Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Generalidades

Generalidades

19
Abr24

O País do Cuspo


Vagueando

Em Fevereiro li um post da autora Sónia Quental, que foi dado à estampa com o título “Filosofia do Lixo”.

A questão do lixo nas ruas, que acaba depositado no mar ou a entupir sarjetas e ribeiros constitui um tema que me revolta, porque o lixo não nasce, nem se deposita sozinho nas ruas, é depositado por pessoas que, recorrentemente, falam dos seus direitos nos quais, obviamente, não está incluído o de largar lixo nas ruas.

Aliás, já que estamos a celebrar os 50 anos do 25 de Abril, lembro-me bem dos tempos do PREC e da selvajaria dos direitos, que deu origem à frase que mais gosto para definir a liberdade e, consequentemente, os direitos; “A nossa liberdade termina onde começa a de todos os outros”.

Coisa mais simples não há, desde que, obviamente, haja bom senso e respeito.

Curiosamente, talvez até esteja enganado, quiçá por algum erro de paralaxe, a geração mais qualificada de sempre, não parece ter concluído com sucesso as áreas curriculares, respeitantes à educação e ao bom senso. Talvez faltem às aulas de Educação para a Cidadania ou estas áreas não se aprendam lá ou simplesmente não queiram saber.

Na “Filosofia do lixo", faz-se referência a Theodore Dalrymple que em Inglaterra tem publicado vários artigos sobre o lixo e que num deles e numa só frase, resume o comportamento dos seus cidadãos; Britons now drop litter as cows defecate in fields, or snails leave a trail of slime. (Os britânicos agora largam o lixo tal como as vacas defecam nos campos, ou os caracóis deixam um rasto de ranho por onde passam).

A comparação não sei se peca por defeito ou por excesso, mas perceciono que possa corresponder à realidade.

Numa troca de comentários com a autora do post, aborda-se também a questão de cuspir para o chão e que tal ato nem sequer provém da população mais velha e sem instrução, mas também a população mais jovem que anda na escola.

20240417_113742.jpg

Perante esta situação, como sou dado a fazer pesquisas, descobri recentemente no jornal local Ecos de Sintra, edição 202 de 20/09/1939, ou seja há 84 anos atrás, um artigo de opinião com o título “O País do Cuspo”. Neste artigo - ver foto acima - que tal como  o Brandy Constantino", mostra que a fama vem de longe, aborda-se a falta de educação e de respeito pela saúde pública, quando se cospe para o chão.

Depois de tanto tempo, não há dúvidas que quem cospe para o chão, ainda tem muito que aprender, sobre saúde, educação, direitos e liberdades, não sei é se ainda vai a tempo.

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Mensagens

Arquivo

  1. 2025
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2024
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2023
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2022
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2021
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2020
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2019
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2018
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
Em destaque no SAPO Blogs
pub