Impostos, taxas e taxinhas
Vagueando
Começo desde já por afirmar que sou totalmente a favor da cobrança de impostos pelo Estado e que sou totalmente a favor da existência do Estado, quer como regulador das relações sociais e económicas, quer como prestador de serviços com especial incidência em três áreas, Justiça, Segurança, Saúde e Educação.
O problema não é o conceito de Estado. nomeadamente numa democracia, mas sim a forma como o mesmo é representado e como comunica com os cidadãos.
Vem isto a propósito desta notícia Governo descongela taxa de carbono e soma 3 cêntimos ao preço dos combustíveis, aproveitando uma descida de preço no mercado, que, no final da mesma, em jeito de desculpa, o Governo se justifica com as recomendações da União Europeia. Por uma questão de honestudade política e de respeito pelo cidadão, preferia que o Governo não tivesse aproveitado esta "boleia", mas antes de forma clara explicasse como vai introduzir a totalidade da taxa de carbono e a que preço ficariam os combustíveis (ou vão ficar), face à média dos preços na União Europeia, depois de integralmente reposta. Tinha ficado bem, era mais transparente até para não parecer aquela coisa que o anterior governo fazia, assim de surpresa, lembrava-se de criar mais umas taxas e taxinhas.
Mas o que interessa é seguir a mesma lógica e, neste sentido, gostaria que o Governo se lembrasse desta outra recomendação da União Europeia, que tem barbas e que vai fortemente e de forma obscena ao bolso dos portugueses A polémica em torno da inclusão do ISV na base tributável do IVA.
É por causa de situações como esta que os portugueses, infelizmente, porque a a alternativa é ainda pior, se alheiam cada vez mais das eleições.
Fazem mal, mas entendo.