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Generalidades

Generalidades

25
Ago23

O futebol em fora de jogo


Vagueando

Depois dos nove centímetros aqui estou eu de novo, que não percebo peva de futebol, nem sequer sou grande apreciador, a falar novamente de uma situação que se relaciona com futebol. Ou melhor, não se relaciona nada com futebol enquanto jogo jogado (desportivamente), mas com um beijo na boca nos festejos da final do campeonato mundial de futebol feminino, em que ambas as bocas tinham acabado de vencer o campeonato.

Ao que parece e repito ao que parece, porque hoje tudo o que se vê em filme ou em imagem pode ser tudo menos o que se vê, o presidente da Federação Espanhola de Futebol, beijou a jogadora Jenni Hermoso na boca.

A questão de dar um beijo na boca a uma mulher tem muito que se lhe diga e como enquanto se beija não se fala, por isso o “diga” na frase pode estar um bocadinho transviado. Contudo, a discussão em torno dos festejos e do beijo, resvalou para a praça pública, quer dizer para a tourada (se calhar o termo também não encaixa bem) das redes sociais.

Claro que não vou tomar partido por ninguém, porque ao que parece, repito ao que parece, o beijo partiu a loiça toda mas ninguém anda a apanhar os cacos, anda sim a servir-se deles para os ir atirando aqui e ali, num claro gesto de imundice e até de falta de respeito pelo ambiente, porque podiam apanhá-los, separá-los e depositá-los nos ecopontos.

Daí que este ror de cacos degenerou numa cacofonia que pretendem que chegue a sinfonia mas a orquestra e os vários maestros, não se entendem pelo que ficamos apenas só com os cacos, em bruto.

Recolhi algumas amostras de cacos espalhados e vou tentar ordená-los por ordem cronológica, mas como sabem, os cacos são como um puzzle, nem sempre é possível reconstrui-los pela ordem lógica.

Caco número 1- Jenni Hermoso reaje ao beijo  dizendo que foi um gesto de gratidão, o presidente e eu temos uma grande relação. Se gostei do beijo, não gostei, mas o que é que eu podia fazer? 

Caco número 2A Federação terá falsificado as declarações da jogadora reveladas no caco número 1.Caramba, mas a mulher não falou para ninguém, ninguém gravou o que ela disse, naquele momento.  

Caco número 3Associação de mulheres Juízas de Espanha pedem demissão do presidente, assim sumariamente, sem julgamento, sem as provas serem validadas.  Será que a Associação de Homens Juízes de Espanha vai  exigir a condecoração do Presidente? O primeiro Ministro ainda em exercício, Pedro Sanchez considera o beijo um gesto inaceitável, diz isso porque não conhece o nosso Presidente da Repúblcia e o seu entusiasmo beijoqueiro. Tivesse a nossa equipa sido campeã nem consigo imaginar o que teria acontecido.

Caco número 4FIFA abre um inqérito ao comportamento do Presidente da Federação, Luis Rubiales . A FIFA alega que pode estar em causa a prática de violações dos artigos 13.1 e 13.2 do Código Disciplinar. Então e só abre um processo 4 dias depois da ocorrência. Onde andavam os delegados da FIFA, não fizeram logo um relatório, não viram nada, andavam também aos beijos? Ou a FIFA foi "empurrada" para ir na onda do protesto ?

O que me faz confusão nestes cacos são as cambalhotas que foram dadas, depois de a jogadora ter alegadamente desvalorizado o caso do alegado beijo na boca. Já agora pode-se discutir se o beijo teve direito a linguado, se foi amoroso, conquistador, cinematográfico, pornográfico, ou se o próprio futebol se tornou pornográfico.

Mas o importante aqui não será sequer o beijo (desvalorizado ou valorizado) mas a importância que o ato tem para a causa das mulheres contra o machismo (que obviamente não é de somenos importância) e portanto o que interessa, muito mais que a intenção de beijar ou o libertar de uma emoção é a punição do Presidente que cometeu um crime odioso à frente de milhões de pessoas.

Já agora para que conste, se a questão são os beijos na boca, indignem-se lá com mais estes beijos. E tu FIFA, põe-te a pau, porque qualquer dia vais ter que abrir mais uns inquéritos também para estes beijos passados. É o que o novo moralismo e puritanismo estão imparáveis e não admitem foras de jogo.

O futebol que é um desporto que gera emoções brutais, em especial  para quem ganha ou está envolvido na conquista de um campeonato mundial, está a montar um circo à sua volta em que, qualquer dia, se não é o que já está a acontecer, discute-se mais as polémicas fora de campo do que a beleza e arte de jogar futebol.

20
Ago23

Nove Centímetros


Vagueando

Não assisto a jogos de futebol, só gosto de ver os resumos que se resumem aos golos, não os resumos alargados, não assisto a debates sobre futebol, não leio jornais que se dedicam ao futebol, mas tenho simpatia por um clube, ainda que não fique triste, muito menos com vontade de bater em alguém quando ele perde ou quando não é campeão.

Contudo, é impossível fugir do futebol, ele entra nas nossas casas, à bruta pela televisão, é impossível não esbarrar num canal que, em qualquer dia da semana, não esteja a falar de futebol, em especial sobre polémicas.

Vai daí hoje, ao navegar na Sapo atravessou-se-me à frente 9cm que, à primeira vista, me escapou. A insistência foi tanta que acabei por ver várias vezes extratos de 9 cm a atravessar fora da passadeira, fui obrigado a uma travagem brusca e pimba acabei por ler este O VAR enganou-se. Mais do que a leitura sobre o sucedido, foram os comentários que me impressionaram, o detalhe do conhecimento, sobre a coisa.

Desde a necessidade de ver frame a frame, ao milionésimo de segundo, à colocação das linhas de análise nunca poderá ser totalmente rigorosa ou até é muito falível e, se não me escapou nada, falta ainda conhecer o diálogo entre o árbitro e o VAR, para se poder emitir uma opinião abalizada, melhor dizendo, como agora está em voga, falar com uma evidência científica, na mão, neste caso no pé para não ser falta.

E isto leva-me ao passado, em que os árbitros falhavam nas suas análises, segundo as más linguas ou os mais fanáticos, porque eram corruptos ou porque tinham mais simpatia pelo clube A ou B.

Se há coisas que o VAR veio provar é que analisar, dentro de campo um lance, como é o fora de jogo, era mesmo muito difícil e falível. E agora com o VAR continua a ser.

9 cm num campo com 100 m de comprimento, ou 10.000 centímetros, são peanuts como diria o Jorge Jesus ou andamos para aqui a discutir pintelhos como dizia Eduardo Catroga.

Bem, resta-nos criar o VAR do VAR e, se possível com recurso à IA.

Teríamos então o VARIA que é como quem diz, varia dia sim dia não, pelo que os calendários dos jogos teriam que ser escolhidos apenas para os dias Sim.

Seria Sim(pático).

21
Abr23

Novamente o VAR


Vagueando

A minha relação com o futebol, tirando os jogos da seleção é muito distante. Ao longo da minha vida entrei uma vez no antigo Estádio da Luz para ver um jogo da seleção nacional, ainda jogava o Chalana, uma vez no antigo Estádio de Alvalade para ver um concerto, acho que da Tina Turner e uma vez no Estádio do Braga, num dia em que não havia jogo, para visitar o recinto.

Contudo, é impossível, quando vagueio pelos canais de televisão, não esbarrar num ou vários programas sobre futebol ou melhor sobre “casos” nos jogos de futebol, que são analisados, melhor escalpelizados, os erros dos árbitros. Daí que em 2019, entusiasmado com a nova tecnologia VAR, que iria acabar com os “casos” do jogo,  escrevi um post sobre o tema Vamos Ali Rever o Vídeo Árbitro

Agora com a coisa já bem afinada, parece que apenas os intervenientes nesta tecnologia ainda não se entendam bem quando devem ou não devem recorrer a ela e/ou se ela deve chamar à atenção quando não é usada.

Eis que surpreendentemente esta nova tecnologia e quiçá outras, continuam dependentes do fator humano e, como sabemos há muito “errare humanum est”.

Tanta tecnologia para se continuar dependente, do mesmo erro, justamente aquele que se queria eliminar.

Para eliminar as polémicas, venha propor que o VAR seja alvo de escrutínio apertado ou melhor o árbitro que está de serviço ao VAR seja avaliado pelo VARA, Vídeo de Análise Rigorosa ao Árbitro, a ser criado e controlado por uma Comissão Independente.

E para que a coisa não falhe, proponho ainda a criação do VACA, Vídeo de Análise dos Comentadores Anónimos, que se organizariam, sob égide da Associação Nacional de Tascas, para nomear a comissão encarregada de montar e controlar esta tecnologia de análise.

E por último proponho ainda a criação do VACAC – Vídeo Análise dos Comentadores Avençados pelos Clubes, estes soba égide do Organismo Autónomo (lembram-se deste Organismo) seriam certamente uma opinião importante dos lances capitais de todos os encontros, nomeadamente dos encontros ente os Grandes.

Estou certo que os programas televisivos em especial nas noites de Domingo seriam serões muito animados e, essencialmente, de grande consenso e verdade desportiva.

27
Set22

Ser ambientalmente responsável


Vagueando

Enquanto sou bombardeado com notícias,  que temos  de mudar de vida, porque não há planeta B, eis que sou confrontado com notícias interessantes sobre o respeito que vamos tendo pelo ambiente.

Hoje na Sapo sou brindado com um record futebolistico,  onde participou o português Luis Figo. Tratou-se de um jogo de futebol, para constar no Guiness, disputado dentro de um avião, a 6 mil metros de altitude, que simulava a gravidade zero. Não foi só o record de jogar em gravidade zero, foi também a gravidade no impacto que estas coisas têm para o ambiente. Pode ler a notícia aqui - Record Guiness.

A outra notícia tem a ver com uma situação contrária. 597 mergulhadores concentraram-se no Sábado em Sesimbra, com o objetivo de bater outro record do Guiness, o que foi conseguido, juntar o maior número de mergulhadores para recolher plástico no mar, pode-se ler aqui - Recolha de plástico Sesimbra.

Ora aí está como vemos o ambiente, quem tem dinheiro para brincar fá-lo sem problema e sem problemas de consiciência ambiental, enquanto outros se voluntariam para limpar o que não deveria estar sujo, afinal os plásticos não chegam ao mar em modo de condução autónoma, nem por qualquer processo de inteligência artificial.

 

Nota Posterior à data do post (17/10/2022) - Entretanto leio o artigo, A Batalha do Nosso Futuro, de Diogo Queiroz de Andrade, na revista do Expresso, Edição 2607, de 14 de Outubro de 2002 e fiquei totalmente esclarecido sobre a questão ambiental , na versão de uma corrente de gente rica, denominada "longtermism" e fiquei esclarecido sobre todas as questões ambientais. Sugiro a leitura, mais que não seja, para ficarem a saber como o Mundo dos "influencers" ricos funciona ou melhor como condiciona os governos eleitos.

 

28
Set19

No que deu a inovação


Vagueando

Nos anos 70 e 80, aos Domingos, os homens não saiam à rua sem os seus pequenos rádios na mão, encostados ao ouvido ou, de forma mais delicada e respeitosa, para não poluir o ambiente social, com um pequeno auricular no ouvido, para acompanhar os relatos dos jogos de futebol. Que bom seria que nos transportes públicos houvesse o devido respeito para com os utentes e os utilizadores dos telemóveis não ouvissem os vídeos e chamadas em alta voz e desligassem o barulho do teclado, quando estão a jogar, mas isso é outra história.

Estes pequenos rádios, a que muitos chamavam transístores porque se tratava dos primeiros rádios portáteis, de preço acessível, equipados com transístores em vez dos rádios de válvulas que só se podiam usar em casa, eram muito pequenos, por isso, facilmente transportáveis. Não tinham sequer uma antena exterior (tipo stick das selfies, tenho que recorrer a linguagem moderna para explicar as coisas do passado), apenas uma de ferrite no interior e dispunham apenas de onda média (AM). Eram fiéis companheiros dos apaixonados do futebol, cabiam no bolso da camisa, o que era um avanço tecnológico fabuloso.

Os relatos eram de tal forma intensos e apaixonantes, que se vibrava com o rádio/transístor na mão. Ficava à imaginação de cada um as imagens das jogadas relatadas com arte e a emoção. Vivia-se muito futebol pelo som dos rádios, o jogo era imaginado pelo ouvinte, através dos olhos, voz e emoções dos relatadores. Aquelas vozes, com excelente dicção, eram mais familiares que as suas caras as quais, por sua vez,  eram mais conhecidas pelos jornais do que pela televisão. Artur Agostinho, Ribeiro Cristóvão, Alves do Santos, são os que me lembro melhor e que mais tarde criaram, na Rádio Renascença, um programa sobre futebol a Bola Branca.

Os jogos, da Primeira, Segunda e Terceira Divisão, eram todos à mesma hora, nas tardes de Domingo e, como não era possível ouvir todos os relatos em simultâneo, as emissoras transmitiam jogos diferentes (excelente serviço público) e mantinham equipas de reportagem no restantes jogos, as quais interrompiam, estridentemente, o jogo que estava a ser relatado, quando ocorria um golo no seu campo.

Estes relatores, transmitiam o jogo, comentavam a táctica, faziam entrevistas, com meios técnicos muito mais reduzidos dos que existem hoje e punham naquele trabalho muita emoção e muito profissionalismo. Tudo em directo, sem rede e não a era rede de wi-fi.

Quando os jogos terminavam, ficava-se a saber, sem grandes delongas e publicidade, todos os resultados, a classificação dos campeonatos, quem jogava com quem na próxima jornada, a chave do Totobola e, só à noite, depois do telejornal, se via os golos de alguns dos jogos.

As discussões posteriores sobre as tácticas era com os treinadores de bancada, nos cafés e no outro dia entre colegas de trabalho. Quanto a televisão ( a RTP, não as SPORT TV’s) começou a transmitir os jogos em directo, os homens deixaram de sair para as feiras com o rádio na mão e passaram a ir para as cervejarias e cafés beber umas bejecas e ver os jogos, até porque nem todos os lares tinham televisão - que era a preto e branco. A emoção passou para os cafés e cervejarias que aproveitavam o negócio, pelo que para além das caricas das cervejas, havia sempre pelo chão destes estabelecimentos, cascas de tremoços e amendoins (alcagoitas para alguns) e, nalguns locais, pretensamente melhor frequentados, umas cascas de camarão pequeno. A cerveja era bebida em copos e não pelas garrafas e muito menos pelas latas. Nestes locais, por vezes ocorriam uns sopapos e umas zaragatas, por causa da clubite, mas raramente era necessário chamar a polícia.

Não se debatia até à exaustão o árbitro, o penalti, a falta, a falta de jeito do avançado ou do defesa, o frango ou peru do guarda redes, o treinador, não se via o autocarro a sair ou a chegar ao estádio, não se via a policia de choque a acompanhar claques e, não havia redes sociais para descarregar a ira dos adeptos durante toda a semana e muito menos comentadores avençados a defender o indefensável para o seu clube. Quanto muito lá havia um sócio, mais exaltado, que rasgava o cartão de sócio.

A partir do momento em que o futebol se tornou um negócio altamente lucrativo, deixou de ser desporto para ser um mercado, evidentemente financeiro. Os jogos passaram a ser a horas diferentes, em dias diferentes, para que os canais televisivos “pagos” possam fazer dinheiro com o espectador. Passou-se a discutir durante vários horas e dias, com recurso às mais altas tenologias, que superam largamente o que o olho humano consegue discernir, o lance, o erro, o comentário do presidente, do treinador, do adepto, do jornalista, que começaram a puxar a clubite para o ódio ao adversário.

E foi esta inovação que matou ou está a matar o futebol, a televisão, na ânsia de captar telespectadores, mas não podendo transmitir os jogos - o monopólio adquiriu os direitos para os transmitir - não os transmitem, relatam-nos como se fosse uma rádio, mas de péssima qualidade. Não há emoção, apenas a tentativa de criação no ouvinte (sim , ouvinte, não telespectador) a necessidade de aderir/pagar para ver. À moderna pay-per-view.

Para o efeito, dividem o ecrã em 4 ou mais ecrãs. Um para mostrar o pouco publico que está no estádio, outro para mostrar os comentadores, (alguns parecem verdadeiras múmias), outro para mostrar o banco das equipas e outro para repetir exaustivamente algumas jogadas - mas com atraso!

Para além da divisão do ecrã, somos ainda brindados com a voz de uns senhores que não vemos, estão para ali a encher chouriços com conversa fiada sem qualquer interesse e, pior, muito pior, sem qualquer emoção. E para ajudar à confusão, passam ainda umas notícias em rodapé, com informação dispersa.

Ora bolas, a televisão e o futebol são os grandes pilares de um negócio tipo a galinha dos ovos de ouro, em que o galinheiro é gerido por gente abaixo de qualquer suspeita.

Espero que não matem a galinha.

26
Jan19

VAR - Vamos ali rever o video árbitro


Vagueando

 

O VAR, digo eu, nasceu sob o lema, acabar com a polémica e trazer mais verdade desportiva o futebol.

O mundo está cheio de boas intenções, de boas práticas, mas praticamente, na prática, não se vê nada.

O VAR, não sejamos egoístas, nem bota abaixistas, trouxe sim, mais rigor científico-visual à polémica, quiçá descobriu algumas carecas, grava para memória futura os casos dos jogos, deu emprego a mais árbitros, trouxe negócio às empresas de audiovisual, tornou-se numa óptima ferramenta de arremesso entre os comentadores desportivos avençados dos clubes.

O VAR veio permitir, de forma rigorosa e probatória, a estes comentadores verem o que ninguém vê, verem o que não se mostra e demonstrar que uma imagem, afinal, não vale por mil palavras, mas gera muito mais que mil palavras para justificar o injustificável ou demonstrar que, o que efectivamente se vê naquela imagem, em particular, é particularmente duvidoso porque, sendo a imagem esclarecedora, o esclarecimento da mesma, demonstra justamente o contrário.

 Confuso? Acredito.

Não é por acaso que o provérbio de que uma imagem vale por mil palavras é da autoria do filósofo chinês Confúcio.

Continuando no campo das melhorias trazidas pelo VAR, este instrumento humano-tecnológico, trouxe valor acrescentado aos debates nacionais, que contam com a presença dos melhores especialistas, ainda que, no final, sejam mais as dúvidas que as certezas. Concluo que os melhores especialistas, são bem mais eficazes a demonstrar incertezas do que evidenciar certezas.

Nada escapa ao VAR, embora as pessoas que interpretam o manancial de informação visual gerada, tenham vindo a queixar-se de serem mal interpretadas, o que dificulta bastante o seu trabalho. O Presidente da República já se disponibilizou para passar algum tempo com o VAR, para se inteirar de todas estas dificuldades e daí retirar todas as ilações inerentes à sua Função Presidencial.

Convém não confundir VAR(e) e VAR(a) esposa do VAR - porque essa fica em casa a cozinhar novas técnicas de análise, ainda que a sua opinião não seja tida em conta, por ser demasiadamente evoluída e temperada de bom senso - para que não se levantem outros debates inflamados em torno do acompanhamento que o PR se propôs fazer ao VAR(e).

Gostaria de salientar que o impacto (financeiro, bem entendido) nas Televisões tem sido de tal ordem, que levou já a RTP a afirmar que está em condições de sobreviver sem o recurso à taxa de radio difusão, que a EDP gentilmente cobra aos portugueses, ao jeito de renda, quiçá excessiva.

Não consigo encontrar nada de negativo no VAR. Até os treinadores de bancada, vulgo comentadores das redes sociais, não destoam das interpretações oficiais dos comentadores avençados pelos clubes e estão sempre de acordo com as interpretações a favor dos seus clubes e contra se assim não for. Não é só uma questão de lealdade ao clube é, essencialmente uma questão de (in)coerência.

Parece-me que a única classe que está profundamente desapontada com o VAR, são os oftalmologistas. É que eles não encontram nenhuma razão plausível, do ponto de vista científico, para que os óculos receitados não funcionem quando estão em frente ao VAR.

Em suma o VAR que começou por ser um grito de Ipiranga, do tipo Vamos Alterar as Regras a bem do futebol, cedo passou a ser Vamos Adulterar  Regras a bem (dizer também) do futebol das conversas de cafés e barbeiros. A revolta continua, mas inovação foi um sucesso.

 

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