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Generalidades

Generalidades

17
Jan25

Risco


Vagueando

Participação XXIII, do Ano II, no Desafio  1Foto 1 Texto  de IMSilva

 

A Câmara Municipal de Lisboa disponibiliza um aplicativo que dá pelo nome "Na minha rua." O objectivo, segundo o portal consiste em poder participar problemas em espaços públicos, equipamentos municipais e higiene urbana que necessitem da intervenção da Câmara Municipal de Lisboa ou das Juntas de Freguesia.

Concordo em absoluto com este tipo de aplicativos, quer pela facilidade do seu uso, quer pela possibilidade de cada cidadão poder ajudar a resolver problemas que surgem pelas cidades, apenas e só com recurso ao telemóvel e sem perder muito tempo.

As situações que já reportei, infelizmente prendem-se com a falta de bom senso e com a maior falta de respeito dos transeuntes, pelo espaço público, utilizando-o muitas vezes ao arrepio da legislação.

Sucede, esta é parte má, que para além desta negligência (in)consciente, a falta de fiscalização das autoridades e dos serviços camarários potenciam situações de risco.

A Baixa de Lisboa, como infelizmente se viu pelo grande incêndio do Chiado, conta com zonas degradas, ruas estreitas, escadarias que em caso de sinistro podem dificultaar e muito o socorro.

A foto que trago hoje para este desafio, é o espelho de uma dessas situações.  Bicicletas acorrentadas abusivamente nos corrimãos de escadarias de Lisboa.

20250115_150149.jpg

 

Em 2024, não sei precisar a data porque o aplicativo (lamentavelmente) não a disponbiliza, abri a ocorrência  "OCO/106258/2024, relativa ao acorrentamento de bicicletas no corrimão da Escadaria da Rua Martim Vaz junto à Calçada de Santana. A ocorrência foi resolvida, mas o aplicativo também não deixa consultar o teor da resolução.

Facto é que resolvida foi mas, as bicicletas abandonadas, sem rodas, em estado de degradação ali continuam acorrentadas como se pode ver na foto tirada esta semana, prejudicando todos os que necessitam de usar o corrimão quando circulam na escadaria.

Por outor lado, em caso de emergência, estas bicletas serão certamente um estorvo e pior, fonte causadora de ferimentos a todos os que por elas necessitem de escapar e/ou ir em socorro de pessoas e bens.

Espero que a CMLisboa e as autoridades removam sem qualquer contemplação todas as bicicletas acorrentadas aos corrimãos das escadas de Lisboa.

03
Dez24

Fraude-Burla-Esquema


Vagueando

Em 14 de Novembro recebi o SMS abaixo, estava a tomar o pequeno-almoço num café. Em frente estava uma caixa multibanco, pelo que ao ler a mensagem e a ver o Multibanco, o primeiro pensamento foi, é pá descuidei-me, deixa lá pagar isto.

Screenshot_20241203_145337_Messages.jpg

Contudo, lembrei-me que a minha faturação é bimensal, e que em Novembro não tinha que efetuar nenhum pagamento.

Tranquilo, já em casa, consultei o site da empresa comercializadora e constatei o óbvio, não só não tinha valores em dívida, como também mesmo que os tivesse, o valor alegadamente não liquidado, não batia certo.

Conclusão era fraude.

Não obstante, cumpri o meu dever de cidadania e comuniquei, via online, à EDP, à SIBS e às autoridades. Dos dois primeiros recebi pouco tempo depois a confirmação de que era fraude e a SIBS foi mais longe, informou-me que a entidade em causa era uma empresa autorizada a operar em Portugal e registada no Banco de Portugal.

Consultado o site do Banco de Portugal, constatei que efetivamente está autorizada e de que se trata de uma Instituição de moeda eletrónica com sede na UE - Livre prestação de serviços em PT.

A SIBS ainda me informou que, para evitar novas burlas, procedeu à inibição imediata da referência indicada.

Chegados a este ponto, posso estar a ver mal, não entendo o porquê da EDP Está a lançar alertas públicos de que está a ser usada para a prática do crime de burla, quando à primeira queixa, pode ela própria, travar este procedimento alertando a SIBS e/ou as autoridades.

Por outro lado, existindo uma referência multibanco, é fácil e rápido, antes que a burla tome maiores proporções,  bloquear não só a referência que serve de pagamento e a conta onde estes fundos são recolhidos, ou não?

16
Set24

Não se percebe


Vagueando

Em Abril do ano passado abordei aqui a mesma situação na N125 - o cruzamento de acesso à Praia Verde.

EPVerde.jpg

Foto Google Earth do entroncamento da Praia Verde

Volto ao tema, primeiro pelo absurdo da situação uma vez que já dura, segundo a CM Castro Marim há dezasseis anos, segundo porque se anda a investir em radares para aumentar segurança nas estradas e consequentemente, salvar vidas (resolver este problema pelos visto não melhora a segurança), terceiro porque ano após ano, vejo este local ao abandono e quarto porque as entidades envolvidas na resolução deste processo, trocam muitas bolas, culpam-se umas às outras e o público está farto, nomeadamente os algarvios.

Se há coisa que não faltam na N125 são rotundas mas neste cruzamento onde se justifica e há espaço para fazer uma rotunda, não se faz.

Nestes dezasseis anos, a culpa é da Infraestruturas de Portugal porque autorizou a construção da rotunda mas despois disse que não, depois disse que sim (em 2018 ou seja já lá vão seis anos) mas só se fosse uma rotunda definitiva.

Certo, mesmo muito certo e à vista de todos rotunda, nem definitiva, nem provisória.

Contudo, já há alguns anos, presumo que pela sua perigosidade (se calhar foi por birra) o cruzamento foi transformado em entroncamento provisório, balizado por uns plásticos vermelhos e brancos, umas luzes assim mal enjorcadas e um piso de merda, sim de merda. É aquele tipo de piso que, mesmo numa estrada municipal já seria de merda.

Entre 2008 e 2024, passaram pelo governo, como primeiros-ministros, José Sócrates, Pedro Passos Coelho, António Costa e agora Luís Montenegro.

Só faço referência aos nossos primeiros, para se perceber como a democracia muda os seus mais altos representantes, sempre acompanhadas por mudanças, que implicam tirar os boys de uns para colocar os boys de outros, mas este processo manteve-se num impasse inexplicável.

Por outro lado, nas pesquisas que andei a fazer, para além dos protestos da CM de Castro Marim, não encontrei nenhuma notícia onde um primeiro ministro ou um ministro, nomeadamente o do pelouro, viesse explicar-se ao povo algarvio ou à Câmara de Castro Marim, esta anormalidade.

Contudo, curiosamente, encontrei uma notícia de Novembro de 2023, relativa à visita que a ministra Ana Abrunhosa fez às obras da ciclovia que vai ligar Castro Marim à Praia Verde, quando nem metade dos seus cinco quilómetros estava concluída.

Ao ler a notícia, fico com as sensação que a ciclovia avança a todo o gás (atenção que esta expressão, não pode ser vista no seu sentido literal, mas sim na contabilização do tempo em que as obras portuguesas, com ou sem derrapagens financeiras demoram a ser concluídas) porque é preciso gastar rapidamente o dinheiro que nos chega da Europa, independentemente de a obra ser ou não necessária, de ser ou não viável, de ser ou não uma mais-valia para o cidadão comum, em suma não ser um elefante branco que ninguém usa mas que é moda.

Boa sorte aos ciclistas quando a ciclovia chegar à Praia e tiverem que atravessar a N125, o que agora, com o entroncamento provisório, é proibido.

Sobre esta obra de Stª Engrácia, que afeta milhares de pessoas por dia, que oferece riscos rodoviários consideráveis, até a GNR já sofreu um acidente no local, que está com um piso miserável, que obriga a consumo de combustível desnecessário, com todas as implicações que isso tem a nível ambiental, dos governos nem uma palavra.

Regressando à ciclovia, que circula ao lado da N125-6 (ligação de Castro Marim à Praia Verde) , entre Setembro do ano passado e este ano, apenas metade dos 5km foi concluída e de permeio, sem qualquer necessidade o entroncamento da Quinta da Fornalha foi transformado em rotunda. Importa aqui referir que a sinalização e o piso deste antigo entroncamento estava em muito melhores condições do que o atual entroncamento da Praia Verde na N125.

20240904_183817.jpg

Esta é a rotunda construída para dar aceso à Quinta da Fornalha, que não se justifica.

A metade desta ciclovia já está aberta, não dispõe de qualquer sinalização sobre quem pode ou é obrigado a nelas circular, os delimitadores que a acompanham, não são retrorrefletores pelo que de noite não brilham e, junto às propriedades particulares por onde passa, não existe qualquer sinalização para os seus utentes, das saídas e entradas das mesmas, nem espelhos que permitam aos ciclistas e aos automobilistas ver-se uns aos outros, com todos os riscos que isso acarreta.

É que para além dos pedestres e das bicicletas movidas apenas a pedal, hoje existem também as eléctricas, as trotinetas e, curioso, em Castro Marim e Vila Real de Santo António, os condutores de scooters não usam capacete, passam pela autoridade sem problema e usam esta ciclovia.

Só para terem uma ideia dos riscos das entradas e saídas das propriedades particulares a foto abaixo reflete a vista que tinha como automobilista, ao sair do turismo rural onde estive, quando pretendia sair .

20240907_082123.jpg

Não existe qualquer visibilidade para a direita e para a esquerda, a ciclovia não tem sinalização que indique que existe uma saída. Estão a ver uma scooter, uma bicicleta eléctrica ou uma tronieta abrandar quando passa em frente a este portão? Isto é uma verdadeira armadilha para todos.

09
Mai22

Dia Europeu da Segurança Rodoviária


Vagueando

Assinala-se hoje, segunda –feira dia 9 de maio, o Dia Europeu da Segurança Rodoviária.

Como eu gostaria que se celebrasse este dia em vez de o assinalar.

No caso que nos toca, deveria ser assinalado como dia de luto nacional, porque só este ano, até ao final de abril, morreram nas estradas portuguesas 107 pessoas e durante o ano passado, 401 pessoas perderam a vida.

Lamentavelmente, as forças de segurança, continuam a centrar a sua fiscalização no controlo de velocidade (pelo menos é assim que divulgam as suas estatísticas e é disso que falam nas suas campanhas especiais de fiscalização) e as autoridades de supervisão, não especificam se os acidentes se dão em vias bem sinalizadas (o que não faltam, infelizmente, por este Portugal fora são estradas pessimamente sinalizadas), ou fora destas. E também nunca se refere o estado dos veículos, nomeadamente se circulavam com pneus em bom estado e à pressão correta, se com chuva ou nevoeiro circulavam com os médios ligados, etc.

Nunca percebi porque razão se fotografam veículos em excesso de velocidade e não se fotografam veículos que não param no sinal vermelho, perante um sinal de stop ou que ultrapassam em zonas proibidas, como se estas manobras não fossem causadores de acidentes graves.

Não percebo porque as autarquias investem em agentes (os necessários para levar a cabo a sua missão) para fiscalizar veículos que estão bem estacionados, apenas não pagaram o estacionamento (que gravidade é que isso tem para a segurança rodoviária?) mas não investem em agentes suficientes para que, como a mesma intensidade de fiscalização possam multar veículos parados em segunda fila com os quatro piscas ligados (o que configura desde logo duas infrações),em cima do passeio e passadeiras, obrigando os peões a circularem nas faixas de rodagem, como se os atropelamentos não fossem um triste e dura realidade.

Numa altura em que proliferam novos veículos a circular, até onde não podem (bicicletas e trotinetas em cima dos passeios), carrinhos eléctricos usados por idosos em estradas, trotinetas com duas pessoas, bicicletas em vias de sentido único a circular em contramão, tuk tuks por todo o lado em velocidade excessiva face às suas características e condições de segurança, não há quem fiscalize nada disto.

As famosas zonas 30km/h, onde coexistem peões, turistas, ciclistas, trotinetas e veículos automóveis, não há radares, o cocktail perfeito para o desastre, também não há fiscalização.

Neste dia apenas tenho uma certeza, não são as mortes nas estradas que nos chocam e que nos indignam, basta ver a atenção que se presta na comunicação social a este flagelo. Não existe em nenhum jornal da espacialidade ou televisão, um programam dedicado exclusivamente à segurança rodoviária.

O nosso choque e indignação só ocorreu, quando, em 2021,  o carro de um ministro atropelou um trabalhador na autoestrada, as outras 400 mortos, envolveram pessoas que não tinham família, nem amigos, nem os acidentes que as motivaram, resultaram da prática de qualquer ilícito rodoviário, muito menos de alguma ação negligente.

Explica-se tudo com; É a vida!

18
Out21

Os novos radares


Vagueando

Os novos radares prometem revolucionar o panorama da repressão rodoviária nacional.

Estes novos radares são altamente tecnológicos, dispõem de capacidade para detetar não só o excesso de velocidade, como os condutores que ignoram o sinal vermelho ou não respeitam as marcas rodoviárias, nomeadamente a linha continua M1. Não contesto o controlo exercido sobre excesso de velocidade, é um problema grave, ainda que acredite não ser necessariamente o fator que mais contribui para o acidente, mas, sem dúvida, agrava seriamente as suas consequências.

Então porquê recorrer aos radares de controlo do excesso de velocidade;

• Intimida levando a que se circule de forma mais lenta, eventualmente sem diminuir o número de acidentes, mas minimizando o impacto dos ferimentos ou mortes nas estradas.

• Gera receita com poucos custos, não necessita de efetivos humanos na rua. O radar, regista, está certificado, pelo que serve de prova irrefutável, a expedição da multa é automática. Contestar uma multa do radar é tempo perdido, (daí que até o ex-juíz Rangel, tivesse um stock de marroquinos a quem imputava as suas infrações de excesso de velocidade).

• É uma forma rápida e simples de resolver algumas investigações de acidentes, mesmo que não se recorra às centralinas dos veículos envolvidos, para verificar se estavam, na altura do acidente, em excesso de velocidade ou não (não me estou a referir ao acidente que envolveu o carro do ministro Eduardo Cabrita)

• Ajuda a desresponsabilizar o Estado e as entidades que têm a responsabilidade de zelar pelo bom estado e qualidade da sinalização das estradas, bem como pela sua boa conservação.

Estes radares, detetam quem trava antes de o passar, cumprindo assim o limite estabelecido, e acelera de imediato, deitando por terra o objetivo de tornar a estrada mais segura para todos. Contudo, uma das muitas falhas da sinalização em Portugal, é não se assinalar o fim dos limites impostos, pelo que, quem acelera logo a seguir, se tiver possibilidades de contestar uma multa em tribunal, veremos o que prevalece, se a eficácia do radar ou a eficácia da justiça, caso não se vislumbre onde acaba o fim do limite imposto antes do radar.

Estranho que não se utilize a sua capacidade total, para punir quem não respeita o sinal vermelho nem as linhas contínuas M1, situação que provoca bastantes acidentes e alguns com gravidade. Quem anda na estrada assiste diariamente a manobras arrepiantes sem qualquer respeito pelos sinais vermelhos e/ou as linhas contínuas M1.

Parece-me muito mais grave um condutor que circule sempre dentro dos limites de velocidade, não seja apanhado pelo radar quando não respeita a paragem no sinal vermelho, nem a obrigatoriedade de não pisar as linhas contínuas e que por isso, só seja punido se algum agente da autoridade o veja, decida pará-lo e lhe aplique a multa, o que nem sempre acontece.

Não percebo que se invista tanto neste tipo de radares sem aproveitar todas as suas capacidades e que os mesmos não tenham ainda mais valências, como por exemplo a medição da velocidade excessiva, as mudanças de direção não sinalizadas, o desrespeito pela manutenção das distâncias de segurança, nomeadamente na presença de chuva e nevoeiro, sendo que neste último caso deveriam também assinalar os condutores que, ao arrepio do preconizado no Código da Estrada, circulam de luzes apagadas.

Em Portugal morre-se demais nas estradas e creio que não é o excesso de velocidade que provoca a maioria dos acidentes.

Lamento que nenhuma das televisões a operar em Portugal dedique um programa semanal sobre segurança na condução, embora existam vários sobre automóveis, as suas características e equipamento opcional.

Não percebo a falta de interesse, das autoridades, das seguradoras, das marcas automóveis a operar em Portugal, das Escolas de Condução, das televisões em montar um programa destes. Seria interessante que as Televisões divulgassem os erros mais crassos (sejam negligentes ou conscientes) dos condutores, que se entrevistasse pessoas que estiveram envolvidas em acidentes e se fizesse a reconstituição de acidentes mais graves para que se percebesse as suas causas, demonstrando que com outra postura, nomeadamente condução defensiva, com o cumprimento das regras, os mesmos não ocorriam.

Existiu na RTP, entre 1965 e 1974, um programa que abordava esta temática, chamava-se Sangue na Estrada e era apresentado por Filipe Nogueira.

Mantendo Portugal uma estatística dramática de sinistralidade nas estradas, não se percebe que durante quase 50 anos ninguém se interesse por este assunto nas televisões.

11
Ago21

Uma questão de respeito


Vagueando

 

Afinal quem não respeita quem?

Relembro aos ciclistas da foto o número 2 do artigo 90º do Código da Estrada;

Os velocípedes podem circular paralelamente numa via, exceto em vias de reduzida visibilidade ou quando o trânsito é intenso e desde que não causem perigo ou embaraço ao trânsito. Se pedalarem em grupo, devem fazê-lo em fila indiana ou aos pares, não sendo possível a circulação em paralelo de mais de dois velocípedes.

As associações de defesa dos ciclistas e bem, defendem-nos e até mandaram fazer, logo que saíram as alterações ao Código da Estrada, uns sinais todos catitas a pedir respeito pelos ciclistas, como é o exemplo deste da FPCUB Federação Portuguesa de Ciclistas e Utilizadores de Bicicleta. Ao fazê-lo estão a pedir a terceiros (que obviamente têm essa obrigação)  que também zelem pela segurança dos ciclistas.

Não deveria a FPCUB, fazer uns sinais a pedir aos ciclistas respeito pelos automobilistas e explicar exaustivamente aos seus associados, que esse respeito só aumenta a sua própria segurança?

Não são eles, ciclistas, os utilizadores vulneráveis que ao comportarem-se desta forma, só se tornam ainda mais vulneráveis? E não são eles, ciclistas, também peões e automobilistas?

20210822_083943.jpg

A rua na imagem acima é de sentido único, como se vê pela posição dos carros estacionados e possui dois sinais bem visíveis de proibição de entrar na mesma.

O que leva estas 4 criaturas (lá no cimo da foto antes da curva), classificadas pelo Código da Estrada, como utilizadores vulneráveis, a subir a rua em sentido contrário, ocupando toda a faixa de rodagem, uma vez que nem em fila indiana circulam?

Será que estas 4 criaturas, acham que a  segurança da sua vulnerabilidade, está exclusivamente a cargo de terceiros, automobilistas e -curioso- ciclistas, também utilizadores vulneráveis, que legitimamente, circulam no sentido descendente?

Uma pergunta final às autoridades; Quantas vezes foram abordados/sensibilizados ou mesmo multados estes grupos de ciclistas que frequentemente usam, desta forma as estradas portuguesas?

Um conselho final aos ciclistas; Se tiverem dúvidas como devem conduzir as suas bicicletas nas estradas, deixo abaixo o link para o Manual da ANSR para ciclistas.

 http://www.ansr.pt/Campanhas/Documents/Guia%20do%20Veloc%C3%ADpede%202014/Guia%20do%20Condutor%20de%20Velocipede.pdf)

A segurança nas estradas, não depende só de alguns mas sim do comportamento responsável de todos.

 

14
Nov20

Dia Mundial em Memória das Vítimas da Estrada


Vagueando

Domingo, 15 de Novembro, dia mundial em memória das vítimas na Estrada.

Numa altura em que se fala de mortes todos os dias, por causa de uma pandemia, à qual não podemos fugir e sobre a qual toda a gente opina como se tivesse uma receita comprovada ao longo do tempo, para evitar a contaminação, pouca gente se interessa sobre estas mortes, embora a sinistralidade rodoviária seja estuda há muito tempo.

Não faz parte, das redes sociais, não faz parte das notícias diárias a não ser para anunciar, com histeria, algum acidente mais grave. Esta mortes não interessam às televisões nem aos jornais da especialidade embora, estes dois últimos meios de comunicação tenham programas e tiragens semanais sobre o desporto automóvel, sobre novos carros, sobre carros clássicos, mas nada, com a mesma intensidade e destaque, sobre como conduzir em segurança.

Cada vez que se fala de acidentes, destaca-se a velocidade excessiva ou acima dos limites legais, como a causa. Contudo, a velocidade excessiva ou acima dos limites legais, nem sempre são a causa, contribuem decisivamente, para um agravamento das consequências.

Ao assinalar-se este dia, destacando-se as 6.880 vítimas mortais, nos últimos 10 anos devido a acidentes na estrada, não se fugiu à regra. A PSP referiu que uma das principais causas da sinistralidade rodoviária é a velocidade excessiva, altamente potenciadora de ferimentos e danos graves.

A sinistralidade rodoviária nem sempre decorre da velocidade excessiva mas potencia a possibilidade de ocorrência de ferimentos e danos graves.

E, neste sentido, vejo muitos controlos de velocidade, gasta-se muitos fundos na aquisição de dispositivos de controlo de velocidade e frequentemente ouve-se nas rádios e televisões a necessidade de intensificar a fiscalização do controlo da velocidade em locais propensos a acidentes de viação.

A primeira coisa que faz sentido é perceber a razão pela qual num determinado local ocorrem mais acidentes e, não se pode concluir que decorrem só porque circula em excesso de velocidade, porque, se isso acontece é porque a via está mal desenhada, não está devidamente sinalizada, não tem condições para suportar todo o tráfego que nela circula, serve de trânsito a peões sem condições adequadas para os mesmos circularem, é usada para estacionamento que reduz a faixa de rodagem, etc.

Já não é a primeira vez que vejo, em zonas industriais, veículos pesados a fazer cargas e descargas nas vias de acesso, algumas com duas faixas de rodagem, sendo que uma delas fica ocupada com estas operações. Como é possível, nos dias de hoje, projetar-se zonas industriais onde as empresas residentes , não dispõem de espaço para que as suas mercadorias possam ser carregadas dentro das suas instalações?

Por outro lado, cada vez mais se descura infrações frequentemente cometidas, por exemplo não sinalizar as mudanças de direção, que provocam acidentes e constrangimentos importantes na fluidez do tráfego.

Quem nunca ficou à espera num entroncamento ou rotunda, bastante movimentada, para entrar numa via e, alguém resolve sair dela sem sinalizar essa manobra, deixando-nos desesperados, porque perdemos uma oportunidade de entrar. Alguém tem uma ideia da dimensão dos engarrafamentos que provoca com este comportamento?

Outra coisa que não percebo é que quando há nevoeiro, não há autoridades nas estradas e são muitos os automobilistas que insistem em circular de luzes desligadas nestas condições, sendo certo que ocorrem, frequentemente, acidentes nestas condições alguns de gravidade elevada.

 Porque os acidentes mais graves não são reconstituídos nas Televisões de modo a explicar o que o provocou, e que medidas podiam ter evitado esse acidente. Na National Geographic, analisa-se os acidentes aéreos e explica-se o que correu mal e o que foi feito para que o acidente não se repita.

Será assim tão difícil as marcas, as televisões, as seguradoras, as autoridades, os jornais da especialidade, os pilotos do desporto automóvel, unirem-se e arranjar fundos para colocar no ar um programa semanal sobre segurança na condução, passar exemplos de transgressões, de más condutas, de reconstituição de acidentes, para servir de exemplo e de modelo para que tal não se repetisse?

Deixo aqui a minha sugestão.

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