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Generalidades

Generalidades

01
Ago25

Tempo de eleições autárquicas


Vagueando

Desafio 1 foto 1 texto de IMSilva

 

Eu ainda sou do tempo em que o tempo tinha tempo, a espera era tranquila e normal, e ainda sobrava tempo, para os tempos livres.

O tempo hoje é medido de forma estranha, parece que ele não existe e toda e qualquer necessidade de hoje, segundo o tempo actual, deveria ter sido satisfeita ontem.

Daí que por falta de tempo em dois mandatos do Sr. Presidente Basílio Horta à frente da Câmara de Sintra, com as eleições autárquicas à porta,  se tenha decidido mexer nos abrigos das paragens dos autocarros. Contudo, em vez de se serem colocados nos locais onde não existiam antes, decidiu-se substituir os antigos (nem sequer estavam em mau estado) por uns novos e cujo valor acrescentado em termos de comodidade e conforto, parece-me nulo ou mesmo negativo.

A ideia subjacente parece ser mais mostrar obra, do que se preocupar se o custo/benefício é efetivamente melhor os utentes dos transportes públicos.

Talvez porque a percepção dos munícipes é de que os mandatos passam, não são grande coisa, mas as obras ficam, ali à vista de todos.

Há 30 anos que Sintra foi classificada como Património Mundial, passaram por cá 3 presidentes, Edite Estrela, Fernando Seara e Basílio Horta e não tiveram tempo nem engenho, para resolver o problema do trânsito, nomeadamente a construção de parques periféricos.

Ficam aqui duas fotos, uma de um abrigo antigo e outra de um abrigo novo.

À Esquerda temos um abrigo novo e na foto da direita o abrigo velho

Eu sei que as aparências iludem, mas eu dou uma ajuda.

O abrigo velho tinha um banco corrido onde pelo menos 3 pessoas conseguiam sentar-se, com jeitinho 4. O abrigo novo tem um banco onde se consegue sentar uma pessoa, com jeitinho 2 magrinhas.

O tempo em Sintra não parou, ficaram as paragens do tempo, (estas sem abrigo) onde não houve tempo em 30 anos, para aliviar o Centro Histórico e a Serra, do trânsito que já há muito tempo não devia andar por ali.

04
Jul21

Sentado num banco


Vagueando

20210703_083931.jpg

 

 

Sentado num banco

Será um velho? Talvez!

Cabelo, muito pouco e branco

A morte já lhe marcou vez

 

Sentado num banco

Que não é de jardim

Ganha-se com alavanco

Até haver um motim

 

Sentado num banco

Que é de jardim

Que beleza que espanto

Ainda bem que vim

 

Sentado num banco

Observo e desfruto

Homenageio um santo

E fumo um charuto

 

Sentado num banco

Não se está nada mal

Nem sequer me levanto

No Jardim Condessa de Seisal

 

Sentado num banco

Com outro ao meu lado

Estou a ver se canto

Mas fico sossegado

 

Sentado num banco

Ninguém à minha volta

Tenho que ser franco

Este nevoeiro revolta

 

Sentado num banco

Espero coisa nenhuma

Sinto um solavanco

Chegou a bruma

 

Sentado num banco

Mesmo mal atamancado

Descanso, estou manco

Fico aqui mais um bocado

 

Sentado num banco

Esperando por nada, aguardo

Vejo passar um saltimbanco

Era ele o Joe Berardo

 

Sentado num banco

Aguardo malta de renomes

Não vejo ninguém estanco

Detido o André Luís Gomes

 

Sentado num banco

Não quero mais nada

Pilharam o Multibanco

Nem escapou a entremeada

30
Abr19

A nossa Caixa Geral de Depósitos de Mercedes


Vagueando

A CGD, ao que parece, está a enviar emails aos seus clientes para vender a crédito, bem certo, sendo certo que esta política não é um estímulo ao endividamento, automóveis da marca Mercedes Benz, Classe A.

Estranha forma de vida; Quem precisa, coitado, nem vai ao Banco porque sabe que leva uma nega, a não ser que tenha vasto património (ou não) que cubra bem o valor que necessita. Para quem não precisa, o Banco, por acaso público, consciente do papel fulcral que desempenha na dinamização da economia, vai lembrar o cliente, que comprar Mercedes Benz, Classe A é bom para a economia, para o cliente e para a Caixa.

Na gíria diz-se ganhas tu, ganho eu, ganhamos todos.

Faz bem, porque os clientes alvo do email, provavelmente, ainda não se aperceberam que a CGD paga a quem tem poupanças, uma taxa de juro tão pequenina que mais vale gastar do que poupar.

A escolha do Modelo, Classe A, presumo, deriva dos Bancos preferirem dar crédito a pessoas e entidades cujo rating seja o mais próximo de A. Se a Mercedes tivesse um Classe AAA ou, vá lá, A+, era ainda melhor; Assim em vez do desconto agressivo na taxa de juro poderia ter um risco menos agressivo de crédito e um valor (ainda mais) acrescentado com estas operações.

Mais estranho ainda é a justificação do Banco público para seguir esta estratégia, que se deve ao facto de ter que atingir metas exigentíssimas, por lhe ter sido aprovado um plano de recapitalização (necessário devido ao crédito mal parado) que, foi aprovado pelas autoridades Europeias, as quais também já tinham apadrinhado o PEC IV! Ao menos este tipo de crédito não vai ficar mal parado, excepto se o condutor/cliente do Mercedes o estacionar em local proibido ou se o carro avariar, coisa rara numa marca de prestígio.

Não discuto a estratégia da CGD, nem a exigência das autoridades europeias, nem eventualmente as exigências dos contribuintes que não são chamados a opinar, apenas a contribuir para a injecção de capital. Mas porquê a compra de Mercedes Benz?

Ainda se fosse para recuperar jipes da marca nacional UMM, com um passado histórico brilhante, aliás um hino desportivo (José Megre, Carlos Barbosa – Tucha, Pedro Vilas Boas, lembram-se?) à indústria automóvel nacional eu compreendia. Parece que os UMM já estão mais ao serviço dos estrangeiros que nos visitam do que ao serviço dos portugueses. Até no aeroporto de Lisboa, porta grande do turismo em Portugal, tem pelo menos um UMM a exibir-se aos turistas. Assim como assim, se voltar a ser chamado (que devo ser se ainda estiver vivo) a pagar os próximos prejuízos sempre dói menos.

É que esta coisa de ter um número de contribuinte agregado ao cartão de cidadão impede-nos de desertar dos impostos e de rasgar o cartão de sócio das Finanças quando estamos zangados com este clube.

Não obstante, quero deixar um conselho à CGD; Não se esqueça de enviar um email ao comendador Berardo, para que ele faça um crédito destes, com a condição do Mercedes, Classe A, sair directamente do Stand para a sua garagem no Funchal e depois, voilá, penhorar a garagem que estará fortemente valorizada com tão prestigioso automóvel. É que pelo menos a garagem passa ter um rating de Classe A, não dá para AAA, mas sempre ajuda o devedor a fazer Ah, Ah, Ah, com menos vergonha.

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