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Generalidades

Generalidades

27
Mar25

Um almoço em imagens


Vagueando

Participação XXII, Ano II, no Desafio 1 foto 1 texto de IMSilva

 

Esta semana estava a almoçar sozinho num restaurante no centro de Sintra onde costumo ir. Sentei-me num conjunto de duas mesas que totalizavam 4 lugares. Estamos uma zona turística ainda que nesta época não se assista a grandes enchentes, a metereologia também não tem ajudado, mas eis que entra um jovem casal asiático, com 4 crianças de idades muito próximas, quase diria que tinham nascido, tipo ninhada, todos no mesmo dia.

Um funcionário afastou uma das minhas mesas que se foi juntar a outro grupo de 2 mesas permitindo assim sentar as seis pessoas, dado que já não havia espaço paras os sentar todos juntos.

Não entendi peva do que diziam mas pareceram-me sempre muito divertidos. A partir daqui vou tentar explicar o que se passou, por ter achado curioso e que mostra bem como todos somos tão diferentes uns dos outros. Ainda que tenham feito os pedidos em inglês não me interessei por nada do que encomendaram, mas achei engraçado porque as mesas, postas com tudo alinhadinho, copos, pratos talheres, rapidamente entraram em desordem total e o desalinhamento não foi só "culpa" das crianças.

À medida que os pedidos vinham chegando, pensei que iam tomar tipo, uma bebida e uma sandocha, nada mais errado.

Veio uma sopa, um sumo de laranja, um cappuccino, uma coca cola, um café com leite, um copo de espumante, uma água, dois bolos que não percebi o que eram sendo que um tinha chocolate. A sopa foi divida entre o casal, mas não a comeram toda. As crianças, depenicavam os bolos enquanto bebericavam o sumo, o cappuccino, a coca-cola e o café com leite, mas sobrou um bom bocado do tal bolo com chocolate.

De seguida veio um bacalhau à brás, dois hamburgers com batata frita, um bitoque.

As crianças iam-se deleitando com os hambúrgueres e o bitoque, acompanhando com o cappuccino, o café com leite, o sumo e a coca cola. O Bacalhau à brás foi repartido pelo casal, ele acompanhando-o com o copo de espumante a esposa com a água, com o resto da sopa e espantosamente com o resto do bolo de chocolate.

Moral da história, esta é uma estória de outros hábitos alimentares, de outras pessoas, de outras culturas, mistura que foi genuinamente estranha para mim, em especial quando a senhora acompanhou o bacalhau à brás com o bolo que também tinha chocolate.

Mas havia muita vida, muita partilha, muita alegria naquela mesa e isto sim é o que deve ser a vida.

Sem críticas, sem qualquer tentativa de vir aqui expor de forma negativa esta refeição, até porque o casal e as crianças me pareceram sempre muito divertidos, tudo era estranho. Então quando a senhora começou a misturar o bacalhau à brás (prato que eu também estava comer) com o tal bolo que continha chocolate, até as entranhas se me revoltaram. Contudo, por decoro e respeito, coloquei-as na ordem e não estraguei nem o ambiente, nem o meu almoço, nem o almoço da família feliz.

E fica então a imagem do almoço.

20250327_184727.jpg

Não viram nada, ainda bem.

O objetivo era mesmo relatar o que vi, mas não mostrar nada. A imaginação,  a criação dos cenários, os retratos robots ficam a vosso cargo, mais que não seja para não me dar a conhecer, nem para faltar ao respeito  e à privacidade de cada membro daquela família.

Qualquer semelhança da foto, com o filme Branca de Neve de João César Monteiro é pura coincidência  

21
Mar25

Momentos


Vagueando

Participação XXII, Ano II, no Desafio 1 foto 1 texto de IMSilva

Sexta - Feira é dia deste desafio. A depressão Martinho, tenho um amigo com este nome que se fartou de ser insultado nos últimos dias, trouxe instabilidade climática a todo o país, com a ocorrência de prejuízos materias de monta mas, felizmente, sem vítimas mortais, ainda que na minha zona em Sintra uma mulher tenha ficado gravemente ferida, a quem desejo a sua rápida recuperação, devido à queda de uma árvore.

Este ano está a ser particularmente chuvoso e os muros de Sintra estão pejados de musgo. A abundância de chuva, ainda que nos condicione, garante-nos um bem essencial à vida, e para a fotografia é óptimo porque limpa o ar de todas as impurezas, tornando-as mais nítidas pelo que a luz brilha ainda mais.

A foto que trago hoje é de um desses muros que durante uns segundos, no intervalo das muitas nuvens resolveu ilumina-lo de forma generosa e tive a sorte de poder captar esse fugaz brilho.

 

Gostei bastante do resultado pelo que a minha legenda para esta foto é "Momento Monumento"

20250318_171138.jpg

 

24
Jan25

O Marco do Correio


Vagueando

Participação XXIV, do Ano II, no Desafio  1Foto 1 Texto  de IMSilva

Marco.png

 

Para participar neste desafio trago hoje um conto cuja autoria não me pertence. A Autora, que conheço virtualmente através de um workshop de Escrita Criativa, realizado online, em plena pandemia e onde participei, com mais onze autores, teve como resultado final  um livro editado em 2021 com o apoio da Fundação Oriente.

Este conto – O Marco do Correio - escrito por Conceição Martins, faz parte desse livro, com o título “Contos de Encontro” e que divulguei aqui.

Ao passar esta semana por vários marcos do correio em Sintra, o primeiro despertou-me a atenção pelo contraste do musgo no seu tampo vermelho, lembrei-me do conto e achei que uma foto, dava uma boa ligação com o mesmo e servia na perfeição para cumprir mais um desafio.

Solicitada a respectiva autorização da autora, reproduzo-o abaixo.

O Marco do Correio

Era uma caixa de correio vermelhinha e redonda na esquina da rua. Todos os dias a menina passava por ela a caminho da escola, mochila às costas, vergada ao peso da sabedoria e da insensatez dos adultos, que só permite que o primeiro contacto dos miúdos com o conhecimento se faça como se de um peso se tratasse. Assim, pequenina e ladina nas suas tranças loiras, lamentava a impossibilidade de pular e saltar como os seus seis aninhos desejariam, mas mantinha-se atenta ao que à sua volta se passava. Aquela caixa intrigava-a desde o primeiro dia em que por ela passara. Já tinha visto crescidos, elas e eles, que deitavam envelopes pela estreita fenda, mas parecia-lhe estranho o caminho que iam seguir.

«Muito gostava eu de ver como é por dentro», pensava ela. E, um dia, de repente e como que por magia, viu-se no interior do cilindro vermelho, franqueada a estreita fenda de entrada num mundo novo. Deambulou por entre cartas, postais, envelopes de tamanhos variados, soletrando as direções o melhor que podia. Nomes e locais todos diferentes que a faziam viajar por todo o país e até para além dele, mas isso ela não sabia. Não tentou ler nenhum – os conhecimentos não lho permitiam e já sabia que não devia invadir bens alheios. Espantada ficou quando verificou que estava numa caixa que não continuava pelo chão adentro, em caminho desconhecido ao contrário do que cogitara.

Propôs-se voltar, curiosidade esclarecida, mas era impossível repetir o milagre da entrada.

O pânico envolveu-a de alto a baixo, a angústia entranhou-se, chamou, gritou pela mãe, cada vez mais alto até que, finalmente, tudo se resolveu – acordou.

08
Nov24

O Céu é o limite


Vagueando

Participação XIV, ano II do Desafio 1 foto 1 texto

Está na moda dizer-se que o céu é o limite, para incentivar todos aqueles que - eventualmente - desistem dos seus sonhos.

Ora eu que não sonho com nada especial, venho aqui, simpaticamente, explicar que não devem desistir de nada, absolutamente nada.

Ainda que eu não saiba qual a distância que cada um tem que percorrer para chegar vivo ao céu, porque morto toda a gente já sabe como se lá vai parar, estou aqui para vos indicar o caminho para lá chegar.

E assim, indico não só o caminho para o céu, como cumpro mais uma participação no desafio acima. Peço desculpa mas, ainda que o caminho para o céu esteja descoberto, como podem ver pela foto abaixo, ele é sempre a subir e para cima.

PC190496.JPG

Quem sabe se esta descoberta não vai ser equiparada ao feito do nosso grande navegador e explorador, Vasco da Gama que, afinal apenas descobriu o Caminho Marítimo para a Índia e,  em vez de ir para ao céu depois de morrer, ainda me colocam no Mosteiro dos Jerónimos.

Mas atenção para além do esforço que terão que desenvolver para chegar ao céu, terão que ser honestos e não fazer qualquer atalho, afinal quem se mete em atalhos mete-se em trabalhos. Se o fizerem, o céu que vos espera, em vez deste esplendoroso azul, salpicado por nuvens branquinhas e fofinhas, será o que se encontra na foto abaixo.

20241030_164151.jpg

11
Out24

Esta foto não é minha


Vagueando

Participação X do Ano II no Desafio 1 foto 1 texto de IMSilva

Fotografia de mexilhões em praia portuguesa distinguida no Reino Unido

Hoje recorro a uma foto que, não sendo minha, considero-a uma obra de arte. Ainda por cima foi tirada num local que gosto muito, onde já fui uma série de vezes, não tantas como gostaria, mas o acesso não é fácil, sendo até perigoso para a maioria das pessoas, a Praia da Ursa em Sintra.

Por outro lado o tipo de foto, tirada a partir de um nível baixo faz parte do meu gosto pessoal, uso muitas vezes fotos tiradas ao nível do solo, deixo aqui um exemplo, pelo que tiro o chapéu a esta.

Resta informar que o autor da foto é Theo Bosboom e que esta sua foto, não sendo a primeira que realiza nesta praia, foi alvo  uma recomendação especial do júri do Prémio de Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano promovido pelo Museu de História Natural em Londres.

22
Mar24

Dia Mundial da Árvore


Vagueando

A disponbilidade não tem sido muito muita, a inspiração tem andado pelas ruas da amargura, razão pela qual só tenho vindo até aqui para responder a este desafio 1foto1texto de IMSilva.

Aproveitando a boleia de ontem ter sido o dia Mundial da Árvore, achei por bem trazer até aqui a foto abaixo, que tirei ontem.

20240320_170644.jpg

Tenho olho fotográfico, sou bom observador das nuances que a luz provoca nas paisagens e tenho paciência para esperar ou para voltar a um local que identifico como fotogénico.

Não obstante, esta foto não precisou de paciência, apenas tive sorte de passar no local certo na hora certa.

 

 

 

 

28
Jul23

Desafios


Vagueando

Não gosto muito de me vincular a promessas. Contudo, falhar no primeio dia de um desafio de uma bloguer que conheço, também me pareceu um pouco absurdo. 

Vai daí levantei-me cedo,  tentado a colaborar no desafio da Isabel Silva 1 Foto 1 Texto, do Blog "Pessoas e Coisas da Vida" e aqui vai a minha colaboração, com esta foto.

De costas voltadas.jpg

De costas voltadas à espera de alguém que se sente, de costas voltadas, sem virar as costas à paisagem.

Ria de Aveiro

 

03
Jan20

Porquê?


Vagueando

Há locais que nos tocam mesmo antes de lá estarmos. São apelativos, aconchegantes, reconfortantes sem sabermos porquê, têm essa capacidade de nos fazer sentir bem. Será que esses locais, lugares, sítios, são mesmo importantes ou somos nós que nos sentimos verdadeiramente importantes?

Gosto de observar locais, sítios, lugares, percorro-os com vários olhares, tento ver o que está lá e não se vê, sem que ninguém saiba porquê?

Quando os encontro, gosto de refletir sobre eles, saber o que vem de trás, porque o resto está à vista ainda que muitos não vejam, porquê?

Estando lá, vejo ação, animação, emoção, quiçá degustação, mas não vejo interesse na observação, porquê?

Dou nas vistas levanto-me, agacho-me tiro uma foto e depois outra de ângulos estranhos, olham pra mim como se estivessem a observar um malabarista, mas não vão ver o que eu vi, ainda que insista, e tiro outra foto e depois mais outra, e, outra. Porquê?

Fico a olhar para o resultado do meu olhar, gosto do que vejo, porque antevejo que mais alguém pode gostar, decido partilhar, para quê?

Porque acredito que vendo melhor, se pode apreciar com detalhe, ao pormenor, o que está ao nosso redor, sentir-se mais jovem tipo um júnior, em suma, ser um cidadão explorador, produtor e emissor de imagens, com valor. Deixo seis fotos, aceito sugestões, sobre a identificação dos locais.

quhttps://photos.app.goo.gl/BeK3DbFroK9BQja4A

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