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Generalidades

Generalidades

24
Jan25

O Marco do Correio


Vagueando

Participação XXIV, do Ano II, no Desafio  1Foto 1 Texto  de IMSilva

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Para participar neste desafio trago hoje um conto cuja autoria não me pertence. A Autora, que conheço virtualmente através de um workshop de Escrita Criativa, realizado online, em plena pandemia e onde participei, com mais onze autores, teve como resultado final  um livro editado em 2021 com o apoio da Fundação Oriente.

Este conto – O Marco do Correio - escrito por Conceição Martins, faz parte desse livro, com o título “Contos de Encontro” e que divulguei aqui.

Ao passar esta semana por vários marcos do correio em Sintra, o primeiro despertou-me a atenção pelo contraste do musgo no seu tampo vermelho, lembrei-me do conto e achei que uma foto, dava uma boa ligação com o mesmo e servia na perfeição para cumprir mais um desafio.

Solicitada a respectiva autorização da autora, reproduzo-o abaixo.

O Marco do Correio

Era uma caixa de correio vermelhinha e redonda na esquina da rua. Todos os dias a menina passava por ela a caminho da escola, mochila às costas, vergada ao peso da sabedoria e da insensatez dos adultos, que só permite que o primeiro contacto dos miúdos com o conhecimento se faça como se de um peso se tratasse. Assim, pequenina e ladina nas suas tranças loiras, lamentava a impossibilidade de pular e saltar como os seus seis aninhos desejariam, mas mantinha-se atenta ao que à sua volta se passava. Aquela caixa intrigava-a desde o primeiro dia em que por ela passara. Já tinha visto crescidos, elas e eles, que deitavam envelopes pela estreita fenda, mas parecia-lhe estranho o caminho que iam seguir.

«Muito gostava eu de ver como é por dentro», pensava ela. E, um dia, de repente e como que por magia, viu-se no interior do cilindro vermelho, franqueada a estreita fenda de entrada num mundo novo. Deambulou por entre cartas, postais, envelopes de tamanhos variados, soletrando as direções o melhor que podia. Nomes e locais todos diferentes que a faziam viajar por todo o país e até para além dele, mas isso ela não sabia. Não tentou ler nenhum – os conhecimentos não lho permitiam e já sabia que não devia invadir bens alheios. Espantada ficou quando verificou que estava numa caixa que não continuava pelo chão adentro, em caminho desconhecido ao contrário do que cogitara.

Propôs-se voltar, curiosidade esclarecida, mas era impossível repetir o milagre da entrada.

O pânico envolveu-a de alto a baixo, a angústia entranhou-se, chamou, gritou pela mãe, cada vez mais alto até que, finalmente, tudo se resolveu – acordou.

17
Jan25

Risco


Vagueando

Participação XXIII, do Ano II, no Desafio  1Foto 1 Texto  de IMSilva

 

A Câmara Municipal de Lisboa disponibiliza um aplicativo que dá pelo nome "Na minha rua." O objectivo, segundo o portal consiste em poder participar problemas em espaços públicos, equipamentos municipais e higiene urbana que necessitem da intervenção da Câmara Municipal de Lisboa ou das Juntas de Freguesia.

Concordo em absoluto com este tipo de aplicativos, quer pela facilidade do seu uso, quer pela possibilidade de cada cidadão poder ajudar a resolver problemas que surgem pelas cidades, apenas e só com recurso ao telemóvel e sem perder muito tempo.

As situações que já reportei, infelizmente prendem-se com a falta de bom senso e com a maior falta de respeito dos transeuntes, pelo espaço público, utilizando-o muitas vezes ao arrepio da legislação.

Sucede, esta é parte má, que para além desta negligência (in)consciente, a falta de fiscalização das autoridades e dos serviços camarários potenciam situações de risco.

A Baixa de Lisboa, como infelizmente se viu pelo grande incêndio do Chiado, conta com zonas degradas, ruas estreitas, escadarias que em caso de sinistro podem dificultaar e muito o socorro.

A foto que trago hoje para este desafio, é o espelho de uma dessas situações.  Bicicletas acorrentadas abusivamente nos corrimãos de escadarias de Lisboa.

20250115_150149.jpg

 

Em 2024, não sei precisar a data porque o aplicativo (lamentavelmente) não a disponbiliza, abri a ocorrência  "OCO/106258/2024, relativa ao acorrentamento de bicicletas no corrimão da Escadaria da Rua Martim Vaz junto à Calçada de Santana. A ocorrência foi resolvida, mas o aplicativo também não deixa consultar o teor da resolução.

Facto é que resolvida foi mas, as bicicletas abandonadas, sem rodas, em estado de degradação ali continuam acorrentadas como se pode ver na foto tirada esta semana, prejudicando todos os que necessitam de usar o corrimão quando circulam na escadaria.

Por outor lado, em caso de emergência, estas bicletas serão certamente um estorvo e pior, fonte causadora de ferimentos a todos os que por elas necessitem de escapar e/ou ir em socorro de pessoas e bens.

Espero que a CMLisboa e as autoridades removam sem qualquer contemplação todas as bicicletas acorrentadas aos corrimãos das escadas de Lisboa.

25
Out24

Vareta do Óleo


Vagueando

Participação XII do Ano II no Desafio 1 foto 1 texto de IMSilva

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Exemplo de uma vareta de nível de óleo

A sofisticação tem vindo a tomar conta do automóvel comum, de tal forma que alguns deles já se autoconduzem, pelo menos parcialmente. A inovação, o conforto e essencialmente aquelas coisas não essenciais para a função do veículo, têm vindo a aumentar de forma exponencial. Com o choque petrolífero nos anos setenta, a redução de peso dos automóveis, a par de uma melhoria da eficácia dos motores, consegui-se reduzir drasticamente o consumo dos veículos.

Contudo, nos últimos anos, esse peso tem vindo a aumentar, por força da incorporação de muito equipamento, desnecessário, destinado a melhorar o conforto catapultar as vendas.

Acontece que há coisas tão simples e terrivelmente eficazes em que não se devia mexer ou alterar, refiro-me, por exemplo à vareta do nível de óleo. O nível do óleo correto é essencial para a longevidade do motor que, caso este se torne insuficiente, provoca avaria muito grave no motor.

É uma peça barata, leve, dura uma eternidade, é das poucas peças do carro que nunca tem que ser substituída e não falha. O meu carro com 6 anos, não traz essa vareta, sendo que se verifica o nível do óleo no painel de instrumentos.

É confortável e prático? Sim, sem dúvida.

Mas isso implica uma série de itens desnecessários, um sensor, o fio que o alimente e o leitor que é montando no painel de instrumentos, para além de ter ainda de permeio uma ligação a uma centralina para processar a informação.

E quando esta coisa avaria?

Pois não há forma de verificar o nível do óleo, a não ser que se vá à oficina, se pague para o efeito e se espere que a mesma tenha disponibilidade para o fazer. A outra hipótese é mandar reparar que, no meu caso, já é a segunda vez, com um custo total de cerca de 1.200 euros.

Se o meu motor tivesse vareta de nível de óleo, teria poupado este dinheiro porque certamente não teria procedido a estas estupidas reparações.

A inovação é tão linda, para o lucro da marca, mau para o cliente e já agora que andam tão preocupados com a sustentabilidade, também é mau para o ambiente

 

 

22
Ago24

Perdidos achados de antigamente


Vagueando

 

Não posso perder a embalagem pelo que cá estou, mais uma vez, a participar neste desafio 1 foto 1 texto de IMSilva sendo que já vamos na participação IV do Ano II.

Nos locais públicos existe normalmente um local que dá pelo nome de Perdidos e Achados, mas nem sempre assim foi. E não foi porque faltavam meios para o fazer, não se considerava ser uma necessidade, nem tão pouco se esperava que objectos perdidos (salvo raras exceções, tal como hoje) fossem devolvidos.

Assim quando se perdia alguma coisa era normal publicar-se no jornal o que se tinha perdido, na esperança de que fosse devolvido através das coordenadas dadas no jornal.

Próximo post.jpg

 

Assim descobri na mesma edição do Jornal de Sintra de 13 de Agosto de 1950, conforme foto acima, duas situações antagónicas que aparecem juntas nesta edição nº 864. Uma refere-se a anúncio sobre a perda de uma pulseira de ouro, pedindo-se a sua entrega na Casa das Queijadas do Preto e outra a um anúncio que refere o aparecimento de uma ovelha na Estefânia há três dias, não tendo sido possível localizar o dono, pelo que se solicita que contactem os Armazéns Baeta, estabelecimento outrora muito conhedcido em Sintra.

Embora conhecendo os descendentes destes dois estabelcimentos, não consegui apurar se estes dois anúncios produziram o efeito desejado.

 

15
Ago24

O Mar


Vagueando

Ano II - Episódio III

Cá estou para participar mais uma vez neste desafio 1foto 1 texto de IMSilva

Foi uma semana alucinante do ponto de vista emocional, com alegria a rodos que me deixou um pouco atordado de felicidade.

Mas calmo e  sereno sentei-me em frente ao computador a pensar no que escrever para a foto que escolhi.

Nada, não sai nada. Como já em 2021 andei aqui a navegar pelo nada, não podia repetir a dose, senão parecia aquelas vacinas em que temos que levar com um segunda inoculação.

Contudo, essa navegação pelo nada, em tempos de pandemia, incluia mar, o que não é nada mau, porque o mar é inspirador, basta olhar para  foto, pelo que até podia fazer sentido.

20240812_182253.jpg

Esta escrita ficou um bocado deslavada, insípida, sem sabor nenhum a única coisa que se aproveita é a foto, o mar, o nevoeiro e o Sol, Sintra What Else.

Não fiquem tristes, trago algo bem melhor que a minha escrita. Cliquem na Canção do Mar e apreciem o mar enquanto navegam pela fotografia

 

18
Jul24

Máquina de Imperial Medieval


Vagueando

Este desafio 1foto1texto de IMSilva já dura e dura, parece as pilhas Duracell.

Para que não se esgote o desafio, hoje venho vaguear por uma máquina de tirar imperial.

 

20240713_134419.jpg

 

Fui à feira Medieval

Não é que tinham imperial

Disseram-me;  É normal

Disse; Na época não havia tal

Responderam; Mas esta máquina é tradicional (medieval)

Respondi; Vista assim parece virtual

Retorquiram; Estás a ver mal

Obrigaram-me  a olhar (de novo) para a máquina de imperial

Olhei; Parece convencional

Viram-me costas; Anormal

Pensei; Isto é inovação, quiçá Unicórnio, é Portugal

 

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