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Generalidades

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16
Dez24

Drones


Vagueando

A moda pegou, há drones por todo o lado e a regulamentação ou a sua fiscalização, não funciona ou funciona mal.

Neste Verão, num final de tarde passeava pacatamente pelas arribas das praias de Sintra quando avistei dois drones por perto. Não sei o que faziam, se fotografavam, se vagueavam por ali apenas para satisfazer o prazer dos seus pilotos. Certo, certo é que de pilotos nem sinal, portanto estariam longe.

Há aparelhos destes sofisticadíssimos que até voam por gps, com as coordenadas que lhes são atribuídas, ou seja em piloto automático para facilitar a compreensão.

Desconheço que regras existem para operar este tipo de aparelhos, mas sei que levar com um coisa destas em cima, por mais pequeno que seja, pode causar ferimentos bem graves.

Vem isto a propóstio de uma notícia recente, realcionada com o aparecimento de vários drones, do tamanho de pequenos carros, nos Estados de Nova Jérsia, Nova Iorque, Pensilvânia e Connecticut.

O que me espantou não foi o aparecimento dos drones mas sim o facto de as autoridades, incluindo o famoso FBI, desconhcerem a origem dos mesmos mas, asseguram - vá lá saber-se como - que não são terroristas e que não há qualquer ameaça à segurança pública.

Vamos imaginar portanto um carro pequeno - estou a pensar num Smart - ainda que o seu peso seja muito inferior ao deste carro, se cair em cima de uma casa ou de uma pessoa, não é uma ameça à segurança pública.

Começo a pensar que a sofistificação que nos vendem sobre o poder militar e de Intelligence, nos EUA, é capaz de ser um bocado flop ou então como dira Ricardo Araújo Pereira - Isto é Gozar Com Quem Trabalha!

O que não se diria em Portugal se as nossas autoridades, perante um acontecimento (estranho) semelhante, emitisse um comunicado a afirmar exatamente a mesma coisa.

 

18
Out21

Os novos radares


Vagueando

Os novos radares prometem revolucionar o panorama da repressão rodoviária nacional.

Estes novos radares são altamente tecnológicos, dispõem de capacidade para detetar não só o excesso de velocidade, como os condutores que ignoram o sinal vermelho ou não respeitam as marcas rodoviárias, nomeadamente a linha continua M1. Não contesto o controlo exercido sobre excesso de velocidade, é um problema grave, ainda que acredite não ser necessariamente o fator que mais contribui para o acidente, mas, sem dúvida, agrava seriamente as suas consequências.

Então porquê recorrer aos radares de controlo do excesso de velocidade;

• Intimida levando a que se circule de forma mais lenta, eventualmente sem diminuir o número de acidentes, mas minimizando o impacto dos ferimentos ou mortes nas estradas.

• Gera receita com poucos custos, não necessita de efetivos humanos na rua. O radar, regista, está certificado, pelo que serve de prova irrefutável, a expedição da multa é automática. Contestar uma multa do radar é tempo perdido, (daí que até o ex-juíz Rangel, tivesse um stock de marroquinos a quem imputava as suas infrações de excesso de velocidade).

• É uma forma rápida e simples de resolver algumas investigações de acidentes, mesmo que não se recorra às centralinas dos veículos envolvidos, para verificar se estavam, na altura do acidente, em excesso de velocidade ou não (não me estou a referir ao acidente que envolveu o carro do ministro Eduardo Cabrita)

• Ajuda a desresponsabilizar o Estado e as entidades que têm a responsabilidade de zelar pelo bom estado e qualidade da sinalização das estradas, bem como pela sua boa conservação.

Estes radares, detetam quem trava antes de o passar, cumprindo assim o limite estabelecido, e acelera de imediato, deitando por terra o objetivo de tornar a estrada mais segura para todos. Contudo, uma das muitas falhas da sinalização em Portugal, é não se assinalar o fim dos limites impostos, pelo que, quem acelera logo a seguir, se tiver possibilidades de contestar uma multa em tribunal, veremos o que prevalece, se a eficácia do radar ou a eficácia da justiça, caso não se vislumbre onde acaba o fim do limite imposto antes do radar.

Estranho que não se utilize a sua capacidade total, para punir quem não respeita o sinal vermelho nem as linhas contínuas M1, situação que provoca bastantes acidentes e alguns com gravidade. Quem anda na estrada assiste diariamente a manobras arrepiantes sem qualquer respeito pelos sinais vermelhos e/ou as linhas contínuas M1.

Parece-me muito mais grave um condutor que circule sempre dentro dos limites de velocidade, não seja apanhado pelo radar quando não respeita a paragem no sinal vermelho, nem a obrigatoriedade de não pisar as linhas contínuas e que por isso, só seja punido se algum agente da autoridade o veja, decida pará-lo e lhe aplique a multa, o que nem sempre acontece.

Não percebo que se invista tanto neste tipo de radares sem aproveitar todas as suas capacidades e que os mesmos não tenham ainda mais valências, como por exemplo a medição da velocidade excessiva, as mudanças de direção não sinalizadas, o desrespeito pela manutenção das distâncias de segurança, nomeadamente na presença de chuva e nevoeiro, sendo que neste último caso deveriam também assinalar os condutores que, ao arrepio do preconizado no Código da Estrada, circulam de luzes apagadas.

Em Portugal morre-se demais nas estradas e creio que não é o excesso de velocidade que provoca a maioria dos acidentes.

Lamento que nenhuma das televisões a operar em Portugal dedique um programa semanal sobre segurança na condução, embora existam vários sobre automóveis, as suas características e equipamento opcional.

Não percebo a falta de interesse, das autoridades, das seguradoras, das marcas automóveis a operar em Portugal, das Escolas de Condução, das televisões em montar um programa destes. Seria interessante que as Televisões divulgassem os erros mais crassos (sejam negligentes ou conscientes) dos condutores, que se entrevistasse pessoas que estiveram envolvidas em acidentes e se fizesse a reconstituição de acidentes mais graves para que se percebesse as suas causas, demonstrando que com outra postura, nomeadamente condução defensiva, com o cumprimento das regras, os mesmos não ocorriam.

Existiu na RTP, entre 1965 e 1974, um programa que abordava esta temática, chamava-se Sangue na Estrada e era apresentado por Filipe Nogueira.

Mantendo Portugal uma estatística dramática de sinistralidade nas estradas, não se percebe que durante quase 50 anos ninguém se interesse por este assunto nas televisões.

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