem usado a sua genica para o empurrar, evitando-se assim o consumo desnecessário de combustível e a respectiva poluição. Ao que parece seguiam com pressa para o almoço que os esperava ou não, no regresso a Fronteira.
Havia sido previamente informado que teríamos de fazer algum percurso alternativo para evitar zonas alagadas pelas última chuvas, mas não sabia que terminaríamos sem chegar a Sousel. Não me apercebi de terem passado essa informação, mas acredito que me possa ter escapado.
Assim sem mais, num entroncamento com a N245, a cerca de 5km de Sousel, sem me aperceber tínhamos terminámos a caminhada, ali mesmo no meio do nada. A confirmação, para meu espanto, ocorreu com a chegada da carrinha da Câmara de Fronteira que nos transportou ao ponto de partida.
Andou-se bem, observou-se mal, caminhámos rápido, fruímos pouco, fizemos uma média de 5km/h, mas não atingimos os mínimos de contemplação.
Já percorri próximo de mil quilómetros a pé por todo o Alentejo, guardo boas imagens, algumas em fotografia, para as obter foi necessário parar para contemplar, nesta caminhada não se contemplou.
Talvez o Alentejo Walking Festival se tenha tornado mais em provas de resistência ou de velocidade mas certamente não de prazer em relaxar nestas belas paisagens. Esta, seguramente, não foi uma caminhada de lazer, ainda que não tivesse dificuldade em acompanhar o ritmo, até porque fiz várias paragens breves para fazer as fotos da praxe.
Ficam aqui umas fotos daquilo que, passando por lá, naquele ritmo, se perde da vista e da memória, quando a paisagem a perder de vista, merece mesmo ficar gravada.
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No início de Outubro, para participar no Desafio semanal de IMSilva - 1 foto 1 texto - coloquei aqui uma foto obtida em Las Médulas onde realizei uma série de caminhadas. Na altura prometi que voltava ao tema, pelo que aqui estou.
Trata-se de um local fantástico, cheio de beleza e história, onde o silêncio impera e o espaço para respirar é tão imenso que nos sentimos noutro mundo, noutro planeta se quiserem ou até num lugar encantado. Isto é válido para quem gosta de silêncio e não sofre ao se ver rodeado de muito espaço, sem que veículos motorizados nos importunem. Claro que esta época, final do Verão, também contribuiu para esta sensação, acredito que em pleno Verão exista muito mais gente por ali.
Para falar deste local, desta beleza e de tudo o que por lá podem fazer, deixo o link do blog Viajar entre Viajens, de Carla Mota e Rui Pinto que, de forma muito profissional nos deixam todas as dicas necessárias para esta viagem. Confirmo desde já que a opção de começar o passeio pedestre da Rota dos Conventos, dada por este casal, é a melhor forma mais relaxante e menos exigigente do ponto de vista físico para fazer este percurso pedestre, ou seja partir de Orellan, em direção ao Mirador com o mesmo nome, (aldeia onde se pode pernoitar em três locais com dois restaurantes muito bons, um no Hotel Rural El Lagar de Las Médulas e o Palleiro de Pe de Forno).
A ideia de deixar a descrição do local a este blog, permite-me concentrar-me nas fotos que tirei e que queria partilhar.
Assim deixo-vos dois links para dois grupos de fotos.
O primeiro regista fotos das caminhadas realizadas, em redor de Las Médulas, no Castelo de Ponferrada e na vila de Villafranca del Bierzo
O segundo contem uma série de fotos de Las Médulas, com nevoeiro, com nuvens e com sol, série que acho que ficou muito interessante, pelas diferente tonalidades da montanha esventrada pelos romanos para obter o ouro que ela continha.
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Participação IX do Ano II no Desafio 1 foto 1 texto de IMSilva
A semana passada andei a fazer umas caminhadas mais longe de Sintra, mas sempre em ambiente campestre, montanha, serra, natureza, em suma, fora de estrada. E mesmo estas estradas, quando era necessário usá-las um pouco para chegar a outro trilho, o trânsito era muito reduzido para não dizer nulo. A Aldeia onde estive hospedado, num turismo rural, não tinha, seguramente, mais de dez habitantes e, não fosse o turismo (nesta altura muito reduzido), certamente que há muito que estaria abandonada.
Assim, ainda tem dois hotéis rurais que disponibilizam cerca de 12 a 14 quartos.
Mais tarde, deixarei aqui algumas fotos para poderem apreciar a beleza natural que sobrou depois de moldada pelo homem, entre os anos 16 e 19 A.C.
A foto de hoje resulta de uma dessas caminhadas, onde era suposto descer até ao lago e fazer uma foto que refletisse a tranquilidade de tudo o que o ladeava. Gosto de reflexos, já andei por aqui a falar deles em Falta de Inspiração, servindo-me de um escritor de que gosto.
Contudo, o cansaço já era considerável, pelo que resolvi fazer um truque, ou seja batota, para obter um reflexo de jeito. Acho que me saí bem, usando o tejadilho preto de um carro que se encontrava estacionado, que me poupou a fazer um dedo de luva que acrescentaria mais uns significativos metros ao total da minha caminhada.
Se a imagem não se revelou apelativa, perdoem-me, afinal só vos queria deixar um pouco de beleza e o que conta é a intenção.
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A disponbilidade não tem sido muito muita, a inspiração tem andado pelas ruas da amargura, razão pela qual só tenho vindo até aqui para responder a este desafio 1foto1texto de IMSilva.
Aproveitando a boleia de ontem ter sido o dia Mundial da Árvore, achei por bem trazer até aqui a foto abaixo, que tirei ontem.
Tenho olho fotográfico, sou bom observador das nuances que a luz provoca nas paisagens e tenho paciência para esperar ou para voltar a um local que identifico como fotogénico.
Não obstante, esta foto não precisou de paciência, apenas tive sorte de passar no local certo na hora certa.
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Não gosto muito de me vincular a promessas. Contudo, falhar no primeio dia de um desafio de uma bloguer que conheço, também me pareceu um pouco absurdo.
Vai daí levantei-me cedo, tentado a colaborar no desafio da Isabel Silva 1 Foto 1 Texto, do Blog "Pessoas e Coisas da Vida" e aqui vai a minha colaboração, com esta foto.
De costas voltadas à espera de alguém que se sente, de costas voltadas, sem virar as costas à paisagem.
Ria de Aveiro
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Acredito que seja por causa desta árvore no Gerês, que dá nome aoTrilho da Preguiça, onde pode ser vista. Contudo, se tem preguiça de andar, garanto-lhe que nunca a vai ver.
Da terra vem o meu sustento
Das pedras vem o meu encosto
Da paisagem vem meu brilho
Da copa vem a minha beleza
Inclino-me e reclino-me nestas pedras
Sacio o olhar de quem passa
Fico estranha para as árvores que olham para mim
Fui esperta, deitei-me nas pedras, na hora certa
Certa de que teria mais encosto e mais descanso
O vento não me abana, apenas me embala
Aproveitei o que tinha para crescer sem esforço
Descobri com o tempo, na velhice, ficarei amparada
Não preciso preocupar-me com mais nada
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