Cinquenta anos de quê?
Vagueando
Recentemente apareceram por aí uns cartazes de um partido politico, com fotos de duas figuras políticas, a assinalar “50 anos de corrupção”.
Cinquenta anos depois da revolução, ao que parece (não sou eu que digo, mas diz-se) produzimos maus políticos, ao que parece os de antigamente é que eram bons e antes da revolução também não haveria corrupção. Por outro lado, paralelamente aos cinquenta anos de corrupção, ao que parece, produzimos muitos jovens altamente qualificados e, como temos uma população muito envelhecida, digamos que muitos viveram no antigamente, serão, obviamente , gente de bem.
O ano passado, o Continente, detido pela Sonae, que já tem mais de 50 anos, resolveu acabar com aquelas moedas de plástico para se usar no carrinho do supermercado, em vez da moeda de um ou dois euros que nunca tínhamos.
Este acção visou combater o uso desnecessário de plástico, permitindo assim poupar três toneladas por ano, parece-me uma medida acertada e que vai de encontro aos anseios de uma população cada vez mais esclarecida e exigente com o cumprimento das metas ambientais.
Sempre me fez muita confusão o porquê do uso das moedas, presumo que era para ficassem arrumados após o seu uso, poupando assim mão de obra e consequentemente custos e, porque não dize-lo, evitava sujeitar alguém a fazer um trabalho degradante.
Contudo, a Sonae, mais precisamente o Continente, optou por não trancar os seus carrinhos pelo que agora não é necessário moedas para os levar às compraras.
Assim sendo, não entendo a razão pela qual os clientes dos supermercados não arrumam os seus carrinhos nos lugares próprios, evitando assim que fiquem espalhados pelos parques de estacionamento.
Com raramente vejo políticos nas compras, presumo que os carrinhos são abandonados pela grande maioria que vai às compras, ou seja, gente do povo ou das elites e os exigentes com a proteção do ambiente.
Cinquenta anos de corrupção não justificam esta situação, de que a foto abaixo é apenas um parco exemplo. Justificar-se-á por cinquenta anos de educação, solidariedade, respeito, empatia?
Ou afinal não somos assim tão diferentes dos que andamos a criticar e regemo-nos por aquela velha máxima – Faz o que eu digo e não o que eu faço?