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Generalidades

Generalidades

15
Ago24

O Mar


Vagueando

Ano II - Episódio III

Cá estou para participar mais uma vez neste desafio 1foto 1 texto de IMSilva

Foi uma semana alucinante do ponto de vista emocional, com alegria a rodos que me deixou um pouco atordado de felicidade.

Mas calmo e  sereno sentei-me em frente ao computador a pensar no que escrever para a foto que escolhi.

Nada, não sai nada. Como já em 2021 andei aqui a navegar pelo nada, não podia repetir a dose, senão parecia aquelas vacinas em que temos que levar com um segunda inoculação.

Contudo, essa navegação pelo nada, em tempos de pandemia, incluia mar, o que não é nada mau, porque o mar é inspirador, basta olhar para  foto, pelo que até podia fazer sentido.

20240812_182253.jpg

Esta escrita ficou um bocado deslavada, insípida, sem sabor nenhum a única coisa que se aproveita é a foto, o mar, o nevoeiro e o Sol, Sintra What Else.

Não fiquem tristes, trago algo bem melhor que a minha escrita. Cliquem na Canção do Mar e apreciem o mar enquanto navegam pela fotografia

 

18
Jan24

A Ocidental Praia Lusitana


Vagueando

Hoje, embora o post seja meu, muito pouco do seu conteúdo se deve a mim.

A ideia de o escrever não foi minha, mas teve origem no desafio 1foto1texto de IMSilva.

20240112_165851.jpg

'«As armas e os barões assinalados,
Que da ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca de antes navegados,
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados,
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram;»'

O texto (legenda) não é meu, é do nosso grande poeta Luís Vaz de Camões.

A ideia de legendar a foto acima, recorrendo ao poeta, também não é minha mas sim de outro bloguer que acompanho - Cheia - que tem vindo a divulgar e muito bem, no seu blogue Sociedade Perfeita, excertos dos Lusíadas.

Por último sendo a foto minha, a praia retratada, pequena de mais para abarcar a descrição – A Ocidental Praia Lusitana, também não é minha, não é de ninguém, é de todos nós. Os 600km de praias são, afinal, a ocidental praia lusitana.

20240112_173414.jpg

Dada a envolvência e tudo o que está em causa, achei por bem, juntar outra foto que tendo a ver com o mar e com a navegação marítima, não era possível ver na época dos Descobrimentos – Um dos vários faróis que iluminam os 600 km da Ocidental Praia Lusitana

12
Jan24

O pontapé


Vagueando

Mais uma participação no desafio 1foto1texto de IMSilva

No final do ano passado, porque devia uma visita a uma residente, fui almoçar à Ericeira.

Depois do repasto, fiz a visita, conversámos um pouco, ofereci-lhe um livro de fotografias e aproveitei para visitar a vila que, nessa altura do ano está mais dada à tranquilidade.

Gosto da tranquilidade dos lugares “desapinhados” de gente, o espaço é sempre um bom lugar onde quer que estejamos.

Há mais tempo para observar, contemplar, fruir e, obviamente tirar umas fotos para que, no ambiente ainda mais tranquilo da nossa casa, podermos ver o que vimos.

20231211_140639.jpg

Ao observar esta foto que parou este movimento da rebentação das ondas contra as rochas, consigo imaginar uma bota a pontapear o mar salpicando água para a frente e deixando atrás de si o rasto de ter passado dentro de água.

Não conseguem ver a bota, é só clicar aqui que eu mostro.

07
Dez23

Entre a beleza e o horror


Vagueando

20231206_160812.jpg

Ontem numa das minhas raras passagens por esta zona, detive-me frente ao mar, nas proximidades da Boca do Inferno em Cascais.

Fiquei ali parado por alguns instantes a aproveitar a tranquilidade do momento, a olhar para o mar, um espelho.

O tempo foi passando, fui tirando umas fotos, soube-me bem aquele momento e decidi logo ali, que uma daquelas fotos iria servir para participar neste desafio 1 foto 1 texto de IMSilva.

Hoje de manhã fui surpreendido com a notícia de que um carro se despistou e caiu ao mar na zona do Cabo Raso, acidente que provocou a morte de duas mulheres.

Entre a beleza de ontem e horror de hoje, distam uns meros 4km.

Como é que tanta beleza conseguiu, em menos de 24h, acolher tanto horror?

21
Set23

Despedida do Verão


Vagueando

No próximo dia 23 de Setembro o Verão despede-se dando lugar ao Outono.

Adiantando-me desde já à CMTV, fui espreitar a porta por onde o Verão vai sair e divulgo aqui, agora, já, na foto abaixo.

20230912_184022.jpg

O Verão vai-se embora mas com a promessa de regressar para o ano e nós todos sabemos que podemos confiar nas estações do ano, nunca falham, voltam sempre. Voltam sempre mas o tempo meteorológico que as acompanha já não é o que era, pelo que se falhas existem neste particular a culpa é do S.Pedro. º

Este ano, pela parte que me toca, aqui por Sintra, não foi bem o típico Verão do Oeste, já que o nevoeiro e o vento, resolveram fazer greve nas praias do litoral sintrense na maior parte dos dias.

Um local de que gosto particularmente é da Praia Grande e também da sua piscina, imaginem, inaugurada em 1966 pelo então presidente da República Américo Thomaz, como estou velho.

20230919_170528.jpg

Como adoro portas, talvez este ano tenha fotografado ao mais bela porta (é mais um portão) que consta do meu álbum de portas e que reproduzo abaixo.

20230912_202854.jpg

O Verão leva-nos os turistas, que vão cada um para seu lado, como se demonstra na foto abaixo, mas eles vão-se embora e eu fico com a paisagem para recordar e partilhar em fotos no meu álbum de Despedida do Verão.

Cada um vai à sua vida.jpg

 

15
Jun23

O Caminho


Vagueando

Comecei a andar por aquele caminho que não sabia para onde ia. O nevoeiro cerrado não deixava perceber em que direção seguia, tinha a noção dos pontos cardeais mas não tinha nenhuma referência que me permitisse identifica-los, era como se tivesse na mão uma bússola desorientada na presença de um íman.

Contudo, simpatizava com aquele caminho, talvez até tivesse carinho por ele, ainda que racionalmente não existissem razões para tal.

Sentia a sua beleza sem a ver, sentia a sua sinuosidade sem a compreender, sentia que subia ou descia através do maior ou menor esforço para caminhar e sentia que devia continuar. O comum dos mortais dar-se-ia como perdido mas eu não estava, afinal nem sabia para onde seguia aquele caminho e também não fazia a mínima ideia para onde queria ir.

Quando os meus pés, único sensor que me ligava à realidade, perdiam a sensação de pisar terra e pedra, passando a tatear um tapete húmido e fofo, sabia que me tinha desviado do caminho e entrado numa floresta. Aí parava e procurava regressar ao caminho que me queria levar não sei onde.

O caminho era abraçado por copas das árvores que não via e pelo nevoeiro que também não me deixava ver os meus pés, mas seguia-o na esperança de encontrar o que não sabia ou com medo de encontrar coisa nenhuma e ficar ali, no caminho ou fora dele.

Caminhei, caminhei, caminhei, sei lá porquanto tempo, também não me interessava o tempo, nem tinha forma de o medir, apenas sabia, através da pouca luz que atravessava aquele espesso nevoeiro, que era dia. O caminho seguia algures não sei por onde e eu seguia para lado nenhum (1).

Fiquei curioso com isto do lado nenhum, como materializar o lado nenhum. Tentei imaginar como o fotografaria, como me sentiria eu ao lado do lado nenhum. Finalmente um bom motivo para continuar, agora tinha um objetivo, encontrar o lado nenhum.

Continuei então, de vez enquanto o vento sacudia as copas das às árvores que aliviavam ruidosamente as gotículas de água que se tinham acumulado nas suas folhas e que sem dó nem piedade, caiam em cima de mim. O vento parecia forte, espaçadamente tão forte com rajadas furiosas. Como era possível sacudir as árvores com tanta violência e deixar o nevoeiro tão calmo a envolver tudo e mais alguma coisa?

Não compreendia.

Era tão estranho que não sabia se estava num ponto alto, onde o nevoeiro gosta de se fixar com maior regularidade ou se ele, nevoeiro, desta vez, tivesse descido tão baixo até ao meu caminho apenas para me atrapalhar ou quem sabe, me ajudar. Não obstante as dificuldades, continuava porque aquele caminho me guiava e de certo modo dava-me tranquilidade, afinal todos os caminhos vão dar a Roma, mas antes de lá chegar, chegam a outros lados, quem sabe se ao lado nenhum. O curioso é que este caminho não se encontrava com outros caminhos, nem sequer uma vereda, que me obrigasse a tomar uma decisão de continuar ou de o abandonar, não tinha nada que enganar, como se eu não me estivesse, quase de certeza, a enganar-me a mim mesmo ao seguir aquele caminho.

Afinal o caminho faz-se caminhando e para a frente é que é caminho.

Sentia cheiros que não conseguia identificar, mas os que identificava permitiam-me saber que aquilo à volta era terra húmida, estava habitua a ter água em abundância. Mas não ouvia água a correr, era como se não existissem rios ou riachos a terra absorvia toda a água que por ali caísse, exceto a que era despejada em cima de mim, pelas árvores em fúria com o vento que as sacudia. Ouvi aqueles chocalhos usados pelo gado nas pastagens. Este som tão tranquilizante, parecia-me longe ou então era perto mas estava abafado pelo nevoeiro e desvirtuado pelo vento. Podia tentar seguir o som na esperança que o cão pastor me farejasse e me conduzisse a alguém. Desculpei-me a mim mesmo, nenhum cão me farejaria, o vento, o nevoeiro, quiçá a distância o impediria de sentir o meu cheiro. Talvez, no fundo, no fundo, não quisesse encontrar mesmo ninguém e seguir o (meu) caminho.

Continuei, sentia agora o vento mais forte e percebi que as árvores teriam ficado para trás, já não recebia salpicos e o vento era mais forte, estava em campo aberto sem o ver, maldito nevoeiro porque não te vais embora. A paisagem que não via assumia-se como fantasmagórica no meu imaginário, mas a roupa começava a secar com a ajuda da brutalidade das rajadas de vento que me dificultavam a progressão no caminho. O caminho seguia e eu seguia-o, como um crente em Deus, mas sem esperança no que quer que fosse, apenas e só com o desejo de continuar.

A dado momento o vento, ainda que forte deixou de se manifestar em rajadas, era mais quente, mais aconchegante não fosse o pó que trazia consigo e que se me colava no rosto, começava a ficar exausto, mas não parava, sempre com o pensamento de que chegaria a algum lado, talvez ao lado nenhum. Estou a sonhar, tenho que acordar, acabar com isto, lavar a cara, já não suporto este pó colado ao rosto que me impede de ver, como se o nevoeiro não bastasse. Mas qual quê, não era sonho era realidade, o nevoeiro e o vento não mentiam, sentia-os e bem.

Seitei-me no chão pedregoso e seco, senti o cheiro do mar, que me reconfortou, fechei os olhos para o imaginar, foi como se tivesse posto os óculos da realidade virtual, vi o mar e praia.

Abri os olhos, o nevoeiro desaparecera, à minha frente tinha uma mulher que me observava, perguntei-lhe o nome, respondeu Mariana.

Demos as mãos, seguimos os dois o caminho, que ainda estamos a caminhar, até que a morte nos separe e ainda não encontramos o lado nenhum. Desde esse dia, encontramos sim, lado a lado, muitos e bons lugares, por todos os lados. 

(Título de um livro espantoso da autora Júlia Navarro e cuja história explica o que é ser de lado nenhum)

06
Mai23

O mar


Vagueando

Fotos tiradas em sequência, no mesmo local (Praia de Magoito) em menos de um minuto e sem fitros, jogando apenas com o controlo manual de vários parâmetros fotográficos.

Portugal, sonho de qualquer marinheiro

Gosto do mar e de o ver, mas em terra

Não embarco nele nem por dinheiro

Prefiro vê-lo, admira-lo do cimo da serra

 

É lindo, terrivelmente belo, o mar

Mesmo a violência da forte rebentação

Não me canso de o ver de o escutar

Parece-me sempre uma linda canção

 

Hoje estava tremendamente belo

Podia ser de dia ou uma noite de luar

Tocava  música de violoncelo

Apetecia-me ir de drone vê-lo, do ar

25
Mai22

Contemplando


Vagueando

 

CABOROCAPORSOLSET2009.JPG

Onde a terra acaba e o mar começa

Há mar e mar, há ir e voltar

Olhamos o Sol, esperamos que se despeça

O Sol foi-se, deixou de nos acalentar

 

Sol para onde vais, porque nos deixas?

Ficamos sós, apenas com a brisa do mar

Vou iluminar e aquecer outros, não quero queixas

Ficamos aqui sem luz, sem calor, a pensar

 

Ai se pudéssemos ser aquela ave em liberdade

Saborear o vento que lhe dá aquele sustento

Acompanhávamos o Sol até à próxima Cidade

Não ficávamos aqui parados ao relento

 

O céu e as nuvens parecem aqui tão perto

Junto a nós, junto ao mar, junto a ti, Sol

Já não sabemos o que vemos ao certo

Esperamos que a espera se canse da luz do Farol

 

 

01
Jan22

Não sei por onde vou mas gostava de ir por aqui......


Vagueando

20211231_090007.jpg

Voei como e com os pássaros, só não migrei como eles.

Cruzei-me com aviões cheios de gente com ilusões.

Voamos, voei para longe, porque longe é um bom lugar.

Voamos em busca da liberdade que almejamos e já não temos.

Quantos traços, quantas riscas de rotas em todas as direções

Quanto céu pintado com traços de tantos destinos.

Sentados a grande altitude, atravessamos mares e continentes.

Ficam as marcas da nossa passagem, das nossas viagens, dos nossos sonhos.

Quantos lugares nos mostram estas marcas no céu, quantos sonhos e angústias.

Acordo, tinha sonhado, volto à realidade, fixo-me na beleza das imagens.

E na tristeza da realidade, a pandemia voltou a atacar para nos atormentar.

20211231_075942.jpg

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