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Generalidades

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16
Dez24

Segurança Rodoviária


Vagueando

Costumo frequentar uma loja de grande dimensão com estacionamento próprio e com lugares bem marcados no pavimento, bem como zonas onde a pintura impede o estacionamento por razões de segurança.

Ali é tão normal estacionar-se em cima dessas zonas proibidas que podem impedir o socorro rápido em casa de acidente, como nos lugares destinados a pessoas com deficiência ou para idosos e pessoas com crianças de colo.

No dia 13 do corrente, chamou-me à atenção esta notícia ANSR: 400 mil ''apanhados'' em excesso de velocidade por radares até Julho.

Que exista mais gente a ser apanhada em excesso de velocidade é fácil explicar pelo aumento do número de radares. Há sempre alguém que por distração, negligência, inconsciência ou até para fazer prova (oficialmente comprovada) de que o seu veículo de estimação atinge determinada velocidade, é apanhada pelos radares.

O que não é fácil explicar é o porquê de um aumento da fiscalização sobre o excesso de velocidade, não corresponder a uma redução da sinistralidade. Afinal registaram-se no mesmo período, mais de 20.000 acidentes rodoviários nas estradas portuguesas que provocaram 266 mortos e 1.451 feridos graves, o que confirma a tendência crescente da sinistralidade desde 2014.

Eu diria que este aumento da sinistralidade se deve essencialmente por;

  • Investir em radares traz um retorno financeiro muito grande que não necessita de pessoas (evita despesa) e que rapidamente amortiza o investimento, mas consegue não reduz os acidentes (evita o aumento da sua gravidade) na zona de influência dos radares.

 

  • A fiscalização nas estradas é praticamente nula e a que existe, foca-se também no excesso de velocidade. Neste sentido, o sentimento de impunidade vai crescendo, ultrapassa-se onde é proibido, muda-se de direção sem assinalar a manobra, pratica-se manobras perigosas de toda a espécie, ultrapassagens pela direita, mudança da faixa de esquerda para uma saída em AE, circular colado ao carro da frente.

 

  • A aposta da fiscalização é toda feita nas multas que estão comprovadas por máquinas.

 

  • Não existe fiscalização dentro das localidades onde se circula a velocidades proibitivas, estaciona-se me cima dos passeios, de pilaretes de borracha e passadeiras.

 

  • As características do IC 19 que é palco das maiores atrocidades, exceto onde existe radares, a falta de um veículo descaracterizado em permanência justifica a ocorrência de muitos acidentes neste itinerário.

 

  • Condutores como o que descrevo no início deste post, ajudam a perceber porque a sinistralidade está a aumentar, afinal, cabe aos outros cumprir o Código da Estrada.
27
Nov24

Acidentes rodoviários


Vagueando

Na passada Sexta Feira, dia 22 de Novembro tive que fazer o percurso rodoviário Sintra-Lisboa-Sintra, tendo saído de casa por volta das 19h e 15 m. Fui buscar uma pessoa em Carnide que não se encontrava bem de saúde pelo que não conseguia trazer o seu próprio carro para casa.

Este percurso de pouco mais de 50Km, que não implicou nenhuma espera no destino, ou seja, foi chegar ao local apanhar o familiar e regressar de imediato, demorou 3 horas, sim 3 horas. Fiquei estupefacto com a quantidade de acidentes que encontrei e que foram a causa da minha velocidade média se ter ficado pelos 16km/h e o meu consumo de combustível, devido ao para arranca, foi 8,5 l aos 100, quando em condições normais teria sido de 6 litros, isto já para não falar das emissões desnecessárias que eu e muitos outros automobilistas lançaram para a atmosfera, durante este tempo.

As condições metereológicas eram excelentes, não chovia, não estava vento a visibilidade era perfeita, ainda que a luz natural há muito se tivesse ido embora.

Como está na moda, tem que existir um culpado para tudo isto. Bom comecemos pelos do costume, os políticos, porque não prestam a devida atenção às estradas, que estão em mau estado, mal sinalizadas etc.

Hum, não cheira?

O IC 19 não está dotado de uma sinalização exemplar mas tem um piso em bom estado, tem cruzamentos desnivelados tal como a A5 e a CREL.

O Culpado é o condutor que está protegido de iguais impropérios, nas redes sociais, pelos estragos que causa, como estão os políticos em iguais circunstâncias ( o acidente que envolveu o ex ministro da Administração Interna é apenas um exemplo).

Dos cinco acidentes que apanhei no percurso de ida e volta, três deles foram choques em cadeia na faixa da esquerda e os outros dois em nós de acesso/saídas de entroncamentos desnivelados no IC19. A forma como se conduz é cada vez mais agressiva e desrespeitadora das regras mais elementares de segurança e contribuem para a ocorrência destes acidentes. A circulação na faixa da esquerda a “empurrar" o carro da frente com sinais de luzes e nos entroncamentos as mudanças da faixa da esquerda diretamente para a saída, atravessando as duas vias à direita, sem sinalizar a manobra, fazendo já no local onde (pelas linhas pintadas no chão) está impedido de o fazer.

Quando circulo no IC 19 é raro o dia em que não assisto a este tipo de manobras.

Contudo, a fiscalização cada vez mais se centra na penalização da velocidade (que também constitui um bom negócio, não só pelo que rende mas também porque a fiscalização in loco, nomeadamente no que se refere a estas manobras perigosas não se vê).

Tenho carta à 49 anos e que me lembre nunca vi uma operação stop num dia de nevoeiro ou de chuva, mais que não fosse para controlar e alertar todos aqueles que, por ignorância ou imprudência, circulam sem ligar, pelo menos os médios. No mês passado, fui de Sintra a Ponferrada em Espanha, são 630 Km, dos quais 480 km feitos em Portugal. Estive lá 3 dias e nesses três dias, passei por duas fiscalizações da Guardia Civil, sendo que numa delas fui mandado parar e verificados os meus documentos.

Esta forma de atuar, espalhar radares por todo o lado e descurar a fiscalização, não evita os acidentes, podendo sim, quando ocorrem nas zonas controladas por estes, diminuir a gravidade dos ferimentos provocados nas pessoas envolvidas.

Enquanto escrevia este post aparece na Sapo Acidente com 12 veículos: trânsito na Ponte Vasco da Gama reabriu em duas vias. Porque não esclarecer a opinião publica a causa deste e outros acidentes, indicando o que levou ao mesmo, como medida pedagógica. Não seria uma boa campanha, com o apoio das televisões, rádios e seguradoras e até do Estado?

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