Participação XXV, do Ano II, no Desafio 1Foto 1 Texto de IMSilva
Hoje o palácio teve direito a guarda de honra, uma nuvem de cada lado, o por do Sol à retaguarda e eu a guardar a frente, com esta imagem.
Serra de Sintra, Monte da Lua, Monte das Nuvens, Monte do Nevoeiro, Monte do Vento que passa, Monte grandioso que me brinda todos os dias, quando saio ou chego a casa.
Sempre igual, sempre diferente, mas nunca indiferente, é isto o desafio da Serra de Sintra ao desafio 1 foto 1 texto.
Participação XXIV, do Ano II, no Desafio 1Foto 1 Texto de IMSilva
Para participar neste desafio trago hoje um conto cuja autoria não me pertence. A Autora, que conheço virtualmente através de um workshop de Escrita Criativa, realizado online, em plena pandemia e onde participei, com mais onze autores, teve como resultado final um livro editado em 2021 com o apoio da Fundação Oriente.
Este conto – O Marco do Correio - escrito por Conceição Martins, faz parte desse livro, com o título “Contos de Encontro” e que divulguei aqui.
Ao passar esta semana por vários marcos do correio em Sintra, o primeiro despertou-me a atenção pelo contraste do musgo no seu tampo vermelho, lembrei-me do conto e achei que uma foto, dava uma boa ligação com o mesmo e servia na perfeição para cumprir mais um desafio.
Solicitada a respectiva autorização da autora, reproduzo-o abaixo.
O Marco do Correio
Era uma caixa de correio vermelhinha e redonda na esquina da rua. Todos os dias a menina passava por ela a caminho da escola, mochila às costas, vergada ao peso da sabedoria e da insensatez dos adultos, que só permite que o primeiro contacto dos miúdos com o conhecimento se faça como se de um peso se tratasse. Assim, pequenina e ladina nas suas tranças loiras, lamentava a impossibilidade de pular e saltar como os seus seis aninhos desejariam, mas mantinha-se atenta ao que à sua volta se passava. Aquela caixa intrigava-a desde o primeiro dia em que por ela passara. Já tinha visto crescidos, elas e eles, que deitavam envelopes pela estreita fenda, mas parecia-lhe estranho o caminho que iam seguir.
«Muito gostava eu de ver como é por dentro», pensava ela. E, um dia, de repente e como que por magia, viu-se no interior do cilindro vermelho, franqueada a estreita fenda de entrada num mundo novo. Deambulou por entre cartas, postais, envelopes de tamanhos variados, soletrando as direções o melhor que podia. Nomes e locais todos diferentes que a faziam viajar por todo o país e até para além dele, mas isso ela não sabia. Não tentou ler nenhum – os conhecimentos não lho permitiam e já sabia que não devia invadir bens alheios. Espantada ficou quando verificou que estava numa caixa que não continuava pelo chão adentro, em caminho desconhecido ao contrário do que cogitara.
Propôs-se voltar, curiosidade esclarecida, mas era impossível repetir o milagre da entrada.
O pânico envolveu-a de alto a baixo, a angústia entranhou-se, chamou, gritou pela mãe, cada vez mais alto até que, finalmente, tudo se resolveu – acordou.
Participação XXIII, do Ano II, no Desafio 1Foto 1 Texto deIMSilva
A Câmara Municipal de Lisboa disponibiliza um aplicativo que dá pelo nome "Na minha rua." O objectivo, segundo o portal consiste em poder participar problemas em espaços públicos, equipamentos municipais e higiene urbana que necessitem da intervenção da Câmara Municipal de Lisboa ou das Juntas de Freguesia.
Concordo em absoluto com este tipo de aplicativos, quer pela facilidade do seu uso, quer pela possibilidade de cada cidadão poder ajudar a resolver problemas que surgem pelas cidades, apenas e só com recurso ao telemóvel e sem perder muito tempo.
As situações que já reportei, infelizmente prendem-se com a falta de bom senso e com a maior falta de respeito dos transeuntes, pelo espaço público, utilizando-o muitas vezes ao arrepio da legislação.
Sucede, esta é parte má, que para além desta negligência (in)consciente, a falta de fiscalização das autoridades e dos serviços camarários potenciam situações de risco.
A Baixa de Lisboa, como infelizmente se viu pelo grande incêndio do Chiado, conta com zonas degradas, ruas estreitas, escadarias que em caso de sinistro podem dificultaar e muito o socorro.
A foto que trago hoje para este desafio, é o espelho de uma dessas situações. Bicicletas acorrentadas abusivamente nos corrimãos de escadarias de Lisboa.
Em 2024, não sei precisar a data porque o aplicativo (lamentavelmente) não a disponbiliza, abri a ocorrência "OCO/106258/2024, relativa ao acorrentamento de bicicletas no corrimão da Escadaria da Rua Martim Vaz junto à Calçada de Santana. A ocorrência foi resolvida, mas o aplicativo também não deixa consultar o teor da resolução.
Facto é que resolvida foi mas, as bicicletas abandonadas, sem rodas, em estado de degradação ali continuam acorrentadas como se pode ver na foto tirada esta semana, prejudicando todos os que necessitam de usar o corrimão quando circulam na escadaria.
Por outor lado, em caso de emergência, estas bicletas serão certamente um estorvo e pior, fonte causadora de ferimentos a todos os que por elas necessitem de escapar e/ou ir em socorro de pessoas e bens.
Espero que a CMLisboa e as autoridades removam sem qualquer contemplação todas as bicicletas acorrentadas aos corrimãos das escadas de Lisboa.
Hoje saí para a minha caminhada matinal, Sintra estava naqueles dias difíceis em que o seu incómodo, carradas de nevoeiro, não me incomoda por aí além.
Sózinho, no meio das nuvens e com o pensamento nas nuvens, rodeado de silêncio, lembrei-me de um blog que acompanho a algum tempo e que dá pelo nome Na Pegada do Silêncio.
O Blogue é inspirador, tem qualidade literária e melhores referências literárias, dispara bons pensamentos, ligando-nos a histórias reais ou fictícias, óptimas para serem lidas em silêncio. Aconselho vivamente uma passagem por este blog.
Ao ver uma folhinha amarela, tombada no chão pelo peso do Outono, mas ainda resistente às agruras de Inverno, lembrei-me de fazer uma foto que servisse de ilustração a este blogue.
Pois aqui está ela.
Bem sei que o silêncio é de Sintra, a ligação do texto ao público é da Sapo, o blogue é de Sónia Quental mas, a pegada é minha e gostei desta ideia.
A partir deste ponto, fui tirando mais umas fotos, das muitas que tenho sobre o mesmo percurso, com o objectivo de as ligar a este post.
No meio desta paisagem fantástica, quicá fantasmagórica e com o encerramento, felizmente, de muitas passagens de nível em Portugal, infelizmente perdeu-se aquele sinal – Pare, Escute e Olhe.
Bem que poderia ser transposto para aqui e para outros locais semelhantes, por razões que nada têm a ver com o perigo de ser trucidado por um comboio, nem para proibir o trânsito (pedestre bem entendido). Mas porque é necessário nestes locais, Parar, Escutar e Olhar, para que o silêncio nos embrulhe juntamente com o nevoeiro e com a paisagem e nos deixe gravadas na memória as muitas imagens que a beleza e o silêncio nos oferecem.
Também em silêncio podem ficar a conhecer um pouco da história deste Castelo, conhecido como Castelo S. Gregório, que escrevi num outro post.
E em silêncio me despeço e em silêncio deixo AQUI o LINK para o resto das fotos.
As palavas para classificar e descrever a criminalidade que grassa nas estradas já se esgotou há muito e não há acordo ortográfico que valha para explicar o que se passa ao nível da condução.
As desculpas que se arranjam para justificar o injustificável, parecem ser as mesmas que que os avençados comentadores de futebol arranjam, perante factos e evidências, demonstradas exaustivamente em câmara lenta, é sempre o árbitro e agora também o VAR que prejudicam a sua equipa.
Os automobilistas - criminosos - também, perante a falta de seguro, de inspeção obrigatória, de carta de condução, mas com álcool no sangue, a culpa não é deles, é a caça à multa, que deveria ser sempre praticada ondes estes criminosos não estão, à má sinalização das estradas, ao parque automóvel envelhecido, ao preço dos combustíveis, a culpa é sempre dos políticos e isto é o país que temos.
Justificar-se-á um Conselho de Estado para debater esta carnificina?
A GNR publica de tempos a tempos uns filmes com manobras perigosas, como é o caso do abaixo de Setembro de 2023.
Devia publicar até com mais regularidade, mas deve também informar sem identificar o condutor o que lhe aconteceu depois de praticar estas manobras que aqui vemos, para servir de alerta e exemplo.
A ACA-M que pediu o julgamento do ex ministro da administração interna no acidente, na A6 que fez uma vítima mortal, não aparece agora a querer levar a tribunal os culpados por 25 mortes em pouco mais de 10 dias?
A par destas notícias horriveís não haverá ninguém interessado em informar, mais uma vez como alerta e exemplo de que a irresponsabilidade, mata e não compensa, o que vai acontecer juridicamente a estes condutores fiscalizados na Operação Natal e Ano Novo;
6 597 condutores apanhados em excesso de velocidade.
1 404 condutores com excesso de álcool e, destes, 691 foram detidos por conduzirem com uma taxa de álcool no sangue igual ou superior a 1,2 g/l.
681 condutores que estavam a colocar a vidas dos seus filhos em risco por falta ou incorreta utilização do cinto de segurança e/ou sistema de retenção para crianças (SRC).
506 condutores apanhados ao telemóvel no exercício da condução.
2 576 condutores sem a inspeção periódica obrigatória válida.
851 condutores sem seguro de responsabilidade civil obrigatório.
257 condutores a usar a via pública sem habilitação legal para o fazer.
Para perceber o nível literacia e responsabilidade que vai na cabeça de muitos condutores, há poucos dias cruzei-me com um veículo, que transportava pessoas num tour turístico, numa rua onde o mesmo está proibido de circular.
Como a rua era apertada, ao cruzar com ele disse-lhe que não podia circular por ali, respondeu-me; E daí!
Podia-lhe ter referido que naquela rua, justamente por ser ter mais trânsito do que devia (razão pela qual se colocou aquela proibição) impediu por várias vezes, ambulâncias de chegar às casas de pessoas que necessitavam de cuidados médicos urgentes.
Poder, podia, mas não me apetecia ouvir outra vez ; E daí!
Sempre ouvi falar do prato mais famoso do Porto, as Tripas à Moda do Porto. Não sendo um prato do meu agrado, a dobrada é assim uma coisa parecida, à moda não sei de quem, mas também não sou apreciador.
Vem isto a propósito porque nas minhas vagueações de Natal, me deparei com as Tripas Tina, Fiquei curioso, abeirei-me (acho que é assim que se diz no Porto) e, para meu espanto, não era um prato, eram bolachas americanas.
Fiquei ainda a saber que existe um quiosque com o mesmo nome, na Costa Nova.
Fica a foto e a dica. Só não posso avaliar o produto porque não provei, os doces não são a minha praia.