Do uso ao abuso, até ao não uso
Vagueando
Os (maus) hábitos, proibidos por lei, instalam-se aos poucos e rapidamente se tornam numa praga.
Quando estamos na fase da praga, não há volta a dar, assume-se como regra, fechando os olhos, “legalizando” assim a praga.
Foi assim com o estacionamento abusivo em cima dos passeios, em frente a portões e até de portas de casas de habitação, foi assim com as trotinetas e bicicletas a circular em contramão e em cima do passeio, foi assim com o uso dos quatro piscas.
Hoje em dia dentro das cidades a praga dos quatro piscas instalou-se. TVDE’s usam-nos para tomar e largar passageiros no meio das faixas de rodagem, em que estes entram e saem pela porta do lado esquerdo ou os condutores deste veículos estacionam do lado esquerdo, fazendo os passageiros saírem pelo lado direito para a estrada em vez dos passeios.
Ainda se lembram das criticas que se faziam aos fogareiros (taxistas) em, Lisboa, nos anos 80?
São os particulares que param em segunda fila (bloqueando o trânsito) e vão tomar o seu café ou comprar o jornal e os veículos comerciais que, por verem os lugares destinados a cargas e descargas ocupados por veículos particulares, que legitimam a infração que estão a cometer, ligando os quatro piscas.
Curiosamente também se tornou uma praga, não usar os piscas para assinalar as mudanças de direção.
Vá lá entender, esta relação de amor pelos quatro piscas e ódio pelos dois e a forma como as autoridades não conseguem controlar a praga.
Não se pode pedir uma desinfestação para eliminar a(s) praga(s)?