Escrever no primeiro dia do ano
Vagueando
Ainda ontem, mais precisamente o ano passado, estava queixar-me da falta de gana e de inspiração para escrever e aqui estou de novo, no primeiro dia de 2020 a escrever, com tanta gana que o teclado está quase a ceder á fúria e à força dos meus dedos e cheio de inspiração, julgo eu.
Mas quem sou eu para avaliar os meus dotes inspirativos? Bom não sou ninguém, estou apenas a fazer um exercício de auto avaliação que, como se sabe, está muito em voga pelo mundo. Para se poupar nos custos, agora são empresas que se auto avaliam e remetem os resultados aos respectivos reguladores. Neste sentido, não estou a inovar absolutamente nada, apenas e só, a seguir as tendências actuais e as melhores práticas.
Então, perguntar-me-ão o que há de novo para partilhar? Nada de interessante.
Nunca fui dado a excessos, sendo que muitas vezes nas épocas festivas ingiro normalmente menos calorias e bebo menos que no dia a dia. Ver muita comida deixa-me sem fome. Daí que não estou de ressaca a seguir às épocas festivas.
Assim saio bem cedo de casa e tenho todo o espaço, aprecio a falta de trânsito, a falta de pessoas, o silêncio e a tranquilidade que as ruas oferecem. É fascinante, em espacial num dia bom como é caso de hoje,- ver a luz a entrar pelas ruas, completamente despovoadas de gente e de carros.
Quando começou a moda de se criar um dia sem carros, nunca funcionou. Os verdadeiros dias sem carros são dias como o de hoje, de manhã, bem cedo. Logo a partir do meio do dia tudo volta à confusão, gente na fila para almoçar, nunca percebi este tipo de motivação, começar o ano, com stress e confusão, comer mal e caro, estar de pé á espera por uma mesa, apanhar trânsito com fartura junto aos restaurantes, assistir às primeiras asneiras na condução, que não são mais que a repetição dos constantes atropelos, exibidos ao longo do ano passado ao Código da Estrada, contribuindo para as negras estatísticas de sinistralidade rodoviária.
E pronto, Bom Ano.