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Generalidades

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23
Jun24

De manhã só é bom é na caminha

Isso era dates!


Vagueando

Na véspera coloquei o despertador para as 4h porque, embora me levante todos os dias muito cedo, isto não é hora para acordar, muito menos para nos levantarmos.

Não falhou, às 4h tocou e levantei-me, sem dores, sem refilanços, nem remorsos de ter dado este trabalho ao despertador. Comi uma sandocha, bebi um café e saí de casa, a pé.

Pode parecer estranho, mas a ideia era fazer uma caminhada, sempre a subir, de uma cota de 270 m para a cota de 470 m, isto num percurso de 2km, mas pronto era isto.

O objectivo da caminhada era ver o nascer do Sol em Santa Eufémia - Sintra, mais uma coisa estranha porque a Serra de Sintra de manhã, o que é bom (para aSerra bem entendido) é o nevoeiro e as nuvens.

Esquisito? Sim, mas vão ver que primeiro estranha-se depois entranha-se.

É que para além de ver nascer o Sol, existiam ainda mais dois incentivos – Era o dia mais longo do ano, seria um desperdício não aproveitar a luz do dia de início até ao fim, que alegria, que o digam os nórdicos que vivem acima do Circulo Polar Ártico e não é que em Santa Eufémia, iria ocorrer um concerto ao ar livre, às 6h, no âmbito do Festival de Sintra.

21-06_05H00.jpg

Para alimentar a estranheza da coisa, a primeira coisa que os quatro violoncelistas, Gonçalo Lélis, Hugo Paiva, Marco Pereira e Martin Henneken disseram, foi que se era estranho para nós estarmos ali, na rua (por acaso não estava muito frio, mais uma coisa estranha), para ver um concerto, imaginem para nós.

Desconfio que eles de manhã, também se sentem bem é na caminha.

Resta-me afirmar que ouvir violoncelo, a 470 m de altura, ao ar-livre, em Santa Eufémia, num local com uma vista fabulosa, conhecido das lendas das crónicas das cruzadas como sendo um local ondas as águas teriam poderes curativos, na falta dela – atualmente – o poder curativo veio do silêncio e do som dos violoncelos.

Fiquei como novo, até fiz pouco dos meus 67 anos e à tarde fui para mais um espetáculo em Sintra, o Eletro-Vinho, uma matiné de música, Teatro e Prova de Vinhos que nos envolve na história do eléctrico de Sintra, do vinho de Colares, das cepas Malvasia e Ramisco, Bulhão Pato, Alfredo Keil, Eça de Queiroz e os Saloios e onde a prova de vinhos é à prova de qualquer mau gosto.

Como sempre, não podiam faltar as fotos que, por estranho que pareça, fazem parte da minha forma de estar e de mostrar o que eu vejo e que todos viram, de certeza absoluta, de uma forma diferente. Se quiserem dar uma vista de olhos a este dia de festa, podem fazê-lo aqui

18
Jun24

Concertos improváveis


Vagueando

20240615_125452.jpg

 

Tempos houve em que se caminhava por necessidade, não existiam transportes coletivos ou veículos particulares, as vias de comunicação eram escassas. As primeiras vias de comunicação com que tomei contacto foram as veredas, no Algarve, pela mão, melhor pela pegada do meu avô.

Nessa altura caminhar servia para abrir o apetite, hoje, dizem, serve para regular (leia-se diminuir) o apetite. Caminha-se ainda, talvez na maior parte das vezes, o estritamente necessário quando, não sendo possível estacionar mesmo à porta do local para onde queremos ir, estacionamos no passeio (sem pilaretes) mais perto e fazemos o trajeto a pé pela estrada.

Ciente das dificuldades em estacionar o carro em Sintra, porque não existem lugares e os passeios estão pejados de pilaretes, a organização do Festival desta vila resolveu e muito bem, começar a organizar uma coisa que dá pelo nome de caminhada concerto.

E é disso que venho falar hoje.

Já o ano passado tinha feito uma e gostei, este ano repeti a dose. Depois dos tempos houve em que se caminhava por necessidade, caminhamos hoje porque se ouve música e da boa.

O percurso deste ano, em pleno centro histórico de Sintra, começou junto ao Paço, seguiu pelas ruas que ladeiam Quintas bem importantes de Sintra, “dos Castanhaes”, “dos Mouros”, “dos Alfinetes”, “do Castanheiro” e desembocamos junto ao Palácio da Regaleira e daí seguimos até ao Mont Fleuri.

Para trás tinha ficado uma subida que não sendo íngreme, foi o suficiente para um aquecimento razoável ainda que se tenha feito uma paragem para reagrupamento dos caminhantes e/ou dos espectadores.

Chegados ao Jardim Panorâmico do Mont Fleuri, fomos recebidos por uma nortada fresca que deitou por terra todo o aquecimento acumulado na subida. Valeu o Concerto de piano por Tomás Wallenstein que nos aqueceu a alma. Gostei do gosto do pianista, pela escolha do alinhamento musical com que nos brindou, fica aqui apenas um exemplo

Quando me falam em aquecimento global e sinto este fresquinho de Sintra até fico todo arrepiado.

Deixou umas quantas fotos do concerto deste ano.

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