Dia da Libertação
Vagueando
Caiu a obrigatoriedade de se usar máscaras.
Já podemos sorrir, cumprimentar, falar, comunicar mesmo calados.
O nosso rosto voltou a ter o importante papel que sempre teve e que consiste em reconhecer-nos uns aos outros, sorrirmos uns para os outros.
Ainda me lembro dos confinamentos, do medo e das portas fechadas (ver aqui https://classeaparte.blogs.sapo.pt/as-portas-15637) sem que aparecesse alguém com vontade de as abrir ou fechar.
Portanto, desculpem a repetição, hoje é dia de celebrar a Liberdade.
Liberdade para respirar não é assim uma coisa de somenos importância. Afinal durante a pandemia o medo não era sair à rua, o medo era de respirar. E isto de deixar de respirar não é bem a mesma coisa do que decidir parar de fumar.
Com a máscara respirávamos em modo de segurança e, mesmo assim, durante a pandemia, vi muita gente a passear nos trilhos da Serra de Sintra com a máscara posta e, quando se cruzavam comigo em vez de inspirarem com convicção, ficavam convictos de que respirar podia fazer muito mal à saúde.
Permitam-me pois celebrar este dia como o Dia da Libertação, porque na minha voltinha pedestre de fim de tarde, até a Natureza nos brindou com as cores da foto acima.
Espero que o PCP não considere um insulto que eu, cidadão anónimo, independente, na medida em que não sou, nem nunca fui filiado em nenhum partido, ter decidido, sem lhe pedir licença, que hoje é dia de Liberdade e um dia a festejar.