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Generalidades

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11
Jul25

Absurdo


Vagueando

Participação XXXV, Ano II, no Desafio 1 foto 1 texto de IMSilva

Quando circulamos nas estradas nacionais e nos deparamos com um qualquer sinal de proibição, nomeadamente de velocidade -  sinal C13 - sabemos que essa proibição começa ali, mas nunca sabemos onde acaba.

Contudo, existe no Código da Estrada o sinal C20b que se destina, justamente, a assinalar o fim da proibição de um limite imposto anteriormente.

É lamentável esta falha recorrente que só contribui para a confusão e para o desrespeito dos limites impostos.

Sabemos, mais que não seja pela divulgação regular das estatísticas das autoridades, que o incumprimento dos limites de velocidade é a infração que está no topo da tabela. Fico apenas na dúvida se este topo se deve mais à fiscalização intensiva a esta infração (talvez porque rende boas receitas sem necessidade de muitos recursos humanos) ou se existem outras, igualmente muito graves, que não são tão escrutinadas e que por isso passam despercebidas.

Refiro a título de exemplo, desrespeitar o sinal vermelho ou de Stop ou desrespeitar a linha contínua.

Não obstante, existem limites de velocidade perfeitamente absurdos , que ninguém entende e por isso, não são respeitados.

Um exemplo entre milhares que existem pelas estradas portugeses, é o da foto.

 

20250711_084512.jpg

   Esta foto foi tirada na Av Sidónio Pais em Sintra, que no seu início tem um sinal que proibe velocidades superiores a 50 km/h. Do início desta avenida até esta sinalização distam cerca de 500m.

 Esta sinalização está colocada entre os entroncamentos à direita com a Rua Agostinho Fernandes e a Rua Dr. Cunha. 

 A questão que se coloca aqui, é que perigo(s) existe(m) nos 30 metros desta avenida , correspondentes  à distância da probição de 30 Km/h e da proibição de 50 km/h?

 Estas situações não servem de desculpa para o incumprimento generalizado dos limites de velocidade, mas são o sinal de desleixo e incúria na conservação e sinalização das estradas nacionais.

 

 

31
Mai25

Pela Tarde dentro e outros lazeres


Vagueando

Esta tarde fui até uma esplanada junto a uma praia de Sintra e decidi fazer-me acompanhar por este livro.

20250529_183311.jpg

Dá para perceber a analogia entre este post e o título do livro e daí que fique já esclarecido que o título deste post é meu, bem como o lazer.

Já o prazer que me deu a leitura do livro - “Pela Noite Dentro Contos e ouitros escritos” - só tem um responsável o José da Xã.

A sua escrita entusiasmou-me pela qualidade das histórias e enredos, misturadas com algum absurdo, com o recurso riquíssimo de vocabulário que muito bem conheci do convívio que ainda hoje guardo saudosamente na minha memória, com os meus avós. O Prazer da leitura, simples, descomplicada, trouxe-me muitas e boas recordações. Gostei das histórias entremeadas com o tal vocabulário em jeito de “bucha” e das descrições abundantes da paisagem, das casas, do vestuário e das personagens que enriqueceram as histórias e alegraram a leitura.

Estas “buchas” e descrições faziam-me abrandar o ritmo da leitura e aumentavam a ansiedade na busca do desfecho, pelo que o suspense foi muito bem acomodado nos textos. Talvez seja mais difícil para um jovem de hoje habituados ao “uotessape” e “feicebuque”entender algumas expressões, mas elas são a história da realidade de gente que ainda anda por cá mas em que a maioria já se finou.

Contudo, o passado já lá vai e o lá vai, lá vai, pelo que os Felícios trouxeram-nos e muito bem, no final do livro ao presente. Aquele presente onde nós estamos presentes, sem estar presentes e, por isso, os presentes “negociados” em rede, não corresponderam aos anseios dos figurantes.

Estes Felícios são o bom exemplo de como poderia ser a vida de 4 pessoas, que de repente se juntavam na mesma casa, sendo que uma falava, Russo, outra Chinês, outra Grego, e outra Árabe.

Gostei particularmente do contexto em que estas expressões foram usadas e transmito-lhe alguns exemplos de outras palavras que o meu avô usava: •

  • Os pardais recolhem-se – Os pardais amalharam-se.
  • O Sol cai a pique numa canícula atroz – O Sol caia a pique numa calma atroz
  • É a vez dos pirilampos darem luz – É a vez dos foguinhos darem luz 
  • Vasculho – o meu padrinho fazia-os usando uma planta que apanhava no mato, com folhas muito fortes e bicudas, que atava à volta de um cabo de madeira com um cordel (baraço) bastante forte.
  • Chaminé encarvoada . Chaminé fuligenta em que o negro se designava fuligem
  • Tângeras – Tanjas
  • Terra vermelha, no verão ficava em pó (poredo) que tisnava tudo, em especial quando se transpirava, agarrava-se à pele.
  • O João Grande e a sua bicicleta – Conheci um em Sintra que dava pelo nome de Pinheirais que também deu uma queda valente de bicicleta, junto a uma regueira num dia de chuva monumental. Não morreu mas ficou com o nariz achatado para sempre.
  • Deixo-lhe também algumas palavras que não usou e que o meu avô usava frequentemente e que lhe podem servir para outras histórias do arco da velha.
  • Mexas – merda
  • Escramalhar – Espalhar normalmente quando as galinhas iam para a eira sacudir com as patas as maçarocas que secavam ao sol na esperança de fazer saltar uns bagos de milho.
  • Fuligem – Negrume das chaminés quando se cozinhava lenha.
  • Cozinha de batatas – prato que se cozinhava do Algarve (abominava isto) para aproveitar o pão duro. Na altura, em especial no Verão o pão feito em casa endurecia com facilidade. Daí que se fazia um refugado com tomate, alho e cebola e uma folha de louro. Coziam-se as batatas à parte. Depois de cozidas, cortavam-se às rodelas e juntavam-se ao refugado com umas fatias finas do pão duro colando tudo no tacho. Adicionava-se água e ficava a cozer mais um pouco em lume brando com o tacho tapado para que o vapor amolecesse o pão.

Por fim adorei a ida dos Felícios ao Estádio com toda aquela confusão dos golos.

Nota final: agradeço-lhe que vá ao seu email, pois enviei-lhe um mensagem pessoal .

Cumprimentos

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