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Generalidades

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08
Jul24

Letras na Gaveta


Vagueando

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Tinha prometido a este autor - João F. Ribeiro - que iria oferecer o livro da sua autoria “Letras na Gaveta” a mim mesmo, por alturas do meu aniversário.

Mas falhei, falhei redondamente  e tenho que explicar a razão do falhanço, simples – esqueci-me do meu aniversário (é o que dá já ter muitos anos, uma fartura).

Daí quando me lembrei do aniversário, quase dois meses depois, recordei-me da promessa e fui adquirir o livro o que também não se revelou fácil, ou seja, não foi chegar à livraria, olhar, folhear e comprar. Tive que o adquirir online e levanta-lo posteriormente na Bertrand da área da minha residência que, por acaso, coincide com a do autor – Sintra.

Declaração de interesse – Não conheço pessoalmente o autor, apenas leio algumas das suas parvoíces no seu blog Crónicas no Bar da Praia.

Sobre o livro que é o que interessa. Lê-se bem, dispõe bem e transporta-se bem, esta última característica era dispensável porque antes de o transportar até casa, já estava lido, pelo que nem precisava de o trazer, podia tê-lo doado imediatamente mas, não creio que encontrasse o interessado e, deitar um livro ao lixo “jamais”.

Sim é a mesma expressão usada pelo Ex-Ministro Mário Lino a propósito do novo aeroporto de Lisboa.

Ao ler o livro que se debruça sobre as paixões do autor, quer por bolachas, quer pelo sexo oposto expondo-se, por isso, a versejar e andar a cantar à chuva tipo Fred Astair, achei que a coisa resultou, pelo que da minha parte fica o elogio a este Letras na gaveta.

Importa realçar e aí concordo com o autor que o seu poema mais bonito é “ O melhor de mim é o meu silêncio”, faz-me lembrar aquele ditado popular que calado és um poeta.

Por último, acho que um jovem alentejano, se lesse este livro, lembrar-se-ia, dos seus antepassados e diria, para quê tanta conversa para conquistar uma mulher, bastava – Gosto de ti porra!

P.S. OLetras na Gaveta, não vai para a gaveta, mas sim para a estante, merece esse estatuto e, para que não restem dúvidas, há sempre por aí quem queira ler o que eu não escrevi, gostei do livro.

09
Fev20

Balada da Neve


Vagueando

Esta balada de Augusto Gil, sempre buliu comigo, desde pequeno. Gosto de a ler, gosto de a ouvir. Sabe-me bem, faz-me sentir bem, aconchega.

Quando vagueio por aí recordo sempre desta balada. Vai daí, lembrei-me de ir buscar ao sótão buscar algumas das imagens que fui coleccionando ao longo dos anos e que me fazem ouvir, que batem leve, levemente, com se chamassem de novo por mim.

Não sei se vou deturpar, se vou estragar ou homenagear, mas deu-me muito prazer, relembrar estas imagens e relembrar a balada (ver link abaixo)

https://photos.app.goo.gl/RT9DdhcnkF51ZL3Y7

Batem leve, levemente,
como quem chama por mim.
Será chuva? Será gente?
Gente não é, certamente
e a chuva não bate assim.

É talvez a ventania:
mas há pouco, há poucochinho,
nem uma agulha bulia
na quieta melancolia
dos pinheiros do caminho…

Quem bate, assim, levemente,
com tão estranha leveza,
que mal se ouve, mal se sente?
Não é chuva, nem é gente,
nem é vento com certeza.

Fui ver. A neve caía
do azul cinzento do céu,
branca e leve, branca e fria…
. Há quanto tempo a não via!
E que saudades, Deus meu!

Olho-a através da vidraça.
Pôs tudo da cor do linho.
Passa gente e, quando passa,
os passos imprime e traça
na brancura do caminho…

Fico olhando esses sinais
da pobre gente que avança,
e noto, por entre os mais,
os traços miniaturais
duns pezitos de criança…

E descalcinhos, doridos…
a neve deixa inda vê-los,
primeiro, bem definidos,
depois, em sulcos compridos,
porque não podia erguê-los!…

Que quem já é pecador
sofra tormentos, enfim!
Mas as crianças, Senhor,
porque lhes dais tanta dor?!…
Porque padecem assim?!…

E uma infinita tristeza,
uma funda turbação
entra em mim, fica em mim presa.
Cai neve na Natureza
e cai no meu coração.

Augusto Gil

 

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