Letras na Gaveta
Vagueando
Tinha prometido a este autor - João F. Ribeiro - que iria oferecer o livro da sua autoria “Letras na Gaveta” a mim mesmo, por alturas do meu aniversário.
Mas falhei, falhei redondamente e tenho que explicar a razão do falhanço, simples – esqueci-me do meu aniversário (é o que dá já ter muitos anos, uma fartura).
Daí quando me lembrei do aniversário, quase dois meses depois, recordei-me da promessa e fui adquirir o livro o que também não se revelou fácil, ou seja, não foi chegar à livraria, olhar, folhear e comprar. Tive que o adquirir online e levanta-lo posteriormente na Bertrand da área da minha residência que, por acaso, coincide com a do autor – Sintra.
Declaração de interesse – Não conheço pessoalmente o autor, apenas leio algumas das suas parvoíces no seu blog Crónicas no Bar da Praia.
Sobre o livro que é o que interessa. Lê-se bem, dispõe bem e transporta-se bem, esta última característica era dispensável porque antes de o transportar até casa, já estava lido, pelo que nem precisava de o trazer, podia tê-lo doado imediatamente mas, não creio que encontrasse o interessado e, deitar um livro ao lixo “jamais”.
Sim é a mesma expressão usada pelo Ex-Ministro Mário Lino a propósito do novo aeroporto de Lisboa.
Ao ler o livro que se debruça sobre as paixões do autor, quer por bolachas, quer pelo sexo oposto expondo-se, por isso, a versejar e andar a cantar à chuva tipo Fred Astair, achei que a coisa resultou, pelo que da minha parte fica o elogio a este Letras na gaveta.
Importa realçar e aí concordo com o autor que o seu poema mais bonito é “ O melhor de mim é o meu silêncio”, faz-me lembrar aquele ditado popular que calado és um poeta.
Por último, acho que um jovem alentejano, se lesse este livro, lembrar-se-ia, dos seus antepassados e diria, para quê tanta conversa para conquistar uma mulher, bastava – Gosto de ti porra!
P.S. OLetras na Gaveta, não vai para a gaveta, mas sim para a estante, merece esse estatuto e, para que não restem dúvidas, há sempre por aí quem queira ler o que eu não escrevi, gostei do livro.