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Generalidades

Generalidades

04
Jan25

Mais uma vez é o País que temos


Vagueando

As palavas para classificar e descrever a criminalidade que grassa nas estradas já se esgotou há muito e não há acordo ortográfico que valha para explicar o que se passa ao nível da condução.

As desculpas que se arranjam para justificar o injustificável, parecem ser as mesmas que que os avençados comentadores de futebol arranjam, perante factos e evidências, demonstradas exaustivamente em câmara lenta,  é sempre o árbitro e agora também o VAR que prejudicam a sua equipa.

Os automobilistas - criminosos - também, perante a falta de seguro, de inspeção obrigatória, de carta de condução, mas com álcool no sangue, a culpa não é deles, é a caça à multa, que deveria ser sempre  praticada ondes estes criminosos não estão, à má sinalização das estradas, ao parque automóvel envelhecido, ao preço dos combustíveis, a culpa é sempre dos políticos e isto é o país que temos.

Justificar-se-á um Conselho de Estado para debater esta carnificina?

A GNR publica de tempos a tempos uns filmes com manobras perigosas, como é o caso do abaixo de Setembro de 2023.

Devia publicar até com mais regularidade, mas deve também informar sem identificar o condutor o que lhe aconteceu depois de praticar estas manobras que aqui vemos, para servir de alerta e exemplo.

A ACA-M que pediu o julgamento do ex ministro da administração interna no acidente, na A6 que fez uma vítima mortal, não aparece agora a querer levar a tribunal os culpados por 25 mortes em pouco mais de 10 dias?

A par destas notícias horriveís não haverá ninguém interessado em informar, mais uma vez como alerta e exemplo de que a irresponsabilidade, mata e não compensa, o que vai acontecer juridicamente a estes condutores fiscalizados na Operação Natal e Ano Novo;

  • 6 597 condutores apanhados em excesso de velocidade.
  • 1 404 condutores com excesso de álcool e, destes, 691 foram detidos por conduzirem com uma taxa de álcool no sangue igual ou superior a 1,2 g/l.
  • 681 condutores que estavam a colocar a vidas dos seus filhos em risco por falta ou incorreta utilização do cinto de segurança e/ou sistema de retenção para crianças (SRC).
  • 506 condutores apanhados ao telemóvel no exercício da condução.
  • 2 576 condutores sem a inspeção periódica obrigatória válida.
  • 851 condutores sem seguro de responsabilidade civil obrigatório.
  • 257 condutores a usar a via pública sem habilitação legal para o fazer.

Para perceber o nível literacia e responsabilidade que vai na cabeça de muitos condutores, há poucos dias cruzei-me com um veículo, que transportava pessoas num tour turístico, numa rua onde o mesmo está proibido de circular.

Como a rua era apertada, ao cruzar com ele disse-lhe que não podia circular por ali, respondeu-me; E daí!

Podia-lhe ter referido que  naquela rua, justamente por ser ter mais trânsito do que devia (razão pela qual se colocou aquela proibição) impediu por várias vezes, ambulâncias de chegar às casas de pessoas que necessitavam de cuidados médicos urgentes.

Poder, podia, mas não me apetecia ouvir outra vez ; E daí!

 

 

13
Ago23

Incêndios

Quando o incendiário é um carro.


Vagueando

• 10/08/2023 - Casal estacionou o EQE 350+ novo na garagem e ardeu tudo. Carro e casa

• 26/07/2023 - Incêndio em Almodôvar terá tido início em autocaravana que se incendiou na A2

• 06/08/2023 - Incêndio em parque do centro comercial UBBO, na Amadora, faz três feridos

• 05/08/2023 - Incêndio em Monsanto já foi extinto e A5 reaberta

Nos últimos 15 dias foram notícia nos meios de comunicação social, ver os links acima, a ocorrência de fogos em veículos automóveis, os quais em dois casos, degeneraram em incêndios florestais, sendo que um deles ocorreu no pulmão de Lisboa (Monsanto), durante as Jornadas Mundiais da Juventude.

As notícias foram superficiais no que toca à origem dos fogos ter sido despoletada pelos veículos incendiados, mas deu-se destaque ao “choque” entre bombeiros sapadores e voluntários, no caso do incêndio de Monsanto.

Parece que carros a arder passou a ser normal, ninguém se interessa porque ardem, qual a marca, modelo, se é eléctrico ou de motor de combustão, estado de conservação, se era novo ou velho, se tinha ou não inspeção, se foi ou não alvo de alterações.

Os problemas que levam cada vez mais veículos a arder não parece preocupar ninguém mas preocupa-me a mim porque já evitei um incêndio num veículo meu, de marca Premium, com 3 anos de idade, com todas as manutenções em dia, feitas no concessionário da marca e cuja utilização esteve sempre dentro dos parâmetros preconizados pelo fabricante.

Não só evitei o incêndio, como evitei que a minha garagem tivesse sido pasto das chamas, caso não tivesse identificado a situação, como localizei o problema e como sabia fazê-lo desliguei a parte eléctrica onde ocorreu o problema e a bateria do carro antes que o fogo começasse. No dia seguinte levei o carro ao concessionário.

O concessionário cobrou-me na altura, já lá vão mais de seis anos, quase 400 euros que recusei pagar, exigindo explicações.

As explicação era que se tratava de material de desgaste (fichas e fios) ao que contrapus,  porque não estava assinalado no livro de manutenção a verificação do desgaste deste material nas revisões.

Fui obrigado a pagar mas não me dei por vencido. Poucos dias depois intentei num tribunal arbitral uma acção contra a marca que ganhei facilmente pois tinha encontrado provas de que noutro país, o mesmo problema tinha causado incêndios e até acidentes, o que motivou a intervenção das autoridades desse país, obrigando a marca a fazer um recall a estes veículos (do mesmo modelo e do mesmo ano do meu).

Obviamente recebi o dinheiro de volta, vendi o carro e acabei a relação com marca que, curiosamente, goza de grande prestígio mundial.

Por isso, estou preocupado por ninguém se preocupar com esta situação, porque Monsanto, Almodôvar ou até o Centro Comercial UBBO na Amadora, poderiam ter tido desfechos bem mais graves.

E também estou preocupado com as marcas se fecharem em copas e não divulgarem publicamente o que está a causar incêndios, o que permitira não só os proprietários precaverem-se, como dissipar eventuais suspeitas sobre a qualidade dos seus veículos, até porque admito que as mesmas possam não ter culpas no cartório se os veículos tiverem sido alterados à revelia das especificações da marca.

Neste sentido, convinha que os jornais investigassem estes casos em vez de se limitarem a noticiar o incêndio do veículo sem aprofundar o tema, nomeadamente se os incêndios nestes veículos, ocorrem por erros de conceção,  falta de manutenção, manutenções mal feitas,  adulterações ilegais, sendo que neste último caso exigiria que se apertasse o crivo das inspeções aos veículos e à fiscalização nas estradas portuguesas.

 

Atualização em 20/08/2023 - a saga continua as causas também continuam ocultas Viatura ardeu parcialmente na zona comercial de Sines

Actualização 22/08/2023 - a saga continua as causas também continuam ocultas Incêndio destroi carro na garagem em Ponte da Barca

Actualização 22/08/2023 - a saga continua as causas também continuam ocultas  - Carro arde na A22 junto à zona da Guia em Albufeira

 

03
Set22

As veredas


Vagueando

O meu avô, homem de perna alta, de passo vivo e cadenciado era caminheiro profissional, era esse o seu único meio de para se transportar entre lugares.

Quando o acompanhava, ainda jovem, era obrigado a fazer pequenas corridas para o conseguir acompanhar. Sem hesitações nos cruzamentos e entroncamentos de veredas palmilhávamos quilómetros por entre casas isoladas, conhecidas por montes, povoações minúsculas e pequenas aldeias.

Afugentava os cães que se atravessavam no caminho que, ao contrário do ditado, ladravam e mordiam. Os cães não o apoquentavam, tinham-lhe muito respeito, por mais ferozes que parecessem, fazia-os sempre fugir, se fosse necessário à pedrada. Nunca me lembro de ter levado uma dentada, fosse de que cão fosse.

Quando se ia a uma povoação maior o meu avô dizia que se ia ao Povo. Era lugar onde se via muita família (sinónimo de muita gente) e onde existia um mercado e, de tempos a tempos, uma feira, que estava ali, encostada ao Povo onde se vendia gado (porcos, bois, vacas, burros, mulas) e no meio desta, o gado organizado de forma desordenada, circulava gente curiosa como eu e quem queria fazer negócio.

Aprendi com ele o significado das veredas e o prazer de caminhar nelas. Recordo neste texto, que ele reconhecerá, mesmo sem saber ler e sem ter acesso à Internet, nem ao mundo dos vivos, as nossas caminhadas.

Dizia-me que a vereda era um caminho estreito, da largura do espaço que uma pessoa precisa para caminhar e que se aprendia a segui-la, com o tempo e a experiência. Não havia indicações nem tabuletas (também se as houvesse poucos saberiam lê-las) com as direções ou destinos a seguir, não havia GPS, era tudo de memória. Cada pessoa guardava na sua cabeça uma série de veredas que davam a acesso a todos os lugares para onde precisavam de ir.

Se fosse necessário seguir até um local novo, esse mapa mental não tinha gravado o caminho, mas sabia a direção, se para Norte, se para Sul, se para Este ou Oeste e, com base nesses quatro pontos cardeais, se escolhia a vereda certa para onde se queria ir pela primeira vez. Sempre que a vereda se dividia em duas três ou mais direções a escolha era racional, bastava olhar para o Sol que nos dava um dos pontos cardeais e, a partir daí tudo era fácil. As veredas nunca se enganavam, muito menos eram capazes de enganar alguém, até porque, quem as observava também não se deixava enganar.

Grandes duplas formavam as veredas e as pessoas que nelas caminhavam, verdadeiras equipas recheadas de estrelas ou não fosse o Sol uma bela estrela.

Dizia o meu avô que a vereda era o melhor caminho, o mais curto, o mais belo, o mais conversador, sim aparecia sempre alguém em sentido contrário com o mesmo espírito, ir de um lado ao outro, pelo caminho mais curto e mais belo, mas com tempo para dois dedos de conversa. Contudo, estas conversas nunca incluíam qualquer pergunta sobre o caminho a seguir, toda a gente seguia o seu próprio caminho.

A vereda era o caminho de todos, para todas os destinos, que passava por todas as casas, aldeias, serras, rios, fontes e riachos.

As pontes eram raras, as que existiam eram improvisadas e, obviamente, estreitas. Mas quando não estavam lá, a dar a passagem para a outra margem, eram as poldras que nos transformavam em equilibristas e só com muito malabarismo se chegava com os pés secos à outra margem.

Quando, era preciso transportar alguma coisa, por exemplo água, o burro seguia a vereda com o meu avô atrás sem que fosse necessário indicar-lhe o caminho. Quando se lhe montavam as cangalhas em cima da albarda onde se anichavam dois potes de barro, ele sabia que era para ir ao poço. As veredas também nunca enganavam os burros, até porque, tal como os homens, eles também não se deixavam enganar.

As veredas eram caminhos abertos pela passagem de muita gente a pé, não estavam sujeitos a planos das Juntas de Freguesia nem das Câmaras, não exigiam expropriações, nem projetos, nem autorizações dos proprietários dos terrenos onde passavam. Eram pura cooperação entre vizinhos e afastados. Eram tão-somente isso, serventias, o espelho das necessidades das gentes do Algarve para comunicar entre si e identificavam-se por uma ténue linha sem vegetação, composta por pó vermelho, tão característico do Algarve, que parecia fumegar debaixo dos nossos pés, tão fino que espirrava debaixo dos sapato a cada passada.

A vereda era uma linha simples, umas vezes reta, outras vezes curva, outras vezes às curvas e contracurvas para contornar obstáculos como árvores, silvados, desníveis e pedras, trabalho de muitos passos, de muita gente que não passeava por ali, mas passava por ali, muito antes de mim e do meu avô, há vários anos, várias gerações de passos deixando a sua pegada, muito ecológica, em tantos quilómetros de veredas.

As veredas eram a marca, de muita gente, dos seus destinos, das suas histórias e das suas estórias dos seus encontros e, porque não dizê-lo, dos seus medos, frustrações, raivas e alegrias tudo registado naquela fina falta de vegetação e da transformação da terra dura em pó fino de tanta pisadela que levou.

A vereda tinha sempre acompanhamento musical, ora dos grilos e cigarras ora da passarada que saltitava de árvore em árvore, de pedra em pedra, do tilintar dos chocalhos dos rebanhos e ainda tínhamos espetáculos de cor, movimento e luz. Borboletas multicoloridas esvoaçavam à nossa volta, as nuvens que filtravam o sol e nos faziam sombra, alteravam a cor da paisagem, cenas fantasmagóricas provocadas pelas trovoadas ou molhadas, se instalavam ali mesmo por cima de nós e os relâmpagos que nos faziam temer vir a servir de para raios entre a descarga e a (terra da)vereda.

As veredas também tinham cheiro, consoante a época do ano, a esteva, a figos, a amêndoa, a terra molhada, quando chovia no Verão, a trampa de ovelha, mula, de burro e de cão. Não é possível reproduzir estes cheiros num texto, mas estas misturas ao ar livre nem sequer se pode dizer que fossem desagradáveis, faziam parte do caminho e pronto. Se algum algarvio, com mais de 50 anos, ler este post, é bem capaz de imaginar e de sentir os cheiros que aqui descrevo.

Nas veredas foram ficando histórias de homens e mulheres, crianças e adolescentes, amores e desamores e de tantos pastores que aliviaram as dores e o cansaço, esperando sentados nalgum valado já meio descambado enquanto as suas ovelhas pastavam e saltavam, vezes sem conta aquela valado, escramalhando (sinónimo de espalhar, fazer cair) o alinhamento das pedras que o compunham. Assim tivéssemos aprendido a ler terra pisada e teríamos extraído dali, daquela linha estreita, muito conhecimento.

Aprendi a gostar de caminhar naqueles caminhos de pó vermelho, tão característico do Algarve, chamava-se-lhe “poredo”, adorava bater os pés contra aquele pó fino, espalhando-o pelo ar, sujando os sapatos e as calças, enfim, mostrar aos graúdos que tinha feito uma grande caminhada. As veredas eram caminhos de movimento, ambientalmente sustentáveis, por lá passavam, pessoas e bestas, mulas e burros, que cabiam naquela estreitíssima largura de caminho onde nem as pegadas ficavam visíveis , porque tudo eram só montinhos de pó, completamente desalinhados.

Se encontrar uma vereda (se calhar conhece-a por trilho) palmilhe-a, observe-a, deixe-se encantar, siga-a. No fim não vai encontrar o caldeirão de ouro, mesmo que o arco íris a intersete nalgum ponto, mas vai encontrar histórias e, quem sabe, ainda vai descobrir que alguém da sua família, mais próxima ou mais afasta deixou ali a sua pegada há muito, muito tempo.

As veredas morreram, porque já ninguém anda a pé por necessidade, porque as bestas foram impedidas de trabalhar e os rebanhos também praticamente desapareceram.

As veredas deram lugar às estradas, onde não passeiam pessoas, nem bestas, nem rebanhos e as estradas estão reservadas aos carros que levam as pessoas aos seus destinos, muitas vezes conduzidas por bestas.

12
Jun21

A morte fascina-me


Vagueando

Costuma dizer-se que a única coisa cem por cento certa na vida de um ser humano é a de que um dia morre. Sendo verdade também é certo que antes de isso acontecer pagaremos, direta ou indiretamente, impostos.

Não venho desmentir nada disto, antes pelo contrário, é verdade, é uma verdade de La Palisse, confirmo por experiência própria, para já, a parte que se refere ao pagamento de impostos.

O que me fascina na morte, razão pela qual resolvi vaguear pelo tema é saber como sabe o morto que morreu.

Quem está habilitado a prestar-lhe essa informação? Que documento lhe é entregue como prova de morte (que eu saiba há por aí muita gente a ter que fazer prova de vida)? Como pode o morto aceder à vida eterna se não tem nenhuma prova que ateste que está morto?

Com as falcatruas que se fazem por aí, todos os dias, quem garante que não anda por aí malta a aceder, de forma ilegal, à vida eterna?

E depois?

O que faz o morto com o certificado? Como é que morto encara todas aquelas cerimónias fúnebres? Como vai organizar-se a partir daqui? Terá algum apoio para mudar de residência?

Recorremos aos especialistas para saber mais sobre determinados temas. Mas onde estão os especialistas nesta matéria? Não conheço nenhum "necrolojólogo", nem nenhum espeleólogo mental que tenha explorado e explicado esta falha grave.

O Mundo encontrou uma forma de datar os acontecimentos, diferenciando os anos em AC e DC. Será que o morto também poderá datar os acontecimentos em AM –Antes de Morto e em DM – Depois de Morto?

Será que o morto terá direito à sua nova existência, chamemos-lhe assim, a um CCM – Cartão de Cidadão Morto? E que data constará neste cartão, a sua data de nascimento e/ou a data da sua morte, ou só esta última para dar início à contagem dos anos DM? Também se lhe averba a sua condição de morto, tal como o estado civil, no CC que estamos habituados e habilitados a usar?

O autocarro funerário anda todos os dias por ruas e estradas, sem paragens certas e sem horário definido, sem cronograma dos seus percursos. Embora o ponto de partida seja diversificado, o seu destino é sempre o mesmo e onde saem todos os seus passageiros. Não tem revisor, nem fiscal, não aceita passe social, não aceita bilhetes pré-comprados nem de ida e volta, a entrada e a saída é feita sempre pela porta de trás, só leva um passageiro de cada vez, que vai deitado e não sabe para onde vai, mas também não pode dizer que sabe que não quer ir por ali.

Quando o povo diz que temos que mudar de vida estará, porventura, a referir-se a mudá-la de Antes de Morto para Depois de Morto?

Será que única certeza que um morto tem é que nunca vai saber que morreu?

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