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Generalidades

Generalidades

30
Nov24

Um desafio nunca vem só


Vagueando

Participação XVI no Desafio 1 foto 1 texto de IM Silva

Um desafio nunca vem só e no seguimento da Participação XV, na semana passada O Prazer de um café com boa vista que esteve em destaque na Sapo, recebi um comentário de "sos". que consisitiu no seguinte;

pois, tá bem, mas reconhecerá que seria mais interessante (ainda ) se elogiasse a chavena de vidro atraves da qual via num sei que .
Um "desafio" e agora até é o momento (inverno ): junte a par as duas chavenas e veja qual fumega mais ?

Daía que a foto de hoje para além de responder ao desafio de IMSilva - 1 foto 1 texto, cumpre o desafio de "sos" e a minha promessa de juntar as duas chávenas, para ver qual delas fumegava mais. Acho que nem Pinheiro de Azevedo acreditaria nisto, porque no seu tempo, era só fumaça!

20241128_133815.jpg

 

27
Nov24

Acidentes rodoviários


Vagueando

Na passada Sexta Feira, dia 22 de Novembro tive que fazer o percurso rodoviário Sintra-Lisboa-Sintra, tendo saído de casa por volta das 19h e 15 m. Fui buscar uma pessoa em Carnide que não se encontrava bem de saúde pelo que não conseguia trazer o seu próprio carro para casa.

Este percurso de pouco mais de 50Km, que não implicou nenhuma espera no destino, ou seja, foi chegar ao local apanhar o familiar e regressar de imediato, demorou 3 horas, sim 3 horas. Fiquei estupefacto com a quantidade de acidentes que encontrei e que foram a causa da minha velocidade média se ter ficado pelos 16km/h e o meu consumo de combustível, devido ao para arranca, foi 8,5 l aos 100, quando em condições normais teria sido de 6 litros, isto já para não falar das emissões desnecessárias que eu e muitos outros automobilistas lançaram para a atmosfera, durante este tempo.

As condições metereológicas eram excelentes, não chovia, não estava vento a visibilidade era perfeita, ainda que a luz natural há muito se tivesse ido embora.

Como está na moda, tem que existir um culpado para tudo isto. Bom comecemos pelos do costume, os políticos, porque não prestam a devida atenção às estradas, que estão em mau estado, mal sinalizadas etc.

Hum, não cheira?

O IC 19 não está dotado de uma sinalização exemplar mas tem um piso em bom estado, tem cruzamentos desnivelados tal como a A5 e a CREL.

O Culpado é o condutor que está protegido de iguais impropérios, nas redes sociais, pelos estragos que causa, como estão os políticos em iguais circunstâncias ( o acidente que envolveu o ex ministro da Administração Interna é apenas um exemplo).

Dos cinco acidentes que apanhei no percurso de ida e volta, três deles foram choques em cadeia na faixa da esquerda e os outros dois em nós de acesso/saídas de entroncamentos desnivelados no IC19. A forma como se conduz é cada vez mais agressiva e desrespeitadora das regras mais elementares de segurança e contribuem para a ocorrência destes acidentes. A circulação na faixa da esquerda a “empurrar" o carro da frente com sinais de luzes e nos entroncamentos as mudanças da faixa da esquerda diretamente para a saída, atravessando as duas vias à direita, sem sinalizar a manobra, fazendo já no local onde (pelas linhas pintadas no chão) está impedido de o fazer.

Quando circulo no IC 19 é raro o dia em que não assisto a este tipo de manobras.

Contudo, a fiscalização cada vez mais se centra na penalização da velocidade (que também constitui um bom negócio, não só pelo que rende mas também porque a fiscalização in loco, nomeadamente no que se refere a estas manobras perigosas não se vê).

Tenho carta à 49 anos e que me lembre nunca vi uma operação stop num dia de nevoeiro ou de chuva, mais que não fosse para controlar e alertar todos aqueles que, por ignorância ou imprudência, circulam sem ligar, pelo menos os médios. No mês passado, fui de Sintra a Ponferrada em Espanha, são 630 Km, dos quais 480 km feitos em Portugal. Estive lá 3 dias e nesses três dias, passei por duas fiscalizações da Guardia Civil, sendo que numa delas fui mandado parar e verificados os meus documentos.

Esta forma de atuar, espalhar radares por todo o lado e descurar a fiscalização, não evita os acidentes, podendo sim, quando ocorrem nas zonas controladas por estes, diminuir a gravidade dos ferimentos provocados nas pessoas envolvidas.

Enquanto escrevia este post aparece na Sapo Acidente com 12 veículos: trânsito na Ponte Vasco da Gama reabriu em duas vias. Porque não esclarecer a opinião publica a causa deste e outros acidentes, indicando o que levou ao mesmo, como medida pedagógica. Não seria uma boa campanha, com o apoio das televisões, rádios e seguradoras e até do Estado?

22
Nov24

Já não se usa, já não se vê


Vagueando

Participação  XVI , Ano II do Desafio 1 foto 1 texto

 

20241020_115652.jpg

 

Habituei-me a ouvir os comboios nas noites de Verão, quando estava na casa do meus avós, no Algarve. Aquele calor, mesmo com o Sol já posto, transportava até aquela casa o barulho da locomotiva, primeiro a carvão, depois a gasóleo. Este último era o Rápido, assim se chamava, embora a velocidade sobre os carris fosse tudo menos rápida. O Sotavento, uma automotora de cores garridas, branco e vermelho dava-lhe um ar "racing" mas a sua velocidade máxima, raramente chegava aos cento e picos quilómetros hora.

O problema nem sequer era a velocidade máxima, mas sim os carris que não aguentavam grandes velocidades e, por outro lado, obras ou má conservação da via, obrigavam a frequentes abrandamentes que, em termos ferroviários dá pelo nome de afrouxamentos.

Tudo conjugado era uma seca, uma eternidade viajar entre o Barreiro e a minha estação onde todos os comboios paravam - S. Bartolomeu de Messines.

E era o percurso entre esta estação e a estação de Tunes, implantado num mini planalto que eu ouvia e via, o comboio a avançar, o som do comboio, conhecido por pouca terra, pouca terra, era uma falácia. Havia muita terra para tão minúscula serpente que por ali passava.

E não era só ver e ouvir, eu parava para admirar o comboio - nostalgia e sentia o cheiro das travessas de madeira, pingadas de óleo que, perante o Sol inclemente do Algarve, também libertavam um odor que não consigo descrever mas que ainda hoje está gravado na minha memória.

A foto de hoje é de um antigo sinal ferroviário, muito usado junto das passagens de nível, com e sem guarda que assinalavam o perigo que um comboio representava. Assim para evitar acidentes esta placa avisava -Pare, Escute e Olhe, antes de atravessar a linha.

Hoje, o sinal deixou de fazer sentido, os carris foram desnivelados do nosso caminho que ficou livre. Em nome dessa liberdade, deixámos de Parar, de Escutar e de Ouvir - perdemos a linha e o respeito por todos os que se atravessam ou partilham connosco o caminho que é de todos.

Pouca terra, pouca terra, deixou de fazer sentido, a terra por onde o comboio passava, ficou muita e sem gente para ouvir o comboio.

 

15
Nov24

O prazer de um café com uma boa vista


Vagueando

Participação XV no desafio 1 foto 1 texto

 Tenho prazer em beber café, muito prazer. O sabor, o cheiro, a espuma, a cor, tudo é beleza naquela pequena chávena branca, formam um conjunto fotogénico muito belo.

O café constitui para mim um momento de relaxamento mas raramente o bebo sentado, exceto quando almoço num restaurante.

Faz parte do meu pequeno-almoço sempre e hoje, para participar neste desafio resolvi trazer o café à baila.

Ainda que normalmente não beba café sentado à tarde ou ao pequeno-almoço, abro sempre uma excepção quando encontro uma mesa que acrescenta valor à minha paz e descontração quando bebo um café.

Há poucos dias deixei aqui um post relacionado com a recente abertura em pleno centro de Sintra - Casa da Torre - onde a mesa 6 tem uma vista fabulosa para o Palácio e hoje trago aqui uma foto de outra mesa que tem uma vista também lindíssima para o mesmo Palácio só que do lado oposto.

20241031_163626.jpg

Há uns dias, com a sala totalmente vazia, tomei um café nesta mesa, quando o Sol de Inverno já se despedia de Sintra seguindo em direção ao mar.

Esta mesa pode ser encontrada na casa mais antiga de queijadas de Sintra, ou seja desde 1756, na Volta do Duche em Sintra, cuja história já aqui postei.

Podem consultar alguns dos benefícios do café, segundo a CUF e as várias formas como se pede café em Portugal, algumas delas, confesso, desconhecia por completo.

Para mim a única coisa que faço questão para beber um café é que a chávena não seja de vidro, mas sim de porcelana branca.

Esquisitices.

12
Nov24

Árvore Despida Vestida


Vagueando

20241112_141910.jpg

 

Não sou poeta, mas escrevo

Não sou pintor, mas pinto imagens com cor

Não sou dos Açores, mas vejo A cores

Não sou o Sol, mas entendo a sua luz

Não sou Natureza, mas adoro-a de certeza

Não sou arquivista, mas guardo imagens

Não sou nada, fui inspirado por uma fada

Não sou bússola, mas encontrei a luz do Sul

Não sou nada, aguardo por outra jornada

Não sou ingrato, gosto desta árvore de fato

08
Nov24

O Céu é o limite


Vagueando

Participação XIV, ano II do Desafio 1 foto 1 texto

Está na moda dizer-se que o céu é o limite, para incentivar todos aqueles que - eventualmente - desistem dos seus sonhos.

Ora eu que não sonho com nada especial, venho aqui, simpaticamente, explicar que não devem desistir de nada, absolutamente nada.

Ainda que eu não saiba qual a distância que cada um tem que percorrer para chegar vivo ao céu, porque morto toda a gente já sabe como se lá vai parar, estou aqui para vos indicar o caminho para lá chegar.

E assim, indico não só o caminho para o céu, como cumpro mais uma participação no desafio acima. Peço desculpa mas, ainda que o caminho para o céu esteja descoberto, como podem ver pela foto abaixo, ele é sempre a subir e para cima.

PC190496.JPG

Quem sabe se esta descoberta não vai ser equiparada ao feito do nosso grande navegador e explorador, Vasco da Gama que, afinal apenas descobriu o Caminho Marítimo para a Índia e,  em vez de ir para ao céu depois de morrer, ainda me colocam no Mosteiro dos Jerónimos.

Mas atenção para além do esforço que terão que desenvolver para chegar ao céu, terão que ser honestos e não fazer qualquer atalho, afinal quem se mete em atalhos mete-se em trabalhos. Se o fizerem, o céu que vos espera, em vez deste esplendoroso azul, salpicado por nuvens branquinhas e fofinhas, será o que se encontra na foto abaixo.

20241030_164151.jpg

01
Nov24

O que é isto?


Vagueando

Participação XIII, ano II do Desafio 1 foto 1 texto de IMSilva

 

Ao nos deslocarmos no espaço público deparamo-nos com objetos aos quais não lhe reconhecemos utilidade a não ser a de esbarrarmos com eles e, por vezes acharmos que não fazem sentido, é dinheiro mal gasto, é um capricho do arquitecto, do artista eventualmente mas, há quem lhe chame arte.

20241028_133942.jpg

A foto de hoje, foi obtida há poucos dias na Estação da CP de Sete Rios, estação que usei durante muitos anos quando trabalhava. Curiosamente, depois de tantos anos a passar por ali, nunca tinha visto esta estrutura desta forma, curiosamente brilhante. Isso acontece porque o Sol, naquela hora e nesta época do ano, estando mais baixo incide nas chapas onduladas a fazer-me lembrar o museu Guggenheim em Bilbao.

 

Talvez isto seja arte porque a arte;

Não se comenta
Não se vende
Não se explica
Não se justifica
Não se julga
Não se paga
Não se processa 
Não se impõe
Não se pune
Não se restringe
Não se crítica
Não se destesta
Não se destroi
 
Um dia ela ali está esplendorosa, e contemplamo-la, observamo-la e mesmo que não gostemos, captou a nossa atenção, por isso será arte.
 
Nota final: Recebi um comentário que afirma julgar tratar-se de uma antena. Não é, e entretanto um amigo meu enviou-me este link que explica esta obra é uma escultura que simboliza sete rios. 
 

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