Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Generalidades

Generalidades

02
Mai25

A Força da Luz


Vagueando

Participação XXVI, Ano II, no Desafio 1 foto 1 texto de IMSilva

A foto é minha, parte do texto não. A ideia de a ligar a uma afirmação e a uma pergunta de duas personalidades conhecidas do público em geral, também é minha.

  • Olhar de cima para baixo somente para ajudar o próximo a se levantar (Papa Francisco).

 

  • A quem posso perguntar o que vim fazer a este mundo? (Pablo Neruda).

PA050009.JPG

Este foto, tirada em 15 de Outubro de 2015, às 7h e 40m, pouco tempo depois de descolar do Aeroporto de Lisboa, é um bom exemplo de como olhar para baixo pode ser belo quando estamos no ar e humilde quando, com os pés bem assentes na terra, nos revemos nas palavras do Papa Francisco.

Por outro lado, ao olhar para esta foto, não posso deixar de fazer a mim mesmo, a pergunta de Pablo Neruda.

Bom fim-de-semana.

17
Jan25

Risco


Vagueando

Participação XXIII, do Ano II, no Desafio  1Foto 1 Texto  de IMSilva

 

A Câmara Municipal de Lisboa disponibiliza um aplicativo que dá pelo nome "Na minha rua." O objectivo, segundo o portal consiste em poder participar problemas em espaços públicos, equipamentos municipais e higiene urbana que necessitem da intervenção da Câmara Municipal de Lisboa ou das Juntas de Freguesia.

Concordo em absoluto com este tipo de aplicativos, quer pela facilidade do seu uso, quer pela possibilidade de cada cidadão poder ajudar a resolver problemas que surgem pelas cidades, apenas e só com recurso ao telemóvel e sem perder muito tempo.

As situações que já reportei, infelizmente prendem-se com a falta de bom senso e com a maior falta de respeito dos transeuntes, pelo espaço público, utilizando-o muitas vezes ao arrepio da legislação.

Sucede, esta é parte má, que para além desta negligência (in)consciente, a falta de fiscalização das autoridades e dos serviços camarários potenciam situações de risco.

A Baixa de Lisboa, como infelizmente se viu pelo grande incêndio do Chiado, conta com zonas degradas, ruas estreitas, escadarias que em caso de sinistro podem dificultaar e muito o socorro.

A foto que trago hoje para este desafio, é o espelho de uma dessas situações.  Bicicletas acorrentadas abusivamente nos corrimãos de escadarias de Lisboa.

20250115_150149.jpg

 

Em 2024, não sei precisar a data porque o aplicativo (lamentavelmente) não a disponbiliza, abri a ocorrência  "OCO/106258/2024, relativa ao acorrentamento de bicicletas no corrimão da Escadaria da Rua Martim Vaz junto à Calçada de Santana. A ocorrência foi resolvida, mas o aplicativo também não deixa consultar o teor da resolução.

Facto é que resolvida foi mas, as bicicletas abandonadas, sem rodas, em estado de degradação ali continuam acorrentadas como se pode ver na foto tirada esta semana, prejudicando todos os que necessitam de usar o corrimão quando circulam na escadaria.

Por outor lado, em caso de emergência, estas bicletas serão certamente um estorvo e pior, fonte causadora de ferimentos a todos os que por elas necessitem de escapar e/ou ir em socorro de pessoas e bens.

Espero que a CMLisboa e as autoridades removam sem qualquer contemplação todas as bicicletas acorrentadas aos corrimãos das escadas de Lisboa.

31
Dez24

A Dúvida


Vagueando

 

20241208_150530.jpg

 

Vagueio por aqui há quase seis anos.

Nem sei porque comecei, nem tão pouco estabeleci um objetivo quando criei o blog, apenas fui dando a conhecer algumas tretas que ia apontando em cadernos e comecei com uma questão que tem feito correr alguma tinta nos meios de comunicação, a fórmula usada para calcular o pagamento das auto estradas pelas diversas classes de veículos.

Também, tenho interesse em seguir as questões relacionadas com a segurança rodoviária, abordei aqui esta temática por diversas vezes.

Usei também esta forma de comunicar para falar sobre Sintra, que não sendo a minha terra porque nasci em Lisboa, como a grande maioria das pessoas dos anos cinquenta mas, logo após o primeiro ano de vida, por força da crise de habitação e da incapacidade dos meus pais em suportarem uma renda na Penha de França, já lá vão 66 anos, fomos, em boa hora, corridos para Sintra, o fim da linha.

O meu pai foi mas não podia, as suas funções obrigavam-no a morar mais próximo do seu trabalho, mas como também não podia, como a maioria dos seus colegas, pagar a renda com os seus rendimentos, a coisa sabia-se mas ignorava-se.

Pois é a especulação, o turismo, o AL, os jovens não têm casa, nem capacidade financeira para suportar uma renda, não é de agora, é a vida. Vim para o fim da linha porque, na altura até Algueirão – Mem Martins era caro para o nível de vida dos meus pais.

Digamos que Sintra é a minha terra adotiva, adotei-a e fui adotado por ela, pelo seu encanto e beleza. Nos tempos de liceu os meus amigos diziam que eu vivia no mato porque estava longe (1km) do centro, das lojas, dos cafés, do centro histórico ou seja, dos locais de convívio. Hoje, ainda que existam mais casas em Sintra, o facto da minha ainda estar no “mato”, contribuiu para que continue, felizmente, a viver no mato. Se na altura já gostava de estar longe do reboliço e da confusão, fui apurando a boa sensação de tal forma que hoje nem consigo imaginar-me a viver numa grande cidade.

O silêncio de que gozo é algo que me faz muito bem.

Alguns dos meus posts mereceram, não sei se bem se mal, honra de destaque na Sapo e esses destaques foram sempre brindados por comentários anónimos que, independentemente do assunto versado, iam sempre no mesmo sentido, desdenhar, ora porque que eram escritos por quem não tinha nada que fazer, ora porque não tinham nenhum interesse para a sociedade, ora porque era uma forma de exibicionismo. Ainda assim foi interessante perceber que por trás desses comentários estavam pessoas, que os liam ou talvez não, mas perdiam o seu tempo -tendo que fazer - a classifica-los como maus e a comentar o que não tinha interesse nenhum, apenas e só para se pendurar no blog do A ou do B, para dar nas vistas.

Neste sentido, passei a bloquear este tipo de comentários e não foi por censura, mas porque não porque quero alimentar, com falta de bom senso, a informação que hoje serve de aprendizagem à Inteligência Artificial.

Como gosto de fotografia, muitos dos meus posts usaram  a fotografia e este não é exceção, como fonte de inspiração e de comunicação. Enquanto vagueei por aqui, conheci pessoalmente alguns bloggers que também escrevem na Sapo, o que constituiu uma boa experiência.

Alguns deles lançaram livros que li, eu próprio participei em dois livros que reuniram Contos de Natal, numa iniciativa da IMSilva e José da Xã.

A experiência foi interessante, mas está na hora de fazer um balanço. Ora o balanço é se devo continuar por aqui ou fazer um voto de silêncio.

Não vou dizer que nunca mais volto aqui, porque a frase - nunca digas nunca – é uma das expressões que mais bom senso carregam. Na vida, por mais invenções e redes de segurança que se criem, o dia de amanhã continua a ser uma incógnita.

Ao olhar para o que nos rodeia, vejo que já não se fala, discute-se, já não nos relacionamos, trocamos likes, já não digerimos a informação, empanturramo-nos com ela, já não nos interessa a razão, desde que não seja a que queremos, perdemos toda a razoabilidade, estamos de pé mas já perdemos o equilíbrio.

Há razões que a razão efetivamente desconhece, mas a estupidez humana, essa conhece-se e impõe-se, aqui, ali, por todo o lado.

A minha consciência de vez enquanto alerta-me e diz-me, não estarei eu, ao vaguear por aqui a contribuir para alimentar tudo isto?

Toda a nossa vida é controlada por sistemas que não controlamos, não compreendemos, não dominamos e, no caso de esses sistemas falharem, por acidente, incidente ou porque a escassa minoria que (ainda) os controla, o nosso futuro coletivo pode ser irremediavelmente comprometido.

Há uma minoria que entende os sistemas informáticos que gerem, hospitais, transportes, a nossa própria saúde, a alimentação, a energia etc, muito poder sobre sistemas vitais para a sociedade, na mão de muito pouca gente que não vai a votos e muitas vezes nem se conhece.

Sem querer e até mesmo sem querer saber, somos cobaias dos sistemas algorítmicos que, sem qualquer alternativa, contribuímos para os alimentar.

Nascem grandes estrelas, que acumulam riqueza e poder, interferem negativamente com a nossa vida, mentem-nos vendendo-nos mentiras, mascaradas de verdade.

Falamos muito de aquecimento global, de alterações climáticas, temos uns “piquenos” que vão dando o ar da sua graça a pintalgar paredes mas, olhando para as guerras que assolam o mundo só falta virem venderem-me a ideia genial que os tanques, os aviões, as bombas e as granadas são – agora, em nome do ambiente - sustentáveis.

Bom é que parece que para a competição automóvel já existe combustível sustentável, assim sendo não percebo a aposta em automóveis eléctricos, sempre com muita potência o que aumenta seguramente o consumo, obviamente sustentável.

Votos de um Bom Ano

 

Actualização em 03/01/2025

No Publico de dia 02 de Janeiro de 2025, a crónica de Nuno Pacheco, com o título 1925-2025, do século do povo ao século do polvo digital, para melhor complementar o que escrevi, nada melhor do que recorrer ao artigo deste profissional e a um escritor.

A dado passo deste excelente artigo, citando Saramago, pode ler-se;

...."em 1994, no 1.º volume dos seus Cadernos de Lanzarote, escrevera: “Vista à distância, a humanidade é uma coisa muito bonita, com uma larga e suculenta história, muita literatura, muita arte, filosofias e religiões em barda, para todos os apetites, ciência que é um regalo, desenvolvimento que não se sabe aonde vai parar, enfim, o Criador tem todas as razões para estar satisfeito e orgulhoso da imaginação de que a si mesmo se dotou. Qualquer observador imparcial reconheceria que nenhum deus de outra galáxia teria feito melhor. Porém, se a olharmos de perto, a humanidade (tu, ele, nós, vós, eles, eu) é, com perdão da grosseira palavra, uma merda. Sim, estou a pensar nos mortos do Ruanda, de Angola, da Bósnia, do Curdistão, do Sudão, do Brasil, de toda a parte, montanhas de mortos, mortos de fome, mortos de miséria, mortos fuzilados, degolados, queimados, estraçalhados, mortos, mortos, mortos."

28
Set24

CAM - Centro de Arte Moderna na Gulbenkian


Vagueando

Participação VIII, Ano II no Desafio 1 foto 1 texto de IMSilva

Passei por ali esta semana, sem muito tempo mas a arquitectura impressionou-me. Fez-me lembrar um pouco a Pala do pavilhão de Portugal, da autoria de Siza Vieira, mas com outro enquadramente e outras cores. Gostei do facto de ser baixa, quase se pode tocar e, se calhar é isso que impressiona quem se dirige ao CAM e se depara com aquela pala branca por cima a madeira castanha por baixo.

Gostos não se discutem mas gostei bastante do exterior deste Centro, pelo que a minha foto de hoje é um panorâmica desta pala branca.

20240924_095524.jpg

 

Contudo, não poderia deixar de juntar mais algumas - podem vê-las aqui - deste Centro tão bem enquadrado no jardim da Fundação Gulbenkian.

30
Ago24

Um volta por Lisboa com o passado no Bolso

Lisboa de Roteiro da PSP na mão ou um Roteiro de Lisboa à mão de semear


Vagueando

Participação V, Ano II do desafio de 1 foto 1 texto de IMsilva.

20240830_100431.jpg

De tempos a tempos consulto o meu arquivo histórico de coisas e desta vez, deparo-me com um Roteiro de Lisboa.

Como tinha que ir a Lisboa, decidi levar este livro de bolso no bolso. O Roteiro da PSP de Lisboa – Algés Dafundo e Moscavide, de 1961, usado pelo segundo subchefe desta Polícia, J Matias, a avaliar pelo que está manuscrito na sua primeira folha.

Estes roteiros, elaborados com o patrocínio do Comando da PSP de Lisboa, eram usados pelos agentes da polícia que se encontravam na rua que, segundo a nota introdutória do Comissário Milheiros plasmada nesta edição, continham informações uteis para os agentes policiais no desempenho da sua missão para elucidação do público.

Gostei da palavra elucidação.

Senti-me a viajar com o passado bolso, bem como transportar para as ruas de Lisboa a memória do segundo subchefe JMatias ao mesmo tempo que vou observando o presente mas com acesso ao passado bastando, para o efeito, consultar o roteiro.

Procuro a primeira rua que sei de antemão que não existia em 1961, a Rua da Mesquita, passei por ali em trânsito a pé para a Rua Fialho de Almeida. Obviamente, não encontro no roteiro a rua da Mesquita, mas encontro duas referências a Mesquita; O Pátio do Mesquita que ficava na Rua Damasceno Monteiro e Vivenda Mesquita que existiria na Travessa das Àguas Livres nº13. Pergunto-me a razão de se referir uma vivenda no roteiro, pesquiso mas não encontro nada. Será que existiam poucas e eram referidas por isso?

A Rua Fialho de Almeida justamente porque a Rua da Mesquita ainda não existia, figura no roteiro como terminando nuns terrenos junto à Escola Marquesa de Alorna, justamente onde hoje está a Sede do Banco Santander, nesta rua.

Sigo pela Avenida Duque de Ávila que, segundo o roteiro começa na rua General Sinel de Cordes, hoje Rua Alves Redol e finda na Rua Marquês de Fronteira. Continuo a vaguear por Lisboa, sinto-me em 1961 com aquele manancial de informação no bolso.

Sento-me num café e vou folheando o Roteiro e chego à parte das informações úteis, onde encontro de tudo um pouco, os distintivos internacionais que o carros usavam para identificar a que país pertenciam e deparo-me com alguns países e/ou territórios na lista alguns dos quais, não acredito que Portugal e a sua Capital alguma vez tenham visto passar. Por exemplo Basutolândia, Bechuanalândia, Kelantan ,Tanganhica, usavam respetivamente o distintivo BL, BP, KL, EAT.

Sigo na pesquisa e encontro as letras que eram usadas na matrículas dos carros e motos que permitiam identificar se eram de Lisboa, do Porto, de Coimbra, dos Açores, de Moçambique, de Angola e deTimor. O Roteiro contem uma tabela com as distâncias percorridas a diversas velocidades, num minuto e num segundo, sendo que a 50km/h (limite máximo dentro das localidades), num segundo, um veículo percorre 13,88 metros o que é muito se for necessário parar perante a presença de um peão que apareça de forma repentina.

Detalha-se também as carreiras de autocarros por exemplo, o 10 ia da Praça do Chile a Moscavide e ao Matadouro, também me lembro da existência de um Matadouro em Sintra e das carreiras dos carros eléctricos, por exemplo um percurso que já não existe, feito pelo eléctrico 3 B, ia do Martim Moniz à Gomes Freire, antiga sede da PJ, passava pelo Campo Pequeno e terminava no Lumiar.

Continuando a folhear encontramos uma referência à Central Leiteira que ficava na Rua da Cruz Vermelha, também me lembro de uma Central Leitra em Sintra, uma série de páginas dedicadas às Embaixadas, Legações e Consulados, as respectivas moradas e contactos telefónicos, Casas de Saúde e Maternidades, os Feriados Oficias, onde não constava o 25 de Abril e o dia 1 de Maio, as Escolas Comerciais, Industriais e Superiores, as Esquadras de Polícia as Faculdades que eram quatro, Ciências, Direito, Letras e Medicina.

Para completar o folhear do Roteiro existe informação sobre os Bairros Fiscais, o Governo Civil e Militar de Lisboa, Hospitais, Institutos, Liceus , Mercados, Ministérios, Museus, Estações de Radiodifusão - Emissora Nacional, a Rádio Graça, Peninsular, Renascença, S. Mamede e Voz de Lisboa, para além da RTP, Teatros e Cinemas - O Monumental que foi demolido nos anos 80, à qual assisti porque trabalhava mesmo ao lado, no Banco Espirito Santo e Comercial de Lisboa que já nem com o BES aparece no local, o Chiado Terrace, o Rex, Royal, S.Jorge e Tivoli.

Obviamente hoje ninguém usa roteiros de bolso porque no bolso levam o telemóvel, mais pequeno e como muito mais informação disponível.

19
Ago24

Dia Mundial da Fotografia


Vagueando

Hoje não é um dia qualquer é o Dia Mundial da Fotografia. Não tinha pensado em nada para postar hoje, o que seria um sacrilégio, porque a fotografia faz parte da minha vida.

Contudo, como fui obrigado a ir a Lisboa onde por norma ando a pé, tinha que deixar o carro perto do Campo Grande para uma pequena reparação, fui a pé até à Baixa Pombalina e regressei ao ponto de partida, ou seja cerca de 12km.

Do Campo Grande ao Campo Pequeno foi um pulinho e deparei-me com um fita vermelha, abanada pelo vento, que estava ali a marcar uma obra.

Estava dado o mote fotográfico do dia.

20240819_100725.jpg

O contraste entre o vermelho artificial e o verde natural.

Esta foi apenas a primeira de uma série de fotos em que o verde natural predomina e algures, em primeiro plano ou mais escondido lá aparece um vermelho a fazer o contraste.

Gostei da primeira foto e depois andei o dia todo em busca de vermelhos a contrastar com o verde.

Coisas do dia a dia, à vista de todos mas que não vemos, não ligamos, não atribuímos importância.

O poder ou não da visão do fotógrafo está muito na perspectiva com que tira a foto e é o que faz a fotografia.

A minha visão expressa nestas fotos foi a  forma que encontrei para celebrar este dia.

Espero que gostem das fotos que podem ver no link abaixo.

https://photos.app.goo.gl/rYD5HBj4RiyDDr1S7

 

02
Abr24

MAAT

Uma visita, umas imagens


Vagueando

20240401_151949.jpg

Confesso que não percebo nada de arte, mas alguma arte mexe comigo transmitindo-me sensações que não sou capaz de descrever. Não obstante, a arte que mexe comigo, gosto de a fotografar e de a voltar a ver em casa, sob a perspetiva do meu olho fotográfico e no silêncio da minha sala.

Ao visitar MAAT e rever as fotos, deixei-me levar pela exuberância das experiências artísticas de Joana Vasconcelos. Ao olhar para algumas das suas obras, a única sensação que consigo descrever é que me senti esmagado, sem dor e sem qualquer opressão, pela imponência, diria mastodôntica das peças sem que o significado literal de mastodôntico se aplique. Só uso o termo, porque as dimensões das peças extravasam a nossa imaginação sem lhe retirar beleza  e acrescentando-lhe admiração.

Ainda que árvore da vida seja uma minorca quando comparada com espécies bem maiores, as cores, o brilho e forma curiosa das raízes à superfície, assim como a iluminação, fazem desta árvore um objeto de culto, uma natural imitação da natureza com cores que a podiam inspirar a fazer igual. Creio até que se a natureza falasse, pediria conselhos à artista sobre como é possível compor uma árvore artificial tão bela como uma natural.

Acho que não exagerei, mas faço pundonor em deixar o link para darem um pescanço às fotos, se vos apetecer.

https://photos.app.goo.gl/euWapAfL9Q1SSLur7

 

 

15
Mar24

Perderam as asas


Vagueando

Hoje levantamos voo no desafio 1foto1texto de IM Silva.

 

Pan Am.png

 

Sou um nostálgico, não resisto a documentos antigos que vou guardando e catalogando. A aviação, nomeadamente a comercial evoluiu nos últimos 100 anos de forma fascinante tornando-se no meio de transporte mais seguro que existe, razão pela qual costumo dizer que o maior risco de voar é ir de carro até ao aeroporto.

A par desta evolução gigantesca, companhias gigantes como a Pan Am e a TWA, desapareceram dos céus e dos aeroportos. Há poucos dias, ofereceram-me esta bolsa de bilhetes, com a anotação, presumo feita pelo passageiro, de Junho de 1970, de um voo com destino a Lisboa realizado na Pan Am.

Uma relíquia com 54 anos que reproduzo na foto acima e que guardei.

Nunca voei na Pan Am, mas recordo-me de ter visto estes aviões no aeroporto de Lisboa. Gosto muito de voar, porque voar  é andar de cabeça no ar.

Deixo abaixo um resumo da história da Pan Am, retirada da Wikipédia, com o link de um notícia falsa que envolveu um avião da Pan Am

Fundada em 1927 por dois ex-majores do Corpo Aéreo do Exército dos EUA, a Pan Am começou como um serviço regular de correio aéreo e passageiros voando entre Key West, Flórida, e Havana, Cuba. Na década de 1930, sob a liderança do empresário americano Juan Trippe, a companhia aérea comprou uma frota de barcos voadores e concentrou sua rede de rotas na América Central e do Sul, adicionando gradualmente destinos transatlânticos e transpacíficos. Em meados do século 20, a Pan Am desfrutava de um quase monopólio nas rotas internacionais. Liderou a indústria aeronáutica na Era do Jato, adquirindo novos jatos como o Boeing 707 e o Boeing 747. A frota moderna da Pan Am permitiu-lhe voar um maior número de passageiros, a uma distância mais longa e com menos paragens do que os rivais. Seu principal hub e terminal principal foi o Worldport no Aeroporto Internacional John F. Kennedy em Nova York.

Durante seu auge, entre o final da década de 1950 e o início da década de 1970, a Pan Am era conhecida por sua frota avançada, pessoal altamente treinado e comodidades. Em 1970, voou 11 milhões de passageiros para 86 países, com destinos em todos os continentes, exceto na Antártida. Em uma era dominada por companhias de bandeira que eram totais ou majoritariamente detidas por governos, a Pan Am tornou-se a transportadora nacional não oficial dos Estados Unidos. Foi membro fundador da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), a associação global do setor aéreo.

A partir de meados da década de 1970, a Pan Am começou a enfrentar uma série de desafios internos e externos, juntamente com a crescente concorrência da desregulamentação do setor aéreo em 1978. Depois de várias tentativas de reestruturação financeira e rebranding ao longo da década de 1980, a Pan Am gradualmente vendeu seus ativos antes de declarar falência em 1991. Quando cessou suas operações, a marca registrada da companhia aérea era a segunda mais reconhecida mundialmente, e sua perda foi sentida entre os viajantes e muitos americanos como significando o fim da era de ouro das viagens aéreas. Sua marca, iconografia e contribuições para a indústria permanecem bem conhecidas no século 21. O nome e as imagens da companhia aérea foram comprados em 1998 pela holding ferroviária Guilford Transportation Industries, que mudou seu nome para Pan Am Systems e adotou o logotipo da Pan Am

 

31
Out23

Percurso Ribeirinho de Loures


Vagueando

No passado dia 21 de Outubro decidi percorrer pela primeira vez, o novo passadiço que começa na nova ponte (sem nome) sobre o Rio Trancão e termina 6 km depois em Santa Iria. Foi com emoção que fiz este percurso de bicicleta porque foi a minha última volta neste meio de transporte.

Ontem dia 30 voltei a fazer o mesmo percurso mas agora a pé, com mais duas pessoas e fi-lo porque achei que vale a pena desfrutar de tanta beleza. O passadiço atrai pessoas ao rio, só é pena o barulho causado pelo trânsito na via rápida que circula ao lado, mas quanto a isso nada a fazer, a mobilidade não pode cingir-se apenas e só à mobilidade suave, (pelo menos no curto prazo) ao contrário do fundamentalismo climático nos querer convencer do contrário.

O passadiço merece ser visitado, percorrido, admirado e, acima de tudo, estimado e preservado.

Ora entre estes 11 dias, alguém se lembrou de lembrar a todos, como mostra a foto, da forma mais estúpida possível, que também já andou por lá.

Custa-me ver isto, porque afinal andamos sempre tão indignados com os gastos dos políticos e com todas as despesas públicas e depois há gente que destrói assim, sem qualquer justificação património pago por todos nós (bem, melhor dizendo, pago por todos aqueles que pagam impostos), demonstrando uma falta de respeito indescritível pelo que é público.

20231030_161127.jpg

 

Mais valia que não tivesse lá estado.

Se da primeira vez postei umas fotos, desta vez também não posso deixar de o fazer.

https://photos.app.goo.gl/f61eUynRjDLKLx4NA

 

26
Out23

A Última Volta


Vagueando

 

A saúde impede-me de andar de bicicleta. O desgosto é enorme, porque desde criança que a bicicleta me acompanhou ou eu a acompanhei melhor dizendo.

Se por um lado, tenho muita pena de não poder pedalar, por outro lado, estou aliviado por já não poder ser confundido com alguns dos ciclistas atuais (eventualmente uma minoria) que, depois de exigirem alterações ao CEstrada para se os protegerem, porque efetivamente são utilizadores mais vulneráveis, o seu comportamento é o oposto ao criarem mais risco para si a para terceiros e a exigirem que sejam os outros responsáveis pela sua própria proteção. E sendo uma minoria (acredito que sim) acabam por gerar na opinião pública um sentimento negativo sobre todos os ciclistas.

Já abordei aqui esses comportamentos em um ou dois posts mais deixo apenas este que me parece elucidativo. Uma Questão de Respeito

As minhas voltas de bicicleta eram maioritariamente fora de estrada em locais remotos ou pouco habitados e a circulação nas estradas resumia-se a atravessá-las ou na pior das hipóteses fazer pequenos troços para chegar a um trilho ou caminho de terra.

Ainda assim usei sempre roupa refletora e luz à frente atrás para minha proteção. Pelo menos uma vez estas luzes fizeram-me escapar a uma colisão, porque um automobilista encandeado pelo Sol nascente numa estrada estreita,  me confessou não ter visto uma série de ciclistas que circulavam perto de mim mas viu a minha luz a brilhar e desviou-se, evitando o acidente.

Fiz várias ciclovias, umas longas outras mais pequenas, umas construídas de raiz para o tráfego de bicicletas, construídas sobre linhas férreas abandonadas e muitos trilhos onde coabitavam pedestres e ciclistas. Felizmente nunca embati em ninguém nem fui abalroado por ninguém.

Ainda assim, não usando a minha bicicleta em estrada, tinha um seguro contra terceiros, custa atualmente 35 euros ano na Federação Portuguesa de Ciclismo (quanto a mim devia ser obrigatório) não é nenhuma fortuna, em especial para tem bicicletas e equipamento cujo preço total facilmente ultrapassa os 5 mil euros, mas que é muito útil porque ninguém estar livre de se ver envolvido num acidente.

Com receio mas com muita vontade, no fim de semana passado fui dar a última volta de bike para atravessar a ponte sobre o Rio Trancão, percurso vital, que foi inaugurado oficialmente em 06/07/2023, mas cuja ponte, lamentavelmente, ainda não tem nome. Acredito que o nome a dar a esta ponte seja como o novo aeroporto de Lisboa, “vão vir chaters” de propostas que vão esbarrar em todos os contras e mais alguns e assim se prolongará no tempo a falta de nome para a ponte.

Fui acompanhado pelo meu amigo de sempre para as voltas de bike, cedo para evitar a grande concentração de pessoas, fizemos todo o percurso, cerca de 12 km e pelas 10h estávamos despachados.

Soube a pouco a muito pouco, mas temos que aceitar as nossas limitações.

Trata-se de um percurso muito belo e tranquilo que gostei muito de fazer e que por ser tão especial para mim, deixo aqui uma série de imagens onde se inclui a minha grande companheira de pedaladas que fez comigo cerca de 15 mil km nos últimos anos. Um dia destes, vou vendê-la, dá-me pena abri r a garagem e vê-la inativa.

Se a virem por aí a ser pedalada por alguém, já não sou eu que vou aos comandos.

Fica abaixo o link para as fotos

A Última Volta

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Mensagens

Arquivo

  1. 2025
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2024
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2023
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2022
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2021
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2020
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2019
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2018
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
Em destaque no SAPO Blogs
pub