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Generalidades

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29
Dez24

Atropelamento Pedro Sobral


Vagueando

O que vou escrever de seguida, baseia-se apenas e só na informação que li na imprensa nos jornais diários, pelo que, tendo ocorrido uma morte, o que é sempre lamentável, ainda por cima nos festejos de Natal, o que agrava ainda mais a dor para a família enlutada a quem envio as minhas condolências.

O que se sabe:

  • Ocorreu um abalroamento da bicicleta de Pedro Sobral, na AV da Índia, em frente à Cordoaria Nacional, por volta das 7horas, no sentido Alcântara – Algés.
  • O condutor do veículo envolvido no acidente, fugiu do local, tendo-se apresentado posteriormente às autoridades, acompanhado de um advogado.
  • Haverá outras testemunhas do acidente, para além das que seguiam no veículo envolvido no acidente.
  • O condutor do veículo envolvido no acidente teria álcool no sangue, não sei se superior ao limite máximo permitido por lei.
  • Da leitura das notícias não consegui perceber se Pedro Sobral usava roupa retrorefletora e/ou se a bicicleta dispunha de luz traseira.

O primeiro pensamento que me ocorreu quando ouvi na rádio, no próprio dia do acidente, foi que o condutor se teria encandeado com o Sol e não teria visto o ciclista. Ora no sentido em que o acidente ocorreu isso não é possível.

Cerca de 300m antes do local do acidente, ou seja antes do entroncamento com a Rua Mécia Mouzinho de Albuquerque, existe um sinal que limita a velocidade máxima a 30 Km/h, sendo que, posteriormente, não existe nenhum sinal que revogue o fim desta proibição.

Antes deste sinal, entendo que o limite de velocidade na Av da Índia será de 50km/h.

Do outro lado da via férrea, que liga o Cais do Sodré a Cascais, está Av. Brasília e, ao lado desta, junto ao rio Tejo existe uma ciclovia que liga Algés até para lá Parque das Nações, com a inauguração este ano do Percurso Ribeirinho de Loures.

Cerca de 150 metros antes do local do acidente, existe uma ponte pedonal que permite atravessar a Av da Índia, a Av Brasília e chegar até ao Café Inn e aí apanhar a ciclovia.

Perante estes factos e depois de os utilizadores de bicicletas se terem reunido com o Presidente da República para reclamar mais medidas de segurança para os utilizadores de bicicletas e perante a elevadíssima sinistralidade em Portugal, até agora, neste período natalício, com boas condições meteorológicas, morreram 19 pessoas nas estradas, gostaria de deixar estas sugestões;

1- Sendo a maioria dos ciclistas também automobilistas e peões, tem que começar pelos próprios os cuidados com a sua segurança. É que em caso de atropelamento, com culpa ou sem ela, os ferimentos maiores ficam para o ciclista. Na passada Quinta Feira, pelas 19h, ou seja noite escura, circulava eu na Av da Índia antes do entroncamento que dá acesso a Algés e parei porque o semáforo estava vermelho. Enquanto espero, um ciclista todo vestido de preto, ultrapassa-me pela direita, sendo que a bicicleta não dispunha de luz traseira nem dianteira. E assim seguiu na Av da Índia até sair da mesma junto ao Aquário Vasco da Gama.

2- Enquanto não se arranja uma solução (que parece que está prevista há mais de 4 anos, a criação de uma ciclovia) para que os ciclistas possam circular em segurança na Av. da Índia, a solução, passa por proibir a circulação a este meio de transporte na mesma.

3- O sinal que proíbe velocidades superiores a 30km/h, na Av da Índia, a 300 metros do local do acidente, não tem qualquer efeito por três razões; A primeira é que ninguém o respeita, nem tão pouco os utilizadores de bicicletas quando são automobilistas, a segunda porque a fiscalização não existe e a terceira porque não faz sentido colocar este limite de velocidade numa via importante no escoamento do trânsito da cidade, tendo em conta que existe uma ciclovia paralela a esta avenida, junto ao rio Tejo.

4- Parece-me que as associações dos utilizadores de bicicletas devem ter um papel importante na defesa dos seus representados, começando por lhes incutir regras de segurança, nomeadamente no que toca ao uso de equipamento que os proteja, iluminação, roupa refletora e capacete e não criar nos mesmos, (quando exige mais restrições a terceiros) a sensação de que a sua segurança está a cargo de outros, nomeadamente os automobilistas.

5- É habitual, ver em Lisboa e fora dela, ciclistas a pedalar na estrada quando ao lado existe uma ciclovia e também o sinal de obrigatoriedade de usarem a referida ciclovia, bem como ver em Lisboa e fora dela, ciclistas que não param perante o sinal vermelho e pedalam em sentido contrário em ruas de sentido único.

Que 2025 seja um melhor ano no que toca à Segurança Rodoviária, são os meus desejos para todos.

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