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Generalidades

Generalidades

04
Jan25

Mais uma vez é o País que temos


Vagueando

As palavas para classificar e descrever a criminalidade que grassa nas estradas já se esgotou há muito e não há acordo ortográfico que valha para explicar o que se passa ao nível da condução.

As desculpas que se arranjam para justificar o injustificável, parecem ser as mesmas que que os avençados comentadores de futebol arranjam, perante factos e evidências, demonstradas exaustivamente em câmara lenta,  é sempre o árbitro e agora também o VAR que prejudicam a sua equipa.

Os automobilistas - criminosos - também, perante a falta de seguro, de inspeção obrigatória, de carta de condução, mas com álcool no sangue, a culpa não é deles, é a caça à multa, que deveria ser sempre  praticada ondes estes criminosos não estão, à má sinalização das estradas, ao parque automóvel envelhecido, ao preço dos combustíveis, a culpa é sempre dos políticos e isto é o país que temos.

Justificar-se-á um Conselho de Estado para debater esta carnificina?

A GNR publica de tempos a tempos uns filmes com manobras perigosas, como é o caso do abaixo de Setembro de 2023.

Devia publicar até com mais regularidade, mas deve também informar sem identificar o condutor o que lhe aconteceu depois de praticar estas manobras que aqui vemos, para servir de alerta e exemplo.

A ACA-M que pediu o julgamento do ex ministro da administração interna no acidente, na A6 que fez uma vítima mortal, não aparece agora a querer levar a tribunal os culpados por 25 mortes em pouco mais de 10 dias?

A par destas notícias horriveís não haverá ninguém interessado em informar, mais uma vez como alerta e exemplo de que a irresponsabilidade, mata e não compensa, o que vai acontecer juridicamente a estes condutores fiscalizados na Operação Natal e Ano Novo;

  • 6 597 condutores apanhados em excesso de velocidade.
  • 1 404 condutores com excesso de álcool e, destes, 691 foram detidos por conduzirem com uma taxa de álcool no sangue igual ou superior a 1,2 g/l.
  • 681 condutores que estavam a colocar a vidas dos seus filhos em risco por falta ou incorreta utilização do cinto de segurança e/ou sistema de retenção para crianças (SRC).
  • 506 condutores apanhados ao telemóvel no exercício da condução.
  • 2 576 condutores sem a inspeção periódica obrigatória válida.
  • 851 condutores sem seguro de responsabilidade civil obrigatório.
  • 257 condutores a usar a via pública sem habilitação legal para o fazer.

Para perceber o nível literacia e responsabilidade que vai na cabeça de muitos condutores, há poucos dias cruzei-me com um veículo, que transportava pessoas num tour turístico, numa rua onde o mesmo está proibido de circular.

Como a rua era apertada, ao cruzar com ele disse-lhe que não podia circular por ali, respondeu-me; E daí!

Podia-lhe ter referido que  naquela rua, justamente por ser ter mais trânsito do que devia (razão pela qual se colocou aquela proibição) impediu por várias vezes, ambulâncias de chegar às casas de pessoas que necessitavam de cuidados médicos urgentes.

Poder, podia, mas não me apetecia ouvir outra vez ; E daí!

 

 

29
Dez24

Atropelamento Pedro Sobral


Vagueando

O que vou escrever de seguida, baseia-se apenas e só na informação que li na imprensa nos jornais diários, pelo que, tendo ocorrido uma morte, o que é sempre lamentável, ainda por cima nos festejos de Natal, o que agrava ainda mais a dor para a família enlutada a quem envio as minhas condolências.

O que se sabe:

  • Ocorreu um abalroamento da bicicleta de Pedro Sobral, na AV da Índia, em frente à Cordoaria Nacional, por volta das 7horas, no sentido Alcântara – Algés.
  • O condutor do veículo envolvido no acidente, fugiu do local, tendo-se apresentado posteriormente às autoridades, acompanhado de um advogado.
  • Haverá outras testemunhas do acidente, para além das que seguiam no veículo envolvido no acidente.
  • O condutor do veículo envolvido no acidente teria álcool no sangue, não sei se superior ao limite máximo permitido por lei.
  • Da leitura das notícias não consegui perceber se Pedro Sobral usava roupa retrorefletora e/ou se a bicicleta dispunha de luz traseira.

O primeiro pensamento que me ocorreu quando ouvi na rádio, no próprio dia do acidente, foi que o condutor se teria encandeado com o Sol e não teria visto o ciclista. Ora no sentido em que o acidente ocorreu isso não é possível.

Cerca de 300m antes do local do acidente, ou seja antes do entroncamento com a Rua Mécia Mouzinho de Albuquerque, existe um sinal que limita a velocidade máxima a 30 Km/h, sendo que, posteriormente, não existe nenhum sinal que revogue o fim desta proibição.

Antes deste sinal, entendo que o limite de velocidade na Av da Índia será de 50km/h.

Do outro lado da via férrea, que liga o Cais do Sodré a Cascais, está Av. Brasília e, ao lado desta, junto ao rio Tejo existe uma ciclovia que liga Algés até para lá Parque das Nações, com a inauguração este ano do Percurso Ribeirinho de Loures.

Cerca de 150 metros antes do local do acidente, existe uma ponte pedonal que permite atravessar a Av da Índia, a Av Brasília e chegar até ao Café Inn e aí apanhar a ciclovia.

Perante estes factos e depois de os utilizadores de bicicletas se terem reunido com o Presidente da República para reclamar mais medidas de segurança para os utilizadores de bicicletas e perante a elevadíssima sinistralidade em Portugal, até agora, neste período natalício, com boas condições meteorológicas, morreram 19 pessoas nas estradas, gostaria de deixar estas sugestões;

1- Sendo a maioria dos ciclistas também automobilistas e peões, tem que começar pelos próprios os cuidados com a sua segurança. É que em caso de atropelamento, com culpa ou sem ela, os ferimentos maiores ficam para o ciclista. Na passada Quinta Feira, pelas 19h, ou seja noite escura, circulava eu na Av da Índia antes do entroncamento que dá acesso a Algés e parei porque o semáforo estava vermelho. Enquanto espero, um ciclista todo vestido de preto, ultrapassa-me pela direita, sendo que a bicicleta não dispunha de luz traseira nem dianteira. E assim seguiu na Av da Índia até sair da mesma junto ao Aquário Vasco da Gama.

2- Enquanto não se arranja uma solução (que parece que está prevista há mais de 4 anos, a criação de uma ciclovia) para que os ciclistas possam circular em segurança na Av. da Índia, a solução, passa por proibir a circulação a este meio de transporte na mesma.

3- O sinal que proíbe velocidades superiores a 30km/h, na Av da Índia, a 300 metros do local do acidente, não tem qualquer efeito por três razões; A primeira é que ninguém o respeita, nem tão pouco os utilizadores de bicicletas quando são automobilistas, a segunda porque a fiscalização não existe e a terceira porque não faz sentido colocar este limite de velocidade numa via importante no escoamento do trânsito da cidade, tendo em conta que existe uma ciclovia paralela a esta avenida, junto ao rio Tejo.

4- Parece-me que as associações dos utilizadores de bicicletas devem ter um papel importante na defesa dos seus representados, começando por lhes incutir regras de segurança, nomeadamente no que toca ao uso de equipamento que os proteja, iluminação, roupa refletora e capacete e não criar nos mesmos, (quando exige mais restrições a terceiros) a sensação de que a sua segurança está a cargo de outros, nomeadamente os automobilistas.

5- É habitual, ver em Lisboa e fora dela, ciclistas a pedalar na estrada quando ao lado existe uma ciclovia e também o sinal de obrigatoriedade de usarem a referida ciclovia, bem como ver em Lisboa e fora dela, ciclistas que não param perante o sinal vermelho e pedalam em sentido contrário em ruas de sentido único.

Que 2025 seja um melhor ano no que toca à Segurança Rodoviária, são os meus desejos para todos.

16
Dez24

Segurança Rodoviária


Vagueando

Costumo frequentar uma loja de grande dimensão com estacionamento próprio e com lugares bem marcados no pavimento, bem como zonas onde a pintura impede o estacionamento por razões de segurança.

Ali é tão normal estacionar-se em cima dessas zonas proibidas que podem impedir o socorro rápido em casa de acidente, como nos lugares destinados a pessoas com deficiência ou para idosos e pessoas com crianças de colo.

No dia 13 do corrente, chamou-me à atenção esta notícia ANSR: 400 mil ''apanhados'' em excesso de velocidade por radares até Julho.

Que exista mais gente a ser apanhada em excesso de velocidade é fácil explicar pelo aumento do número de radares. Há sempre alguém que por distração, negligência, inconsciência ou até para fazer prova (oficialmente comprovada) de que o seu veículo de estimação atinge determinada velocidade, é apanhada pelos radares.

O que não é fácil explicar é o porquê de um aumento da fiscalização sobre o excesso de velocidade, não corresponder a uma redução da sinistralidade. Afinal registaram-se no mesmo período, mais de 20.000 acidentes rodoviários nas estradas portuguesas que provocaram 266 mortos e 1.451 feridos graves, o que confirma a tendência crescente da sinistralidade desde 2014.

Eu diria que este aumento da sinistralidade se deve essencialmente por;

  • Investir em radares traz um retorno financeiro muito grande que não necessita de pessoas (evita despesa) e que rapidamente amortiza o investimento, mas consegue não reduz os acidentes (evita o aumento da sua gravidade) na zona de influência dos radares.

 

  • A fiscalização nas estradas é praticamente nula e a que existe, foca-se também no excesso de velocidade. Neste sentido, o sentimento de impunidade vai crescendo, ultrapassa-se onde é proibido, muda-se de direção sem assinalar a manobra, pratica-se manobras perigosas de toda a espécie, ultrapassagens pela direita, mudança da faixa de esquerda para uma saída em AE, circular colado ao carro da frente.

 

  • A aposta da fiscalização é toda feita nas multas que estão comprovadas por máquinas.

 

  • Não existe fiscalização dentro das localidades onde se circula a velocidades proibitivas, estaciona-se me cima dos passeios, de pilaretes de borracha e passadeiras.

 

  • As características do IC 19 que é palco das maiores atrocidades, exceto onde existe radares, a falta de um veículo descaracterizado em permanência justifica a ocorrência de muitos acidentes neste itinerário.

 

  • Condutores como o que descrevo no início deste post, ajudam a perceber porque a sinistralidade está a aumentar, afinal, cabe aos outros cumprir o Código da Estrada.
27
Nov24

Acidentes rodoviários


Vagueando

Na passada Sexta Feira, dia 22 de Novembro tive que fazer o percurso rodoviário Sintra-Lisboa-Sintra, tendo saído de casa por volta das 19h e 15 m. Fui buscar uma pessoa em Carnide que não se encontrava bem de saúde pelo que não conseguia trazer o seu próprio carro para casa.

Este percurso de pouco mais de 50Km, que não implicou nenhuma espera no destino, ou seja, foi chegar ao local apanhar o familiar e regressar de imediato, demorou 3 horas, sim 3 horas. Fiquei estupefacto com a quantidade de acidentes que encontrei e que foram a causa da minha velocidade média se ter ficado pelos 16km/h e o meu consumo de combustível, devido ao para arranca, foi 8,5 l aos 100, quando em condições normais teria sido de 6 litros, isto já para não falar das emissões desnecessárias que eu e muitos outros automobilistas lançaram para a atmosfera, durante este tempo.

As condições metereológicas eram excelentes, não chovia, não estava vento a visibilidade era perfeita, ainda que a luz natural há muito se tivesse ido embora.

Como está na moda, tem que existir um culpado para tudo isto. Bom comecemos pelos do costume, os políticos, porque não prestam a devida atenção às estradas, que estão em mau estado, mal sinalizadas etc.

Hum, não cheira?

O IC 19 não está dotado de uma sinalização exemplar mas tem um piso em bom estado, tem cruzamentos desnivelados tal como a A5 e a CREL.

O Culpado é o condutor que está protegido de iguais impropérios, nas redes sociais, pelos estragos que causa, como estão os políticos em iguais circunstâncias ( o acidente que envolveu o ex ministro da Administração Interna é apenas um exemplo).

Dos cinco acidentes que apanhei no percurso de ida e volta, três deles foram choques em cadeia na faixa da esquerda e os outros dois em nós de acesso/saídas de entroncamentos desnivelados no IC19. A forma como se conduz é cada vez mais agressiva e desrespeitadora das regras mais elementares de segurança e contribuem para a ocorrência destes acidentes. A circulação na faixa da esquerda a “empurrar" o carro da frente com sinais de luzes e nos entroncamentos as mudanças da faixa da esquerda diretamente para a saída, atravessando as duas vias à direita, sem sinalizar a manobra, fazendo já no local onde (pelas linhas pintadas no chão) está impedido de o fazer.

Quando circulo no IC 19 é raro o dia em que não assisto a este tipo de manobras.

Contudo, a fiscalização cada vez mais se centra na penalização da velocidade (que também constitui um bom negócio, não só pelo que rende mas também porque a fiscalização in loco, nomeadamente no que se refere a estas manobras perigosas não se vê).

Tenho carta à 49 anos e que me lembre nunca vi uma operação stop num dia de nevoeiro ou de chuva, mais que não fosse para controlar e alertar todos aqueles que, por ignorância ou imprudência, circulam sem ligar, pelo menos os médios. No mês passado, fui de Sintra a Ponferrada em Espanha, são 630 Km, dos quais 480 km feitos em Portugal. Estive lá 3 dias e nesses três dias, passei por duas fiscalizações da Guardia Civil, sendo que numa delas fui mandado parar e verificados os meus documentos.

Esta forma de atuar, espalhar radares por todo o lado e descurar a fiscalização, não evita os acidentes, podendo sim, quando ocorrem nas zonas controladas por estes, diminuir a gravidade dos ferimentos provocados nas pessoas envolvidas.

Enquanto escrevia este post aparece na Sapo Acidente com 12 veículos: trânsito na Ponte Vasco da Gama reabriu em duas vias. Porque não esclarecer a opinião publica a causa deste e outros acidentes, indicando o que levou ao mesmo, como medida pedagógica. Não seria uma boa campanha, com o apoio das televisões, rádios e seguradoras e até do Estado?

16
Set24

Não se percebe


Vagueando

Em Abril do ano passado abordei aqui a mesma situação na N125 - o cruzamento de acesso à Praia Verde.

EPVerde.jpg

Foto Google Earth do entroncamento da Praia Verde

Volto ao tema, primeiro pelo absurdo da situação uma vez que já dura, segundo a CM Castro Marim há dezasseis anos, segundo porque se anda a investir em radares para aumentar segurança nas estradas e consequentemente, salvar vidas (resolver este problema pelos visto não melhora a segurança), terceiro porque ano após ano, vejo este local ao abandono e quarto porque as entidades envolvidas na resolução deste processo, trocam muitas bolas, culpam-se umas às outras e o público está farto, nomeadamente os algarvios.

Se há coisa que não faltam na N125 são rotundas mas neste cruzamento onde se justifica e há espaço para fazer uma rotunda, não se faz.

Nestes dezasseis anos, a culpa é da Infraestruturas de Portugal porque autorizou a construção da rotunda mas despois disse que não, depois disse que sim (em 2018 ou seja já lá vão seis anos) mas só se fosse uma rotunda definitiva.

Certo, mesmo muito certo e à vista de todos rotunda, nem definitiva, nem provisória.

Contudo, já há alguns anos, presumo que pela sua perigosidade (se calhar foi por birra) o cruzamento foi transformado em entroncamento provisório, balizado por uns plásticos vermelhos e brancos, umas luzes assim mal enjorcadas e um piso de merda, sim de merda. É aquele tipo de piso que, mesmo numa estrada municipal já seria de merda.

Entre 2008 e 2024, passaram pelo governo, como primeiros-ministros, José Sócrates, Pedro Passos Coelho, António Costa e agora Luís Montenegro.

Só faço referência aos nossos primeiros, para se perceber como a democracia muda os seus mais altos representantes, sempre acompanhadas por mudanças, que implicam tirar os boys de uns para colocar os boys de outros, mas este processo manteve-se num impasse inexplicável.

Por outro lado, nas pesquisas que andei a fazer, para além dos protestos da CM de Castro Marim, não encontrei nenhuma notícia onde um primeiro ministro ou um ministro, nomeadamente o do pelouro, viesse explicar-se ao povo algarvio ou à Câmara de Castro Marim, esta anormalidade.

Contudo, curiosamente, encontrei uma notícia de Novembro de 2023, relativa à visita que a ministra Ana Abrunhosa fez às obras da ciclovia que vai ligar Castro Marim à Praia Verde, quando nem metade dos seus cinco quilómetros estava concluída.

Ao ler a notícia, fico com as sensação que a ciclovia avança a todo o gás (atenção que esta expressão, não pode ser vista no seu sentido literal, mas sim na contabilização do tempo em que as obras portuguesas, com ou sem derrapagens financeiras demoram a ser concluídas) porque é preciso gastar rapidamente o dinheiro que nos chega da Europa, independentemente de a obra ser ou não necessária, de ser ou não viável, de ser ou não uma mais-valia para o cidadão comum, em suma não ser um elefante branco que ninguém usa mas que é moda.

Boa sorte aos ciclistas quando a ciclovia chegar à Praia e tiverem que atravessar a N125, o que agora, com o entroncamento provisório, é proibido.

Sobre esta obra de Stª Engrácia, que afeta milhares de pessoas por dia, que oferece riscos rodoviários consideráveis, até a GNR já sofreu um acidente no local, que está com um piso miserável, que obriga a consumo de combustível desnecessário, com todas as implicações que isso tem a nível ambiental, dos governos nem uma palavra.

Regressando à ciclovia, que circula ao lado da N125-6 (ligação de Castro Marim à Praia Verde) , entre Setembro do ano passado e este ano, apenas metade dos 5km foi concluída e de permeio, sem qualquer necessidade o entroncamento da Quinta da Fornalha foi transformado em rotunda. Importa aqui referir que a sinalização e o piso deste antigo entroncamento estava em muito melhores condições do que o atual entroncamento da Praia Verde na N125.

20240904_183817.jpg

Esta é a rotunda construída para dar aceso à Quinta da Fornalha, que não se justifica.

A metade desta ciclovia já está aberta, não dispõe de qualquer sinalização sobre quem pode ou é obrigado a nelas circular, os delimitadores que a acompanham, não são retrorrefletores pelo que de noite não brilham e, junto às propriedades particulares por onde passa, não existe qualquer sinalização para os seus utentes, das saídas e entradas das mesmas, nem espelhos que permitam aos ciclistas e aos automobilistas ver-se uns aos outros, com todos os riscos que isso acarreta.

É que para além dos pedestres e das bicicletas movidas apenas a pedal, hoje existem também as eléctricas, as trotinetas e, curioso, em Castro Marim e Vila Real de Santo António, os condutores de scooters não usam capacete, passam pela autoridade sem problema e usam esta ciclovia.

Só para terem uma ideia dos riscos das entradas e saídas das propriedades particulares a foto abaixo reflete a vista que tinha como automobilista, ao sair do turismo rural onde estive, quando pretendia sair .

20240907_082123.jpg

Não existe qualquer visibilidade para a direita e para a esquerda, a ciclovia não tem sinalização que indique que existe uma saída. Estão a ver uma scooter, uma bicicleta eléctrica ou uma tronieta abrandar quando passa em frente a este portão? Isto é uma verdadeira armadilha para todos.

05
Jul24

Turismo!


Vagueando

Para cumprir o desafio 1foto1texto de IMSilva desta semana, trago uma foto que é uma dois em uma.

Blank 2 Grids Collage.png

Convém esclarecer o porquê de duas fotos reunidas numa só. Para se perceber que há movimento.

Estas fotos são relativamente recentes, foram captadas há menos de um mês em Sintra. Caminhei uns bons 10 minutos atrás deste (presumo) turista que - olimpicamente - ignorou a existência de um passeio em boas condições e caminhou sempre na estrada, de costas viradas ao trânsito, correndo riscos perfeitamente desnecessários.

A invasão de novos veículos a circular nas estradas (e infelizmente pelos passeios) já são ingredientes propícios à ocorrência de acidentes, só no ano passado causaram 26 vítimas mortais, segundo dados divulgados pela ANSR.

Como se tal não bastasse, há quem ainda consiga inovar, como é o caso deste (presumo) turista, ao não se sentir desconfortável com carros e autocarros que só conseguia ver depois de terem passado por si, mesmo ali rentinho às pernas. Nunca se virou para trás, nem a sua consciência o alertou, tipo com um murro no estômago, para que seguisse pelo passeio.

Será que as malas dos turistas, desde que conduzidas pelos ditos, em prol da captação de mais turistas, virão a beneficiar de uma futura actualização do Código, para poderem passar a circular nas estradas nacionais?

Deixo aqui a pista para que as escolas de condução e os fabricantes de malas comecem já antecipar o futuro, lançando novos cursos de condução de malas de viagem e que estas passem a vir equipdas com luzes à frente e à retaguarda, piscas (sem esquecer os quatro piscas, muito importante para "legalizar" a paragem na via enquanto se consulta o telemóvel ou o mapa), luzes de nevoeiro, buzina e travão de estacionamento.

Atenção, não esquecer os centros de inspeção, que deverão passar a estar dotadas do equipamento necessário para a inspeção das malas, bem como as seguradoras deverão estar preparadas para criar seguros para esta nova modalidade de mobilidade (quiçá) suave.

Será que também entratará na categoria de sustentável?

 

 

 

17
Jun24

Não há fumo sem fogo


Vagueando

A indústria aeronáutica, apareceu há pouco mais de 100 anos. Nos últimos anos conseguiu provar que se tinha transformado na indústria de transportes mais segura de todas, sendo que a Boeing esteve na linha da frente dessa demonstração de segurança e, mais tarde, a Europa através da Airbus complementou o transporte aéreo com sucesso.

Contudo, nestas coisas da livre concorrência e de mercado, que supostamente estimulam a inovação e ao mesmo tempo que conseguem a fórmula mágica de reduzir custos e aumentar lucros, quando deixados em roda livre vem ao de cima o que de pior também existe nesse sistema económico.

Não exisitindo fumo sem fogo, fazendo fé nesta notícia, parece que a indústria aeronáutica anda, alegadamente, a brincar com o fogo e a desbaratar de forma rápida os louros da segurança que custaram tanto a conseguir.

 

09
Jan24

A propósito de Rotundas e dos Anónimos


Vagueando

No passado dia 5 publiquei aqui na Sapo, Rotundas entre o amor e o ódio que até mereceu destaque na Sapo pelo que a minha ideia era  - Pronto não se fala mais nisto.

Contudo, uma notícia publicada ontem no Observador  sobre o mesmo tema -Turbo rotunda" para evitar acidentes em rotundas -  trouxe-me de volta ao assunto por três razões.

  1. A avaliar pelo texto e pelo filme agarrado à notícia, parece-me uma excelente solução a implementar em futuras rotundas, ainda que o pisca continue a ser uma grande ajuda para se circular rápido e seguro na entrada, dentro e nas saídas das rotundas.
  2. Nada tenho contra os comentários de anónimos, desde que não sejam ofensivos e que não sejam repetitivos. Ou seja, que não comentem sempre da mesma forma, independentemente do tema, como parece ser o caso deste Anónimo que sobre o post das rotundas esreveu o seguinte; Temos vários problemas e alguns querem que o foco esteja na estrada, nos animais, nas coisas, nas fotos, nas viagens, na diversão. Temos de ficar preocupados com este país da diversão onde os principais problemas em geral não são falados e alguns acham-se os donos do que deve ser falado.
  3. Assim se as rotundas não fossem um problema, Sr Anónimo, certamente este artigo, o estudo, a  implementação e a  monitorização do resultado sobre o tráfego nas rotundas, não mereceria o interesse de vários países 

Enquanto não chegam as tubo rotundas, teremos que melhorar a condução dentro das mesmas para que o problema deixe efetivamente de existir.

 

05
Jan24

Rotundas entre o amor e o ódio


Vagueando

Quando se fala em rotundas em Portugal estou em crer que a maioria diz que são uma praga. Não obstante, eu sou um grande defensor das rotundas e, só para dar um exemplo da falta que elas nos fazem e dos benefícios que elas nos trazem refiro a que deveria existir na N125 no Algarve no cruzamento que dá acesso à Praia Verde. Aquele cruzamento, é um espetáculo deplorável de como se trata as estradas nacionais e bastante movimentadas. Basta olhar para foto abaixo da Google Earth para perceber que isto não é digno de um país que está virado ao turismo e, mesmo que não estivesse, não seria digno para os residentes e cidadãos nacionais.

CRuz PVerde.jpg

Mau piso, má sinalização, péssima apresentação, isto está assim há vários anos e os acidentes repetem-se com regularidade. Não existe iluminaçao neste cruzamente pelo durnate a noite as coisas pioram. Até Vila Real de Santo António esxistem muitas rotundas a maior parte delas, pequenas e mal construídas.

Até a GNR que conhece o local sofreu aqui um acidente o ano passado.

Sendo acérrimo defensor da implantação de rotundas, não deixo de as considerar uma praga, mas não por serem muitas. A praga é outra, a saber;

Desenho incorreto, nomeadamente quando permitem que as mesmas possam ser percorridas sem necessidade de as contornar, ou seja, possam ser feitas em linha reta e, consequentemente, sem reduzir a velocidade o que potencia a ocorrência de acidentes.

Má sinalização ou ausência dela, o que gera confusão relativamente à prioridade.

Desenhadas de forma a que não sejam redondas, assumindo por vezes formas estranhas.

Decoração por vezes de mau gosto e, pior tirando-lhe visibilidade que compromete a segurança da circulação.

E agora a outra praga, aquela que critica, que barafusta, mas que contribui de forma significativa para que as rotundas percam grande parte da seu objectivo e eficácia, os condutores.

Sendo Portugal o segundo país com mais rotundas por milhão de habitantes, 473 rotundas, e estando no Top 5 do número de rotundas por quilómetro quadrado, 53 rotundas, deve ser também o que tem maior número de condutores que não sabem como nelas se deve circular.

O facto de existirem filas nas rotundas não é alheio ao péssimo comportamento dos condutores portugueses, nomeadamente no que se refere na falta de uso do pisca para assinalar, como obriga o Código da Estrada, para onde querem ir. Aliás o mau comportamento relativamente ao pisca estende-se ao péssimo hábito, novamente contrário ao preconizado pelo Código da Estrada, que consiste em ligar os 4 piscas quando se estaciona o carro a estorvar todos os outros e não para assinalar uma situação de perigo.

E portanto esta praga, ao não assinalar para onde pretende seguir empanca o trânsito dentro das rotundas, cujas regras de prioridade destinam-se a facilitar as saídas assegurando deste modo a fluidez de tráfego.

Quando estiver a sair de uma rotunda e não usar o pisca para sinalizar essa manobra, lembre-se que quem está parado para entrar, não o faz porque não sabe se lhe vai passar à frente e essa coisinha tão simples, repetida centenas de vezes ao longo do dia é o suficiente para fazer filas antes das rotundas.

Deixo aqui uma nota escrita da Segurança Rodoviária e um vídeo da GNR (para aqueles menos dados à leitura) de como se deve circular nas rotundas.

https://www.segurancarodoviaria.pt/noticias/como-fazer-bem-uma-rotunda/

https://www.facebook.com/GuardaNacionalRepublicana/videos/sabe-circular-numa-rotunda1-nas-rotundas-o-condutor-deve-adotar-o-seguinte-compo/303125404595997/?locale=pt_PT

27
Dez23

Caramba é isto o Natal!


Vagueando

Se há coisa que me aflige e muito é ver a forma como se conduz em Portugal. Não é necessário circular durante muitos quilómetros, para assistir a mudanças de direção sem que se ligue o pisca, traços contínuos (continuamente) ignorados, faróis desligados com chuva ou nevoeiro, desrespeito pelo sinal vermelho, parar na estrada para tomar e largar passageiros (TVDE’s).

Em 10 dias, 4.852 acidentes, 17 mortos, 1.400 feridos, 80 dos quais graves, 49 mil infrações, 682 detidos por excesso de álcool no sangue ou por estarem a conduzir sem carta de condução, vários condutores a conduzir veículos sem seguro e/ou sem inspeção obrigatória.

Mas também me aflige e muito a falta de indignação, com esta tragédia. Não há primeiras páginas inflamadas à procura de culpados, porque não há figuras públicas envolvidas, nem políticos.

17 mortos, caramba é Natal, e isto não devia fazer parte do Natal.

Em que circunstâncias ocorreram estes acidentes, porque ocorreram, atropelos ao Código da Estrada, má manutenção dos veículos, negligência grosseira dos condutores?

Nem se consegue arranjar uma desculpa esfarrapada, por exemplo, a culpa é do mau estado das estradas e do parque automóvel envelhecido por causa dos impostos que se pagam na compra de um carro novo?

Convivemos bem com a desgraça, exceto se o envolvido num acidente, com ou sem culpa, seja uma figura pública ou um político.

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