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Generalidades

Generalidades

31
Dez24

A Dúvida


Vagueando

 

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Vagueio por aqui há quase seis anos.

Nem sei porque comecei, nem tão pouco estabeleci um objetivo quando criei o blog, apenas fui dando a conhecer algumas tretas que ia apontando em cadernos e comecei com uma questão que tem feito correr alguma tinta nos meios de comunicação, a fórmula usada para calcular o pagamento das auto estradas pelas diversas classes de veículos.

Também, tenho interesse em seguir as questões relacionadas com a segurança rodoviária, abordei aqui esta temática por diversas vezes.

Usei também esta forma de comunicar para falar sobre Sintra, que não sendo a minha terra porque nasci em Lisboa, como a grande maioria das pessoas dos anos cinquenta mas, logo após o primeiro ano de vida, por força da crise de habitação e da incapacidade dos meus pais em suportarem uma renda na Penha de França, já lá vão 66 anos, fomos, em boa hora, corridos para Sintra, o fim da linha.

O meu pai foi mas não podia, as suas funções obrigavam-no a morar mais próximo do seu trabalho, mas como também não podia, como a maioria dos seus colegas, pagar a renda com os seus rendimentos, a coisa sabia-se mas ignorava-se.

Pois é a especulação, o turismo, o AL, os jovens não têm casa, nem capacidade financeira para suportar uma renda, não é de agora, é a vida. Vim para o fim da linha porque, na altura até Algueirão – Mem Martins era caro para o nível de vida dos meus pais.

Digamos que Sintra é a minha terra adotiva, adotei-a e fui adotado por ela, pelo seu encanto e beleza. Nos tempos de liceu os meus amigos diziam que eu vivia no mato porque estava longe (1km) do centro, das lojas, dos cafés, do centro histórico ou seja, dos locais de convívio. Hoje, ainda que existam mais casas em Sintra, o facto da minha ainda estar no “mato”, contribuiu para que continue, felizmente, a viver no mato. Se na altura já gostava de estar longe do reboliço e da confusão, fui apurando a boa sensação de tal forma que hoje nem consigo imaginar-me a viver numa grande cidade.

O silêncio de que gozo é algo que me faz muito bem.

Alguns dos meus posts mereceram, não sei se bem se mal, honra de destaque na Sapo e esses destaques foram sempre brindados por comentários anónimos que, independentemente do assunto versado, iam sempre no mesmo sentido, desdenhar, ora porque que eram escritos por quem não tinha nada que fazer, ora porque não tinham nenhum interesse para a sociedade, ora porque era uma forma de exibicionismo. Ainda assim foi interessante perceber que por trás desses comentários estavam pessoas, que os liam ou talvez não, mas perdiam o seu tempo -tendo que fazer - a classifica-los como maus e a comentar o que não tinha interesse nenhum, apenas e só para se pendurar no blog do A ou do B, para dar nas vistas.

Neste sentido, passei a bloquear este tipo de comentários e não foi por censura, mas porque não porque quero alimentar, com falta de bom senso, a informação que hoje serve de aprendizagem à Inteligência Artificial.

Como gosto de fotografia, muitos dos meus posts usaram  a fotografia e este não é exceção, como fonte de inspiração e de comunicação. Enquanto vagueei por aqui, conheci pessoalmente alguns bloggers que também escrevem na Sapo, o que constituiu uma boa experiência.

Alguns deles lançaram livros que li, eu próprio participei em dois livros que reuniram Contos de Natal, numa iniciativa da IMSilva e José da Xã.

A experiência foi interessante, mas está na hora de fazer um balanço. Ora o balanço é se devo continuar por aqui ou fazer um voto de silêncio.

Não vou dizer que nunca mais volto aqui, porque a frase - nunca digas nunca – é uma das expressões que mais bom senso carregam. Na vida, por mais invenções e redes de segurança que se criem, o dia de amanhã continua a ser uma incógnita.

Ao olhar para o que nos rodeia, vejo que já não se fala, discute-se, já não nos relacionamos, trocamos likes, já não digerimos a informação, empanturramo-nos com ela, já não nos interessa a razão, desde que não seja a que queremos, perdemos toda a razoabilidade, estamos de pé mas já perdemos o equilíbrio.

Há razões que a razão efetivamente desconhece, mas a estupidez humana, essa conhece-se e impõe-se, aqui, ali, por todo o lado.

A minha consciência de vez enquanto alerta-me e diz-me, não estarei eu, ao vaguear por aqui a contribuir para alimentar tudo isto?

Toda a nossa vida é controlada por sistemas que não controlamos, não compreendemos, não dominamos e, no caso de esses sistemas falharem, por acidente, incidente ou porque a escassa minoria que (ainda) os controla, o nosso futuro coletivo pode ser irremediavelmente comprometido.

Há uma minoria que entende os sistemas informáticos que gerem, hospitais, transportes, a nossa própria saúde, a alimentação, a energia etc, muito poder sobre sistemas vitais para a sociedade, na mão de muito pouca gente que não vai a votos e muitas vezes nem se conhece.

Sem querer e até mesmo sem querer saber, somos cobaias dos sistemas algorítmicos que, sem qualquer alternativa, contribuímos para os alimentar.

Nascem grandes estrelas, que acumulam riqueza e poder, interferem negativamente com a nossa vida, mentem-nos vendendo-nos mentiras, mascaradas de verdade.

Falamos muito de aquecimento global, de alterações climáticas, temos uns “piquenos” que vão dando o ar da sua graça a pintalgar paredes mas, olhando para as guerras que assolam o mundo só falta virem venderem-me a ideia genial que os tanques, os aviões, as bombas e as granadas são – agora, em nome do ambiente - sustentáveis.

Bom é que parece que para a competição automóvel já existe combustível sustentável, assim sendo não percebo a aposta em automóveis eléctricos, sempre com muita potência o que aumenta seguramente o consumo, obviamente sustentável.

Votos de um Bom Ano

 

Actualização em 03/01/2025

No Publico de dia 02 de Janeiro de 2025, a crónica de Nuno Pacheco, com o título 1925-2025, do século do povo ao século do polvo digital, para melhor complementar o que escrevi, nada melhor do que recorrer ao artigo deste profissional e a um escritor.

A dado passo deste excelente artigo, citando Saramago, pode ler-se;

...."em 1994, no 1.º volume dos seus Cadernos de Lanzarote, escrevera: “Vista à distância, a humanidade é uma coisa muito bonita, com uma larga e suculenta história, muita literatura, muita arte, filosofias e religiões em barda, para todos os apetites, ciência que é um regalo, desenvolvimento que não se sabe aonde vai parar, enfim, o Criador tem todas as razões para estar satisfeito e orgulhoso da imaginação de que a si mesmo se dotou. Qualquer observador imparcial reconheceria que nenhum deus de outra galáxia teria feito melhor. Porém, se a olharmos de perto, a humanidade (tu, ele, nós, vós, eles, eu) é, com perdão da grosseira palavra, uma merda. Sim, estou a pensar nos mortos do Ruanda, de Angola, da Bósnia, do Curdistão, do Sudão, do Brasil, de toda a parte, montanhas de mortos, mortos de fome, mortos de miséria, mortos fuzilados, degolados, queimados, estraçalhados, mortos, mortos, mortos."

29
Dez24

Atropelamento Pedro Sobral


Vagueando

O que vou escrever de seguida, baseia-se apenas e só na informação que li na imprensa nos jornais diários, pelo que, tendo ocorrido uma morte, o que é sempre lamentável, ainda por cima nos festejos de Natal, o que agrava ainda mais a dor para a família enlutada a quem envio as minhas condolências.

O que se sabe:

  • Ocorreu um abalroamento da bicicleta de Pedro Sobral, na AV da Índia, em frente à Cordoaria Nacional, por volta das 7horas, no sentido Alcântara – Algés.
  • O condutor do veículo envolvido no acidente, fugiu do local, tendo-se apresentado posteriormente às autoridades, acompanhado de um advogado.
  • Haverá outras testemunhas do acidente, para além das que seguiam no veículo envolvido no acidente.
  • O condutor do veículo envolvido no acidente teria álcool no sangue, não sei se superior ao limite máximo permitido por lei.
  • Da leitura das notícias não consegui perceber se Pedro Sobral usava roupa retrorefletora e/ou se a bicicleta dispunha de luz traseira.

O primeiro pensamento que me ocorreu quando ouvi na rádio, no próprio dia do acidente, foi que o condutor se teria encandeado com o Sol e não teria visto o ciclista. Ora no sentido em que o acidente ocorreu isso não é possível.

Cerca de 300m antes do local do acidente, ou seja antes do entroncamento com a Rua Mécia Mouzinho de Albuquerque, existe um sinal que limita a velocidade máxima a 30 Km/h, sendo que, posteriormente, não existe nenhum sinal que revogue o fim desta proibição.

Antes deste sinal, entendo que o limite de velocidade na Av da Índia será de 50km/h.

Do outro lado da via férrea, que liga o Cais do Sodré a Cascais, está Av. Brasília e, ao lado desta, junto ao rio Tejo existe uma ciclovia que liga Algés até para lá Parque das Nações, com a inauguração este ano do Percurso Ribeirinho de Loures.

Cerca de 150 metros antes do local do acidente, existe uma ponte pedonal que permite atravessar a Av da Índia, a Av Brasília e chegar até ao Café Inn e aí apanhar a ciclovia.

Perante estes factos e depois de os utilizadores de bicicletas se terem reunido com o Presidente da República para reclamar mais medidas de segurança para os utilizadores de bicicletas e perante a elevadíssima sinistralidade em Portugal, até agora, neste período natalício, com boas condições meteorológicas, morreram 19 pessoas nas estradas, gostaria de deixar estas sugestões;

1- Sendo a maioria dos ciclistas também automobilistas e peões, tem que começar pelos próprios os cuidados com a sua segurança. É que em caso de atropelamento, com culpa ou sem ela, os ferimentos maiores ficam para o ciclista. Na passada Quinta Feira, pelas 19h, ou seja noite escura, circulava eu na Av da Índia antes do entroncamento que dá acesso a Algés e parei porque o semáforo estava vermelho. Enquanto espero, um ciclista todo vestido de preto, ultrapassa-me pela direita, sendo que a bicicleta não dispunha de luz traseira nem dianteira. E assim seguiu na Av da Índia até sair da mesma junto ao Aquário Vasco da Gama.

2- Enquanto não se arranja uma solução (que parece que está prevista há mais de 4 anos, a criação de uma ciclovia) para que os ciclistas possam circular em segurança na Av. da Índia, a solução, passa por proibir a circulação a este meio de transporte na mesma.

3- O sinal que proíbe velocidades superiores a 30km/h, na Av da Índia, a 300 metros do local do acidente, não tem qualquer efeito por três razões; A primeira é que ninguém o respeita, nem tão pouco os utilizadores de bicicletas quando são automobilistas, a segunda porque a fiscalização não existe e a terceira porque não faz sentido colocar este limite de velocidade numa via importante no escoamento do trânsito da cidade, tendo em conta que existe uma ciclovia paralela a esta avenida, junto ao rio Tejo.

4- Parece-me que as associações dos utilizadores de bicicletas devem ter um papel importante na defesa dos seus representados, começando por lhes incutir regras de segurança, nomeadamente no que toca ao uso de equipamento que os proteja, iluminação, roupa refletora e capacete e não criar nos mesmos, (quando exige mais restrições a terceiros) a sensação de que a sua segurança está a cargo de outros, nomeadamente os automobilistas.

5- É habitual, ver em Lisboa e fora dela, ciclistas a pedalar na estrada quando ao lado existe uma ciclovia e também o sinal de obrigatoriedade de usarem a referida ciclovia, bem como ver em Lisboa e fora dela, ciclistas que não param perante o sinal vermelho e pedalam em sentido contrário em ruas de sentido único.

Que 2025 seja um melhor ano no que toca à Segurança Rodoviária, são os meus desejos para todos.

26
Dez24

Amanhecer à minha Janela


Vagueando

 

 

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Participação XX, do Ano II, no desafio 1 foto 1 texto de IMSilva

Abri a janela, deparei-me com este espectáculo, e fui ouvir esta música, soube-me bem.

Guardei este momento e partilho-o convosco.



Pra que chorar
Se o sol já vai raiar
Se o dia vai amanhecer
Pra que sofrer
Se a lua vai nascer
É só o sol se pôr
Pra que chorar
Se existe amor
A questão é só de dar
A questão é só de dor
Quem não chorou
Quem não se lastimou
Não pode numa mais dizer
Pra que chorar
Pra que sofrer
Se há sempre um novo amor
Em cada novo amanhece

Vinícius de Moraes e Baden Powell

 

25
Dez24

Obrigado EREDES e Feliz Natal


Vagueando

A EREDES, que não conheço de lado nenhum, na medida em que não tenho nem nunca tive qualquer contrato com a mesma, instalou-se em minha casa, sem que eu pudesse fazer alguma coisa.

Primeiro massacrou-me durante longo tempo, com telefonemas e até “ameaças” para substituir o meu velhinho contador de electricidade, alegando que ia ser obrigatório substituí-lo por um contador inteligente, ou seja, com o QI muito maior que o meu.

Perguntava sempre ao senhor simpático que me telefonava para fazer a substituição, se já era obrigatório. Ah e tal, ainda não é mas olhe que está para breve.

Respondia-lhe sempre, se não é, não muda nada.

Até que um dia, já farto das chamadas e da pressão deixei colocar o tal contador inteligente e deixei-o trabalhar por mim, ou seja, deixei de dar as leituras de forma regular, passando apenas a conferir as facturas.

Desconfio sempre de quem me “empurra” e ainda diz que é melhor para mim. Faz-me lembrar aquela lei/regulamento ou lá o que era, que a partir 2006 todos teríamos que abandonar a EDP (actual SU Electricidade) e passar para um comercializador disponível no mercado. Mais um empurrão de que não gostei e não mudei, dezoito anos depois eis que estou na SU Electricidade.

Voltemos então à EREDES.

Em 2023 decidi adquirir uns painéis solares para auto consumo, que se têm revelado eficazes, trouxe-me alguma poupança, mas que implicou uma mudança nos hábitos de consumo, passando a consumir mais durante o dia (aproveitando a exposição solar). Fazendo uma média aos preços da energia na tarifa bi-horária versus tarifa simples, quis fazer uma experiência durante seis meses para esta última tarifa.

Nada mais simples, entrei no site da SUElectricidade e mudei.

“Prontos” graças ao contador inteligente, a mudança não implicou a deslocação de um técnico à minha casa para fazer a alteração. Passado seis meses voltei ao site para alterar novamente para a tarifa bi-horária a coisa não funcionou. Através da mesma plataforma enviei uma mensagem à SU Electricidade que, dias mais tarde me confirma, em resposta escrita, que a alteração tinha sido feita.

Era falso, descobri quando conferia uma factura. Entro em contacto com a SU Electricidade e dizem-me que a EREDES não autoriza a mudança, a qual só posso fazer, 1 vez por ano!

Na minha rua, o fornecimento de energia é muito deficiente, ocorrem várias falhas no fornecimento de energia e até me obriga a ter uma potência contratada superior ao que necessitaria para não ter problemas. Segundo a EREDES, as linhas estão em mau estado e é necessário instalar um posto transformador na rua para que o serviço fique a funcionar corretamente.

Andamos nisto há mais de três anos, os moradores queixam-se, a resposta é sempre a mesma, ou seja, tem que se substituir a cablagem e instalar o tal posto.

Descontos no fornecimento da energia, uma vez que estão assumidas as deficiências, não isso é que os fornecedores da energia, os quais por sua vez informam nada ter a ver com as falhas porque isso é com a EREDES.

Conhecem a figura de estilo “Pescadinha de Rabo na Boca”pois é isso que o consumidor sente, ninguém resolve o problema e o regulador ERESE só serve para fazer prova de vida anual para anunciar as tarifas para o ano seguinte e pronto, é assim.

Mas a EREDES, na noite de 24 resolveu trazer-me a melhor prenda no sapatinho, por volta das 19 e picos, pumba lá se foi a corrente, o forno, o fogão, o exaustor, a luz, o jantar de Natal.

O problema do costume, deixou uma série de habitações sem energia eléctrica e sem iluminação pública. Um dos meus vizinhos ligou-me uma hora depois e disse –me que tinha contatado a EREDES que lhe referiu não ter previsão para o restabelecimento da energia.

Como duas horas mais tarde a energia não tinha sido reposta, liguei eu para a EREDES que informou não ter reporte de nenhuma avaria na minha rua.

E pronto, com fome, sem ceia de Natal, desmobilizou-se a família depois da troca de presentes à meia noite, à luz das velas e de barriga mais ou menos vazia (confortada com uns salgadinhos) e só se fez luz novamente, já no dia 25 pelas 2h e 45m.

Portanto a EREDES entra na minha casa com um contador inteligente, faz as regras sobre como posso gerir os meus consumos mas não me liga nenhuma, quando sabe que há vários anos um problema no fornecimento de energia que afeta uma série de moradores.

Obrigado EREDES e Feliz Natal e que o Ano de 2025 leve a inteligência dos teus contadores para o Departamento de Planeamento de Obras Pendentes, quem sabe lhe melhore a eficiência.

20
Dez24

Redundâncias precisam-se para umas Festas Felizes


Vagueando

Quantos de nós ao longo da nossa vida não cometemos redundâncias, por exemplo gramaticais, o que é um erro ou profissionais, que podem ou não ser um erro, mas que gosto de chamar de "Coeficiente de cagaço”.

Há duas expressões redundantes, que não nos levam a lado nenhum, de que gosto bastante, são elas o “subir para cima” e “descer para baixo”.

Mas o tema de hoje, vai no sentido de mostrar as virtudes da redundância, nomeadamente no que toca à segurança da nossa pele e não vou falar de dermatologia. A questão tem a ver com o salvar a nossa pele, não no sentido de fugirmos às nossas responsabilidades, mas sim assumindo-as, para não arriscarmos a pele.

Afinal a cada três dias “Em Portugal, alguém morre atropelado a cada três dias e a probabilidade de isso acontecer numa passadeira é enorme”.

Os atropelamentos ocorrem nas passadeiras ou fora delas, são assim um pouco como os divórcios litigiosos em que a culpa acaba por ser do casal e não apenas de um dos membros do dito.

Daí que - isto é a minha opinião - o peão pode ficar com a taça por não ter sido culpado de ter sido atropelado, porque estava na passadeira, mas os ferimentos não se curam com este tipo de vitória e as mazelas, que muitas vezes ficam para a vida, também não. Por outro lado um peão, na maioria das vezes também é condutor, pelo que sabe muito bem das dificuldades que cada um deles tem perante a abordagem de uma passadeira.

O que me parece é que o condutor, enquanto tal (isto se calhar é redundante), delega no peão a responsabilidade de cumprir as regras e este último (enquanto tal, isto se calhar também é redundante), delega no condutor a responsabilidade de cumprir as mesmas regras, mais que não sejam as do bom senso, para não ser atropelado.

Como sabem, está provado, a aviação é o meio de transporte mais seguro que existe, ao ponto do maior risco de viajar de avião é ir de carro até ao aeroporto. Contudo, não deixa de ser curioso que sendo o meio de transporte mais seguro é o que a grande maioria das pessoas tem mais receio de usar.

A aviação tornou-se o meio de transporte mais seguro porque recorre à redundância dos seus sistemas de voo, de modo a que quando um deles falha os pilotos podem recorrer a um segundo sistema, que permite manter o controlo do avião e fazê-lo regressar a terra em segurança.

O conceito da redundância, neste caso boa, pode assim ajudar e muito a reduzir o risco de atropelamentos, aplicando-a ao condutor e ao peão, se um deles falhar e é fácil falhar, o outro colmata a falha e evita o atropelamento.

Esta tarefa não deve ser da responsabilidade exclusiva do peão ou do condutor mas sim de uma cooperação mútua em que ambos saem a ganhar.

A responsabilidade de acabar com os atropelamentos é de ambos os dois, (estão a ver a redundância) do peão e do automobilista ou do automobilista e do peão, para não pensarem que a responsabilidade é primeiro de um antes da do outro.

Ficam aqui alguns conselhos para por em prática e vão ver que a dado passo encontrará uma mensagem sobre a importância de se estabelecer um contacto visual entre peão e automobilista de modo a perceber se é ou não seguro atravessar a estrada, com ou sem passadeira.

Boas Festas em segurança.

20
Dez24

Coisas estranhas


Vagueando

Participação XIX, ano II, no desafio 1 foto 1 texto de IMSilva

Uma foto, um texto e porque não, uma foto, um texto e uma anedota?

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Dois indivíduos, provavelmente com um copito a mais, (acho que já não se pode dizer "bubedeira" porque também já não é politicamente correto) falavam na rua e discutiam sobre o que estavam a ver. O que estavam a ver era esta imagem.

 - Um dizia, olha que Sol tão lindo.

 - O outro dizia, olha que lua tão linda.

Repetiram isto até à exaustão, depois de cada um esgrimir argumentos que, supostamente, comprovava o que afirmavam.

Aproximou-se um outro indivíduo que ficou uma bocado a assistir à conversa sem dizer uma palavra.

Quando os outros dois se aperceberam da presença do terceiro, resolveram tirar a limpo quem tinha razão e perguntam-lhe;

 - Amigo diga-nos uma coisa aquilo que vê ali à frente é a Lua ou o Sol?

 - Desculpem, não sei, não sou deste bairro!

Eu que tirei a foto, confirmo - é um OVNI.

 

16
Dez24

Segurança Rodoviária


Vagueando

Costumo frequentar uma loja de grande dimensão com estacionamento próprio e com lugares bem marcados no pavimento, bem como zonas onde a pintura impede o estacionamento por razões de segurança.

Ali é tão normal estacionar-se em cima dessas zonas proibidas que podem impedir o socorro rápido em casa de acidente, como nos lugares destinados a pessoas com deficiência ou para idosos e pessoas com crianças de colo.

No dia 13 do corrente, chamou-me à atenção esta notícia ANSR: 400 mil ''apanhados'' em excesso de velocidade por radares até Julho.

Que exista mais gente a ser apanhada em excesso de velocidade é fácil explicar pelo aumento do número de radares. Há sempre alguém que por distração, negligência, inconsciência ou até para fazer prova (oficialmente comprovada) de que o seu veículo de estimação atinge determinada velocidade, é apanhada pelos radares.

O que não é fácil explicar é o porquê de um aumento da fiscalização sobre o excesso de velocidade, não corresponder a uma redução da sinistralidade. Afinal registaram-se no mesmo período, mais de 20.000 acidentes rodoviários nas estradas portuguesas que provocaram 266 mortos e 1.451 feridos graves, o que confirma a tendência crescente da sinistralidade desde 2014.

Eu diria que este aumento da sinistralidade se deve essencialmente por;

  • Investir em radares traz um retorno financeiro muito grande que não necessita de pessoas (evita despesa) e que rapidamente amortiza o investimento, mas consegue não reduz os acidentes (evita o aumento da sua gravidade) na zona de influência dos radares.

 

  • A fiscalização nas estradas é praticamente nula e a que existe, foca-se também no excesso de velocidade. Neste sentido, o sentimento de impunidade vai crescendo, ultrapassa-se onde é proibido, muda-se de direção sem assinalar a manobra, pratica-se manobras perigosas de toda a espécie, ultrapassagens pela direita, mudança da faixa de esquerda para uma saída em AE, circular colado ao carro da frente.

 

  • A aposta da fiscalização é toda feita nas multas que estão comprovadas por máquinas.

 

  • Não existe fiscalização dentro das localidades onde se circula a velocidades proibitivas, estaciona-se me cima dos passeios, de pilaretes de borracha e passadeiras.

 

  • As características do IC 19 que é palco das maiores atrocidades, exceto onde existe radares, a falta de um veículo descaracterizado em permanência justifica a ocorrência de muitos acidentes neste itinerário.

 

  • Condutores como o que descrevo no início deste post, ajudam a perceber porque a sinistralidade está a aumentar, afinal, cabe aos outros cumprir o Código da Estrada.
16
Dez24

Drones


Vagueando

A moda pegou, há drones por todo o lado e a regulamentação ou a sua fiscalização, não funciona ou funciona mal.

Neste Verão, num final de tarde passeava pacatamente pelas arribas das praias de Sintra quando avistei dois drones por perto. Não sei o que faziam, se fotografavam, se vagueavam por ali apenas para satisfazer o prazer dos seus pilotos. Certo, certo é que de pilotos nem sinal, portanto estariam longe.

Há aparelhos destes sofisticadíssimos que até voam por gps, com as coordenadas que lhes são atribuídas, ou seja em piloto automático para facilitar a compreensão.

Desconheço que regras existem para operar este tipo de aparelhos, mas sei que levar com um coisa destas em cima, por mais pequeno que seja, pode causar ferimentos bem graves.

Vem isto a propóstio de uma notícia recente, realcionada com o aparecimento de vários drones, do tamanho de pequenos carros, nos Estados de Nova Jérsia, Nova Iorque, Pensilvânia e Connecticut.

O que me espantou não foi o aparecimento dos drones mas sim o facto de as autoridades, incluindo o famoso FBI, desconhcerem a origem dos mesmos mas, asseguram - vá lá saber-se como - que não são terroristas e que não há qualquer ameaça à segurança pública.

Vamos imaginar portanto um carro pequeno - estou a pensar num Smart - ainda que o seu peso seja muito inferior ao deste carro, se cair em cima de uma casa ou de uma pessoa, não é uma ameça à segurança pública.

Começo a pensar que a sofistificação que nos vendem sobre o poder militar e de Intelligence, nos EUA, é capaz de ser um bocado flop ou então como dira Ricardo Araújo Pereira - Isto é Gozar Com Quem Trabalha!

O que não se diria em Portugal se as nossas autoridades, perante um acontecimento (estranho) semelhante, emitisse um comunicado a afirmar exatamente a mesma coisa.

 

13
Dez24

Boas Festas


Vagueando

Participação XVIII, Ano II do Desafio 1 foto 1 texto de IMSilva

BFFS.png

 

 

Enquando vagueava pela rua solarenga mas muito fria, deparo-me com uma saudação de Boas Festas, brilhante com um amarelo que irradiava calor. 

Fotografo a pensar no desafio de hoje, o Boas Festas era apropriado.

Eis que, acabo de fotografar desiludo-me com o Fora de Serviço. Será que depois de dar as Boas Festas, desistiu de nos transportar. Também já não queria ir a lado nenhum, apenas e só fugir do frio, a pé para aquecer.

Oh Carris Metropolitana, tu baralhas-me!

 

 

05
Dez24

Olhares


Vagueando

Participação XVII no Desafio 1 foto 1 texto de IM Silva

 

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Num dia de Sol, perdi a minha própria sombra, cheguei a duvidar que existisse. De repente, enquanto caminhava, a minha sombra deixou de me seguir. Voltava-me, rodopiava em busca dela mas não a encontrei.

Não era alucinação porque a sombra de todos os outros conseguia vê-la. Sentia-me fantasma, mas sentia-me, só não tinha prova da minha presença.

Tirei várias fotos, não sei onde, mas quando cheguei a casa fui revê-las, não existiam. 

Finalmente, cansado, muito cansado, adormeci.

Ao acordar peguei no telemóvel e estavam lá estas duas imagens, alguém me observou e fez desaparecer a minha sombra.

 

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