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Generalidades

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12
Abr24

Segurança na Placa - TAP 1963


Vagueando

Placa.jpg

 

A TAP foi fundada em 14 de Março de 1945, mas antes dela já tinham existido outras empresas a fazer transporte aéreo em Portugal. Em 1927 os SAP - Serviços Aéreos Portugueses, Ldª foram a primeira companhia a operar em Portugal, assegurando uma ligação aérea entre Lisboa – Madrid – Sevilha em conjunto com a UAE – Union Aérea Espanola, usando para o efeito um único avião um Junkers F-13 com capacidade para seis passageiros e com a matrícula C-PAAC.

O primeiro piloto português de linha aérea foi Manuel Cunha, tendo os SAP transportado no ano de 1929, mil e vinte seis passageiros repartidos por 347 voos. O voo Lisboa Madrid custava à época 500 escudos (ver bilhete no blogue Restos de Coleção) e cada passageiro tinha direito a 15kg de bagagem.

O meu primeiro voo (viagem de finalistas) foi com a TAP, para o Funchal, cuja pista ainda era uma miniatura e onde a TAP registou o único acidente da sua existência, do qual resultaram vítimas mortais.

O baptismo de voo fascinou-me, ver a paisagem do ar muda toda a nossa perspectiva e mais tarde,  já na idade adulta veio o gosto pela fotografia e isso serviu de desculpa para me atrever a pedir autorização para voar em aviões militares, pelo que o meu segundo voo, foi realizado em Sintra na Base Aérea Nº 1 em Maio de 1980. Talvez tenha sido o voo mais espetacular da minha vida, o avião foi fazer um trabalho de fotografia aérea na lezíria e  passámos algures por Alverca tendo sido possível ver aviões a descolar para Norte a partir do aeroporto de Lisboa, ver aviões a partir de outro avião é uma outra sensação difícil de descrever mas que nos faz perceber a importância dos controladores aéreos para evitar as colisões no ar. Por outro lado o avião voava sem porta lateral, a proteção era assegurada por uma lona vermelha sendo o barulho ensurdecedor.

20240412_102556.jpg

Por razões profissionais e de lazer tenho voado bastante com a TAP, companhia pela qual tenho o maior carinho, ainda que entenda as razões pelas quais tantas vezes se enxovalha publicamente a companhia aérea portuguesa, onde apenas existem duas barricadas a favor e contra a sua manutenção, sem que exista um debate sério sobre as vantagens e inconvenientes de uma ou outra solução. Já li várias publicações sobre a TAP, mas continuo sem perceber - admito até que o defeito possa ser meu e sabendo que várias companhias aéreas, grandes na sua época já morreram – se TAP mesmo que privatizada deve sobreviver ou não.

Contudo, o que me traz aqui hoje é um pequeno livro que adquiri recentemente, editado em 1963, pela TAP, mais precisamente pela Divisão de Escalas, Secção de Regulamentação, em que se aborda as regras de segurança básica para operar na placa, ou seja onde o avião manobra para estacionar e parar partir e onde toma e larga passageiros.

Hoje as coisas estão mais facilitadas nalguns aeroportos onde o embarque e o desembarque se faz através de mangas, mas quando os passageiros saem ou entram do avião através de escadas para a pista e percorrem a pé o trajeto até ao autocarro, o risco aumenta, porque a área que rodeia o avião é muito sensível e não permite erros.

Se derem uma vista de olhos o livro, no link abaixo, vão perceber como a brincar se explicava na época os riscos de operar na placa, ou seja onde o avião se encontra estacionado.

https://photos.app.goo.gl/8reuJEQZZgzqRMfP7

 

30
Abr19

A nossa Caixa Geral de Depósitos de Mercedes


Vagueando

A CGD, ao que parece, está a enviar emails aos seus clientes para vender a crédito, bem certo, sendo certo que esta política não é um estímulo ao endividamento, automóveis da marca Mercedes Benz, Classe A.

Estranha forma de vida; Quem precisa, coitado, nem vai ao Banco porque sabe que leva uma nega, a não ser que tenha vasto património (ou não) que cubra bem o valor que necessita. Para quem não precisa, o Banco, por acaso público, consciente do papel fulcral que desempenha na dinamização da economia, vai lembrar o cliente, que comprar Mercedes Benz, Classe A é bom para a economia, para o cliente e para a Caixa.

Na gíria diz-se ganhas tu, ganho eu, ganhamos todos.

Faz bem, porque os clientes alvo do email, provavelmente, ainda não se aperceberam que a CGD paga a quem tem poupanças, uma taxa de juro tão pequenina que mais vale gastar do que poupar.

A escolha do Modelo, Classe A, presumo, deriva dos Bancos preferirem dar crédito a pessoas e entidades cujo rating seja o mais próximo de A. Se a Mercedes tivesse um Classe AAA ou, vá lá, A+, era ainda melhor; Assim em vez do desconto agressivo na taxa de juro poderia ter um risco menos agressivo de crédito e um valor (ainda mais) acrescentado com estas operações.

Mais estranho ainda é a justificação do Banco público para seguir esta estratégia, que se deve ao facto de ter que atingir metas exigentíssimas, por lhe ter sido aprovado um plano de recapitalização (necessário devido ao crédito mal parado) que, foi aprovado pelas autoridades Europeias, as quais também já tinham apadrinhado o PEC IV! Ao menos este tipo de crédito não vai ficar mal parado, excepto se o condutor/cliente do Mercedes o estacionar em local proibido ou se o carro avariar, coisa rara numa marca de prestígio.

Não discuto a estratégia da CGD, nem a exigência das autoridades europeias, nem eventualmente as exigências dos contribuintes que não são chamados a opinar, apenas a contribuir para a injecção de capital. Mas porquê a compra de Mercedes Benz?

Ainda se fosse para recuperar jipes da marca nacional UMM, com um passado histórico brilhante, aliás um hino desportivo (José Megre, Carlos Barbosa – Tucha, Pedro Vilas Boas, lembram-se?) à indústria automóvel nacional eu compreendia. Parece que os UMM já estão mais ao serviço dos estrangeiros que nos visitam do que ao serviço dos portugueses. Até no aeroporto de Lisboa, porta grande do turismo em Portugal, tem pelo menos um UMM a exibir-se aos turistas. Assim como assim, se voltar a ser chamado (que devo ser se ainda estiver vivo) a pagar os próximos prejuízos sempre dói menos.

É que esta coisa de ter um número de contribuinte agregado ao cartão de cidadão impede-nos de desertar dos impostos e de rasgar o cartão de sócio das Finanças quando estamos zangados com este clube.

Não obstante, quero deixar um conselho à CGD; Não se esqueça de enviar um email ao comendador Berardo, para que ele faça um crédito destes, com a condição do Mercedes, Classe A, sair directamente do Stand para a sua garagem no Funchal e depois, voilá, penhorar a garagem que estará fortemente valorizada com tão prestigioso automóvel. É que pelo menos a garagem passa ter um rating de Classe A, não dá para AAA, mas sempre ajuda o devedor a fazer Ah, Ah, Ah, com menos vergonha.

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