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Generalidades

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25
Dez24

Obrigado EREDES e Feliz Natal


Vagueando

A EREDES, que não conheço de lado nenhum, na medida em que não tenho nem nunca tive qualquer contrato com a mesma, instalou-se em minha casa, sem que eu pudesse fazer alguma coisa.

Primeiro massacrou-me durante longo tempo, com telefonemas e até “ameaças” para substituir o meu velhinho contador de electricidade, alegando que ia ser obrigatório substituí-lo por um contador inteligente, ou seja, com o QI muito maior que o meu.

Perguntava sempre ao senhor simpático que me telefonava para fazer a substituição, se já era obrigatório. Ah e tal, ainda não é mas olhe que está para breve.

Respondia-lhe sempre, se não é, não muda nada.

Até que um dia, já farto das chamadas e da pressão deixei colocar o tal contador inteligente e deixei-o trabalhar por mim, ou seja, deixei de dar as leituras de forma regular, passando apenas a conferir as facturas.

Desconfio sempre de quem me “empurra” e ainda diz que é melhor para mim. Faz-me lembrar aquela lei/regulamento ou lá o que era, que a partir 2006 todos teríamos que abandonar a EDP (actual SU Electricidade) e passar para um comercializador disponível no mercado. Mais um empurrão de que não gostei e não mudei, dezoito anos depois eis que estou na SU Electricidade.

Voltemos então à EREDES.

Em 2023 decidi adquirir uns painéis solares para auto consumo, que se têm revelado eficazes, trouxe-me alguma poupança, mas que implicou uma mudança nos hábitos de consumo, passando a consumir mais durante o dia (aproveitando a exposição solar). Fazendo uma média aos preços da energia na tarifa bi-horária versus tarifa simples, quis fazer uma experiência durante seis meses para esta última tarifa.

Nada mais simples, entrei no site da SUElectricidade e mudei.

“Prontos” graças ao contador inteligente, a mudança não implicou a deslocação de um técnico à minha casa para fazer a alteração. Passado seis meses voltei ao site para alterar novamente para a tarifa bi-horária a coisa não funcionou. Através da mesma plataforma enviei uma mensagem à SU Electricidade que, dias mais tarde me confirma, em resposta escrita, que a alteração tinha sido feita.

Era falso, descobri quando conferia uma factura. Entro em contacto com a SU Electricidade e dizem-me que a EREDES não autoriza a mudança, a qual só posso fazer, 1 vez por ano!

Na minha rua, o fornecimento de energia é muito deficiente, ocorrem várias falhas no fornecimento de energia e até me obriga a ter uma potência contratada superior ao que necessitaria para não ter problemas. Segundo a EREDES, as linhas estão em mau estado e é necessário instalar um posto transformador na rua para que o serviço fique a funcionar corretamente.

Andamos nisto há mais de três anos, os moradores queixam-se, a resposta é sempre a mesma, ou seja, tem que se substituir a cablagem e instalar o tal posto.

Descontos no fornecimento da energia, uma vez que estão assumidas as deficiências, não isso é que os fornecedores da energia, os quais por sua vez informam nada ter a ver com as falhas porque isso é com a EREDES.

Conhecem a figura de estilo “Pescadinha de Rabo na Boca”pois é isso que o consumidor sente, ninguém resolve o problema e o regulador ERESE só serve para fazer prova de vida anual para anunciar as tarifas para o ano seguinte e pronto, é assim.

Mas a EREDES, na noite de 24 resolveu trazer-me a melhor prenda no sapatinho, por volta das 19 e picos, pumba lá se foi a corrente, o forno, o fogão, o exaustor, a luz, o jantar de Natal.

O problema do costume, deixou uma série de habitações sem energia eléctrica e sem iluminação pública. Um dos meus vizinhos ligou-me uma hora depois e disse –me que tinha contatado a EREDES que lhe referiu não ter previsão para o restabelecimento da energia.

Como duas horas mais tarde a energia não tinha sido reposta, liguei eu para a EREDES que informou não ter reporte de nenhuma avaria na minha rua.

E pronto, com fome, sem ceia de Natal, desmobilizou-se a família depois da troca de presentes à meia noite, à luz das velas e de barriga mais ou menos vazia (confortada com uns salgadinhos) e só se fez luz novamente, já no dia 25 pelas 2h e 45m.

Portanto a EREDES entra na minha casa com um contador inteligente, faz as regras sobre como posso gerir os meus consumos mas não me liga nenhuma, quando sabe que há vários anos um problema no fornecimento de energia que afeta uma série de moradores.

Obrigado EREDES e Feliz Natal e que o Ano de 2025 leve a inteligência dos teus contadores para o Departamento de Planeamento de Obras Pendentes, quem sabe lhe melhore a eficiência.

20
Jul20

História de um aprendiz de agricultor - Psila-Africana


Vagueando

Psila.jpg

Quando os meus avós faleceram herdei um terreno no Algarve com cerca de 100 laranjeiras. Como morava a 300 km de distância e não queria deixar a coisa ao abandono, arrendei o laranjal.

A coisa correu mal.

Não obstante, não desisti e, no ano seguinte, fiz uma ronda pelas cooperativas da região, com a seguinte proposta;

- Tratam, apanham, vendem e só me pagam o custo anual da electricidade consumida para a rega que era totalmente automática. De salientar que no inverno, altura em que não consumia nenhuma energia, a EDP cobrava-me sempre o aluguer do contador, pelo que os custos eram elevados, para rendimento zero.

A resposta de 4 cooperativas foi, não estamos interessados, é pouco, não tem dimensão para explorarmos. (E eu que pensava que as cooperativas serviam para juntar interesses e prestar ajuda aos associados)

Morreram, por falta de água, todas as laranjeiras.

O meu pai, falecido em 2012, que tinha como hobby a agricultura e percebia da coisa, plantou no meu quintal, 3 limoeiros, uma laranjeira e uma tangerineira, que produziram sempre muito bem até 2018. Nesse ano comecei a ver as folhas a definhar e mirrar.

Como não percebia e não percebo nada do assunto, levei umas folhas a uma cooperativa agrícola da minha zona que me informou tratar-se de psila-africana. Perguntei logo como se trata? É difícil, é uma praga de declaração obrigatória ao Ministério da Agricultura, é obrigatório tratar, tem que fazer uma poda radical aos ramos afectados, não os pode deitar fora nem colocar no lixo e tem de aplicar o produto xxx e produto yyy .

Não consegui comprar os produtos, por não tenho cartão de aplicador de produtos fitossanitários e os ramos, mesmo que os cortasse, não os podia queimar, porque era Verão!

No ano seguinte, com as árvores em pior estado fui pesquisar sobre a praga e fiquei a saber que o Ministério da Agricultura referia que, apesar de todas as medidas implementadas, a praga Trioza erytreae (ou Psila-Africana dos Citrinos) estava a expandir-se no Centro do País. Este insecto, foi detectado pela primeira vez no território nacional em 2014. Acrescentava ainda o Ministério que estava a decorrer um programa de luta biológica, com recurso a um insecto parasitoide específico, num trabalho conjunto e articulado entre as autoridades fitossanitárias portuguesas e espanholas.

Comecei a estar atento aos sinais dos limoeiros e laranjeiras e verifiquei que na zona onde vivo e arredores mais afastados a praga instalou-se e já há árvores completamente atacadas, ou seja em vias de morrer.

Em desespero de causa, a minha esperança virou-se para as associações de ambientalistas, pelo que fui ao Google e pesquisei “ambientalistas psila africana”.

Surpreendentemente, aparece muita coisa sobre a psila africana mas nada que ligue os ambientalistas à mesma, ou seja, nem conselhos, nem indignações, nem propostas, nem pedidos de esclarecimento ao Ministério da Agricultura.

Movido pela curiosidade, porque normalmente os ambientalistas preocupam-se muito com árvores em perigo, voltei a fazer nova pesquisa “ambientalistas e abate de árvores”.

Bingo!

Muitos resultados;

  • Ambientalistas contra abate de árvores em Sintra (Logo eu que sou de Sintra)
  • Ambientalistas constestam abate de árvores no Tua.
  • Quercus critica abate de árvores.
  • Quercus constesta abate de árvores junto …. E por aí fora.

Continuando curioso, nova pesquisa “ambientalistas poda de árvores”

Bingo!

  • Organização ambientalista FAPAS constesta poda excessiva de árvore
  • Quercus – Podas abusivas e/ou abate infundado de árvores em espaço urbano são um problema ambiental em destaque no distrito da Guarda
  • Quercus – Câmara de Tondela acusada de fazer podas de árvores fora de prazo e por aí fora.

Ora adoptando a velha máxima do o que não está na Internet, nomeadamente no Google, não existe, concluo que embora a psila africana existe, mata árvores, é uma praga de difícil controlo, mas não é uma causa, nem preocupação para os ambientalistas.

Mas que raio de ambientalistas são estes? Defendem a natureza ou apenas aquela natureza que lhes dá visibilidade e publicidade?

Não precisam de responder, mas perderam um aliado.

 

“A imagem acima mostra o que acontece à ramagem das árvores atacadas por esta praga”. Pode ser que a Sapo ache que isto merece destaque, por isso junto aqui chocolate, porque li uma vez que a equipa da Sapo Blogs é muito sensível ao chocolate.

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