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Generalidades

Generalidades

04
Ago24

Alentejo em poesia


Vagueando

 

20240731_110858.jpg

 

Alentejo toda a gente te quer ver

Seja de Verão ou de Inverno

Como se admirassem uma bela mulher

Sem medo de ir parar ao Inferno

 

20240730_202801.jpg

 

 

 

O Sol veio para se despedir      

Forçou a entrada na casa fechada

Por mais que o tentasse dissuadir

Não consegui expulsá-lo à pancada

 

O Sol, atrevido entrou na casa trancada

Sem cerimónias e sem pedir licença

Disse que queria beijar a minha amada

Fechei-lhe a janela para impedir a ofensa

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Alentejo de planície dourada

Calor que procura frescura

Gastronomia muito aprimorada

Servida com carinho, amor e ternura

 

Alentejo de vozes afinadas

Elevam a grandeza do cante

Escuta-se nas ruas e escadas

Ouvi-las é fascinante

 

Alentejo quente, escaldante

Terra do grande lago

Para o ver siga avante

Encontrará a paz ao seu lado

20240731_202922.jpg

 

 

 

Alentejo terra do calor

Alentejo que procura sombra

Registar ambas com amor

É coisa que assombra

 

Enquadrar a sombra e o Sol

De forma geométrica

Nem com um guarda-sol

Só na parede da chafarica

 

 

 

 

 

 

 

 

20240731_202408.jpg

 

Não se pode reservar o Sol

Mesmo que se esteja a despedir

Deixou de cantar o rouxinol

Fica a hora de refletir

 

O Alentejo não é só paisagem

É felicidade de noite e de dia

Mesmo que esteja só de passagem

Contemple e deixe a correria

 

20240731_112000.jpg

 

 

 

 

Alentejo de portas abertas

De paredes tão brancas

Parecem paisagens desertas

Mas vê-las tão belas estancas

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Para admirar mais Alentejo

Basta clicar no link abaixo

Siga pelo Ribatejo

E não fique cabisbaixo

https://photos.app.goo.gl/sAjnLJX2XHgQzWHk7

 

 

 

02
Ago24

Descer até ao Sol

Incio do Ano II - 1 Foto 1 Texto


Vagueando

Ano II - Espisódio 1

Hoje inicia-se a segunda temporada (Ano II) do desafio 1 foto 1 texto de IMSilva.

20240731_202638.jpg

Começo-o com uma foto de um local onde me aventurei a descer até ao Sol. A descer todos os Santos ajudam, mas creio que o início da descida era apelativo.

Desciam ou não?

Alentejo cujo fim não queremos encontrar

Gostamos de o percorrer e conhecer  gente

É tempo de ter tempo para o apreciar

Encontrar sabores, cheiros e cor quente

16
Abr23

Para lá do Marão mandam os que lá estão, em Marvão deliciam-se os que lá vão.


Vagueando

 

20230322_183509.jpg

As viagens ao Alentejo são para mim, idas ao paraíso. Quando repito uma viagem, uma caminhada e encontro as mesmas paisagens, os mesmos locais, vejo tudo diferente, parece que nunca tinha estado ali.

É uma paixão o Alentejo, desde o profundo ao litoral.

 Por mais que fotografe e, em casa, com tempo, reveja as fotos, constato que a lente fotográfica mente, porque na minha mente, ficou muito mais beleza do que a fotografia captou e não acredito que seja eu a enganar-me a mim mesmo.

O Alentejo, é cor, é tranquilidade, é gente, boa gente, com quem dá gosto conversar sem pressa, é espaço em que o limite não é já ali, é no horizonte, no céu.

Aquele espaço alentejano, com pouca gente e gente sem pressa, acalma, regenera, melhora a respiração, mesmo quando a “calma” aperta e abanamos qualquer coisa para refrescar ou procuramos uma sombra para nos proteger.

Quando estou no Alentejo, estou tão leve que mesmo que houvesse por ali um espelho eu não me refletiria nele e se tirasse uma selfie, também não me veria. A lente fotográfica mente, o espelho também, a imagem é virtual e enantiomorfa. Portanto, ando pelo Alentejo, não me vejo nem ninguém me vê.

Não sei se as imagens que guardo no meu cartão de memória cerebral caberiam, se fosse possível transpô-las para algum disco externo ou agora, mais moderno, para uma qualquer nuvem.

Talvez a Natureza seja a forma de Arte mais versátil. Em constante mutação, tão lenta e tão rápida, que nos surpreende e nos deixa incrédulos, quando assistimos a um vídeo time-lapse.

São milhões de momentos fugazes que não se repetem e que jamais conseguiremos registar todos para a posterioridade e mesmo que fosse possível gravá-los, jamais conseguiríamos vê-lo na totalidade.

Resta-nos os pequenos registos de grandes momentos, como este que partilho convosco, no link abaixo, um por do Sol fresquinho em Marvão.

https://photos.app.goo.gl/9saFencQnPF3TjDP9

 

23
Nov21

Alentejo Walking Festival


Vagueando

Está a decorrer neste mês de Novembro um festival de caminhadas. Já perdi a conta aos caminhos que percorri no Alentejo, quer a pé, quer de bicileta, mas nos últimos 5 anos anos foram seguramente mais de 1.000km  que fiz pela região Alentejana, no interior e no litoral. A Rota Vicentina, que fiz toda (rota dos pescadores quer a rota histórica), talvez seja a mais conhecida.

Contudo, num esforço fabuloso dos Municípios de Alter do Chão, Arronches, Avis, Campo Maior, Castelo de Vide, Crato, Elvas, Fronteira, Gavião, Marvão, Monforte, Nisa, Ponte de Sor, Portalegre e Sousel, sob a coordenação técnica da SAL-Sistemas de Ar Livre, foram marcados 47 percursos no Alentejo.

Uma mais valia para esta região tão bela e tão acolhedora. É sempre um prazer falar com os alentejanos e ouvi-los cantar o cante.

Este fim de semana, voltei ao Alentejo, Alvito para fazer mais um percurso, os Moinhos de Alvito.

Deixo abaixo o link das fotos ( a qualidade é mais baixa porque me esqueci da máquina fotográfica e tive que recorrer ao telemóvel) e também o link do Alentejo Walking Festival onde podem inscrever-se gratuitamente para fazer os passeios e fazer o download dos guias dos percursos.

 

Link das fotos

https://photos.app.goo.gl/WoBrD7VHbRy1fUW56

Link do Festival

http://www.portugalwalkingfestival.com/transalentejo2021/transalentejo2021_passeios_pedestres.shtml

 

10
Jul20

Mais de 1km


Vagueando

A Geometria diz-nos que a distância mais curta entre dois pontos é uma linha recta.

Os portugueses são ases da estrada mas não muito dedicados às ciências exactas. Os peões escolhem o risco, usando o conceito da distância mais curta para atravessar a estrada, ainda que muitas vezes essa linha recta seja uma diagonal à mesma, do que a segurança, procurando uma passadeira de peões.

Animado por ter escrito um post com o título “Menos de 1km”, achei que era capaz de fazer uma distância maior, não necessariamente a pé. Daí que me tenha feito à estrada e a primeira paragem foi feita no local da foto.

20200707_150522.jpg

Esta recta, representa a menor distância entre o local onde estou até onde a vista alcança e tem muito mais que 1km.

Neste sentido, podia ficar por aqui e não me maçar mais, nem maçar mais quem, eventualmente, tenha tido a pachorra de ler até aqui.

Decido continuar, espero que o leitor também, para informar que de onde a vista alcança até à minha residência são à volta de 100km e do local onde me encontro até ao local de destino são cerca de 25km. Falta calcular a distância (a tal mais curta) entre onde estou e onde a vista alcança, que não sei nem quero saber, porque parei aqui para contemplar tudo e perdi-me na medição, por causa da meditação.

A tranquilidade, a sombra, a estrada que pouca gente usa, a calma, a nostalgia de outros tempos, com outros carros nos anos 70 e 80 e com outras gentes.

Ah, e a cor dos sobreiros, acabados de ser descascados. Que cor, que impacto visual.

O que não sabia sobre os sobreiros é que se trata de uma árvore, classificada como nacional desde 2012. A primeira casca só está pronta a ser retirada 25 anos depois da árvore ter nascido. Esta primeira casca (cortiça) dá pelo nome de cortiça virgem e este primeiro descortiçamento dá pelo nome de desboia. Nove anos depois retira-se nova cortiça, a que se chama secundeira. É preciso esperar mais 9 anos para se retirar nova cortiça a amadia. A partir daqui retira-se cortiça de 9 em 9 anos.

Cada sobreiro vive em média 150 a 200 anos, o que quer dizer que pode ser retirada cortiça cerca de 15 vezes.

No mundo de hoje onde a rapidez é tudo, é notável.

Já se produz uva sem grainha, qualquer dia acelerarse o sobreiro.

Deixemos os sobreiros e passemos às Sobreiras. Não, não é a esposa do sobreiro, mas sim uma espécie de sobreiro, um sobreiro muito grande ou muito velho. Não sabia mas está no dicionário.

Vou falar do Sobreiras Alentejo Country Hotel, não para fazer publicidade, que não é essa a minha intenção, também não sou influencer, nem ninguém me pediu para deixar like no Facebook ou fazer um comentário positivo, mas porque; 

  • Foi a primeira saída digna desse nome, desde 11 de Março, altura em que fomos forçados a hibernar dentro do casulo. • Gosto do Alentejo.
  • Gosto deste tipo de alojamentos e, normalmente evito as grandes aglomerações de pessoas, mesmo de férias.
  • Achei que a ligação dos sobreiros da foto com o Sobreiras fazia sentido.
  • Uma vez que falei do hotel, seria injusto, não falar da experiência e não vos deixasse, como gosto, um link com fotos.

O hotel está muito bem organizado nesta fase “Covid” até me custa escrever este nome. Os serviços estão bem organizados para não juntar muitos hóspedes ao Pequeno Almoço ou ao jantar de modo a que todos permaneçam a uma distância segura e é distribuído um folheto com as normas protecção que os hóspedes têm de cumprir.

A zona da piscina tem muito espaço e nota-se muito cuidado com a desinfeção.

Mantem-se o Buffet em funcionamento, quer ao pequeno-almoço quer ao jantar, mas a comida é servida pelos colaboradores do hotel. Não gosto, mas é assim e aceito.

Nota-se a limpeza nos quartos que possuem o piso em cortiça, convida a que se ande descalço.

A decoração, quer dos quartos, quer das áreas comuns é feita de forma minimalista mas muito agradável à vista, havendo bastante espaço para circular.

O enquadramento deste hotel na paisagem é perfeito.

Não gostei apenas de dois detalhes;

O primeiro - O acesso a alguns quartos obriga a passar por degraus que me pareceram desnecessários, podiam ser substituídos por pequenas rampas, facilitando não só o acesso com malas de rodas como eventuais cadeiras de rodas. Por outro lado o acesso do parque de estacionamento a alguns dos quartos também é feito por pequenos passeios de pedra solta o que não facilita o arrastar de malas.

O segundo -Tem a ver com a inexistência de sombra no estacionamento. O local no Verão é bastante quente, quando cheguei estava 40 graus, pelo que a sombra era bem vinda. O parque é pequeno, porque o hotel também é pequeno, pelo que não seria complicado nem dispendioso sombrear a área.

Não espero que me sigam, mas espero que pelo menos uma vez sigam atá ao Sobreiras e, de preferência, passem pelos sobreiros da foto, parem e contemplem.

Aqui fica o link para as fotos

https://photos.app.goo.gl/GrDE35E3EWhGimnJ7

Se encontrarem, por acaso, um cão nas fotos, lembrem-se que neste hotel são aceites.

03
Mai18

A Mina de S. Domingos


Vagueando

P5183166.JPG

 

 

Se acha que 150 anos de história da Mina de S. Domingos não são razão mais do que suficiente para gastar um fim-de-semana a visitá-la, então eu dou-lhe outras para se deslocar até ao Alentejo profundo.

Antes de se aventurar prepare-se para estar num local ermo, desligado de tudo o que de selvático a civilização nos habitou.

Preparado?

Quando chegar à Mina de S. Domingos encontra muito espaço e pouca gente e isto pode causar-lhe alguma claustrofobia espacial e uma estranha sensação de falta de calor humano. Mas depressa vai perceber que o espaço é um bem precioso ao qual há muito se tinha desabituado e que é mais fácil entabular conversa com um qualquer habitante local do que falar como o seu vizinho do andar direito que julga conhecer.

Durante a noite vai parecer-lhe que não há luz, mas depressa vai perceber quão belo é contemplar o céu estrelado, o qual na cidade não é mais do que uma nuvem constante de poluição. Quando esta alivia, o que vê não é mais do que uma miragem com algumas estrelas desfocadas. Na Mina não precisa de muito tempo, do Google Sky, nem sequer de um rasgo de sorte, para observar a beleza de uma estrela cadente.

A companhia do seu carro vai parecer-lhe útil, mas depressa vai entender que o mesmo terá mais utilidade para o trazer de regresso ao stress e ao reboliço do trabalho do que para visitar a Mina de S. Domingos.

Se olhar para o mapa de Portugal, o local vai parecer-lhe que está no meio do nada e perto de coisa nenhuma. Contudo, mesmo sem ser preciso muita paciência, vai reparar que há muito para ver e entender, sem confusão, filas ou aglomerações. Está lá tudo à nossa espera.

Aventure-se a pé, caminhe e escute o silêncio que brota daquelas ruínas e, deixe-se embalar pelos 150 anos de história da Mina. Lembre-se que há 40 anos atrás tudo aquilo ainda fervilhava, havia vida, difícil é certo, labutava-se duro para ganhar pouca coisa.

Não lhe parece perfeito um fim-de-semana assim?

Bom então a tudo isto junte-lhe um alojamento excepcional, a Estalagem de S. Domingos, onde até talvez encontre uma promoção. Mas vá por mim, esta Estalagem merece muito mais ser promovida do que fazer promoções. Não é um alojamento qualquer porque o local é muito superior à descrição e às fotos que encontrará na Internet. A simpatia e o atendimento do staff da Estalagem não é mensurável nem descritível é uma constelação de Estrelas no universo da hotelaria.

As refeições são uma agradável tentação e sugerem-nos que a gula não é pecado, mas fazer dieta, logo ali, isso sim é pecado.

O edifício da Estalagem, o jardim e a piscina completam o cenário de perfeição e lembram-nos que ali está parte da história da Mina de S. Domingos.

Se ainda não está convencido, então você é um caso perdido. Está viciado em trabalho, alimenta-se de todos os tipos poluição, desde aquela que respira à que ouve e que vê, não dá valor à sua existência. Pior, nem sabe que Portugal é um país lindíssimo, com montanha, planície, mar, praia, floresta tudo isto bem temperado com um clima excepcional e com um povo fabuloso mas que, infelizmente, sente pouco orgulho no muito que tem e no muito que já fez pelo Mundo.

Podia juntar algumas delas fotos da estalagem e dos locais por onde andei, mas acho que a sua imaginação entendeu perfeitamente a imagem que pretendi transmitir.

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