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Generalidades

Generalidades

31
Mai25

Pela Tarde dentro e outros lazeres


Vagueando

Esta tarde fui até uma esplanada junto a uma praia de Sintra e decidi fazer-me acompanhar por este livro.

20250529_183311.jpg

Dá para perceber a analogia entre este post e o título do livro e daí que fique já esclarecido que o título deste post é meu, bem como o lazer.

Já o prazer que me deu a leitura do livro - “Pela Noite Dentro Contos e ouitros escritos” - só tem um responsável o José da Xã.

A sua escrita entusiasmou-me pela qualidade das histórias e enredos, misturadas com algum absurdo, com o recurso riquíssimo de vocabulário que muito bem conheci do convívio que ainda hoje guardo saudosamente na minha memória, com os meus avós. O Prazer da leitura, simples, descomplicada, trouxe-me muitas e boas recordações. Gostei das histórias entremeadas com o tal vocabulário em jeito de “bucha” e das descrições abundantes da paisagem, das casas, do vestuário e das personagens que enriqueceram as histórias e alegraram a leitura.

Estas “buchas” e descrições faziam-me abrandar o ritmo da leitura e aumentavam a ansiedade na busca do desfecho, pelo que o suspense foi muito bem acomodado nos textos. Talvez seja mais difícil para um jovem de hoje habituados ao “uotessape” e “feicebuque”entender algumas expressões, mas elas são a história da realidade de gente que ainda anda por cá mas em que a maioria já se finou.

Contudo, o passado já lá vai e o lá vai, lá vai, pelo que os Felícios trouxeram-nos e muito bem, no final do livro ao presente. Aquele presente onde nós estamos presentes, sem estar presentes e, por isso, os presentes “negociados” em rede, não corresponderam aos anseios dos figurantes.

Estes Felícios são o bom exemplo de como poderia ser a vida de 4 pessoas, que de repente se juntavam na mesma casa, sendo que uma falava, Russo, outra Chinês, outra Grego, e outra Árabe.

Gostei particularmente do contexto em que estas expressões foram usadas e transmito-lhe alguns exemplos de outras palavras que o meu avô usava: •

  • Os pardais recolhem-se – Os pardais amalharam-se.
  • O Sol cai a pique numa canícula atroz – O Sol caia a pique numa calma atroz
  • É a vez dos pirilampos darem luz – É a vez dos foguinhos darem luz 
  • Vasculho – o meu padrinho fazia-os usando uma planta que apanhava no mato, com folhas muito fortes e bicudas, que atava à volta de um cabo de madeira com um cordel (baraço) bastante forte.
  • Chaminé encarvoada . Chaminé fuligenta em que o negro se designava fuligem
  • Tângeras – Tanjas
  • Terra vermelha, no verão ficava em pó (poredo) que tisnava tudo, em especial quando se transpirava, agarrava-se à pele.
  • O João Grande e a sua bicicleta – Conheci um em Sintra que dava pelo nome de Pinheirais que também deu uma queda valente de bicicleta, junto a uma regueira num dia de chuva monumental. Não morreu mas ficou com o nariz achatado para sempre.
  • Deixo-lhe também algumas palavras que não usou e que o meu avô usava frequentemente e que lhe podem servir para outras histórias do arco da velha.
  • Mexas – merda
  • Escramalhar – Espalhar normalmente quando as galinhas iam para a eira sacudir com as patas as maçarocas que secavam ao sol na esperança de fazer saltar uns bagos de milho.
  • Fuligem – Negrume das chaminés quando se cozinhava lenha.
  • Cozinha de batatas – prato que se cozinhava do Algarve (abominava isto) para aproveitar o pão duro. Na altura, em especial no Verão o pão feito em casa endurecia com facilidade. Daí que se fazia um refugado com tomate, alho e cebola e uma folha de louro. Coziam-se as batatas à parte. Depois de cozidas, cortavam-se às rodelas e juntavam-se ao refugado com umas fatias finas do pão duro colando tudo no tacho. Adicionava-se água e ficava a cozer mais um pouco em lume brando com o tacho tapado para que o vapor amolecesse o pão.

Por fim adorei a ida dos Felícios ao Estádio com toda aquela confusão dos golos.

Nota final: agradeço-lhe que vá ao seu email, pois enviei-lhe um mensagem pessoal .

Cumprimentos

29
Mai25

Basta para não dizer chega


Vagueando

Participação XXIX, Ano II, no Desafio 1 foto 1 texto de IMSilva

Fascina-me o feito do nosso navegador Fernão de Magalhães.

Actualmente navegar naquela zona, com todo o conforto pessoal e com a ajuda dos meios tecnológicos avançados é fácil mas, quando passamos por aquele rendilhado de canais apercebemo-nos da epopeia que Fernão de Magalhães levou a cabo, é algo que só está ao alcance de grandes homens.

Ao ler o livro de Gonçalo Cadilhe, "Nos Passos de Magalhães, detenho-me na descrição feita por este escritor sobre a viagem que Magalhães faz a em 1518, durante 28 dias de Sevilha até Valladolid, passando por Córdoba, com o objectivo de obter o apoio que lhe foi recusado por Portugal, para a sua expedição.

E é em Córdoba que me detenho, pela curiosidade de visitar a Mesquita Catedral de Córdoba.

A história desta mesquita faz-nos lembrar como está correta a nossa postura de hoje perante a descoberta de vestígios do passado, não destruir, estudar e deixar evidência dessa descoberta.

No passado, por desconhecimento, por vingança, por guerra, em nome da religião, destruía-se o passado, erguendo em cima o presente, o novo pensamento, a nova conquista.

Ao visitar a Mesquita Catedral de Córdoba, cujo interior é belíssimo e cheio de nuances de luz que mudam consoante a rotação da terra, estava focado na luz que incidia no chão e tirei uma foto. Na fração de segundo seguinte, entra em cena uma criança que desconheço, apareceu ali, no meu plano, na minha foto e disparo de novo.

É essa foto da criança que trago hoje ao desafio.

Criança.jpg

 

Ao ver aquela criança naquele local, no meu plano, naquela luz, recordei e partilho convosco, o passado deste monumento. A Mesquita foi construída do Século VIII, em cima de uma Basílica Visigótica em honra de S.Vivente. Contudo, esta Basílica já havia sido construída em cima de um Templo Romano.

As suas colunas dão a sensação de um espaço imenso de um infinito inatingível, perspectivas estonteantes, sem perder nunca o alinhamento entre elas.

Não sei se Fernão Magalhães entrou neste monumento, quando em 1518, passou por Córdoba, mas se o fez ainda o viu na forma original, já que, em 1523 Carlos V, que apoiou a expedição de Magalhães, autoriza a construção de uma capela barroca no interior desta mesquita, vindo a arrepender-se amargamente, quando visitou o monumento três anos depois.

Espero, em nome daquela criança e de todas crianças que saibamos hoje educa-las de modo a não se destruir o passado e acima de tudo que a religião não seja o mote para radicalismos destrutivos. Basta, para não dizer Chega, a História tem que servir para prevenir os erros do passado.

 

22
Mai25

Interpretações


Vagueando

Participação XXIX, Ano II, no Desafio 1 foto 1 texto de IMSilva

Há desafios mesmo desafiantes.

Esta semana durante uma viagem a Córdoba, surgiu a oportunidade de visitar uma série de pátios, generosamente decorados com plantas. Estes pátios sujeitam-se a concurso, ou seja desafiam-se uns aos outros, com o objectivo de obter a melhor classificação.

Os prémios dividem-se em quatro categorias;

Arquitetura Moderna e Antiga

Particulares e Conventuais

Visitava então alguns destes pátios particulares e na presença de uma planta surgiram entre os visitantes,  vários comentários que não anotei.

Daí que, para além da foto que publico abaixo no âmbito deste desafio, deixo também mais umas fotos que podem ver em aqui e, para além disso, deixo ainda informação extra sobre os Pátios de Córdoba.

20250521_113544.jpg

 

As interpretações à foto deixo ao critério de cada uma e como sugestão fica o conselho de uma ida a  Córdoba para visitarem, para além da célebre Mesquita/Catedral, os Pátios de Córdoba.

 

16
Mai25

O mais belo Jardim de Sintra


Vagueando

Participação XXVIII, Ano II, no Desafio 1 foto 1 texto de IMSilva

Jardim.jpg

Adoro este Jardim.

Primeiro - porque sou "obrigado" a passar por ele, a pé ou de carro, todos os dias no caminho que tenho que percorrer para ir ou sair de casa.

Segundo - porque as tonalidades que o mesmo exibe ao longo de cada dia são espectaculares.

Terceiro - porque se trata de um jardim que não sendo exuberante nas espécies que por ali "habitam" é muito exuberante na paisagem que oferece.

Quarto - porque sendo um Jardim, não deixa de ser um mirador, com uma vista para os símbolos de Sintra, a serra, os monumentos, o Monte da Lua.

Quinto - porque se trata de um jardim sem grandes adereços ou exibicionista de materiais que foram transportados para ali para lhe dar forma. É de pedra (que já ali existia antes porque o local era uma pedreira).

Sexto - porque fica sempre bem em qualquer fotografia que se lhe tire.

Agora;

  • A verdade, tudo o que escrevi.
  • A mentira, o que vê na foto.

A mentira é propositada e passo a explicar. As máquinas fotográficas (pelo menos as que eu uso) ainda estão longe de ver o que o olho humano vê. Esta foto foi tirada no passado dia 12 de Maio de 2025 às 7h:00m. O Sol ainda estava baixo e através de uma nesga no arvoredo que rodeia este local, incida no tronco deste plátano. Daí que lhe modifiquei alguns aspectos da luz, para que o observador possa ter uma visão mais próxima da minha visão, naquele dia, naquela hora.

Depois, eliminei os fios que riscam a paisagem como se escreveu no Jornal de Sintra 275 de 21 de Maio de 1939, ou seja há 86 anos e que nem o facto de SIntra ter sido eleita Património Mundial da Humanidade em 1995 resolveu este tema. Por outro lado, limpei também uns postes metálicos que a CMSintra ali colocou há mais 4 anos, não sei para quê.

Podem, comparar a foto acima e ver as diferenças com a que coloquei na abertura do post que escrevi sobre a história deste Jardim em 09 de Abril de 2022, aqui.

07
Mai25

Junho 1966


Vagueando

2025-05-07_091124.jpg

 

Para jovens e menos jovens que andam por aí cheios de saudade de um passado que não conheceram aqui vai uma troca de correspondência de um cidadão de Lisboa com um 1º Cabo  sedeado em Moçambique, onde fica bem evidente que se hoje não estamos bem, naquela altura estávamos bem pior.

Trata-se de correspondência trocada via aerograma cuja transcrição integral reproduzo abaixo[1]

(Os nomes referidos não correspondem aos que constavam no aerograma)

 

Caro José

Lisboa, 7/9/1966

Então que tal essa bizarria? Cá por casa estamos todos na mesma, aliás uns mais mesitos a mais velhos.

O tempo em Lisboa está óptimo duma maneira  geral, pois estando , normalmente calor, de uma hora para a outra ou chove ou faz nevoeiro, nalguns dias.

Temos agora a Feira Popular, a Feira do Livro e uma Exposição de Floricultura nas terras de cima do Parque Eduardo VII, pelo menos arranjaram o terreno daquela extremidade e puseram lá uma pequena Esplanada.

Abriu há poucas semanas a Piscina da Avenida de Roma, mas foram lá tantos meninos yés-yés e outras espécies, dizer tantos piropos às miúdas, no dia da inauguração, que elas fugiram todas da piscina. Enfim continuamos provincianos chapados.

A vida está cada vez pior mas isso que importa se até vamos ter as marchas populares, pelo Stº António. Esse ano são 19.

Quanto a cinema, já que estamos em maré de festas, estão agora 4 bons filmes no cartaz; “Música no Coração”, há uns meses, com enchentes no Tivoli, “ A Nave dos Loucos” no novo cinema Mundial, (abriu também outro Estúdio 444) que leva outro filme bom “As escravas ainda existem” e no Império vai “África Adeus”, um documentário filme quase no género de “Europa à noite”. O Teatro, continuam as mesmas revistas com coisas vindas dos “balets” do Bairro Alto, comas mesmas piadas para a geral. Esteve no "Avenida "uma boa peça brasileira que ganhou o 1º prémio da Festival Mundial de Teatro Universitário. As praias estão todas no mesmo sítio com água quente pró banho. Ao Domingo à noite as pessoas já cheiram menos a porcaria, nas ruas baixa

A equipa do Sporting perdeu a Taça de Portugal porque os jogadores (sobretudo os militares) chegaram fisicamente arrombados ao fim da época. Mas para o ano é que vamos ganhar tudo, pois vão comprar o Jaime Graç por 500 contos e meia dúzia de jogadores da reserva (O Victória quer o Carlitos, o Ferreira Pinto, o Dani e o Barão e mais 3, se calhar até aceitavam o Carvalho, o Hilário eo Zé Carlos), parece que o Sporting quer mandar uns rapazitos dos juniores, muito geitosos, que não têm jogado na reserva para não se estragarem. Mas parece que o assunto está bem encaminhado. Além disso o Sporting quer comprar dois avançados bons.

O António a Tereza já andam de lambreta. Logo no primeiro dia iam chocando com um saloio na Auto-Estrada, que os mandou logo para um sítio que não vem no mapa – “Barraca”.

O Joaquim esteve de férias e tirou o passaporte para ir à Bélgica. Só depois é que soube que 15 dias na Bélgica custam umas massas. Andou para aí chateado como passaporte no bolso. Disse-lhe para ir ao Algarve mas acabou por não ir, “sim porque ele não é um turista qualquer”. Continua com a mania de emigrar e nós sabemos como ele é aa negação pura do emigrante. Enfim coisas à Joaquim.

Muita  gente que me pergunta por notícias tuas. Dizem que já não perguntam à mãe porque ela começa logo a chorar. Quando recebe notícias tuas ou te escreve, idem. Quando recebe o teu abono de família idem. Quando vê o António Jorge, que ainda não se esqueceu de ti, aspas , aspas. Enfim, já sabes como é.

Sei que também a ti te custa a passar o tempo longe de todos, mas um homem é um homem e um macaco é um bicho.

Faz  por te distraíres e não pensares no tempo que falta! Viva o Benfica. Então foi muito grande aí a bronca da final com o Sporting de Lourenço Marques? O protesto do Benfica foi uma vergonha. Estou a escrever-te do Café e a perder um daqueles programas de televisão, que são todos “muita bons”.

Não há dinheiro para festas, nem muita vontade – falta de tempo. Cumprimentos dos amigos, um abração da Albertina, da tia do António Jorge, da Lurdes, do Marreco, da mãe, da Augusta, do José e do teu maior amigo , José Campanário.

 

[1] Aerograma-Eram utilizados pelos militares portugueses, durante a guerra colonial, distribuídos gratuitamente pelo Movimento Nacional Feminino e transportados também gratuitamente pela TAP. Trata-se de um papel muito fino e muito leve, que disponibilizava uma larga área para escrita que, depois de dobrado, permitia identificar o remetente e o destinatário, mantendo confidencial a missiva.

05
Mai25

Modas sem bom senso nem respeito


Vagueando

Há uns tempos a esta parte tenho reparado que cada vez mais  condutores estacionam os seus veículos do lado esquerdo. Tenho alguma dificuldade em aceitar isso, nomedamente porque;

20250504_133447.jpg

  1. Quando exsite um muro do lado esquerdo o condutor tem muita dificuldade em sair e, para compensar essa falta de espaço, tem que o deixar a ocupar ainda mais a via que se desinta à circulação.
  2. Os carros possuem refletores à frente a atrás, respectivamente brancos e vermelhos. Durante a noite este estacionamento pode confundir outros condutores.
  3. Diz o número 4 do Artº 48º do Código da Estrada que "Dentro das localidades, a paragem e o estacionamento devem fazer -se nos locais especialmente destinados a esse efeito e pela forma indicada ou na faixa de rodagem, o mais próximo possível do respetivo limite direito, paralelamente a este e no sentido da marcha".
  4. Diz ainda a alínea b) do número 1 do Artº 49º do Código da Estrada que é proibido para ou estacionar "A menos de 5 m para um e outro lado dos cruzamentos, entroncamentos ou rotundas, sem prejuízo do disposto na alínea e) do presente número e na alínea a) do n.º 2"
  5.  E diz ainda a alínea a) do número 1 do Artº 50º do Código da estrada que é proibido o estacionamento " Impedindo o trânsito de veículos ou obrigando à utilização da parte da faixa de rodagem destinada ao sentido contrário, conforme o trânsito se faça num ou em dois sentidos."

Caramba, estacionar desta forma, quando à volta existiam dezenas de lugares vagos, consegue cometer três infrações de um só vez.  É obra, estaciona do lado esquerdo, a menos de 5 metros do cruzamento e ainda obriga os veículos que circulam em sentido contrário a ocupar a faixa de rodagem de quem quer entrar na rua onde estacionou. 

02
Mai25

A Força da Luz


Vagueando

Participação XXVI, Ano II, no Desafio 1 foto 1 texto de IMSilva

A foto é minha, parte do texto não. A ideia de a ligar a uma afirmação e a uma pergunta de duas personalidades conhecidas do público em geral, também é minha.

  • Olhar de cima para baixo somente para ajudar o próximo a se levantar (Papa Francisco).

 

  • A quem posso perguntar o que vim fazer a este mundo? (Pablo Neruda).

PA050009.JPG

Este foto, tirada em 15 de Outubro de 2015, às 7h e 40m, pouco tempo depois de descolar do Aeroporto de Lisboa, é um bom exemplo de como olhar para baixo pode ser belo quando estamos no ar e humilde quando, com os pés bem assentes na terra, nos revemos nas palavras do Papa Francisco.

Por outro lado, ao olhar para esta foto, não posso deixar de fazer a mim mesmo, a pergunta de Pablo Neruda.

Bom fim-de-semana.

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