Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Generalidades

Generalidades

15
Dez22

Depois de "Aquele Abraço de Gilberto Gil", Aquele encontro


Vagueando

Depois de Aquele abraço de Gilberto Gil, aquele encontro dos bloggers Sapo.

Aquele encontro não foi de Natal, mas teve espírito natalício.

Aquele encontro não reunia famílias, na medida em que ninguém era parente de ninguém, mas reuniu uma família de desconhecidos para se conhecerem.

Aquele encontro não era para celebrar o Natal, mas tinha tudo a ver com o Natal.

Aquele encontro não foi na véspera, nem no dia de Natal, mas foi no mês do Natal.

Aquele encontro não foi na Lapónia, na casa do Pai Natal, mas foi na vila da Ericeira, cuja história remonta a 1.000 A.C.

Aquele encontro não teve árvore de Natal, nem presépio, mas tinha muitas árvores de Natal e presépios escondidos.

Aquele encontro não foi uma ceia de Natal mas, ainda assim, houve repasto.

Aquele encontro foi o juntar de várias Greenideas, ( Natal também é musgo e o musgo é verde) juntou pessoas, Entre Pessoas e Coisas da Vida, em que se olhou para Os Lados AB do Natal, com a beleza de gozar a Liberdade aos 42 e com tanta boa disposição constatou-se que, Com um Sorriso Chegas ao Infinito.

Naquele encontro, falou-se sobre Generalidades, sobre Contos por Contar , e sobre Folhas ao Luar que saltavam com o movimento dos Pássaros sem Poiso , foi uma bela antecipação da celebração de Natal e de contos de Natal, escritos a várias mãos, espelhando várias sensibilidades, cheios de imaginação dos bloggers Sapo e, imaginem, compilados em livro, sim num livro, daqueles de papel, com uma capa a cores, desenhada pela mão quem embala a  Cor da Escrita  .

Foi um (encontro) um Natal, onde recebi uma prenda que, depois de lida, foi guardada na minha estante, devidamente aconchegada ao lado do livro de contos de Natal do ano passado, mas este com sabor a tesouro, pelo valor especial que lhe foi adicionado, os autógrafos de todos os autores/participantes neste evento.

Nunca me passou pela cabeça, nem sequer em sonhos de Natal, que um dia estaria presente, ainda por cima como autor, no lançamento de um livro de contos de Natal e muito menos contar com a presença da consagrada escritora Alice Vieira, que também participou no livro e abrilhantou o encontro.

Ainda não tenho netos, para ler contos de Natal, mas quando os tiver, será este conto do encontro de Natal, o primeiro que contarei ao meu neto ou à minha neta, dizendo-lhe que, tal como era uso no meu tempo, o Natal é quando nós quisermos, desde que o espírito natalício esteja presente, como foi o caso.

Este é o meu conto de Natal para este ano, porque representa a prenda que nunca recebi, o sonho que nunca sonhei, mas que doravante sonharei.

Este encontro mágico foi na Ericeira, a Vila azul do mar, do céu, da cor que ornamenta muros e casas, da cor da tranquilidade, da harmonia, da serenidade.

Para dar  cor, corpo, voz e um cheirinho a Natal, a este conto, sei que ele agora vai agora juntar-se a todos os outros, que estão a ser escritos pelo bloggers Sapo, na Casa do Pai Natal.

Lá chegado, os duendes cheios de alegria e energia, vão proceder à sua organização, tratar do prefácio, juntar-lhe uma capa e fazer com que cheguem à gráfica.

Depois os duendes tratarão de todo a logística para organizar um novo encontro.

Os Reis Magos transportarão os livros até  ao próximo encontro, onde serão recebidos (os Reis e os livros) com carinho e alegria.

Como a família Sapo que esteve reuinda na Biblioteca da Ericeira já foi aqui devidamente exibida, partilho (no link abaixo) as imagens do meu sonho, que nunca sonhei, mas que captei com  a ajuda de uma lente.

https://photos.app.goo.gl/qLtJ4arvQVjfbr98A

Depois deste encontro, aquele (meu) abraço para todos vós .

Vagueando

23
Dez19

O meu conto de Natal


Vagueando

Nem sei se vos conte! Havia estrelas no céu, estrelado portanto e luar, aluado portanto. A Lua que não tem luz, quis demonstrar às estrelas que, mesmo sem luz, ainda que com a ajuda de Apu Inti, Deus do Sol para os Incas, também brilha, ou seja, faz um brilharete.

Os habitantes inter-galácticos aproveitaram esta combinação luminosa, para em nome da poupança e das alterações meteorológicas do espaço sideral, não usar as artificiais iluminações de Natal.

As estrelas, por unanimidade, uniram-se em figuras natalícias, misturaram os seus gases originando brilhos de várias cores e tons de rara e estonteante beleza, só comparável às cores dos anéis de Saturno.

Não houve concurso púbico inter-estelar para gerar esta empatia e consenso, apenas e só uma participação colectiva, regida pelas melhores práticas que uma sociedade em paz e harmonia pode adoptar. Parece que os parlamentos terrestres de todo o mundo já pediram cópia destas melhores práticas, as quais envergonham a sociedade terrestre, que se obriga a criar códigos de ética e/ou de conduta.

Os corpos celestes esmeraram-se e arrasaram, até os terrestres estavam ao mesmo tempo maravilhados e assustados com aquelas formações estelares, porque inclusive a sua via láctea estava mais brilhante do que nunca e tão geometricamente organizada e colorida que havia quem dissesse que era o fim do Mundo.

Alguns defendiam mesmo que a previsão apocalíptica do fim do mundo, anunciado para 2000, estava completamente errada, porque a combinação certa seria a junção de dois, dois, ou seja, 2020!

O Pai Natal, acossado na Terra com os direitos dos animais, aproveitou o facto de neste planeta andarem todos desorientados com esta grandiosa e inesperada iluminação natalícia, (os serviços secretos mundiais andavam numa roda viva a desconfiar uns dos outros) para se apropriar de um satélite de espionagem (mais rápido e furtivo, as alfandegas não conseguem cobrar impostos sobre as prendas) e usá-lo por controlo remoto, disponibilizado pela app “Natal para Apressados” para fazer a distribuição dos presentes, encomendados (quiçá merecidos) online, of course.

Entretanto as renas estavam tristes porque não se podiam reformar, nem podiam requerer o subsídio de desemprego. É que o Pai Natal não as tinha despedido, apenas as tinha posto em lockout.

No meio disto tudo, o Menino Jesus estava para nascer e como a mãe, Maria, tinha ido a Belém, cidade com muita afluência turística nesta época, deparou-se com o caos nos hospitais e com as estalagens completas. Desesperada informou um dos estalajadeiros que estava grávida e prestes a ter a criança. Foi-lhe oferecido um cantinho no estábulo da estalagem, onde foi colocada, numa manjedoura, palha biológica muito fina e fofinha, para deitar o menino. A esposa do estalajadeiro ofereceu os seus préstimos a Maria e em troca esta comprometeu-se a não informar a ASAE, que andava muito activa na sua missão fiscalizadora, que tinha sido alojada no estábulo, ainda por cima sem direito a Pequeno Almoço.

O estalajadeiro mandou ainda o seu filho levar todos os animais para o estábulo do tio, porque a AdAdBeG-Associação dos Amigos dos Bichos em Geral -, não queriam que estes ficassem traumatizados ao assistirem ao parto de Maria e também porque o burro tinhas as marcas de uma canga, usada para o atrelar à nora e andar à roda até ficar à nora ou tirar água durante a noite (que também era proibido, o burro não podia ser usado para trabalhar) para o serviço da estalagem.

Lá está, a AdAdBeG, é uma associação de defesa dos animais, cujos pareceres e deliberações não são vinculativos, vive da carolice dos seus associados, tem muito mais poder que a ASAE e daí a preocupação.

Por sua vez os Reis Magos tiveram também alguns problemas logísticos para chegar até ao Menino Jesus.

Primeiro, porque alguém os avisou que as suas vestes eram compostas por cores que sugeriam estarem conotadas com pessoas do sexo masculino, dai que à última hora resolveram fazer algumas alterações adoptando cores misóginas, para não ferir susceptibilidades e não transmitir ao Menino Jesus nenhum laivo que o pudesse vir a tornar, no futuro, um machista. Segundo, porque os camelos não possuíam o boletim de vacinação em dia, bem como foi preciso esperar pelo resultado de uma providência cautelar interposta pela AdC - Amigos dos Camelos - que não queriam que estes fossem utilizados para o transporte de prendas e ainda porque se suspeitava que os dromedários não tinham armazenado água suficiente para a jornada e sabia-se que não existia nenhum oásis de serviço pelo caminho (férias natalícias oblige). Tudo se resolveu a contento, com excepção das exigências da AdC, e os Reis Magos lá se fizeram ao caminho. Por último, ainda que os Reis Magos, fossem isso mesmo, magos, palavra que na altura não tinha nenhuma conotação com o significado que lhe atribuímos hoje, mas sim porque a designação significava que se tratava de pessoas reconhecidas pelos seus conhecimentos científicos, em especial na área de astronomia, de nada lhes valeu.

É que a estrela que lhe servia de guia, tinha-se juntado à formação de estrelas que polvilhava o céu na iluminação de Natal inter-galáctica e lá foi a orientação para o galheiro e, por azar, nenhum deles tinha GPS que já existiam na época, mas ainda não eram um sucesso porque os satélites que lhes emitem o sinal ainda não tinham sido enviados para o espaço.

Ao que se sabe, os governadores do espaço andavam numa guerra de tarifas comerciais com os terrestres e as naves carregadas com os satélites aguardavam que o Natal lhe trouxesse a necessária autorização para entrar em órbita.

 

Este foi o meu primeiro post como resposta ao desafio proposto pela Isabel, o meu conto de Natal. Não sei se é um conto, se conta par alguma coisa ou se fazemos a conta depois do Natal. Contudo, a todos o Um Bom Natal.

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Mensagens

Arquivo

  1. 2023
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2022
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2021
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2020
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2019
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2018
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
Em destaque no SAPO Blogs
pub