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Generalidades

Generalidades

18
Ago24

Uma Volta


Vagueando

No dia da Volta ou melhor de La Vuelta a Espana em bicicleta que vai originar cortes de estradas em Sintra, decidi ir dar uma volta, não de carro nem de bicicleta mas a pé pela minha bela Vila encantada,

Abro a porta, já devidamente equipado e abastecido de água e dou por erro crasso. Os sapatos não eram de chuva, pelo que sou obrigado a mudá-los rapidamente (não quero perder a hora morta que são as que, já com luz do dia, os turistas ainda dormem), tal como se fosse uma troca de pneus secos para pneus de chuva na Fórmula 1.

Mesmo assim, a calçada tremendamente escorregadia ia atirando comigo ao chão várias vezes mas os meu dotes de patinagem – não artística – salvaram-me da queda. Infelizmente não me salvam do caos do trânsito em Sintra, nem com tempo seco nem com tempo húmido.

Humedeço as emoções e lá vou caminhado pelas ruas, vielas e escadas escondidas pelo nevoeiro e pelo emaranhado desta bela urbe mas que são verdadeiras deliciosas.

As Escadinhas de Sintra constituem uma bela surpresa e um belo passeio, que já mostrei a muita gente minha amiga, ainda que fazer um percurso à volta dos 12 km, composto por cerca de 40 escadas e 2700 degraus, dos quais cerca de 1500 são a subir, não é propriamente uma tarefa fácil, mas é revigorante e excitante.

Esta conversa toda para vos trazer até aqui mais uma coleção de fotos de Sintra, desta vez algumas com legenda que conseguem ver se abrirem o ícone “informação”.

31
Mai24

Passear à beira-mar num país à beira-mar plantado


Vagueando

Há caminhos por onde seguimos com prazer e queremos que não terminem para nos levarem a lugares que desconhecemos ou conhecendo-os, queremos repetir.

Há pouco tempo resolvi fazer um passeio à beira mar, o que num país à beira mar plantado não é de estranhar, estranho é ver poucos ou nenhuns portugueses a usá-los, sobre o qual tinha boas referências paisagísticas e que não conhecia, o trilho do Vale de Centeanes.

O trilho percorre a costa algarvia entre a praia da Marinha e a praia do Vale de Centeanes, num percurso com cerca de 7km, passando rentinho ao farol de Alfanzina e é de uma beleza estonteante pelo que o desafio 1foto1texto de IMSilva de hoje é de uma foto deste passeio e que espelha bem a beleza do local.

20240521_133049.jpg

Contudo, não quero privar-vos desta maravilha, em especial para quem não conhece o local, pelo que junto outras fotos no link abaixo.

Vale de Centeannes

05
Mai24

Vagueando


Vagueando

A manhã de hoje apresentou-se sem Sol. O Sol gosta de Sintra mas esta vila faz questão de manter um contrato vitalício com as nuvens que, no estrito cumprimento do referido contrato, se cerram à volta desta vila e não o deixam passar.

Quem me dera que Sintra tivesse o mesmo contrato com o excesso de trânsito que, com Sol ou sem ele, invade todos os espaços, incluindo os passeios, fazendo parecer que aqui não existe lei, nem Código da Estrada, nem tão autoridade que o faça cumprir.

Para além de esconder o Sol as nuvens de hoje também trouxeram chuva abundante pelo que o meu passeio a pé, de manhã cedo por Sintra foi cancelado.

Em fevereiro de 2023 trouxe aqui uns Salpicos de Sintra, mas hoje impossibilitado - não será a palavra mais correta, só não fui porque quem anda à chuva molha-se e eu não gosto de caminhar com chuva - de vaguear por estes sítios decidi ficar em casa e fazer uma pesquisa de locais, mais ou menos fotogénicos, por onde já caminhei neste país.

Como já caminhei, ao longo dos últimos anos por muitos sítios, selecionei apenas fotos dos anos 2011 e 2012 , sendo certo que são todas em Portugal e maioritariamente tiradas enquanto caminhava por vilas e aldeias. Apenas uma ou duas foram tiradas numa deslocação para os Açores e  num voo de planador em Sintra.

Aqui fica o link para 94 fotos, esperando que gostem e que vos sirvam de incentivo a fazerem passeios pedestres.

https://photos.app.goo.gl/G8CqbTvEjoWo4rpo8

 

02
Abr24

MAAT

Uma visita, umas imagens


Vagueando

20240401_151949.jpg

Confesso que não percebo nada de arte, mas alguma arte mexe comigo transmitindo-me sensações que não sou capaz de descrever. Não obstante, a arte que mexe comigo, gosto de a fotografar e de a voltar a ver em casa, sob a perspetiva do meu olho fotográfico e no silêncio da minha sala.

Ao visitar MAAT e rever as fotos, deixei-me levar pela exuberância das experiências artísticas de Joana Vasconcelos. Ao olhar para algumas das suas obras, a única sensação que consigo descrever é que me senti esmagado, sem dor e sem qualquer opressão, pela imponência, diria mastodôntica das peças sem que o significado literal de mastodôntico se aplique. Só uso o termo, porque as dimensões das peças extravasam a nossa imaginação sem lhe retirar beleza  e acrescentando-lhe admiração.

Ainda que árvore da vida seja uma minorca quando comparada com espécies bem maiores, as cores, o brilho e forma curiosa das raízes à superfície, assim como a iluminação, fazem desta árvore um objeto de culto, uma natural imitação da natureza com cores que a podiam inspirar a fazer igual. Creio até que se a natureza falasse, pediria conselhos à artista sobre como é possível compor uma árvore artificial tão bela como uma natural.

Acho que não exagerei, mas faço pundonor em deixar o link para darem um pescanço às fotos, se vos apetecer.

https://photos.app.goo.gl/euWapAfL9Q1SSLur7

 

 

19
Jan24

Relembrar as portas durante a pandemia


Vagueando

No auge da pandemia de Covid19, perturbou-me o facto de ver muitas portas fechadas.

Foi mesmo doloroso, ainda que tivesse a felicidade de sair todos os dias à rua, fazer as compras, ver os estabelecimentos fechados mexeu comigo.

Houve mesmo alturas em que dava a minha volta a pé por Sintra, umas vezes só, outras vezes acompanhado e regressava a casa com a sensação de que estava sozinho no Mundo.

Não via carros, não via pessoas e via as portas todas fechadas.

Nestas voltas fui colecionando palavras que me surgiam para descrever o que sentia e fui colecionando fotografias de portas. Em Setembro de 2020, avancei para um post – As Portas – para descrever o que via e juntei, no final,  um link para um álbum com as fotos de várias de portas.

Posteriormente, as fotos de portas tornaram-se um vício e nestes três últimos anos fui fotografando portas por tudo quanto é sítio, em Portugal e fora dele, nas cidades e nas aldeias e fui gravando-as no àlbum.

E assim cheguei ao dia de hoje que assinala um marco importante, porque ultrapassei a barreira de mil portas gravadas no tal álbum.

Fica o convite para passarem pelas portas agora que já voltaram a ter gente, mesmo sem bater à porta podem passear por elas e se tiverem curiosidade de saber onde as encontram, basta ler o comentário que associei a todas elas.

Não se assustem, algumas podem ranger.

04
Ago23

Desafios - Janelas há muitas


Vagueando

Janelas há muitas, de Norte a Sul de Portugal e aqui por Sintra.

Esta é a segunda edição do desafio lançado pela IMSilva, em 26 de Julho passado e começa com uma vista da minha janela.

Tudo o que cabe numa hanela IV.jpg

Mas muitas das paisagens fantásticas de Sintra, são vistas através de janelas em espaço privado, 

As duas últimas fotos, são tiradas em casas abertas ao público,  nomeadamente, nas Queijadas da Sapa e na Biblioteca Municipal de Sintra.

Tudo o que cabe numa janela I.jpg

Tudo o que cabe numa janela II.jpg

Tudo o que cabe numa janela III.jpg

Tudo o que cabe numa janela.jpg

16
Abr23

Para lá do Marão mandam os que lá estão, em Marvão deliciam-se os que lá vão.


Vagueando

 

20230322_183509.jpg

As viagens ao Alentejo são para mim, idas ao paraíso. Quando repito uma viagem, uma caminhada e encontro as mesmas paisagens, os mesmos locais, vejo tudo diferente, parece que nunca tinha estado ali.

É uma paixão o Alentejo, desde o profundo ao litoral.

 Por mais que fotografe e, em casa, com tempo, reveja as fotos, constato que a lente fotográfica mente, porque na minha mente, ficou muito mais beleza do que a fotografia captou e não acredito que seja eu a enganar-me a mim mesmo.

O Alentejo, é cor, é tranquilidade, é gente, boa gente, com quem dá gosto conversar sem pressa, é espaço em que o limite não é já ali, é no horizonte, no céu.

Aquele espaço alentejano, com pouca gente e gente sem pressa, acalma, regenera, melhora a respiração, mesmo quando a “calma” aperta e abanamos qualquer coisa para refrescar ou procuramos uma sombra para nos proteger.

Quando estou no Alentejo, estou tão leve que mesmo que houvesse por ali um espelho eu não me refletiria nele e se tirasse uma selfie, também não me veria. A lente fotográfica mente, o espelho também, a imagem é virtual e enantiomorfa. Portanto, ando pelo Alentejo, não me vejo nem ninguém me vê.

Não sei se as imagens que guardo no meu cartão de memória cerebral caberiam, se fosse possível transpô-las para algum disco externo ou agora, mais moderno, para uma qualquer nuvem.

Talvez a Natureza seja a forma de Arte mais versátil. Em constante mutação, tão lenta e tão rápida, que nos surpreende e nos deixa incrédulos, quando assistimos a um vídeo time-lapse.

São milhões de momentos fugazes que não se repetem e que jamais conseguiremos registar todos para a posterioridade e mesmo que fosse possível gravá-los, jamais conseguiríamos vê-lo na totalidade.

Resta-nos os pequenos registos de grandes momentos, como este que partilho convosco, no link abaixo, um por do Sol fresquinho em Marvão.

https://photos.app.goo.gl/9saFencQnPF3TjDP9

 

13
Out20

Mentira


Vagueando

Hoje escrevo para mentir.

Mentir, isso mesmo, dito assim, descaradamente.

Mentir a mim mesmo. Mentir como se estivesse a discutir sobre a culpa de, como peão, ter sido atropelado por mim próprio, na qualidade de automobilista.

Depois do atropelamento, desculpem, do confinamento, resolvi também mentir sobre o medo. Não do medo de sair à rua, mas do medo de respirar.

Decidir deixar de respirar não é bem como tomar a decisão do tipo, hoje vou parar de fumar e deixo de comprar tabaco. Contudo, cravo um de vez enquanto aos amigos. Até que os amigos se negam e deixo de fumar.

Isto de deixar de respirar, já me perseguia antes da pandemia, por causa dos gases com efeito de estufa (ver E no entanto, as vacas continuam a peidar-se aqui) https://classeaparte.blogs.sapo.pt/e-no-entanto-as-vacas-continuam-a-11359?tc=52615441535

Até esta altura só treinava para deixar de respirar quando ia tirar uma chapa aos pulmões e o técnico dizia: Encha o peito de ar, não respira, não respira, não respira, pode respirar.

Ainda com esta ideia maluca por resolver, saí porta fora, para voltar a circular. Já na rua lembrei-me que o melhor seria respirar em modo de segurança.

(A propósito de porta https://classeaparte.blogs.sapo.pt/as-portas-15637)

Respirar em modo de segurança, consiste em fornecer aos pulmões apenas 50% do oxigénio que preciso, mas devidamente filtrado por uma máscara

Em vez de inspirar com a convicção de que o ar puro faz bem à saúde, passei a respirar, não sei se sem convicção ou se com a convicção de que respirar afinal, pode fazer muito mal à saúde.

Este tipo de respiração tem a vantagem de encaixar bem com a narrativa actual, safe and clean. Ao respirarmos menos, não só reduzimos em 50% o risco de deixar entrar o vírus e ao mesmo tempo, fica disponível mais ar limpo - ainda que possa estar “covidado”. Se está mais limpo, também estamos a contribuir para um ambiente melhor, ainda que o ambiente mental das pessoas possa, eventualmente, estar a piorar.

Para continuar a mentir deixo algumas imagens (ver link abaixo), destas minhas saídas.

https://photos.app.goo.gl/fh37ncEZcBiHnFox9

Acredito que acreditem que algumas fotos possam parecer verdadeiras. Nada mais falso porque, se forem a estes locais não vão ver nada daquilo que eu retratei.

É tudo uma questão de sorte e de respiração, inspiração, expiração, sudação e muita concentração.

Sou um mentiroso, mas agora a sério.

Estamos todos a precisar, agora que vem aí o Inverno, de calor humano, de voltarmos as estar juntos, onde quer que estejamos.

Só estou preocupado com uma coisa. Andam para aí a dizer que uma mentira contada muitas vezes passa a ser verdade, pelo que já estou baralhado e sem saber se falei verdade ou se contei uma mentira.

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