Alentejo em poesia
Vagueando
Alentejo toda a gente te quer ver
Seja de Verão ou de Inverno
Como se admirassem uma bela mulher
Sem medo de ir parar ao Inferno
O Sol veio para se despedir
Forçou a entrada na casa fechada
Por mais que o tentasse dissuadir
Não consegui expulsá-lo à pancada
O Sol, atrevido entrou na casa trancada
Sem cerimónias e sem pedir licença
Disse que queria beijar a minha amada
Fechei-lhe a janela para impedir a ofensa
Alentejo de planície dourada
Calor que procura frescura
Gastronomia muito aprimorada
Servida com carinho, amor e ternura
Alentejo de vozes afinadas
Elevam a grandeza do cante
Escuta-se nas ruas e escadas
Ouvi-las é fascinante
Alentejo quente, escaldante
Terra do grande lago
Para o ver siga avante
Encontrará a paz ao seu lado
Alentejo terra do calor
Alentejo que procura sombra
Registar ambas com amor
É coisa que assombra
Enquadrar a sombra e o Sol
De forma geométrica
Nem com um guarda-sol
Só na parede da chafarica
Não se pode reservar o Sol
Mesmo que se esteja a despedir
Deixou de cantar o rouxinol
Fica a hora de refletir
O Alentejo não é só paisagem
É felicidade de noite e de dia
Mesmo que esteja só de passagem
Contemple e deixe a correria
Alentejo de portas abertas
De paredes tão brancas
Parecem paisagens desertas
Mas vê-las tão belas estancas
Para admirar mais Alentejo
Basta clicar no link abaixo
Siga pelo Ribatejo
E não fique cabisbaixo
https://photos.app.goo.gl/sAjnLJX2XHgQzWHk7