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Generalidades

Generalidades

27
Jun25

Verdade!


Vagueando

Participação XXXIII, Ano II, no Desafio 1 foto 1 texto de IMSilva 1 foto 1 texto de IMSilva

20191015_153320.jpg

Esta rua, à data da foto, tinha dois sentidos e isso não impediu que um tuk tuk, com turista circulasse fora de mão e em plena curva e sem qualquer visibilidade sobre o trânsito descendente - Desta vez a Nossa Senhora de Fátima fez o milagre e o acidente não aconteceu. Este é apenas um exemplo do que se passa nas estradas nacionais ao nível de infrações muito graves.

A sinistralidade rodoviária é um tema que me preocupa e que me assusta. As estradas, já não aguentam mais ver tanta asneira (consciente e inconsciente), já bem basta o sofrimento de algumas, em que os buracos têm tão pouca estrada, que esta se encontra em vias de extinção.

Curiosamente, ou não, as mortes ocorridas nas estradas parecem não incomodar nem indignar muita gente, excepto aquela que envolveu o carro do ex-ministro da Administração Interna, Dr Eduardo Cabrita.

As televisões, os jornais, promovem debates, convocam especialistas, sobre tudo e mais alguma coisa, e sobre sinistralidade, nada. Aparecem uns quantos a falar na Operação Páscoa e Natal, mas de resto o silêncio impera, e a impunidade ou, vá lá,  a sensação, (chamem-lhe perceção enquadra-se mais no debate da moda sobre segurança, que não a rodoviária) cresce.

As autoridades e as entidades que acompanham este tema saberão, melhor do que ninguém, as causas para esta situação lastimável. Afinal Portugal está entre os piores países na redução da mortalidade rodoviária, mas estas notícias não interessam a ninguém como estas mortes fossem diferentes das que ocorrem por violência doméstica ou por crimes violentos.

Mas ficamos todos calados e quietos como se isto fosse normal?

Temos 60 mortos por milhão habitantes nas estradas nacionais quando a média da UE é de 45 mortos por milhão de habitantes. Ao longo da última década, o número de mortes nas estradas portuguesas praticamente estagnou, contrastando com os progressos registados pela maioria dos estados membros. (In Jornal o SOL online de 24/06/2025)

Aceitamo-las assim, sem pestanejar, sem vergonha, sem exigência de alterações à lei, sem exigir responsabilidades, nem medidas para acabar com este flagelo.

O facto é que no meu país, quando conduzo e quando ando a pé pelas cidades não vejo fiscalização nenhuma, sendo que nas cidades, os atropelos ao código, nas barbas das autoridades, são às dezenas diariamente, mas nada acontece. 

Curiosamente, circulo esporadicamente (uma no máximo duas vezes por ano) em Espanha e deparo-me sempre com fiscalização da Guadia Civil nas estradas do país vizinho.

 

21
Jun25

A música fez nascer o Sol


Vagueando

 

No dia mais longo do ano, tocam-se loas ao Sol.

Em Sintra celebra-se o dia com música e esforço físico, uma vez que para chegar à “sala de espectáulos”, ao relento, é preciso caminhar e bem.

Este ano o Festival de SIntra tinha previsto que o concerto madrugador fosse no Santuário da Peninha. Contudo, a Depressão Martinho deixou a Serra de Sintra num estado tal, que ainda não foi possível repor as condições de segurança para os caminhantes.

Assim o percurso e o local do concerto foi alterado repetindo-se o do ano passado, ou seja, partiu do Largo D Fernando II até ao miradouro da Ermida de Stª Eufémia, onde decorreu o espectáculo.

O artista convidado foi Bruno Pernadas, cuja musica fez nascer o Sol em todo o seu esplendor, embalou os espectadores mas não os adormeceu ( o que até seria normal aquela hora), que se deixaram envolver nas melodias tão condizentes e terrivelmente atrativas com o nascer do Sol.

Até o nevoeiro, que aparecia esporadicamente à volta  da cruz situada no miradouro, impulsionado pelo vento fraco (fraco é o termo meteorológico, para quem lá esteve não era bem assim) parecia dançar, animado pelos acordes da guitarra de  Bruno Pernadas.

Podem ver e ouvir aqui.

https://studio.youtube.com/video/VvfcUdKktbU/edit

 

Como sempre, para quem não conseguiu ir, seja lá por que razão for, deixo umas fotos, para poderem apreciar a música em imagens.

BPB.jpg

 

Já agora, se alguém se sentir com coragem de ir a pé até ao local do concerto, ficam aqui as instruções.

Próximo do Largo D.Fernanado II, encontra a Rua Serpa Pinto. No início desta rua encontra o Restaurante Harkos à sua direita. Suba a rua, poucos metros acima encontra, do lado esquerdo, a Capela de S. Lázaro. Depois de  passar a Capela (junto a uma curva à direita) encontra uma passagem estreita à esquerda. Siga por essa passagem, tome atenção que uns metros adiante essa rua segue em frente mas é à direita ( em cotovelo) que deve virar. Sobe mais um pouco e encontra a Rua do Rio da Bica, onde deve virar à esquerda e continuar a subir.

Cerca de 300 metros depois, encontra à sua direita a Fonte do Rio da Bica e uma rua ingreme à direita, que deve subir. No final dessa subida, a rua estreita e entra num caminho de terra batida com árvores altas, que fazem túnel sobre o caminho. Esse caminho termina junto a um largo de empedrado onde se situa, à direita, um edifício acastelado, conhecido por Monte Sereno ou Castelo Gregório.

Seguindo essa estrada de empedrado, ligeiramente a descer, entronca-se na Calçada da Pena onde se deve virar à esquerda, continuando a subir.

Cerca de 200 metros à frente encontramos, do lado direito, um dos parques de estacionamento do Palácio da Pena fazendo aí a estrada uma curva à direita. É altura de largar esta Calçada e subir do lado esquerdo uma rampa muito ingreme, seguindo-a até ao final (cerca de 100 metros) , ou seja até encontrar uma nova rua, estreita. Nessa rua vira-se à esquerda (ligeiramente a descer) e, poucos metros à frente encontra umas escadas de madeira ao seu lado direito que deve subir.

No fim dessas escadas encontra o paraíso, o miradouro onde decorreu o espectáculo e a Ermida de Stª Eufémia.

O regresso ao ponto de partida é mais simples. Coloque-se de costas para a Ermida e siga a estrada que está à sua frente, sempre a descer até ao Largo D. Fernando II, ou seja, até ao ponto de partida.

Boa caminhada. 

20
Jun25

Nostalgia


Vagueando

Participação XXXII, Ano II, no Desafio 1 foto 1 texto de IMSilva

 

PC191679.JPG

 

Estação de comboios do Tua em  2018

Dói ver o passado abandonado, degradado, sentir as histórias perdidas, as vidas vividas, o tempo que não volta para trás mas deixou muito esforço e vidas para trás.

Vidas pouco reconhecidas, de sacrifício que se esquece mas ao qual reagimos, não o queremos fazer, não nos apetece.

Corremos, fugimos, ignoramos, esquecemos o legado, o passado, o esforço, pensamos no progresso que não chega, ora porque se atrasa, ora porque não é suficiente.

Quantas memórias, histórias empolgantes ou inglórias, passaram por estas carruagens, agora esquecidas, abandonadas ao relento, ao tormento do tempo e nem esse tempo, tem tempo para as acariciar, lembrar, ou fazê-las despertar.

 

16
Jun25

Mobilidade suave


Vagueando

Não é o número de acidentes envolvendo utilizadores de bicicletas e trotinetas que me impressiona.

O que me impressiona são os utilizadores da mobilidade (alegadamente) suave ignorarem as mais básicas regras de segurança e quem a promove, estar mais interessado em colocar a culpa nos restantes utilizadores das vias públicas do que nos utilizadores dos transportes suaves.


O princípio básico é este, a proteção começa em mim e só depois nos outros.


Obviamente que estou contra ao estacionamento abusivo em cima dos passeios e não é por causa dos utilizadores de bicicletas e trotinetas. É sim por causa dos peões, em especial os mais vulneráveis, idosos e crianças e obviamente que estou contra ao excesso de velocidade, nomeadamente dentro das cidades e em especial nas zonas de coexistência.


Obviamente que também estou contra que estas associações defensoras da mobilidade suave, venham pedir à PSP que fiscalize com "bondade" os utilizadores destes meios de transporte. Ignoram estas associações que muitos destes utilizadores não param na presença de um sinal de STOP ou de um sinal vermelho, circulam nos passeios, circulam em contramão em vias de sentido único e circulam com duas pessoas nas trotinetas e bicicletas, mesmo à vista da Polícia, que já muito "bondosamente" não os incomoda e muito menos multa.


Se os defensores de utilizadores deste meio de transporte se derem ao trabalho de se posicionarem à porta das escolas na hora de entrada e saída das crianças, aposto que vão assistir a pais que transportam os seus filhos em trotinetas, circulando em cima dos passeios, para os levar à escola, justamente porque sabem que ninguém os vai incomodar, muito menos multar.


Excelente educação que estão a passar aos seus filhos?


Não deveriam os defensores deste meio de transporte, antes de solicitar à PSP que fiscalize com "bondade", apurar junto desta as causas destes acidentes, ou seja, de que forma ocorreram e quem contribuiu em primeira instância para o seu desfecho?

Não nego, que as consequências poderão, nalguns casos, ser agravadas pelas causas que apontam, nomeadamente o excesso de velocidade, o desrespeito pelos atravessamentos pedonais e pela obrigação de ocupar a via adjacente na ultrapassagem de velocípedes.


Se as conclusões sobre a ocorrência destes acidentes, apontarem para negligência e incumprimento das regras por parte dos seus utilizadores, deixar-se-á de pedir “bondade” na fiscalização?


Em conclusão, o espírito do condutor do automóvel, não muda quando este, estaciona o seu carro, eventualmente até em cima do passeio e passa a conduzir uma bicicleta ou uma trotineta.


Por outro lado, promovem-se passeios turísticos por Lisboa, recorrendo a veículos motorizados, que usam os passeios nos Tours organizados pelas empresas, com todos os riscos que os mesmos acarretam para os peões. Já falei disso aqui.

14
Jun25

O Silêncio gosta de música e chama por ela


Vagueando

Começo por chamar a música relembrando Sara Tavares

Sempre tive uma péssima relação com a música, mea culpa!

Não sirvo para a música, não tenho voz, não tenho ritmo, não sei tocar nenhum instrumento, falta-me aquela alma que só os artistas conhecem e que eu não nunca encontrei.

Mas sinto-me como peixe na água na natureza, comungo do seu espírito, sinto-lhe o silêncio e os seus ruídos ainda mais silenciosos, ainda que tenha já graves deficiências auditivas.

São estas deficiências que, sendo-o, não há como negar, me salvam do ruído, do barulho desnecessário, da gritaria. Basta um clique no telemóvel e as minhas próteses auditivas desligam-se. Chego ao paraíso, que é o Silêncio.

Daí que me predisponha a caminhar, no meio da natureza, para chegar a um espetáculo de música, intimista, no meio da natureza em que o silêncio desta se encanta com os acordes melodiosos do artista, da música, do espetáculo.

Apreciem, se estiverem dispostos a ouvir o silêncio das imagens, da Caminhada Concerto de hoje, em Sintra, com Tiago Nacarato.

Se o amor é fogo que arde sem se ver, música é o acordar (levemente) do silêncio sem o incomodar.

É pena, estes concertos em Sintra só ocorram uma vez por ano, em Junho, pelo que se gostaram, fica aqui o do ano passado.

 

 

13
Jun25

Insanidade


Vagueando

Participação XXXI, Ano II, no Desafio 1 foto 1 texto de IMSilva 

Confesso que nem preocupei em arranjar, para este post relacionado com o desafio, uma foto. Isto porque acredito que chegamos a um ponto de insanidade tal, que as palavras que aqui deixo e que resumem alguns acontecimentos desta semana, são suficientes e fortes para retratar o Mundo.

Assim recorro a uma série de notícias, sem ligação lógica mas que explicam a lógica da insanidade, cabendo ao leitor imaginar como seria possível ilustrar tudo isto, numa só imagem.

Começo pela venda de um sabonete, por 8 dólares,sabonete esse que tinha a particularidade de conter umas gotas de água do banho de uma senhora que dá pelo nome de Sidney Sweeney e que rapidamente esgotaram e até mandaram com o site onde estava à venda abaixo, devido ao excesso (leia-se loucura)de procura.

De seguida, empreendedores, colocaram o mesmo sabonete à venda no EBAY por preços que variam (ou variavam) entre os 100 e os 2.000 dólares.

Para lavar, quiçá,  a honra depois da derrota sofrida num jogo de Hóquei em Patins e sem dinheiro para o tal sabonete, uns pseudo adeptos do Sporting, atacaram com um engenho incendiário um veículo onde estavam adeptos da equipa contrária, deixando-os feridos, dois ao que parece, com gravidade.

Por razões que a razão (sensata) desconhece um jovem de 21 anos entrou numa escola em Graz – Austria e matou nove pessoas a tiro.

Um pouco mais ao lado, um jovem de 14 anos, mata à facada uma assistente operacional. Será caso para dizer que andam a lavar a cabeça aos jovens, com o tal sabonete?

É difícil compreender que em pleno Século XXI, na Europa ainda seja necessário perder tempo a discutir projectos ou legislação para criar zonas de silêncio nos transportes públicos, nomeadamente nos comboios.

O dever cívico deveria ser suficiente para que o silêncio imperasse nos transportes públicos, infelizmente não é.

06
Jun25

Esperança


Vagueando

Participação XXX, Ano II, no Desafio 1 foto 1 texto de IMSilva

O título deste post é a palavra Esperança que contem um simbolismo cheio de força e de garra que, nós comuns mortais e de passagem breve pela vida, usamos muitas vezes como um motivo para lutarmos por nós próprios. Gosto da palavra e já muitas vezes tinha pensado se algum dia conseguiria reproduzir esta palavra por uma imagem.

Nunca consegui, mas encontrei uma escultura do artista Odnoder = Pablo Redondo Diez, arquitecto e escultor, que reproduz espantosamente a "Esperança"

Publico abaixo a foto que tirei da escultura de Odnoder, que se encontrava exposta numa exposição que decorria dentro da Catedral/Mesquita de Córdoba, deixando também outra foto com a descrição da escultura para se compreender melhor todo o significado e simbolismo da escultura.

20250520_113542.jpg

20250520_113723.jpg

 

 

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