Redundâncias precisam-se para umas Festas Felizes
Vagueando
Quantos de nós ao longo da nossa vida não cometemos redundâncias, por exemplo gramaticais, o que é um erro ou profissionais, que podem ou não ser um erro, mas que gosto de chamar de "Coeficiente de cagaço”.
Há duas expressões redundantes, que não nos levam a lado nenhum, de que gosto bastante, são elas o “subir para cima” e “descer para baixo”.
Mas o tema de hoje, vai no sentido de mostrar as virtudes da redundância, nomeadamente no que toca à segurança da nossa pele e não vou falar de dermatologia. A questão tem a ver com o salvar a nossa pele, não no sentido de fugirmos às nossas responsabilidades, mas sim assumindo-as, para não arriscarmos a pele.
Afinal a cada três dias “Em Portugal, alguém morre atropelado a cada três dias e a probabilidade de isso acontecer numa passadeira é enorme”.
Os atropelamentos ocorrem nas passadeiras ou fora delas, são assim um pouco como os divórcios litigiosos em que a culpa acaba por ser do casal e não apenas de um dos membros do dito.
Daí que - isto é a minha opinião - o peão pode ficar com a taça por não ter sido culpado de ter sido atropelado, porque estava na passadeira, mas os ferimentos não se curam com este tipo de vitória e as mazelas, que muitas vezes ficam para a vida, também não. Por outro lado um peão, na maioria das vezes também é condutor, pelo que sabe muito bem das dificuldades que cada um deles tem perante a abordagem de uma passadeira.
O que me parece é que o condutor, enquanto tal (isto se calhar é redundante), delega no peão a responsabilidade de cumprir as regras e este último (enquanto tal, isto se calhar também é redundante), delega no condutor a responsabilidade de cumprir as mesmas regras, mais que não sejam as do bom senso, para não ser atropelado.
Como sabem, está provado, a aviação é o meio de transporte mais seguro que existe, ao ponto do maior risco de viajar de avião é ir de carro até ao aeroporto. Contudo, não deixa de ser curioso que sendo o meio de transporte mais seguro é o que a grande maioria das pessoas tem mais receio de usar.
A aviação tornou-se o meio de transporte mais seguro porque recorre à redundância dos seus sistemas de voo, de modo a que quando um deles falha os pilotos podem recorrer a um segundo sistema, que permite manter o controlo do avião e fazê-lo regressar a terra em segurança.
O conceito da redundância, neste caso boa, pode assim ajudar e muito a reduzir o risco de atropelamentos, aplicando-a ao condutor e ao peão, se um deles falhar e é fácil falhar, o outro colmata a falha e evita o atropelamento.
Esta tarefa não deve ser da responsabilidade exclusiva do peão ou do condutor mas sim de uma cooperação mútua em que ambos saem a ganhar.
A responsabilidade de acabar com os atropelamentos é de ambos os dois, (estão a ver a redundância) do peão e do automobilista ou do automobilista e do peão, para não pensarem que a responsabilidade é primeiro de um antes da do outro.
Ficam aqui alguns conselhos para por em prática e vão ver que a dado passo encontrará uma mensagem sobre a importância de se estabelecer um contacto visual entre peão e automobilista de modo a perceber se é ou não seguro atravessar a estrada, com ou sem passadeira.
Boas Festas em segurança.