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Generalidades

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25
Out24

Vareta do Óleo


Vagueando

Participação XII do Ano II no Desafio 1 foto 1 texto de IMSilva

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Exemplo de uma vareta de nível de óleo

A sofisticação tem vindo a tomar conta do automóvel comum, de tal forma que alguns deles já se autoconduzem, pelo menos parcialmente. A inovação, o conforto e essencialmente aquelas coisas não essenciais para a função do veículo, têm vindo a aumentar de forma exponencial. Com o choque petrolífero nos anos setenta, a redução de peso dos automóveis, a par de uma melhoria da eficácia dos motores, consegui-se reduzir drasticamente o consumo dos veículos.

Contudo, nos últimos anos, esse peso tem vindo a aumentar, por força da incorporação de muito equipamento, desnecessário, destinado a melhorar o conforto catapultar as vendas.

Acontece que há coisas tão simples e terrivelmente eficazes em que não se devia mexer ou alterar, refiro-me, por exemplo à vareta do nível de óleo. O nível do óleo correto é essencial para a longevidade do motor que, caso este se torne insuficiente, provoca avaria muito grave no motor.

É uma peça barata, leve, dura uma eternidade, é das poucas peças do carro que nunca tem que ser substituída e não falha. O meu carro com 6 anos, não traz essa vareta, sendo que se verifica o nível do óleo no painel de instrumentos.

É confortável e prático? Sim, sem dúvida.

Mas isso implica uma série de itens desnecessários, um sensor, o fio que o alimente e o leitor que é montando no painel de instrumentos, para além de ter ainda de permeio uma ligação a uma centralina para processar a informação.

E quando esta coisa avaria?

Pois não há forma de verificar o nível do óleo, a não ser que se vá à oficina, se pague para o efeito e se espere que a mesma tenha disponibilidade para o fazer. A outra hipótese é mandar reparar que, no meu caso, já é a segunda vez, com um custo total de cerca de 1.200 euros.

Se o meu motor tivesse vareta de nível de óleo, teria poupado este dinheiro porque certamente não teria procedido a estas estupidas reparações.

A inovação é tão linda, para o lucro da marca, mau para o cliente e já agora que andam tão preocupados com a sustentabilidade, também é mau para o ambiente

 

 

08
Jun23

Um motor descrito por uma mulher de letras


Vagueando

Despertou-me a curiosidade do título "O Infinito está nos olhos do outro”, mas logo olhei para o lado, porque achei estar na presença demais uma tanga. Mas, não sei porquê, voltei atrás e ao título e constatei que era escrito por uma jornalista da RTP, Fátima Campos Ferreira e com prefácio de António Ramalho Eanes, duas figuras que me merecem muito respeito.

Comprei o e li o livro, do qual destaco dois pequenos excertos que se identificam comigo e de que gostei particularmente.

O primeiro tem a ver com um carro, que foi o meu primeiro carro um VW Carocha e fiquei estupefacto como uma mulher de letras descreve, em tão bem e tão poucas palavras, o motor deste carro.

"O motor do carro tinha um ruído inesquecível, como se tivesse um botão de volume e aumentasse e diminuísse à medida que dobrávamos curvas ou entrássemos nas povoações” .

Se a inteligência artificial conseguisse pegar neste texto e transformá-lo no tal “ruído” aposto que os meus ouvidos jamais o aprovariam. Só quem viajou neste carro conseguer entender o que ali está descrito.

O segundo tem a ver com um gosto muito especial que tenho pelas coisas que já foram usadas e carregam um passado. Estas coisas só contam o seu passado a quem estiver disposto a conhecê-lo.

“O sentido do usado ganhava a ilusão da viagem ao mundo de outras vidas”

Quando olho para um objecto usado, seja meu ou esteja numa qualquer feira de velharias é este o meu sentimento.

De resto, este livro, sendo a história de uma familía, não aprofunda detalhes desnecessários, descreve vivências de outras eras  que merecem ser conhecidas.

Parabéns Fátima Campos Ferreira

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